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segunda-feira, 14 de julho de 2014

Liturgia Diária Comentada 20/07/2014 16º Domingo Comum

16ª Semana do Tempo Comum - 4ª Semana do Saltério

Prefácio dos domingos comuns - Ofício dominical
Cor: Verde - Ano Litúrgico “A” - São Mateus
Glória e Creio

Antífona: Salmo 53,6.8 - É Deus quem me ajuda, é o Senhor quem defende a minha vida. Senhor, de todo o coração hei de vos oferecer o sacrifício e dar graças ao vosso nome, porque sois bom.

Oração do Dia: Ó Deus, sede generoso para com vossos filhos e filhas e multiplicai em nós os dons da vossa graça, para que, repletos de fé, esperança e caridade, guardemos fielmente os vossos mandamentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!

Primeira Leitura: Sb 12,13.16-19 Concedeis o perdão aos pecadores 

Não há, além de ti, outro Deus que cuide de todas as coisas e a quem devas mostrar que teu julgamento não foi injusto. A tua força é o princípio da tua justiça, e o teu domínio sobre todos te faz para com todos indulgente. Mostras a tua força a quem não crê na perfeição do teu poder; e, nos que te conhecem, castigas o seu atrevimento.

No entanto, dominando tua própria força, julgas com clemência e nos governas com grande consideração; pois, quando quiseres, está ao teu alcance fazer uso do teu poder. Assim procedendo, ensinaste ao teu povo que o justo deve ser humano; e a teus filhos deste a confortadora esperança de que concedes o perdão aos pecadores. - Palavra do Senhor.

Comentando a Liturgia: As palavras de sabedoria da primeira leitura de hoje são permeadas de esperança para o povo judeu, que vivia em meio à cultura e dominação gregas, sobretudo na cidade de Alexandria, onde esse livro foi composto, entre os anos 50 e 60 antes da Era Comum (a.C.). O judaísmo era desafiado pelos valores gregos do ser.

Os judeus se perguntavam: como se adaptar à nova realidade sem perder a fé no Deus dos pais e da libertação do Egito? A resposta era simples: testemunhar que o Deus de Israel era diferente. E foi isso que o piedoso judeu e autor do livro da Sabedoria quis mostrar, diferentemente de outros judeus, seus antecessores, que apresentavam Deus forte, violento para com os inimigos.

Deus, no livro da Sabedoria, é o cuidador de todos (v. 13), que julga com justiça (v. 13), perdoa e governa com indulgência (v. 18). Por ser assim, Deus não deixa de ser menos poderoso que os deuses dos pagãos. E, mais do que isso, o ser humano é convocado a ser como Deus, misericordioso. Deus é humano no seu proceder. E ao ser humano, aprendendo de Deus, resta também governar e agir com justiça, misericórdia e solidariedade. Eis o nosso grande desafio: aprender da pedagogia de Deus.

Salmo: 85,5-6.9-10.15-16a (R. 5a) Ó Senhor, vós sois bom, sois clemente e fiel!

Ó Senhor, vós sois bom e clemente, sois perdão para quem vos invoca. Escutai, ó Senhor, minha prece, o lamento da minha oração!

As nações que criastes virão adorar e louvar vosso nome. Sois tão grande e fazeis maravilhas; vós somente sois Deus e Senhor!

Vós, porém, sois clemente e fiel, sois amor, paciência e perdão. Tende pena e olhai para mim! Confirmai com vigor vosso servo!  

Segunda Leitura: Rm 8,26-27 O Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis

Irmãos: O Espírito vem em socorro da nossa fraqueza. Pois nós não sabemos o que pedir, nem como pedir; é o próprio Espírito que intercede em nosso favor, com gemidos inefáveis. E aquele que penetra o íntimo dos corações sabe qual é a intenção do Espírito. Pois é sempre segundo Deus que o Espírito intercede em favor dos santos. - Palavra do Senhor.

Comentando a Liturgia: A reflexão feita por Paulo, nessa carta dirigida aos cristãos de Roma, aponta-nos a oração como caminho de construção do reino de Deus. Se não sabemos rezar, é o próprio Espírito que intercede, que reza por nós. Ele suplica a Deus em favor dos que lutam por justiça e paz, assim como vimos nas parábolas do evangelho de hoje.

A oração é fonte de vida para o cristão. Jesus foi um homem de oração. Deus Pai e Deus Espírito se entendem e se encontram em nós, quando rezamos e lutamos na construção do reino de Deus.

Evangelho: Mt 13,24-43 Deixai crescer um e outro até a colheita

Naquele tempo: Jesus contou outra parábola à multidão: “O Reino dos Céus é como um homem que semeou boa semente no seu campo. Enquanto todos dormiam, veio seu inimigo, semeou joio no meio do trigo, e foi embora. Quando o trigo cresceu e as espigas começaram a se formar, apareceu também o joio. Os empregados foram procurar o dono e lhe disseram: ‘Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde veio então o joio?’

O dono respondeu: ‘Foi algum inimigo que fez isso’. Os empregados lhe perguntaram: ‘Queres que vamos arrancar o joio?’ O dono respondeu: ‘Não! Pode acontecer que, arrancando o joio, arranqueis também o trigo. Deixai crescer um e outro até a colheita! E, no tempo da colheita, direi aos que cortam o trigo: arrancai primeiro o joio e amarrai-o em feixes para ser queimado. Recolhei, porém, o trigo no meu celeiro!”

Jesus contou-lhes outra parábola: “O Reino dos Céus é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo. Embora ela seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior do que as outras plantas. E torna-se uma árvore, de modo que os pássaros vêm e fazem ninhos em seus ramos”.

Jesus contou-lhes ainda outra parábola: “O Reino dos Céus é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado”.

Tudo isso Jesus falava em parábolas às multidões. Nada lhes falava sem usar parábolas, para se cumprir o que foi dito pelo profeta: “Abrirei a boca para falar em parábolas; vou proclamar coisas escondidas desde a criação do mundo”.

Então Jesus deixou as multidões e foi para casa. Seus discípulos aproximaram-se dele e disseram: “Explica-nos a parábola do joio!”

Jesus respondeu: “Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem. O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao Reino. O joio são os que pertencem ao Maligno. O inimigo que semeou o joio é o diabo. A colheita é o fim dos tempos. Os ceifeiros são os anjos. Como o joio é recolhido e queimado ao fogo, assim também acontecerá no fim dos tempos: o Filho do Homem enviará seus anjos, e eles retirarão do seu Reino todos os que fazem outros pecar e os que praticam o mal; e depois os lançarão na fornalha de fogo. Aí haverá choro e ranger de dentes. Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça”. - Palavra da Salvação.

Comentando o Evangelho (Padre Jaldemir Vitório / Jesuíta):

A parábola do joio e do trigo mostra como devemos, na vida, suportar a coexistência do bem e do mal. É impossível realizar uma clara separação entre eles. A ação concomitante do senhor do campo, semeando a boa semente, e a do seu inimigo, semeando a erva daninha, é inevitável. É preciso contar com esta eventualidade!

Os discípulos foram alertados quanto à tentação de querer arrancar a erva daninha, deixando crescer somente o trigo. Seria arriscado, pois juntamente com a erva má, arrancar-se-ia também a boa. O prejuízo desaconselha uma tal providência.

Diante desta situação, a atitude correta consiste em ter paciência, misericórdia e esperança. Paciência, porque, no final das contas, ficará patente a identidade do bem e do mal, embora, num determinado momento, parecessem semelhantes. Além disto, fica sempre aberta a possibilidade de conversão do pecado para a graça, pois a ação de Deus, no coração humano, supera o nosso entendimento. Misericórdia, porque o discípulo do Reino é chamado a acolher os pecadores, com a mesma benevolência do Pai, sem pretender excluí-los dos benefícios do Reino. Trata-se de uma luta constante para libertá-los da escravidão à qual foram reduzidos pelo pecado. Sem misericórdia, este processo de aproximação será inviável. Esperança, porque o mal está fadado a ser derrotado. Pela força de Deus, o bem terá a última palavra na história humana.

INTENÇÕES PARA O MÊS DE JULHO:

Intenção UniversalDesporto e humanização - Para que a prática do desporto seja sempre oportunidade de fraternidade e crescimento humano.

Intenção para a Evangelização: Missionários leigos - Para que o Espírito Santo sustenha o serviço dos leigos que anunciam o Evangelho nos países mais pobres.

TEMPO LITÚRGICO:

Tempo Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes da Quaresma. Recomeça na segunda-feira depois do domingo de Pentecostes e termina antes das Primeiras Vésperas do 1º Domingo do Advento NALC 44.

Cor Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.

CATÓLICOS COM JESUS: GRAÇA E PAZ

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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia  
Crendo e ensinando o que crê e ensina a Santa Igreja Católica


Fonte: CNBB / Missal Cotidiano