Lucas 15,11-24
O amor é o nome mais
sublime da lei de Deus! É a força do amor que rege as leis divinas. O que Deus
tem em mente com sua Lei sagrada, efetivamente, é nos preservar dos caminhos
que nos afastam d’Ele. Ele sabe que longe d’Ele não há felicidade.
A Lei divina quer
nos resgatar da pequenez humana para nos projetar para a santidade, que nos
levará e à eternidade. Na Lei divina é a vida que conta.
Assim podemos
entender com maior facilidade os 10 mandamentos. Importa, portanto, a virtude
da obediência aos mandamentos que nos garantem esta proximidade com Ele.
A Lei divina, como
sabemos, tem uma dimensão vertical e uma horizontal: É amar a Deus sobre todas
as coisas e, ao próximo, como a nós mesmos.
A partir do momento
que tivermos entendido isso, tudo será diferente em nós. Só o amor liberta...
A Lei de Deus não
tem nada de escravidão. Só o mandamento do amor pode explicar a centralidade da
Lei de Deus.
O Evangelho nos
ensina a termos certeza de duas coisas:
·
Quanto mais nos
damos conta dos nossos próprios pecados, com maior facilidade perdoaremos os
pecados dos outros;
·
E quanto mais
perdoamos as ofensas recebidas, mais receberemos o perdão de Deus pelos nosso
pecados.
Como vemos Deus não usa matemática para nos
perdoar. Só quem faz a experiência do perdão dos próprios pecados é que
compreende bem o que significa o perdoar e ser perdoado.
Precisamos entender
que a fraqueza e o erro são dimensões da condição humana. Não devemos buscar
perfeição nos seres humanos.
Todos, sem nenhuma
exceção, somos propensos a erros e pecados.
Todos somos miseráveis. Fomos atingidos de cheio pelo pecado original,
que nos descredenciou da graça santificante.
E, neste mundo, o
único nascido de mulher que nasceu sem pecado foi Cristo, autor do perdão.
Portanto, já que
somos simples mortais, que também cometemos muitos pecados, não resta-nos outra
possibilidade a não ser perdoar, por mais difícil que possa ser.
Não podemos, ou
melhor, não devemos colocar limites na tarefa de perdoar. Aprendi, faz muito tempo,
que perdoar vai muito além de um puro ato humano. Perdoar é divino.
Perdoar é uma
atitude que tem sua origem e fonte no próprio coração misericordioso de Deus.
O próximo é todo homem que
precisa da nossa ajuda material ou espiritual. Amar o próximo consiste em
praticar as obras de misericórdia corporais e espirituais, que são um resumo
das obras de caridade que o cristão deve praticar.
A
sociedade em que vivemos está coerente com o mundo criado por Deus? Porque?
O que podemos fazer hoje para que a realidade em
que estamos inseridos se aproxime do “Plano Divino”?
(Estas questões podem ser divididas em grupo)
Ler Jo 20, 21-23
Jesus transmitiu aos apóstolos o poder e a missão
de continuar perdoando e devolvendo a paz e a reconciliação às pessoas e à comunidade.
Os padres, sucessores dos apóstolos, têm a missão e o poder de perdoar os
pecados. E, quando confessamos, podemos ficar em paz, com a certeza de que Deus
nos deu o seu perdão.
Fé é: Obedecer (como Abraão)- depender (como
Moisés)- confiar (como Maria)- tomar posse da salvação (meio pelo qual a
salvação chega até você)
Converter é: troca de direção (inferno-céu)-
mudança de caminho (do meu jeito de ser para jeito de Deus); de verdade (o que
eu acho para o que Deus quer) e de vida (para mim para o irmão) renunciar (para
dirigir-se pelos valores do Evangelho).
Estamos vivendo uma época em que as posições em
relação a Satanás são contraditórias. Existem algumas pessoas que dizem que o
demônio não existe, que é uma espécie de personificação das más tendências e
inclinações das pessoas e que essa história de anjo decaído não passa de
mitologia.
Por outro lado, existem os que absolutizam a ação
do demônio, de modo que tudo é o inimigo agindo, é fruto do maligno e outras
coisas do gênero.
A Igreja afirma a existência do demônio, mas também
afirma que o poder de Deus é infinitamente superior ao dele. No Evangelho de
hoje, Jesus nos mostra o seu poder sobre o maligno, poder que se manifesta na
totalidade no Mistério Pascal, que é a derrota definitiva do antigo inimigo.
O melhor modo para derrotar o demônio é conhecer
verdadeiramente a Jesus Cristo, para amá-Lo e testemunhá-Lo.
Esta atitude deve deixar o demônio totalmente fora
de foco. Tudo o que o demônio quer é roubar do coração humano o verdadeiro amor
a Jesus Cristo.
Faz-se necessário, portanto, muito exercício, muita
dedicação e muito empenho para conhecer e viver Jesus e sua proposta.
Quem conhecer a Cristo de verdade, viverá uma vida
mais harmoniosa, mais alegre, mais feliz.
O testemunho pessoal será a palavra de ordem.
Receber os Sacramentos é receber o próprio Cristo. Ele, dentro de nós, será a
maior força, o maior poder para nos manter livres das ações do maligno: “Quem
não está comigo está contra mim. E quem não recolhe comigo dispersa”.
Sozinhos, jamais conseguiremos enfrentar o demônio.
Precisamos nos unir em comunidade, em grupo, em família. Será muito mais fácil
para o Maligno nos pegar sozinhos.
Dificilmente Ele nos pegará em grupo, em comunidade,
em família. Comunidade dividida é canal aberto para a força do mal.
Família dividida é campo aberto para a ação do
Inimigo de Deus
Fontes:
CIC
Biblia
Padre Renato dos Santos - SDB