No tempo de Jesus, há aproximadamente dois milênios atrás, as pessoas também procuravam um norte para vida. Passavam vários pregadores itinerantes nas cidades que reuniam multidões. Os líderes religiosos daquele tempo (fariseus, saduceus etc.) possuíam uma tarefa de ensinar as Escrituras e, assim, geravam uma expectativa do Messias enviado por Deus para corresponder aos anseios de todos. Assim, povo vivia com seus costumes religiosos e um pouco conformado com o domínio romano.
Entretanto, o nazareno Jesus causa um assombro aos seus ouvintes: a multidão acorre a Ele a fim de ser curada, muitos são acolhidos sem julgamentos escrupulosos e percebem um ensinamento novo com autoridade. Será ele o Messias? Alguns acreditaram, seguiram e transmitiram o que viram e ouviram dele.
A mensagem de Jesus não consiste apenas em seus ensinamentos registrados nos evangelhos, mas, sobretudo sua vida, seus gestos e suas ações que comunicavam Deus. Um anúncio de tal proporção não poderia ficar esquecido no passado, por isso, outros continuaram a vida de Jesus, vivendo-a movidos pelo mesmo Espírito que impulsionou Jesus e traduzindo a boa noticia do seu amor para todos os tempos e lugares. Naquele tempo, Jesus chamou doze. Hoje, Ele chama muitos outros ao mesmo seguimento, à acolhida de sua voz para viver sua vida, conforme o Espírito Santo.
Leremos sobre o convite que Deus nos faz a segui-lo, olhando as narrativas da Escritura sobre o discipulado. Em seguida, focalizaremos no evangelho de Marcos e especificamente no chamado dos doze discípulos. Não se trata um artigo com o rigor científico merecido, mas de um ensaio para contribuir com a compreensão do apelo de Deus a exemplo da resposta dos doze primeiros.
Pe. Marcus Mareano