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terça-feira, 31 de março de 2015

O significado da semana santa nos Padres da Igreja

Dom Vital Corbellini

O significado da semana santa nos Padres da Igreja

Dom Vital CorbelliniBispo de Marabá (PA)

Introdução
A semana santa é a semana das semanas, por trazer a salvação do gênero humano, homens e mulheres na obra assumida por Jesus Cristo, o enviado do Pai. Os padres da Igreja, escritores cristãos dos primeiros séculos do cristianismo, falaram da importância da semana santa colocando para a Igreja cada dia da mesma, o seu significado até a entrega de Cristo sobre a cruz, a sua morte por amor a todos, a sua descida dentre os mortos e a vigília das vigílias, o sábado santo, no aguardo da ressurreição de Jesus dos mortos. A seguir temos considerações de diversos autores da Igreja antiga que nos iluminam para viver bem a semana santa na sua intensidade e em unidade com o Senhor Jesus que nos amou atém o fim pela sua morte de cruz para assim estar conosco e com todos pela sua ressurreição.

1. O Domingo de Ramos
Nós encontramos referências com Beda(Monge Inglês, historiador do século VII-VIII dC), o Venerável, o qual comenta o evento religioso. Ele tem presente (Mc 11,10): Bendito o Reino que vem do nosso pai Davi. Hosana no mais alto dos céus. Nós lemos pelo evangelista João(cf. Jo 6, 14-15) que as multidões após a multiplicação dos pães e dos peixes queriam aclamar Jesus como rei, mas ele foge para a montanha a rezar a sós com o Pai de modo que tal coisa não pudesse acontecer em sua vida terrena. No entanto Ele irá para Jerusalém para não fugir da missão de dar a vida por todos, não deixando também que as pessoas o proclamassem rei, com hinos dignos do Filho de Deus e do rei, da qual Ele não mandou calar as pessoas que cantaram a restauração nele do patriarca Davi e a conquista da primitiva benção. Por qual motivo Jesus acolheu com alegria as coisas que antes recusou? Para Beda, é Cristo o rei de um império que não se refere ao tempo sendo terreno, mas eterno nos céus e este o alcançará com a vitória sobre a morte, com a glória da ressurreição e o triunfo da ascensão. Dessa forma as palavras do Arcanjo Gabriel se realizaram na anunciação à Maria: Ele será grande, filho do Altíssimo e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi reinando para sempre sobre a casa de Jacó(cf. Lc 1,32-33). O Senhor aceitou o trono e o reino de Davi dados ao seu Filho Jesus Cristo encarnado, sendo mediador entre Deus e os homens na qual o rei Davi tinha oferecido um reino temporal, do qual Ele recebeu um reino espiritual ligando as coisas da terra com as do céu, em vista da salvação de todo o gênero humano e do universo(cf. Fl 2,10).
2. Segunda feira santa
Orígenes comentou a liturgia da segunda feira santa em seu tempo. Ele diz que nós somos a Jerusalém na qual Jesus chorou. Aproximando-se de Jerusalém o Senhor chorou sobre a cidade pela sua indiferença em relação à visita do Salvador prevendo a destruição da mesma(cf. Lc 19,42-43). O autor fala de mistérios nos quais aquelas palavras foram ditas tendo a necessidade de descobri-los. Todas as bem-aventuranças falam da pessoa de Cristo Jesus. Bem-aventurados os mansos(Mt 5,5), bem-aventurados os pacíficos(Mt 5,9) referindo-se a Jesus no seu testemunho de vida manso e pacífico. Ele também disse bem-aventurados os que choram(Mt 5,4) de modo que Jesus mesmo chorou sobre Jerusalém material e o choro dele é também sobre a nossa Jerusalém, pelo fato de nós permanecermos indiferentes à Palavra de Deus, ao amor a Deus e ao próximo.
3. Terça feira santa
Leão Magno tem referências quanto à terça-feira santa. Jesus sente que a sua hora está chegando de modo que assumiu os sentimentos da nossa debilidade, eliminando o temor do castigo mesmo quando Ele dizia que a sua alma estava triste até a morte ou ainda o Pai afastasse aquele cálice, se era possível(Mt 26,38-39). O Senhor tremia em nós com o nosso medo, assumiu a nossa debilidade, mas a tinha reforçada com a sua força. Ele preferiu o nosso medo que recorrer ao seu poder de fazê-lo livre naquela hora com legiões angélicas(cfr. Mt 26,53). Leão Magno fala que Pedro superou também o medo da fragilidade, ao referir-se à sua negação a Cristo e em outras situações, porque tinha presente o exemplo de Jesus que venceu o medo da fragilidade humana. A pessoa humana passa por sofrimentos e calúnias não sendo as vezes o momento da entrega como o foi para Jesus. Se Jesus tremeu o nosso temor, nós não devemos temer nada diante das dificuldades e problemas da vida.
4. Quarta feira santa
Leão Magno também coloca referências à quarta-feira santa. Deus amou o mundo a ponto de dar o seu Filho de modo que as pessoas que acreditarem nele tenham a vida eterna(cf. Jo 3,16). As pessoas humanas são salvas pela cruz de Cristo no seu desígnio eterno de salvação para cada um de nós. Aquele que assumiu toda a natureza humana fez seus também as sensações do corpo e os sentimentos da alma. Tudo nele era plenamente sacramento e milagre, mas a natureza humana tinha o seu devido valor, porque chorou de verdade, sendo desprezado na sua baixeza, crucificado pela nossa dor. O profeta Isaias profetizara a respeito do Servo do Senhor que se fez frágil pelos nossos pecados e nós fomos sarados pelos seus ferimentos (cf. Is 53,4-5). Ele provou a nossa debilidade passando-lhe um outro estado de temor. Dessa forma o Senhor deu salvação ao nosso corpo e alma encorajando a todos diante da debilidade de modo que é possível vencer o ódio do mundo ou a tempestade das tentações porque Cristo Jesus viveu essas situações dando-lhes vida nova.
5. Quinta feira santa
Orígenes percebe a quinta-feira santa pelo lava-pés do Senhor aos seus discípulos. Jesus é o servo por excelência que lava os pés dos discípulos. Não há antecedentes no AT de pessoas que fizeram como Senhor, mesmo Abraão diante das três pessoas que o visitaram(Gn 18,2-4) ou José com os seus irmãos no Egito(Gn 43,23-24). Jesus fala que veio para servir a todos e convida os seus discípulos a ser manso e humilde de coração(cf. Mt 11,29). O lavar os pés é a pertença de estar com Jesus, fazer parte com Ele, a ser um com Ele mesmo diante das dificuldades e problemas que deveria enfrentar, sobretudo os sofrimentos pela salvação de todo o gênero humano.
6. Sexta feira santa
Orígenes possui considerações sobre a sexta-feira santa, colocando a paixão do Senhor dado por amor. A sua morte explica-se pelo seu amor ao gênero humano. Jesus assumiu a natureza humana, descendo sobre a terra movido pela compaixão por todas as pessoas, sofreu os nossos sofrimentos antes mesmo de as sofrer pela cruz e se dignou assumir a nossa carne, a nossa realidade humana. A paixão que Jesus sofreu é a paixão do amor pelo gênero humano e por cada um de nós. O Pai mesmo, o Deus do Universo, misericordioso não sofreu também Ele em certo sentido? Orígenes tendo presente Deuterônomio (Dt 1,31) afirma que quando Deus se ocupa das coisas humanas sofre também Ele uma paixão humana de modo que Deus suporta o nosso comportamento como o Filho de Deus carregou os nossos sofrimentos. Por isso mesmo o Pai mesmo não foi impassível ao sofrimento do Filho na cruz e na sua morte. Assim a sua paixão é de amor de Deus para todo o gênero humano, homem e mulher porque assumiu em si os sofrimentos humanos.
7. Sábado santo
A obra "Odes de Salomão", escrito cristão do final do segundo e início do terceiro século, tem presentes o sábado santo aonde conclama os cristãos à morte do Senhor mas na esperança da ressurreição. O Servo de Deus sofreu injúrias, perseguições pela morte de cruz enquanto Ele impôs um jugo de amor para todos. Mas Ele não permanecerá na morte mas ressurgirá para dar a alegria para as pessoas que confiarem em seu nome. Ele não foi rejeitado também se houvesse esta ideia por parte das autoridades, nem mesmo foi destruído também se assim pensaram dele. Aqueles e aquelas que estavam na mansão dos mortos o viram e se prostraram diante dele. A morte vomitou diante dele mas ele a venceu pela sua morte redentora. Ele constituiu uma assembleia de vivos entre os seus mortos e falou para eles da vida. Esses como que disseram ao Servo de Deus, Filho de Deus que tivesse piedade deles, pedindo-lhe que os livrasse das cadeias das trevas e lhe abrisse a porta aonde está nele, a vida verdadeira. Nós vimos que a morte não tocou nele, porque a venceu. Nós somos salvos junto a Ele, porque o Senhor Jesus é o Salvador do gênero humano de modo que nós pousamos nele para nos tornar filhos livres para sempre com o Senhor ressuscitado.
Conclusão
A semana santa possui o significado de amor de Deus para com todos nós pelo Senhor Jesus Cristo que ao assumir a encarnação passou pela morte de cruz dando-nos vida em plenitude. Cada dia da mesma necessita de uma vida integra assim como o foi para o Senhor até chegar a sua hora suprema, a cruz, no seu amor total por nós e para todo gênero humano. A sua ressurreição é a certeza de sua presença do Eterno Vivente em meio aos seus. A morte não tem vez e voz diante do Senhor. Os primeiros autores do cristianismo, os primeiros teólogos colocam para nós e para toda a Igreja a importância de viver bem esses dias até a páscoa, para assim subir com Jesus à cidade santa, sendo aclamado como Rei, Filho de Davi, a santa ceia, o lava-pés, a sua paixão e morte por amor, a vigília das vigílias e a vida nova pela ressurreição de Jesus dentre os mortos. No Filho de Deus encarnado, possamos viver a semana santa no sentido do amor Deus por cada um de nós assim como o foi nos primeiros séculos do cristianismo através dos padres da Igreja, os primeiros escritores cristãos.

http://www.cnbb.org.br/artigos-dos-bispos-1/dom-vital-corbellini-1/16173-o-significado-da-semana-santa-nos-padres-da-igreja

"A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão a proposta do Reino, vivida na Igreja (DNC 50)."

Documento Necessário para o Batismo e Crisma

Certidão de Nascimento ou Casamento do Batizando;

Comprovante de Casamento Civil e Religioso dos padrinhos;

Comprovante de Residência,

Cartões de encontro de Batismo dos padrinhos;

Documentos Necessários para Crisma:

RG do Crismando e Padrinho, Declaração de batismo do Crismando, Certidão ou declaração do Crisma do Padrinho, Certidão de Casamento Civil e Religioso do Padrinho/Madrinha e Crismando se casados.

Fonte: Catedral São Dimas

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Reflexão

REFLEXÃO

A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.

reflexão sobre o Dízimo

A espiritualidade do Dízimo

O dízimo carrega uma surpreendente alegria no contribuinte. Aqueles que se devotam a esta causa se sentem mais animados, confortados e motivados para viver a comunhão. O dízimo, certamente, não é uma questão de dinheiro contrariando o que muitos podem pensar. Ele só tem sentido quando nasce de uma proposta para se fazer a experiência de Deus na vida cristã. Somos chamados e convocados a este desafio.

Em caso contrario, ele se torna frio e distante; por vezes indiferente. A espiritualidade reequilibra os desafios que o dízimo carrega em si. "Honra o Senhor com tua riqueza. Com as primícias de teus rendimentos. Os teus celeiros se encherão de trigo. Teus lagares transbordarão de vinho" (Pr 3,9-10). Contribuir quando se tem de sobra, de certa forma, não é muito dispendioso e difícil. Participar da comunhão alinha o desafio do dízimo cristão.

Se desejar ler, aceno: Gn 28, 20-22; Lv 27, 30-32; Nm 18, 25-26 e Ml 3, 6-10.

Fonte : Pe. Jerônimo Gasques

http://www.portalnexo.com.br/Conteudo/?p=conteudo&CodConteudo=12

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