Liturgia
Diária Comentada 29/03/2013
Paixão do
Senhor - Jejum e abstinência - Ofício próprio
Cor:
Vermelho - Ano Litúrgico “C” -
São Lucas
Antífona: Sem
Antífona de entrada.
Oração do
Dia: Deus, pela paixão
de nosso Senhor Jesus Cristo destruístes a morte que o primeiro pecado
transmitiu a todos. Concedei que nos tornemos semelhantes ao vosso Filho e,
assim, como trouxemos pela natureza a imagem do homem terreno, possamos trazer
pela graça a imagem do homem novo. Por
nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira
Leitura: Is 52,13 - 53,12
Ele foi
ferido por causa de nossos pecados.
Ei-lo, o
meu servo será bem sucedido; sua ascensão será ao mais alto grau. Assim como
muitos ficaram pasmados ao vê-lo - tão desfigurado ele estava que não parecia
ser um homem ou ter aspecto humano -, do mesmo modo ele espalhará sua fama
entre os povos. Diante dele os reis se manterão em silêncio, vendo algo que
nunca lhes foi narrado e conhecendo coisas que jamais ouviram.
Quem de
nós deu crédito ao que ouvimos? E a quem foi dado reconhecer a força do Senhor?
Diante do Senhor ele cresceu como renovo de planta ou como raiz em terra seca.
Não tinha beleza nem atrativo para o olharmos, não tinha aparência que nos
agradasse. Era desprezado como o último dos mortais, homem coberto de dores,
cheio de sofrimentos; passando por ele, tapávamos o rosto; tão desprezível era,
não fazíamos caso dele.
A verdade
é que ele tomava sobre si nossas enfermidades e sofria, ele mesmo, nossas dores;
e nós pensávamos fosse um chagado, golpeado por Deus e humilhado! Mas ele foi
ferido por causa de nossos pecados, esmagado por causa de nossos crimes; a
punição a ele imposta era o preço da nossa paz, e suas feridas, o preço da
nossa cura.
Todos nós
vagávamos como ovelhas desgarradas, cada qual seguindo seu caminho; e o Senhor
fez recair sobre ele o pecado de todos nós. Foi maltratado, e submeteu-se, não
abriu a boca; como cordeiro levado ao matadouro ou como ovelha diante dos que a
tosquiam, ele não abriu a boca. Foi atormentado pela angústia e foi condenado.
Quem se preocuparia com sua história de origem?
Ele foi
eliminado do mundo dos vivos; e por causa do pecado do meu povo foi golpeado
até morrer. Deram-lhe sepultura entre ímpios, um túmulo entre os ricos, porque
ele não praticou o mal, nem se encontrou falsidade em suas palavras. O Senhor
quis macerá-lo com sofrimentos. Oferecendo sua vida em expiação, ele terá
descendência duradoura, e fará cumprir com êxito a vontade do Senhor.
Por esta
vida de sofrimento, alcançará luz e uma ciência perfeita. Meu servo, o justo,
fará justos inúmeros homens, carregando sobre si suas culpas. Por isso,
compartilharei com ele multidões e ele repartirá suas riquezas com os valentes
seguidores, pois entregou o corpo à morte, sendo contado como um malfeitor;
ele, na verdade, resgatava o pecado de todos e intercedia em favor dos
pecadores.- Palavra do Senhor.
Salmo: 30,2.6.12-13.15-16.17.25
(R.Lc 23,46)
Ó Pai, em
tuas mãos eu entrego o meu espírito.
Senhor, eu ponho em vós minha esperança; / que eu não fique
envergonhado eternamente! / Em vossas mãos, Senhor, entrego meu espírito, /
porque me salvareis, Deus fiel!
Tornei-me o opróbrio do inimigo, / o desprezo e zombaria dos
vizinhos, / e objeto de pavor para os amigos; / fogem de mim os que me vêem
pela rua. / Os corações me esqueceram como um morto, / e tornei-me como um vaso
espedaçado.
A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio, / e afirmo que só vós
sois o meu Deus! / Eu entrego em vossas mãos o meu destino; / libertai-me do
inimigo e do opressor!
Mostrai serena a vossa face ao vosso servo, / e salvai-me pela
vossa compaixão. / Fortalecei os corações, tende coragem, / todos vós que ao
Senhor vos confiais!
Segunda
Leitura: Hb 4,14-16; 5,7-9
Ele
aprendeu a ser obediente e tornou-se causa de salvação para todos os que lhe
obedecem.
Irmãos,
temos um sumo sacerdote eminente, que entrou no céu, Jesus, o Filho de Deus.
Por isso, permaneçamos firmes na fé que professamos. Com efeito, temos um sumo
sacerdote capaz de se compadecer de nossas fraquezas, pois ele mesmo foi
provado em tudo como nós, com exceção do pecado.
Aproximemo-nos
então, com toda a confiança, do trono da graça, para conseguirmos misericórdia
e alcançarmos a graça de um auxílio no momento oportuno. Cristo, nos dias de
sua vida terrestre, dirigiu preces e súplicas, com forte clamor e lágrimas,
àquele que era capaz de salvá-lo da morte. E foi atendido, por causa de sua
entrega a Deus. Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a
Deus, por aquilo que ele sofreu. Mas, na consumação de sua vida, tornou-se
causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem. - Palavra do Senhor.
Evangelho: Jo 18,1-19,42
Prenderam
Jesus e o amarraram.
Naquele
tempo, Jesus saiu com os discípulos para o outro lado da torrente do Cedron.
Havia aí um jardim, onde ele entrou com os discípulos. Também Judas, o traidor,
conhecia o lugar, porque Jesus costumava reunir-se aí com os seus discípulos.
Judas levou consigo um destacamento de soldados e alguns guardas dos sumos
sacerdotes e fariseus, e chegou ali com lanternas, tochas e armas.
Então
Jesus, consciente de tudo o que ia acontecer, saiu ao encontro deles e disse: A
quem procurais? Responderam: A Jesus, o nazareno. Ele disse: Sou eu. Judas, o
traidor, estava junto com eles. Quando Jesus disse "sou eu", eles
recuaram e caíram por terra. De novo lhes perguntou: A quem procurais?
Eles
responderam: A Jesus, o nazareno. Jesus respondeu: Já vos disse que sou eu. Se
é a mim que procurais, então deixai que estes se retirem. Assim se realizava a
palavra que Jesus tinha dito: "Não perdi nenhum daqueles que me
confiaste". Simão Pedro, que trazia uma espada consigo, puxou dela e feriu
o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. O nome do servo era
Malco. Então Jesus disse a Pedro: Guarda a tua espada na bainha. Não vou beber
o cálice que o Pai me deu?"
Conduziram
Jesus Primeiro a Anás - Então,
os soldados, o comandante e os guardas dos judeus prenderam Jesus e o
amarraram. Conduziram-no primeiro a Anás, que era o sogro de Caifás, o sumo
sacerdote naquele ano. Foi Caifás que deu aos judeus o conselho: "É
preferível que um só morra pelo povo". Simão Pedro e um outro discípulo
seguiam Jesus. Esse discípulo era conhecido do sumo sacerdote e entrou com
Jesus no pátio do sumo sacerdote.
Pedro
ficou fora, perto da porta. Então o outro discípulo, que era conhecido do sumo
sacerdote, saiu, conversou com a encarregada da porta e levou Pedro para
dentro. A criada que guardava a porta disse a Pedro: Não pertences também tu
aos discípulos desse homem? Ele respondeu: Não.
Os
empregados e os guardas fizeram uma fogueira e estavam se aquecendo, pois fazia
frio. Pedro ficou com eles, aquecendo-se. Entretanto, o sumo sacerdote
interrogou Jesus a respeito de seus discípulos e de seu ensinamento. Jesus lhe
respondeu: Eu falei às claras ao mundo. Ensinei sempre na sinagoga e no templo,
onde todos os judeus se reúnem. Nada falei às escondidas. Por que me
interrogas? Pergunta aos que ouviram o que falei; eles sabem o que eu disse.
Quando
Jesus falou isso, um dos guardas que ali estava deu-lhe uma bofetada, dizendo:
É assim que respondes ao
sumo sacerdote? Respondeu-lhe Jesus: Se respondi mal, mostra em quê; mas, se
falei bem, por que me bates? Então, Anás enviou Jesus amarrado para Caifás, o
sumo sacerdote.
Não és tu
também um dos discípulos dele? Pedro negou: "Não!" - Simão Pedro continuava lá, em pé, aquecendo-se. Disseram-lhe:
Não és tu, também, um dos discípulos dele? Pedro negou: Não! Então um dos
empregados do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro tinha cortado a
orelha, disse: Será que não te vi no jardim com ele? Novamente Pedro negou. E
na mesma hora, o galo cantou.
O meu reino
não é deste mundo - De
Caifás, levaram Jesus ao palácio do governador. Era de manhã cedo. Eles mesmos
não entraram no palácio, para não ficarem impuros e poderem comer a páscoa.
Então Pilatos saiu ao encontro deles e disse: Que acusação apresentais contra
este homem? Eles responderam: Se não fosse malfeitor, não o teríamos entregue a
ti! Pilatos disse: Tomai-o vós
mesmos e julgai-o de acordo com a vossa lei. Os judeus lhe responderam: Nós não
podemos condenar ninguém à morte. Assim se realizava o que Jesus tinha dito,
significando de que morte havia de morrer. Então Pilatos entrou de novo no
palácio, chamou Jesus e perguntou-lhe: Tu és o rei dos judeus?
Jesus respondeu:
Estás dizendo isto por ti mesmo, ou outros te disseram isto de mim? Pilatos
falou: Por acaso, sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes te entregaram a
mim. Que fizeste? Jesus respondeu: O meu reino não é deste mundo. Se o meu
reino fosse deste mundo, os meus guardas teriam lutado para que eu não fosse
entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui. Pilatos disse a Jesus: Então
tu és rei? Jesus respondeu: Tu o dizes: eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo
para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta
a minha voz. Pilatos disse a Jesus: O que é a verdade? Ao dizer isso, Pilatos
saiu ao encontro dos judeus e disse-lhes: Eu não encontro nenhuma culpa nele.
Mas existe entre vós um costume, que pela páscoa eu vos solte um preso. Quereis
que vos solte o rei dos judeus? Então, começaram a gritar de novo: Este não,
mas Barrabás! Barrabás era um bandido.
Viva o rei
dos judeus! - Então
Pilatos mandou flagelar Jesus. Os soldados teceram uma coroa de espinhos e
colocaram-na na cabeça de Jesus. Vestiram-no com um manto vermelho,
aproximavam-se dele e diziam: Viva o rei dos judeus! E davam-lhe bofetadas.
Pilatos saiu de novo e disse aos judeus: Olhai, eu o trago aqui fora, diante de
vós, para que saibais que não encontro nele crime algum. Então Jesus veio para
fora, trazendo a coroa de espinhos e o manto vermelho. Pilatos disse-lhes: Eis
o homem! Quando viram Jesus, os sumos sacerdotes e os guardas começaram a
gritar: Crucifica-o! Crucifica-o! Pilatos respondeu: Levai-o vós mesmos para
crucificá-lo, pois eu não encontro nele crime algum. Os judeus responderam: Nós
temos uma lei, e, segundo esta lei, ele deve morrer, porque se fez Filho de
Deus. Ao ouvir estas palavras, Pilatos ficou com mais medo ainda. Entrou outra
vez no palácio e perguntou a Jesus: De onde és tu? Jesus ficou calado. Então
Pilatos disse: Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para te soltar
e autoridade para te crucificar? Jesus respondeu: Tu não terias autoridade
alguma sobre mim, se ela não te fosse dada do alto. Quem me entregou a ti,
portanto, tem culpa maior.
Fora! Fora!
Crucifica-o! - Por
causa disso, Pilatos procurava soltar Jesus. Mas os judeus gritavam: Se soltas
este homem, não és amigo de César. Todo aquele que se faz rei, declara-se
contra César. Ouvindo estas palavras, Pilatos levou Jesus para fora e sentou-se
no tribunal, no lugar chamado "Pavimento", em hebraico
"Gábata". Era o dia da preparação da páscoa, por volta do meio-dia.
Pilatos disse aos judeus: Eis o vosso rei! Eles, porém, gritavam: Fora! Fora!
Crucifica-o! Pilatos disse: Hei de crucificar o vosso rei? Os sumos sacerdotes
responderam: Não temos outro rei senão César. Então Pilatos entregou Jesus para
ser crucificado, e eles o levaram.
Ali o
crucificaram , com outros dois - Jesus
tomou a cruz sobre si e saiu para o lugar chamado "Calvário", em
hebraico "Gólgota". Ali o crucificaram, com outros dois: um de cada
lado, e Jesus no meio. Pilatos mandou ainda escrever um letreiro e colocá-lo na
cruz; nele estava escrito: "Jesus, o nazareno, o rei dos judeus".
Muitos judeus puderam ver o letreiro, porque o lugar em que Jesus foi
crucificado ficava perto da cidade. O letreiro estava escrito em hebraico,
latim e grego. Então os sumos sacerdotes dos judeus disseram a Pilatos: Não
escrevas "o rei dos judeus", mas sim o que ele disse: "Eu sou o
rei dos judeus". Pilatos respondeu: O que escrevi, está escrito.
Repartiram
entre si as minhas vestes - Depois
que crucificaram Jesus, os soldados repartiram a sua roupa em quatro partes,
uma parte para cada soldado. Quanto à túnica, esta era tecida sem costura, em
peça única de alto a baixo. Disseram então entre si: Não vamos dividir a
túnica. Tiremos a sorte para ver de quem será. Assim se cumpria a escritura que
diz: "Repartiram entre si as minhas vestes e lançaram sorte sobre a minha
túnica". Assim procederam os soldados.
Este é o teu
filho. Esta é a tua mãe - Perto da
cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e
Maria Madalena. Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele
amava, disse à mãe: Mulher, este é o teu filho. Depois disse ao discípulo: Esta
é a tua mãe. Dessa hora em diante, o discípulo a acolheu consigo.
Tudo está
consumado - Depois
disso, Jesus, sabendo que tudo estava consumado, e para que a escritura se
cumprisse até o fim, disse: Tenho sede. Havia ali uma jarra cheia de vinagre.
Amarraram numa vara uma esponja embebida de vinagre e levaram-na à boca de
Jesus. Ele tomou o vinagre e disse: Tudo está consumado. E, inclinando a
cabeça, entregou o espírito.
E logo saiu
sangue e água - Era o
dia da preparação para a páscoa. Os judeus queriam evitar que os corpos
ficassem na cruz durante o sábado, porque aquele sábado era dia de festa
solene. Então pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas aos crucificados
e os tirasse da cruz. Os soldados foram e quebraram as pernas de um e depois do
outro que foram crucificados com Jesus. Ao se aproximarem de Jesus, e vendo que
já estava morto, não lhe quebraram as pernas; mas um soldado abriu-lhe o lado
com uma lança, e logo saiu sangue e água. Aquele que viu, dá testemunho e seu
testemunho é verdadeiro; e ele sabe que fala a verdade, para que vós também
acrediteis. Isso aconteceu para que se cumprisse a escritura, que diz:
"Não quebrarão nenhum dos seus ossos". E outra escritura ainda diz:
"Olharão para aquele que transpassaram".
Envolveram o
corpo de Jesus com aromas, em faixas de linho - Depois disso, José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus -
mas às escondidas, por medo dos judeus - pediu a Pilatos para tirar o corpo de
Jesus. Pilatos consentiu. Então José veio tirar o corpo de Jesus. Chegou também
Nicodemos, o mesmo que antes tinha ido de noite encontrar-se com Jesus. Levou
uns trinta quilos de perfume feito de mirra e aloés. Então tomaram o corpo de
Jesus e envolveram-no, com os aromas, em faixas de linho, como os judeus
costumam sepultar. No lugar onde Jesus, foi crucificado, havia um jardim e, no
jardim, um túmulo novo, onde ainda ninguém tinha sido sepultado. Por causa da preparação da
páscoa, e como o túmulo estava perto, foi ali que colocaram Jesus. - Palavra da Salvação!
Comentando o
Evangelho (Antônio Carlos Santini / Com. Católica Nova Aliança): Os discípulos de Jesus não eram propriamente uns pacifistas... Além
das freqüentes altercações no interior do grupo, dois deles até ganharam o
apelido de “filhos do Trovão” [Boanerges], por manifestarem a intenção de pedir
o fogo do céu sobre os samaritanos (Mc 3, 17).
Convém
lembrar que a Palestina estava sob dominação romana. As águias das legiões
invasoras estavam por toda parte. Ainda que as autoridades religiosas e os
herodianos compactuassem com a ocupação (e até lucrassem com isso!), no meio do
povo havia um ódio surdo contra Roma. Houve revoltas populares e uma guerrilha
permanente movida pelos zelotas. Os exegetas reconhecem um ou dois zelotas
entre os Doze, em especial o segundo Simão (cf. Lc 6, 15). Em outra passagem, o
Evangelho registra que entre os Doze havia “duas espadas” (Lc 22, 38).
Hoje, no
momento da prisão de Jesus, Simão Pedro saca da espada e fere a cabeça de um
dos homens enviados pelos sacerdotes do Templo, decepando-lhe a orelha. A
pronta reação do Senhor foi um imperativo seco: “Mete a espada na bainha!” E,
de imediato, tocou a ferida do servo, curando-o (Lc 22, 51).
Creio que
este exemplo é suficiente para que todo cristão desista, de uma vez por todas,
do uso da violência para corrigir os erros individuais e sociais. Quando, nos
últimos tempos, setores cristãos adotaram métodos e conceitos marxistas para
“construir o Reino”, estimulando a luta de classes e acendendo rastilhos de
ódio como reação aos pecados do sistema, certamente não seguiam os ensinamentos
de Cristo.
Jesus se
entrega. Abandona-se nas mãos de seus algozes. Nos primeiros tempos da Igreja,
todo cristão sabia que seu futuro incluía os leões da arena e os carrascos do
Imperador. E era com alegria – e sem ódio! – que eles enfrentavam o martírio no
Coliseu e os trabalhos forçados nas minas de metal.
Jesus é o
manso cordeiro antevisto por Isaías: “Brutalizado, ele se humilha, não abre a
boca; como um cordeiro é arrastado ao matadouro, como uma ovelha emudece
diante dos tosquiadores, ele não abre a boca.” (Is 53, 7) É a esse Cordeiro de
Deus que nos dirigimos, em cada Eucaristia, pedindo a paz: “Cordeiro de Deus /
que tirais o pecado do mundo / dai-nos a paz!”
Ora, como
pediremos a paz se tambores de guerra ruflam permanentemente em nossos corações?
INTENÇÕES PARA O MÊS DE MARÇO:
Geral –
Respeito à natureza: Que
cresça, o respeito à natureza, obra de Deus confiada a nossa responsabilidade.
Missionária
– Bispos, Sacerdotes e Diáconos: que os
Bispos, Padres e Diáconos sejam incansáveis anunciadores do Evangelho até os
confins da Terra.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo da
Quaresma (CNBB-DL/2011): Vai da
quarta-feira de Cinzas até a missa da Ceia do Senhor, exclusive. É o tempo para
preparar a celebração da Páscoa. “Tanto na liturgia quanto na catequese
litúrgica esclareça-se melhor a dupla índole do tempo quaresmal que,
principalmente pela lembrança ou preparação do Batismo e pela penitência,
fazendo os fiéis ouvirem com mais frequência a Palavra de Deus e entregarem-se
à oração, os dispõe à celebração do mistério pascal” (SC 109).
· Durante este tempo, é proibido
ornar o altar com flores, o toque de instrumentos musicais só é permitido para
sustentar o canto. Excetuam-se o Domingo Laetare (4º Domingo da Quaresma), bem como as
solenidades e festas.
· A cor do tempo é roxa. No Domingo Laetare, pode-se usar cor-de-rosa.
(IGMR nº308f)
· Em todas as Missas e Ofícios
(onde se encontrar), omite-se o Aleluia.
· Nas solenidades e festas somente,
como ainda em celebrações especiais, diz-se o Te
Deume o Glória.
· As memórias obrigatórias que
ocorrem neste dia podem ser celebradas como memórias facultativas. Não são
permitidas missas votivas (devoção particular).
· Na celebração do Matrimônio, seja
dentro ou fora da Missa, deve-se sempre dar a bênção nupcial; mas admoestem-se
os esposos que se abstenham de demasia pompa.
Cor
Litúrgica: Vermelho - Simboliza o fogo purificador,
o sangue e o martírio. Usada nas missas de Pentecostes e Santos Mártires.
Fonte:
CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e
Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo