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quarta-feira, 27 de maio de 2015

Discurso de Jean Vanier na cerimônia de entrega do prêmio Templeton



Templeton prize


Discurso de Jean Vanier
na cerimônia de entrega do prêmio Templeton,
na Igreja de St Martin-in-the-Fields, Londres, 18 de Maio de 2015.

Boa tarde a todos: Reverendo Dr. Sam Wells, Jennifer Templeton Simpson, Heather Templeton Dill, eminentes convidados, Senhoras e Senhores. Em primeiro lugar gostaria de agradecer ao Doutor Templeton e a sua maravilhosa família e, é claro, ao juri. Muito obrigado por este magnífico prêmio que me atribuíram como reconhecimento da beleza e do valor das pessoas com  deficiência intelectual. Essa beleza revelou-se na vida partilhada, em conjunto, na Arca, e no acompanhamento mútuo vivido no Movimento Fé e Luz.

As pessoas com deficiência intelectual estão no coração das nossas comunidades; foram elas que revelaram a tantas pessoas – as suas famílias, aos assistentes e aos amigos – os seus dons humanos e espirituais, e foram elas que inspiraram o crescimento fecundo da Arca e de Fé e Luz, no mundo inteiro. É a elas que o prêmio será entregue para que muito mais pessoas com deficiência intelectual no mundo possam crescer para uma liberdade interior cada vez maior e para descobrir o seu próprio valor fundamental enquanto seres humanos e filhos de Deus. Por sua vez, elas tornar-se-ão capazes de ajudar numerosas pessoas ditas «normais», prisioneiras das nossas culturas orientadas para o poder e para o sucesso pessoal, a descobrir o que significa ser humano.
Arca e Fé e Luz fazem parte de uma verdadeira revolução; no passado as pessoas com deficiência intelectual foram, muitas vezes, consideradas como uma vergonha para os seus pais e, em alguns casos, como castigo de Deus. Seus pais e aqueles que cuidam delas foram frequentemente considerados como pessoas formidáveis, ou mesmo «santos», porque se ocupavam de pessoas «assim».
Hoje em dia, é cada vez mais evidente que são as pessoas com deficiência intelectual que nos humanizam e nos curam, se entrarmos numa verdadeira  relação de amizade com elas. Não são castigo de Deus, pelo contrário, são um caminho para Deus.
Quero agradecer a todos os que nos acolhem hoje, por ocasião desta cerimônia e pertencem a esta magnífica igreja histórica de St Martin-in-the-Fields, conhecida pela sua abertura e seu acolhimento aos sem-teto. Obrigado ao seu vigário Samuel Wells que, no seu livro “A Nazareth Manifesto”, revela que Jesus veio ensinar-nos não somente a fazer algo para as pessoas sem-teto, mas a estar com elas. Sim, este é o verdadeiro segredo da Igreja e o segredo das nossas comunidades e, esperamos que um dia seja, também, o segredo de toda a humanidade: estar com. Estar com é viver juntos, entrar em relação mútua de amizade e de benevolência. É rir e chorar juntos, é sermos reciprocamente transformados uns pelos outros. Cada pessoa torna-se um presente para a outra e revela aos outros que todos fazemos parte de uma imensa e maravilhosa família humana, a família de Deus. Somos todos profundamente idênticos enquanto seres humanos, mas também profundamente diferentes. Cada um de nós tem um dom especial; cada um tem uma missão única.
Esta família maravilhosa, desde suas origens até nossos dias, com todos os que se foram disseminando neste planeta, de geração em geração, é composta por pessoas de diferentes culturas e diversas competências; cada uma delas tem as suas forças e as suas fraquezas e cada uma delas é preciosa.
A evolução desta família, desde suas origens até nossos dias, foi-se envolvendo em guerras, violências e uma procura incessante de domínio sobre os outros e de acumulação de posses. É também uma evolução contra a qual os profetas de paz nunca deixaram de gritar: «Paz, Paz» apelando às pessoas para que se encontrassem umas com as outras e que descobrissem que são belas e preciosas.
Muitos de nós neste mundo continuamos a aspirar à paz e à unidade. Contudo, muitos de nós permanecemos presos nas nossas culturas, envolvidos nas lutas pelo poder e na acumulação de riquezas. Como poderemos libertar-nos de uma cultura que não incita as pessoas a tornarem-se responsáveis pela família humana e pelo bem-comum, mas as incita ao sucesso individual e ao domínio sobre os outros? Como será possível libertarmo-nos dos tentáculos e dos entraves dessa cultura, para nos tornarmos livres de sermos nós mesmos; livres dos nossos egos sobredimensionados e das nossas compulsões; livres de amar os outros como eles são: diferentes e contudo iguais a nós?
Estar com, é também comermos juntos, como Jesus nos convida a fazer: «Quando deres um banquete, não convides a tua família nem os teus amigos, nem os teus vizinhos ricos, mas convida os pobres, os estropiados, os coxos, os cegos; então serás bem-aventurado». Ser bem-aventurado, diz-nos Jesus, é convidar os pobres para a nossa mesa (Lc 14). Sejamos claro, não são somente os convidados que serão bem-aventurados porque se alegram em uma festa; é o anfitrião que é bem-aventurado pelo seu encontro com os pobres. Por que o anfitrião é dito bem-aventurado? Não será porque o seu coração fica transformado quando ele é tocado pelos dons maravilhosos do Espírito escondidos nos corações dos pobres? Este foi o dom do meu caminho pessoal, e o de tantos outros. Fomos guiados por aqueles que são frágeis no caminho da bem-aventurança do amor, da humildade e da paz.
Para sermos transformados precisamos primeiro nos encontrar com pessoas que são diferentes e não os membros da nossa família, os amigos ou os vizinhos que se parecem conosco. Encontremos-nos para além das diferenças – intelectuais, culturais, nacionais, raciais ou religiosas.
É a partir desse encontro inicial que podemos construir uma comunidade e lugares de pertença onde podemos viver juntos.
Uma comunidade nunca é chamada a ser um grupo fechado onde nos escondemos atrás de barreiras idênticas do grupo, preocupada unicamente com o seu bem-estar e a sua própria visão, como se fosse a única ou a melhor.
Uma comunidade não pode ser uma prisão nem uma fortaleza. Infelizmente, durante muito tempo essa foi a visão redutiva de certas Igrejas e religiões, pensando cada uma que fosse a melhor, acreditando que possuia todo o conhecimento e a verdade. Como consequência, não havia comunicação ou diálogo entre elas.
Não haverá sempre o perigo de nos fecharmos nos nossos próprios grupos – sejam eles profissionais, religiosos ou familiares – nos quais nunca encontramos aqueles que são diferentes de nós?
Uma comunidade é, pelo contrário, um lugar de unidade apesar das diferenças. As pessoas estão unidas no amor e abertas aos outros.
A comunidade é então como uma fonte ou como uma luz brilhante, onde se experimenta e se revela um caminho de vida, permanecendo aberto aos outros e interessado por eles. É um lugar de paz que revela o caminho para a paz e para a unidade da família humana.
A comunidade é um lugar de pertença onde cada pessoa pode crescer para se tornar plenamente ela mesma. Trata-se de pertencer para que seja possível aceitar tornar-se outro. Pertencemos uns aos outros e aí cada membro pode tornar-se cada vez mais humano, mais capaz de amar, mais livre, mais aberto aos outros e, em especial, aos que são diferentes. Quando cada membro pode desenvolver o seu dom único e ajudar os outros a desenvolver o seu, os membros deixam de estar em competição, passam a estar em colaboração, em cooperação e em apoio mútuo. Tornar-se outro, não é provar que eu sou melhor que ele, mas muito mais é interajudar-nos abrindo os nossos corações. Assim a comunidade é o lugar de transformação. A comunidade é o lugar de pertença omde cada um de nós pode ser transformado e tornar-se plenamente humano.
Que alternativas temos, quanto ao nosso crescimento humano? Uma pertença que seja rígida demais abafa o desenvolvimento pessoal; pelo contrário, demasiado desenvolvimento pessoal ou um crescer sem pertença pode transformar-se numa luta para atingir o topo, ou conduzir à solidão e à angústia. Ganhar, é sempre ficar sozinho; e, é claro, ninguém ganha durante muito tempo.
Assim, a comunidade não é um grupo fechado, mas um caminho de vida que ajuda cada pessoa a crescer para a sua plenitude humana. Os pilares da comunidade são a missão e o amor mútuo. Juntar-nos-emos para viver essa missão, e também para ser um sinal de amor; ou melhor para crescer no amor uns dos outros. É a missão que nos reúne e estando juntos aprendemos a amar-nos uns aos outros.
Na Arca e em Fé e Luz, a nossa missão é promover o surgimento de comunidades onde as pessoas mais frágeis estejam no centro e onde possam crescer na sua humanidade e na sua capacidade de amar.
A comunidade é, então, um lugar onde aprendemos como nos amar uns aos outros. Crescer no amor é um caminho longo e difícil; precisa de tempo. A Arca e Fé e Luz não são apenas lugares onde fazemos bem às pessoas com deficiência intelectual. São lugares de relação onde crescemos juntos no amor.
Mas o que é o amor? Esta palavra foi muitas vezes reduzida a experiências emocionais ou atos de bravura de soldados que morriam por amor ao seu país.
Para mim, amar é reconhecer que o outro é uma pessoa, que é precioso, importante e que tem valor. Cada pessoa tem um dom a dar aos outros. Cada pessoa tem a sua missão no interior da grande família humana. Cada pessoa revela o rosto secreto de Deus. Precisamos uns dos outros para crescer nesse amor sagrado, que implica o amor daqueles que são diferentes, aqueles que me fazem sair das minhas dobradiças, e me conduzem para fora dos meus muros de proteção, por causa da diferença das suas ideias, do seu temperamento, da sua cultura ou da sua maneira de se aproximarem de nós.
A comunidade é um lugar em que resvalamos uns nos outros, exatamente nos nossos pontos sensíveis. Deste modo, com um pouco de sorte, resvalamo-nos com alguns traços de nossa personalidade, cansativos ou azedos, para que nos tornemos verdadeiramente nós mesmos.
Amar é então ver no outro o coração da pessoa escondido por detrás de tudo o que nos incomoda. É por isso que amar, de acordo com as palavras de S. Paulo, é ser paciente, o que significa esperar e perseverar. É ter confiança e acreditar que sob toda a desordem aparente dessa pessoa, existe o segredo do seu ser, existe o seu coração. Na Arca, algumas pessoas que acolhemos têm angústias profundas e podem ser até violentas. Por vezes é difícil viver em comunidade com elas. Temos que ser pacientes e acreditar que o seu verdadeiro eu emergirá, pouco a pouco. Também temos que ser pacientes conosco mesmos e acreditar que, se tentarmos amar e mantermo-nos abertos a uma espiritualidade de amor, o nosso eu verdadeiro emergirá também pouco a pouco.
Se amamos, se amamos verdadeiramente as outras pessoas, se acreditamos nelas, então elas serão transformadas e nós também seremos transformados. A comunidade é então um lugar de cura, de transformação e de humanização das pessoas. É um lugar onde a nossa missão é crescer no amor e no perdão, e isso é verdadeiramente trabalhoso…
Se não quiser ser transformado nem crescer no amor, então não faça parte de uma comunidade. Quando encontramos forças para aceitar as pessoas como elas são e para encontrar com elas no seu ser mais profundo, elas abrem-nos  ao amor.
As pessoas que não têm grandes dotes intelectuais têm, pelo contrário, dons de coração únicos e maravilhosos, e podem abrir-nos para o amor de uma maneira muito especial. O seu grito não reclama crédito, conhecimentos ou poder, mas pede simplesmente para viver uma relação pessoal de amor que lhes dará a vida e lhes revelará que elas são preciosas.
Permitam-me que vos conte a história de François, um rapazinho com  deficiência intelectual, que fazia a sua primeira comunhão em uma igreja de Paris. Depois da missa, houve uma linda festa de família. O tio, que era seu padrinho, veio ter com a mãe de François para lhe dizer: «A celebração foi tão bonita! É pena que ele não tenha entendido nada!»  François, ao ver as lágrimas nos olhos da mãe, disse-lhe: «Não chores, mãe, Jesus ama-me como eu sou».
Uma relação pessoal cresce até nos divertirmos juntos e que possamos dizer: «Estou feliz de viver contigo». As pessoas com deficiência intelectual, com seu coração simples e a sua capacidade de serem elas próprias, de amar sem vergonha, de serem livres de serem «malucas», levam os nossos próprios corações a emergir para sermos livres e nos tornarmos, ouso dizê-lo, «malucos».
Não é verdade que há em cada um de nós uma aspiração a tornarmo-nos como crianças e a divertirmo-nos juntos como os meninos? Essa loucura não será o sinal da libertação dos nossos corações para amar? É por esse dom da libertação que agradeço do fundo do coração às pessoas com deficiência intelectual com as quais partilhei esses últimos 50 anos e o que elas me ensinaram e deram. É em nome delas e com elas que aceito o prêmio Templeton 2015. Obrigado e paz a todos vós.



18.05.2015

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CONTATO: Donald Lehr –
The Nolan/Lehr Group (212) 967-8200 / mob +1 (917) 304-4058

dlehr@templetonprize.org / www.templetonprize.org

"A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão a proposta do Reino, vivida na Igreja (DNC 50)."

Documento Necessário para o Batismo e Crisma

Certidão de Nascimento ou Casamento do Batizando;

Comprovante de Casamento Civil e Religioso dos padrinhos;

Comprovante de Residência,

Cartões de encontro de Batismo dos padrinhos;

Documentos Necessários para Crisma:

RG do Crismando e Padrinho, Declaração de batismo do Crismando, Certidão ou declaração do Crisma do Padrinho, Certidão de Casamento Civil e Religioso do Padrinho/Madrinha e Crismando se casados.

Fonte: Catedral São Dimas

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Reflexão

REFLEXÃO

A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.

reflexão sobre o Dízimo

A espiritualidade do Dízimo

O dízimo carrega uma surpreendente alegria no contribuinte. Aqueles que se devotam a esta causa se sentem mais animados, confortados e motivados para viver a comunhão. O dízimo, certamente, não é uma questão de dinheiro contrariando o que muitos podem pensar. Ele só tem sentido quando nasce de uma proposta para se fazer a experiência de Deus na vida cristã. Somos chamados e convocados a este desafio.

Em caso contrario, ele se torna frio e distante; por vezes indiferente. A espiritualidade reequilibra os desafios que o dízimo carrega em si. "Honra o Senhor com tua riqueza. Com as primícias de teus rendimentos. Os teus celeiros se encherão de trigo. Teus lagares transbordarão de vinho" (Pr 3,9-10). Contribuir quando se tem de sobra, de certa forma, não é muito dispendioso e difícil. Participar da comunhão alinha o desafio do dízimo cristão.

Se desejar ler, aceno: Gn 28, 20-22; Lv 27, 30-32; Nm 18, 25-26 e Ml 3, 6-10.

Fonte : Pe. Jerônimo Gasques

http://www.portalnexo.com.br/Conteudo/?p=conteudo&CodConteudo=12

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