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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

APOCALIPSE DE SÃO JOÃO (ESPERANÇA DE UM POVO QUE LUTA)

I - ENCONTRO
Motivação: Para muitos o Apocalipse é um livro que fala somente de destruição, catástrofe,
fim. Ao longo de nosso estudo veremos que o Apocalipse é o livro da esperança.
Ao abrir o Apocalipse ficamos impressionados. Muita gente se assusta e desiste.

Alguns acham que o fim do mundo está perto. Outros utilizam esse livro para condenar
pessoas e religiões. Então a gente se pergunta: Será que vale a pena começar a ler e estudar o
Apocalipse? Sua linguagem é bastante estranha para nós, cheios de símbolos, sinais....
1) Um pequeno resumo do livro (1, 1-3)
Os três primeiros versículos são um resumo de tudo que iremos encontrar pela frente.
É a porta de entrada da “casa” do Apocalipse.
A primeira palavra que aparece é “revelação”. Essa palavra deu nome ao livro:
Apocalipse. A principal finalidade deste livro é motivar à resistência, porque os primeiros
cristãos viviam em tempos difíceis.
Neste livro iremos conhecer Jesus Cristo e o significado de ser seus discípulos,
comprometer-se com Ele.
A revelação vem de Deus por meio de Jesus para seus servos. Quem são esses
“servos”? Os seguidores de Jesus são seus servos e profetas.
O apocalipse é um livro urgente. Não para prever o futuro, mas para motivar as pessoas
para resistirem e serem profetas.
O que iremos encontrar no livro do Apocalipse? Sinais. A função do sinal é apontar
para algo que ainda não vemos. Aponta para o caminho que precisa ser percorrido.
O Apocalipse está cheio de Anjos. Quem são? Em um primeiro momento eles são os
representantes de Deus que comunicam algo ou uma missão especial. Em um segundo
momento, representam os responsáveis pelas comunidades.
Outro tema que já aparece no início do livro é o valor e importância do testemunho
(Martiria). Testemunha quem? Testemunhar Jesus, que foi morto, porém ressuscitou e venceu
a morte, tornando-se Senhor da história e da vida.
O Apocalipse é o livro da felicidade. Já no início anuncia a primeira bem-aventurança:
feliz quem lê e escuta estas palavras, mas felicidade maior se colocado em prática (1,3). A
felicidade depende da prática.
2) Uma saudação (1,4-8)
Assim como em nossas celebrações temos no início uma saudação: “A graça e paz de
Nosso Senhor Jesus Cristo, estejam convosco...” também João faz o mesmo. A quem João faz
essa Saudação? As sete comunidades da Ásia. No Apocalipse o numero 7 significa totalidade.
Portanto, essa mensagem se destina a todas as comunidades de todos os tempos e lugares.
Quem é Deus? É o mesmo da Aliança. Ele vive para sempre (que-é), é o mesmo Deus
do passado (que-era) e o será no futuro (que-vem). Dele recebemos todas as graças e bênçãos.
Mas não só Dele, mas também do Espírito Santo responsável por todas as experiências de
Deus no Apocalipse. “Sete Espírito” significa a plenitude do Espírito Santo.
Tudo por Jesus Cristo. Ele é a “testemunha fiél”, que enfrentou a morte por amor. Ele
é o “primeiro a ressuscitar dos mortos”, abrindo o caminho para a vida. Ele é o “chefe dos reis
da terra”, ou seja, o único Senhor. Jesus será o Juiz de toda humanidade, por isso vem sobre
as nuvens.
3) Jesus vive na Vida das Comunidades (1,9-20)
Logo no início ficamos sabendo da situação de João: está preso na Ilha de Patmos por
causa da Palavra de Deus e de seu testemunho. Porém, ele continua unido às comunidades
como irmão e companheiro.
Tanto João como as comunidades vivem momentos difíceis, passam por tribulações.
Assim como Jesus venceu, com Ele, também eles vencerão.
A grande experiência de João acontece no “dia do Senhor”, isto é, no domingo, dia
que os Cristãos se reúnem para celebrar a Vitória de Jesus sobre a morte. A experiência
acontece por meio do Espírito, o mesmo que moveu os profetas do passado e o próprio Jesus.
Como foi a experiência de João? Primeiro ouve uma “voz forte”que lhe dá uma ordem.
Depois ele vê sete candelabros de ouro: Candelabros ou castiçais são usados no culto,
celebração; de ouro, Metal usado para prestar culto a Deus; “sete”, representam as
comunidades. Vê também “Alguém”, isto é, Jesus com as seguintes características:
- Juíz = Filho do homem;
- Túnica longa = Sacerdote;
- Rei = Cinto de ouro no peito;
- Cabelos brancos = Jesus é divino e possui a eternidade;
- Olhos de fogo = Tudo penetra com seu olhar;
- Pés de bronze = Estável, firme, forte;
- Voz forte = Jesus é poderoso e, por isso, não há o que temer;
- Mão direita com sete estrelas = Ele nos conduz;
- Espada afiada = É a palavra de Deus, o Evangelho;
- Rosto brilhante = Jesus nos ilumina;
- ‘Túnica longa e cinto de ouro no peito” = É a veste usada pelo Sumo Sacerdote Hebreu (Cf.
Ex. 28,4; 29,5; Lv 8,7). Também era usada pelos reis e seus amigos... (Cf. I Mc 10, 89;
11,58). São símbolos da realeza e do sacerdócio de Cristo.
- “Olhos flamejantes e espada afiada... a boca”. Jesus Cristo tem capacidade de penetrar nos
mais obscuros segredos e de distinguir, sem incerteza, entre o bem e o mal. Ele é também
Juiz, veio trazer julgamento.
- Sete Estrelas... Sete Candelabros = Sete anjos das Sete Igrejas, ou os sete representantes das
Igrejas. Os Candelabros são as Sete Igrejas.
II - ENCONTRO
Introdução: As sete cartas, que temos nos capítulos 2 e 3, são um apelo para que as
comunidades se convertam. Jesus está vivo no meio delas e têm os responsáveis de cada
comunidade (as “sete estrelas”) em sua mão direita.
As comunidades do Apocalipse são como as de hoje: todas elas muito diferentes e com
problemas específicos. A cada uma Jesus se apresenta de forma diferenciada e particular.
Conhece a vida de cada uma, reconhece o bem, repreende o mal, elogia, dá conselhos, ameaça
e promete um prêmio final.
Estudando o texto bíblico iremos descobrir que as Comunidades de Esmirna e
Filadélfia são perfeitas. A de Pérgamo é boa e má ao mesmo tempo. A de Sardes, salvo uns
poucos, é toda negativa. Por último, a de Laodicéia é um desastre de comunidade. Apesar
disso, Jesus se dirige a todas elas com o mesmo amor pessoal. As cartas seguem um esquema
composto de Cinco passos:
I) Em primeiro lugar vem o endereço: “Escreva ao Anjo da Igreja...”;
II) Depois temos a apresentação de Jesus, que inicia sempre com as palavras “assim diz
aquele...”;
III) Temos aqui o julgamento da Comunidade, que inicia sempre com a Palavra “Conheço a
tua conduta...”. Este aponta as coisas boas e ruins de cada comunidade;
IV) Em quarto lugar temos um apelo particular a cada Comunidade, por exemplo, “Presta
atenção... (2,5), não tenha medo ...”(2,10).
V) Por último, vem a promessa ao vencedor.
Para uma melhor compreensão do texto bíblico, é bom que, antes de ler cada “carta”,
conheçamos um pouco sobre cada cidade, conforme segue:
1) Éfeso, cidade imperialista:
Era a maior de todas as cidades do Apocalipse. Lá se encontra o mais importante porto
da Ásia Menor. Como em todas as cidades do Império Romano, havia muitos templos
dedicados aos deuses e deusas. O principal culto era a Ártemis, deusa da fecundidade.
Também havia templos onde se cultuava os imperadores romanos. Sua dedicação ao culto do
imperador foi tanta que chegou a receber até prêmios.
Vamos agora conhecer a comunidade cristã que ali existia lendo Ap 2,1-7.
1.1)Comunidade de Éfeso:
Nessa cidade surgiu por volta do ano 50, uma comunidade Cristã muito especial. Foi
fundada por Paulo, onde exerceu seu Ministério por quase três anos. Esta é a comunidade do
Discípulo Amado, o berço do Evangelho de João.
1.2)Conteúdo desta carta:
a) Títulos de Cristo: é aquele que tem em sua mão direita todas as comunidades (sete
estrelas). A mão direita é símbolo da ação e poder de Deus (Cf. 2,1).
b) Mensagem: a comunidade é elogiada pela sua resistência e incansável ação contra os
malvados, por ter colocado à prova e desmascarado os falsos apóstolos, e porque detesta os
Nicolaitas. Porém, é reprovada por ter abandonada o “primeiro amor” (Cf. 2, 2-4).
c) Promessa: o vencedor comerá da árvore da vida que está no paraíso de Deus (Cf. 2, 7).
2)Esmirna:
Também é uma cidade portuária, grande rival de Éfeso. Tinha uma lealdade especial
para com Roma. Chegou a construir um templo dedicado a deusa Roma. Também construiu
um templo ao imperador Tibério. Ela era comparada a uma coroa. Aliás, o prêmio dado aos
vencedores era uma coroa. Vamos ler o texto de 2,8-11.
2.1) A Comunidade Cristã de Esmirna:
A Igreja de Esmirna é formada por uma comunidade exemplar à qual Jesus nada
recrimina. É uma comunidade que sofre a tribulação e a pobreza.
2.2) Conteúdo desta carta:
a) Título de Cristo: “O primeiro e o último, aquele que esteve morto mas voltou à
Vida”(cf. 2,8).
b) Mensagem: A comunidade está numa condição de perseguição, de indigência, de
hostilidade por parte daqueles que não a aceitam. Ela sofre tentações, porem se mantém fiel,
“até a morte”. (cf 2,10).
c) Promessa: será preservada da “segunda morte”(cf 2,11) e receberá o dom da “coroa da
Vida”(cf 2,10).
3) Pérgamo:
Esta cidade chegou a ser a capital da província romana na Ásia (+/- 133 a..C) e, por
isso, se tornou o centro do culto imperial para toda a região. A cidade está cheia de idolatria.
Até Zeus tinha lá seu altar. Foi a primeira cidade da Ásia a construir um templo dedicado ao
imperador Augusto (ano 29 d.C). Por tudo isso, João diz que nela está o “trono de Satanás”.
Havia em Pérgamo dois símbolos importantes: “A espada”, símbolo de autoridade; e a
“pedrinha branca” que era entregue nos tribunais da cidade aos que eram absolvidos. Uma
pedrinha branca servia também de convite para os banquetes oficiais. Nos jogos o vencedor
era premiado com uma pedra branca com o seu nome.
3.1) A comunidade cristã: A comunidade sofreu uma perseguição e já possui um mártir
chamado Antipas. Por isso, Jesus elogia sua fidelidade. A comunidade, todavia, tem o pecado
de tolerar os opositores do Reino (doutrina de Balão e dos Nicolaitas).
3.2) Conteúdo desta carta:
a) Título de Cristo: Jesus é apresentado como “Aquele que tem a espada afiada, de dois
cortes” (Cf. 2, 12) e que “luta contra os idólatras da comunidade com a espada de sua boca”
(Cf. 2, 16).
b) Mensagem: Jesus chama a comunidade à conversão. Da mesma forma como na
comunidade de Éfeso, aqui também se refere à vinda de Jesus no tempo presente da
comunidade, onde ela tem que dar testemunho contra a idolatria.
c) Promessa de recompensa: Ao vencedor é prometido o maná escondido e uma pedrinha
branca, com um nome novo que ninguém conhece (Cf. 2, 17).
4) Tiatira:
A cidade não tem importância nem política nem militar; é antes uma cidade de
comerciantes e artesãos, organizados em corporações ou associações. Elas são os ancestrais
dos atuais sindicatos de trabalhadores. Grande parte desses grupos ganhavam a vida lidando
com fogo e metais.
Como outras cidades, também em Tiatira havia cultos às suas divindades. Ali destaca
o culto a Apolo, que na Grécia antiga era tido como o deus da beleza masculina e em Tiatira,
o deus-sol. Acompanhemos os textos de 2,18-29.
4.1) A comunidade Cristã de Tiatira:
A comunidade se destaca por suas obras, solidariedade, fé, serviço e resistência. Suas
últimas obras são melhores do que as primeiras (ao contrário da comunidade de Éfeso). Mas
também lá há pessoas, como Jezabel, que procuram corromper a comunidade.
4.2) Conteúdo da Carta:
Esta é a mais longa das 7 cartas. Ao escrever à comunidade de Tiatira, João levou em
conta a cultura popular e a vida dos trabalhadores dessa cidade.
a) Título de Cristo: “aquele que tem os olhos como chama de fogo e os pés de bronze em
brasa”. Jesus se apresenta como um “metalúrgico” (Cf. 2,18).
b) Mensagem: A comunidade está cheia de obras (caridade, fé, serviço, perseverança), e está
crescendo cada vez mais. A única reprovação é quanto a conduta de Jezabel e seus seguidores
(Cf. 2,20). Este nome é certamente simbólico, recordando a esposa do rei Acab, a grande
responsável pela idolatria em Israel no tempo de Elias (Cf. 2 Reis 7,22). Diante dessa
situação, o olhar penetrante de Jesus destrói tudo o que não gera vida e escraviza. O grupo de
falsos profetas recebe um tempo para mudar o rumo de suas vidas. (Cf. 2,21-22).
c) Promessa: Ao vencedor é prometido governar as nações e a estrela da manhã.
(Cf. 2, 26-29).
Conclusão: Olhando para esses textos podemos fazer uma revisão de vida pessoal e
comunitária. O que Jesus diria para nós hoje?

III - ENCONTRO
Introdução: No encontro de hoje vamos concluir o nosso estudo das 7 cartas, vendo o que
Jesus disse as Comunidades de Sardes, Filadélfia e Laodiceia. Veremos também o capítulos 4
que juntamente com o 5, pode ser considerada uma grande introdução ao restante do livro do
Apocalipse.
1) Sardes:
Em Sardes eram muitas conhecidas as confecções de lã. Era a cidade da indústria
têxtil. Ela era muito elogiada por sua beleza, aparentando ser uma cidade cheia de vida.
Porém, sua segurança era muito frágil e o povo se sentia sempre ameaçado, por falta de
vigilância em seus muros. Em Sardes os atletas vencedores eram premiados com vestes
brancas. Vamos ler o texto de 3,1-6.
1.1) A comunidade Cristã de Sardes:
Na vida desta comunidade as coisas não andam bem. A Igreja está morta. A vida é
apenas aparente. Somente uns poucos se mantiveram fiéis.
Na comunidade é importante o tema da Veste: A veste branca, dos mártires, que não se
sujou com a idolatria. Jesus também é mártir e está vestido de branco.
1.2)Conteúdo da Carta:
a) Título de Cristo: “aquele que tem os sete Espírito de Deus e as sete estrelas”. (Cf. 3, 1).
b) Mensagem: A comunidade está viva apenas de nome, pois na realidade está morta. É por
isso que Jesus não descobre nela nada de positivo. Somente algumas pessoas não sujaram a
roupa. (Cf. 3, 4).
Jesus exorta a comunidade a acordar, a reforçar o que restou, a conservar o que
recebeu e ouviu, a converter-se, e vigiar.
c) Promessa: Ao vencedor será dado vestes brancas e seu nome não será apagado do livro da
vida e o próprio Jesus vai falar o seu nome diante do Pai e dos seus Anjos. (Cf. 3, 5-6).
2) Filadélfia:
A cidade de Filadélfia é a mais nova das 7 e foi diversas vezes destruída por
terremotos, por ter sido construída sobre uma região vulcânica. Seu nome (Filadélfia)
significa “fraternidade”. Aí temos templos dedicados aos imperadores Tibério, Calígula e
Vespasiano. A estes eram erguidas colunas com seus nomes. Acompanhemos o texto de
3,7-13.
2.1) A comunidade Cristã de Filadélfia:
A comunidade de Filadélfia tem muita coisa em comum com a de Esmirna. Contra as
duas Jesus não tem nenhuma repreensão a fazer. A comunidade de Esmirna é pobre, a de
Filadélfia é sem poder. As duas têm problemas com a “Sinagoga de Satanás”, e as duas
esperam uma crise iminente. Embora tenha pouco poder, encontra sua única força em guardar
a Palavra e na fidelidade ao projeto de Jesus”.
2.2) Conteúdo da Carta:
a) Título de Cristo: “Santo, verdadeiro e que tem a chave de Davi” (Cf. 3, 7).
b) Mensagem: A comunidade de Filadélfia tem pouca força, mas foi Jesus quem abriu para
ela a porta que ninguém poderá fechar (Cf. 3, 8). Esta comunidade pequena e fraca conservou
a Palavra e não renegou o nome de Jesus. Por isso, ela não tem nada de negativa.
c) Promessa: O vencedor será colocado como coluna no templo de Deus, onde será gravado o
nome de Deus (Cf. 3, 12-13).
3) Laodicéia
Era a cidade mais rica da região. Era conhecida por seus bancos, (cidade de Ouro), sua
indústria de linho e de algodão, e por sua escola médica com suas farmácias. Ali se
fabricavam uma pomada milagrosa para os ouvidos e um famoso colírio para os olhos. Do
chão brotavam águas mornas, muito freqüentadas. Vamos ler atentamente esta carta. (3, 14-
22).
3.1) A comunidade de Laodicéia:
A comunidade de Laodicéia é toda negativa. É uma comunidade que não é fria nem
quente. O frio simboliza a indiferença do mundo pagão e rico. O quente simboliza o cristão.
Os Laodicemses querem ser ao mesmo tempo ricos (frios) e cristãos (quentes). Esta
comunidade é também marcada pela auto-suficiência e orgulho (Cf. 3, 17).
3.2) Conteúdo desta carta:
a) Título de Cristo: “O Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o principio da criação de
Deus”. (Cf. 3, 14). Amém significa fidelidade permanente. Jesus é esse Amém de Deus.
b) Mensagem: Jesus não encontra nada de bom na comunidade, por isso diz que ela é morna,
cheia de si, infiel, pobre, cega, nua, (Cf. 3, 17). Será rejeitada. Mas há solução! É só comprar
do ouro que Jesus oferece, vestir-se de suas vestes, usar do seu colírio (Cf. 3, 18-19).
c) Promessa: aqui temos uma das mais belas promessas de Jesus: “eis que bato e quem abrir,
eu entrarei em sua casa e faremos juntos a refeição” (Cf. 3,20). Ao vencedor é prometido
sentar-se com Jesus em seu trono (Cf. 3, 21).
Conclusão das cartas: Façamos uma rápida revisão do que vimos até agora: o que mais
chamou sua atenção? Qual a lição que podemos tirar para nossa vida pessoal e comunitária?
4) Deus é o Senhor e revelador da História ( 4, 1-11)
4.1) Introdução geral aos Capítulos 4 e 5: Estes dois capítulos além de ser marcados por
visões, são também uma verdadeira liturgia. É a festa dos santos, na qual celebram com
alegria e aclamações de louvor sua fé, suas convicções profundas e suas esperanças.
Os capítulos 4 e 5 formam uma grande unidade. A razão dessa unidade pode ser
comprovada pela freqüência das palavras trono, alguém sentado, 24 anciões, 4 seres vivos,
livro, cordeiro.
4.2) Deus é Senhor da História (4, 1-11)
O capitulo 4 é marcado pela presença do trono e daquele que está sentado e também
pelos 24 anciões e os 4 seres vivos. Vamos ler atentamente o texto.
4.3) Aprofundamento do texto: O elemento central na visão do capitulo 4 é o trono erguido
no céu, ao qual João tem acesso pela porta.
A primeira coisa que João vê é um trono e alguém sentado nele. Em seguida, João faz
a descrição desse alguém (Cf. 4, 2-3). Vejamos o significado de alguns elementos:
a) Trono = símbolo do poder. Na terra, no mundo organizado e dominado pelo império
romano, domina o trono do imperador. A grande esperança é que no céu domina o poder de
Deus;
b) “Pedra de Jaspe e Cornalina” = são pedras preciosas e indicam que Deus é muito raro e
sua realeza supera nossa compreensão. Todavia, é fascinante;
c) “Arco-íris”: simboliza a aliança de Deus com a humanidade (Cf. Gn 9, 12-17). Deus é
Senhor da História. Porém, não governa o mundo sozinho, por isso, ao redor do trono há 24
tronos e neles estão sentados 24 anciãos, vestidos de branco e com uma coroa de ouro na
cabeça (Cf. 4, 4).
d) Anciãos: simboliza a humanidade libertada, o povo de Deus. O número 24 representa o
povo em sua perfeição: o povo das 12 tribos de Israel e o povo dos 12 apóstolos;
e) Vestidos de branco: veste de todos os que assumiram o projeto de Deus e testemunharam
com o seu sangue (mártires);
f) “Coroa de ouro”: prêmio dos vencedores. Deus governa a história continuamente e lhe
comunica sua força e vontade. Percebe-se isso no simbolismo dos relâmpagos, vozes e
trovões (Cf. 4, 5). Diante dele há um mar de vidro, ou seja, águas congeladas, sob o seu
domínio.
Surgem os seres vivos. Estes simbolizam o Cosmo. Faz lembrar os 4 pontos cardeais
ou 4 extremos da terra. Através deles, João ressalta as qualidades positivas do Cosmo: seu
poder (leão), sua força (touro), sua sabedoria (águia) e sua majestade (rosto humano). Suas
asas são símbolos de liberdade e rapidez.
Tanto os 4 seres vivos como os 24 anciões proclamam a glória e a majestade de Deus
e prestam culto de adoração, numa grande liturgia celeste (Cf. 4, 8-11). Este é um convite
para que as comunidades façam o mesmo.
IV - ENCONTRO
1) Jesus, O Revelador da História.
1.1) Introdução: A visão do capítulo 5 é claramente a continuação da anterior. Mas logo
aparecem elementos inteiramente novos: o livro selado e o Cordeiro, que tomam conta de toda
cena. Vamos conferir no texto de 5,1-14. (Sugestão: os hinos dos versículos 9-10; 12 e 14
poderá ser feito juntos. Somente o que está entre “aspas”).
1.2) Aprofundamento: Vamos agora aprofundar alguns elementos deste capitulo,
especialmente a visão do livro selado e o Cordeiro.
O livro selado com 7 selos está na mão direita de Deus sentado no trono. Sua forma é
um rolo de pele de cordeiro, escrito nos dois lados (Cf. Ez 2, 9-10). O mais importante é que o
livro aparece “selado com sete selos”. Por isso, ninguém poderá abri-lo.
- “O livro” = é a revelação, a Palavra de Deus que constitui a vida para o homem;
- “Livro escrito” = é a história da humanidade, cheia de acontecimentos (por fora e por
dentro), difíceis de ser entendidos (Cf. 5, 2).
- “João chora” (Cf. 5, 4) = revela a angústia da comunidade Cristã que não entende a História,
não entende o porque da perseguição e opressão;
- As palavras de consolo do Ancião (Cf. 5, 5) = não é hora de desesperar, mas de confiar e
celebrar, pois Jesus ( o leão de Judá), é capaz de abrir o livro.
- Cordeiro = Jesus é apresentado como Cordeiro, que triunfou sobre a morte (está de pé), tem
a plenitude do poder (7 chifres) e a plenitude do Espírito e sabedoria de Deus ( 7 olhos).
- “Recebe o livro d’Aquele que estava sentado no trono” (Cf. 5, 7)= A origem de tudo é o Pai
e é Dele que Jesus recebe o livro, ou seja, a História em suas mãos, para que ela seja revelada
e levada a plena realização.
Depois disso não é necessário mais se angustiar, mas se alegrar e proclamar os
louvores na grande celebração festivas que une o céu, a terra e todo universo (Cf. 5, 8-14).
Temos então os 3 Hinos de louvores que podem ser assim divididos:
- O primeiro é da criação e do povo de Deus, mostrando porque o Cordeiro pode receber o
livro (Cf. 5, 9-10);
- O segundo é dos anjos, atribuindo a Jesus todas as qualidades possíveis (Cf. 5, 12);
- O terceiro é de todas as criaturas, e se dirigem ao que está sentado no trono (Deus Pai) e ao
Cordeiro (Deus-Filho). A celebração termina com o “AMÉM” dos 4 seres vivos e a adoração
dos 24 anciões (cf 5,14). Assim também nossas comunidades possam celebrar a presença de
Deus em nossa História.
2) O projeto de Deus na História
2.1) Introdução: Nos capítulos 6,7 e 8 temos a visão de João sobre a abertura dos 7 selos feita
pelo Cordeiro. Nestes capítulos sobre os selos João dá uma visão e interpretação da História a
partir do projeto de Deus.
2.2) Os quatro primeiros selos:
Os quatro primeiros selos representam simbolicamente a realidade de morte do
império romano. Na abertura de cada um dos quatro selos temos: o Cordeiro abrindo os selos
um a um; os quatro seres vivos dando ordem (‘Vem!”); um após o outro comparecem quatro
cavalos de cor diferente (branco, vermelho, preto e esverdeado); sobre cada cavalo senta-se
um cavaleiro que se apresenta diferente dos outros pelo aspecto e ornamentação. Vamos
juntos ler o texto de 6,1-8.
2.3) Aprofundamento:
Os primeiros quatro selos representam a história do homem dominada pelo mal. A
fonte do mal é a ambição de poder e conquista, que geram a guerra e a competição, o
racionamento de alimento e a fome e, por fim, a doença e a morte.
a) O primeiro cavalo é branco (6,1-2): a cor branca e a coroa do cavaleiro são sinais de
vitória. O cavaleiro é um guerreiro que tem um arco, arma típica de um povo bárbaro
(possivelmente os partos, povo situado à leste do Império). O guerreiro “saiu vencendo e para
vencer”. Esta é a primeira e a mais terrível realidade do Império: é um império triunfante e
que continua a triunfar. O primeiro cavalo representa a ganância presente na História
personificado no Império romano, que triunfa como um bárbaro, matando e oprimindo.
b) O segundo cavalo é vermelho (6, 3-4): A missão de seu cavaleiro é tirar a paz da terra pela
espada. Este cavalo simboliza a violência dos romanos contra os Cristãos. A violência é filha
da ganância.
c) O terceiro cavalo é negro (6, 5-6): O cavaleiro leva em sua mão uma balança, símbolo do
poder econômico. O valor do preço do trigo equivale a um dia de trabalho. Por este salário
(um denário) se podia comprar entre 8 e 10 vezes mais trigo e cevada. Há uma inflação
terrível que afeta os produtos de consumo popular e que provoca a fome na população pobre.
Pelo contrário, o preço dos produtos de luxo, azeite e vinho, não sofre alteração.
d) O quarto cavalo é esverdeado (6,7 -8): Pela primeira vez nos é dado o nome do cavaleiro:
morte. A peste e as feras são símbolos de morte, são as forças mortais da natureza que se
desencadeiam como conseqüência do poder opressor dos romanos.A cor esverdeada é
também símbolo da morte, pois, representa a cor do cadáver de quem morreu de peste. Tudo
isso é resultado final da ganância (primeiro cavalo) que gera a violência (segundo cavalo), que
provoca fome (terceiro cavalo) e termina na morte. No entanto, a morte não terá a última
palavra.
3) O Quinto selo (6,9-11)
Em meio ao mal, os cristãos são perseguidos e mortos como Jesus. Eles pedem que
Deus faça justiça, julgando o mal e salvando. Deus, porém, é paciente e dá tempo ao tempo.
Vamos conferir juntos o texto de 6, 9-11.
3.1) Aprofundamento:
Depois de revelar e interpretar a realidade de morte do Império Romano sobre a terra,
João contempla agora o céu. Neste céu, João vê com vida os que foram mortos (mártires), por
causa da Palavra e do testemunho que deram. Para a comunidade Cristã perseguida pelo
Império, era uma grande alegria saber que seus mártires assassinados estavam vivos no céu.
Os mártires vivos no céu gritam com voz forte. Isto lembra o clamor dos israelitas oprimidos
no Egito antes do Êxodo. Gritam pedindo que lhes faça justiça. (Cf. Lc 18,7-8).
A resposta que recebem os mártires é primeiro de reconhecimento de suas obras, de
sua fidelidade, de seu testemunho (foi dada a cada uma veste branca). E, em seguida, foi-lhe
dito que ainda não se completou o número de mártires que iriam morrer com eles. Em outras
palavras, foi-lhes dito que a justiça e a vingança que eles pedem somente se dará no final dos
tempos. Agora ainda é o tempo da resistência e testemunho. Como diríamos hoje: A luta
continua!
4) O sexto selo ( 6, 12-17):
O Deus da Bíblia se caracteriza como aquele que atende ao clamor por justiça. Por
isso, agora, respondendo ao pedido dos mártires, Deus realiza o grande julgamento da
História.
O sexto selo tem um desenvolvimento bem mais amplo e complexo do que os outros.
Isto porque João quer representar nele a totalidade das intervenções salvífica de Deus em
favor da humanidade. Vamos ler atentamente a primeira parte de 6,12-17.
4.1) Aprofundamento: Deus atende ao clamor: Neste trecho que acabamos de ler temos duas
reações:
a) A reação do Cosmo (universo): a reação da Natureza frente ao julgamento de Deus é a
conseqüência do poder do mal que domina a história. Aqui temos 7 abalos cósmicos
(cf 6,12-14). 1) Grande terremoto; 2) Sol que escurece; 3) Lua cor de sangue; 4) As estrelas
que caem; 5) O céu que se enrola; 6) Montanha arrancada; 7) Ilhas arrancados. Aqui não se
refere a fim do mundo, mas são símbolos da presença e ação de Deus que julga a História.
b) A reação da humanidade: o julgamento de Deus atinge a todos. Também aqui temos 7
grupos de pessoas (Cf. 6, 15-16). 1) Os reis da terra; 2) Os magnatas (podem ser ministros ou
personagens políticas importantes nas províncias romanas); 3) Capitães (são chefes
militares) 4) Ricos; 5) Poderosos (os que detém o poder ); 6) Escravos; 7) Homens livres.
Todos eles são atingidos pelo julgamento de Deus e tentam fugir, preferindo morrer a serem
julgados (Cf. 6,15-17).
Diante desta cena, nasce uma pergunta: quem pode ficar de pé? Ou seja, quem pode
suportar? (cf 6,17).
V - ENCONTRO
1) Quem poderá ficar de Pé? (7, 1-17)
Há duas cenas que marcam este capítulo: primeiro a marca na fronte dos 144 mil
“servos de Deus”(Cf. 7, 1-8) e, segundo o aparecimento da imensa multidão vestida de branco
(Cf. 7,9-17). Vamos juntos acompanhar o texto bíblico (sugestão: ler num primeiro momento
de 7,1-8 e comentar; depois, tomar o restante do capítulo de 7,9-17).
1.1) Aprofundamento de 7, 1-8: O cento e quarenta e quatro mil: Deus está para realizar o
seu julgamento. Todavia seu julgamento não é arbitrário. Ao julgar a História Deus preserva
seus servos, isto é, aqueles que se mantiveram fieis ao seu projeto. Isto é representado pelos
quatro Anjos que seguram os quatro ventos. Os “quatro ventos” contêm as forças demoníacas.
Os Anjos detêm essa força para que seja possível marcar a fronte dos 144 mil com o “selo do
Deus vivo” (Cf. 7, 2-3).
O que significa essa marca na fronte? Podemos ver nesse ato uma comunicação da
vida divina, que protege e salva como na libertação do Egito (Cf. Ex. 12, 7).
Estes santos marcados e salvos se organizam agora num povo de 144 mil. São 12 mil
para cada tribo de Israel. O número é simbólico e trata-se do Povo de Deus completo, perfeito,
organizado. Também podemos dizer que João, com a escolha dos 144.000 dentre o Povo de
Deus, número relativamente pequeno, está querendo dizer que não era a simples presença
aquele povo que trazia de per si a salvação, mas a adesão à justiça contida na “Palavra de
Deus” e a confiança na sua promessa de libertação.
1.2) Aprofundamento de 7, 9-17: a “multidão imensa”.
Já aqui tudo muda de figura. Agora não é mais um número limitado que alcança a
salvação. O número é incalculável, vindo de todos os povos, tribos, nações e línguas. As
vestes brancas e as palmas que trazem nas mãos fazem dessa multidão um símbolo da
humanidade redimida por Cristo e que por Ele participa da vida divina (veste branca) e de sua
vitória (palmas) sobre o pecado e sobre as potencias demoníacas.
Agora o Apocalipse responde a pergunta de 6,17: “Quem poderá ficar de pé?” Os que,
no mundo inteiro, denunciam todo tipo de injustiça e testemunham em favor de Jesus, podem
ficar de pé diante do trono e do Cordeiro, ou seja, são declarados inocentes por Deus e
participam da Vida e Vitória de Jesus (vestes brancas e palmas na mão).
O texto também nos apresenta o que é preciso fazer para “ficar de pé”: O caminho é
fazer o que Jesus fez, e lavar as roupas, nossa vida, no sangue do Cordeiro e passar ileso pela
grande tribulação. Nessa luta, Deus e o Cordeiro, são nossos grandes aliados.
Conclusão: A estes é prometido que Deus mesmo estendera sua tenda sobre eles e nunca
mais terão fome, sede e nada os molestarão. O Cordeiro será o seu Pastor e os conduzirão as
fontes de água viva. E Deus lhes enxugará toda lágrima de seus olhos (cf 7,15-16).
2) Introdução ao Sétimo Selo: Com a abertura do sétimo selo, iniciamos uma nova seção do
livro do Apocalipse, onde vai falar do toque da trombeta (8, 1-11, 19). Nela temos uma
releitura do Êxodo, vivido não mais no Egito, mas agora no coração do Império Romano.
2.1) O sétimo selo e a resposta de Deus ao clamor dos mártires. Primeiramente temos a
abertura do sétimo selo, logo após os Anjos com as trombetas. Também aparece no céu um
altar, onde são oferecidos incenso e as orações dos santos. Acompanhemos o texto de 8, 1-6.
2.2) Aprofundamento: “Quando o cordeiro abriu o sétimo selo, houve um silêncio de meia
hora...”(Cf. 8, 1). Com este versículo encerra-se visão iniciada em 4, 1. Se antes temos no céu
cantos, hinos, aclamações e clamores dos mártires, agora, no céu, há silêncio. Este silêncio
pode significar que encerrou os acontecimentos do céu e teremos início ao o que acontecerá
sobre a terra. Este silêncio também representa a expectativa das comunidades diante da
gravidade do momento.
A seguir temos uma nova visão de João (Cf. 8, 2ss), onde os sete anjos que recebem as
sete trombetas e outro Anjo com o turíbulo de ouro nas mãos, oferece incenso juntamente
com as orações dos santos. Fala também que o anjo joga o turíbulo aceso sobre a terra e houve
então trovões, relâmpagos... Que significado têm todos esses símbolos e gestos?
- As trombetas: A trombeta, no Antigo Testamento, era tocado para convocar as grandes
assembléias e por ocasião de anúncios importantes. No Apocalipse, o toque de trombeta é
sinônimo de anúncio;
- O incenso e as orações: O incenso oferecido juntamente com as “orações dos santos” indica
que o pedido dos mártires vai ser atendido. Estas orações são apresentadas a Deus como algo
extremamente precioso (turíbulo de ouro) e agradável a Deus (incenso);
- “Jogou o turíbulo sobre a terra: Significa que o julgamento de Deus que se abate sobre a
terra iniciou. Para João este julgamento não é apenas condenação e castigo. Ele sempre vem
acompanhado pela vontade divina de levar ao homem salvação e vida;
- Trovões, clamores, relâmpagos e terremotos: São sinais da presença e ação de Deus. Não
são acontecimentos reais, mas modos de falar que Deus está agindo;
- “Os Anjos em pé diante de Deus”: Representam a submissão (obediência) à vontade de
Deus. O fato de estarem de pé significa fidelidade e prontidão para cumprir as ordens de
Deus. (Atenção: este é também o sentido de ficarmos em pé no momento da proclamação do
Evangelho na Missa).
2.3) Conclusão: Este trecho do Apocalipse (8, 2-6), também nos ensina sobre o valor e a
importância da oração, que nasce das preocupações, dificuldades, opressões e situação de
morte que invadem nossa vida. Nossa oração também deve ser um sinal de compromisso na
construção de um mundo mais fraterno.
3) As primeiras quatro trombetas: O toque das trombetas anuncia que o julgamento já está
acontecendo. Deus está julgando a história, e seu julgamento atinge a todos. O toque das 4
primeiras trombetas se inspiram no livro do Êxodo (Cf. Ex 7, 14-11, 10), que representam o
confronto entre Javé e o Faraó, ou seja, o conflito entre a vida e a morte, com a vitória da
justiça e da liberdade. Vamos juntos ler de 8, 7-13.
3.1) Aprofundamento: O julgamento de Deus é universal (terra, mar, rios, fontes e astros),
mas se realiza aos poucos ao longo da história (um terço).
a) A primeira trombeta: Quando o primeiro anjo tocou, caiu sobre a terra uma chuva de pedra
e fogo, misturados com sangue (8, 7). Isso recorda a sétima praga do Egito (Cf. Ex 9, 13-35).
Há porém, um elemento a mais em relação à praga do Egito: o sangue. Por que? Para dizer
que Deus está agindo com força e energia maiores do que no tempo da opressão egípcia.
b) A segunda trombeta: O segundo toque da trombeta está relacionado com a primeira praga
do Egito (Cf. Ex 7, 14-24), que atingiu as águas do Rio Nilo. Agora, porém atingiu as águas
do mar. O mar é o lugar onde mora as forças do mal.
c) A terceira trombeta: Ao toque da terceira trombeta cai do Céu uma grande estrela,
chamada “Amargura”, atingindo rios e fontes de água doce. Também está relacionado a
primeira praga do Egito (Cf. Ex 7, 14-24), com uma ampliação (rios e fontes, em lugar do rio
Nilo). Com isso, João insiste que o julgamento presente é mais forte e produz mais efeito do
que na época em que o povo de Deus era escravo no Egito.
d) A quarta trombeta: Aqui é atingido um terço do sol, da lua e das estrelas, que perdem um
terço de sua claridade. O quarto toque da trombeta nos lembra a nona praga do Egito (Cf. Ex
9, 21-29). Porém, além do sol também é atingidas a lua e as estrelas e o tempo que deve durar
é ilimitado.
3.2) Conclusão: Até agora os efeitos acontecem no mundo físico (matéria), de agora em
diante os efeitos atingirão o mundo humano. Daí a razão do aparecimento da águia falante.
O anúncio feito pela águia no ponto mais alto do Céu é sinal de que todos devem
ouvir. Cada um das três toques restantes da trombeta serão acompanhado de um “Ai”. Esses
“ais” que se abaterão sobre a humanidade têm certamente sua raiz na inveja do maligno, mas
ceder a essa tentação é responsabilidade do homem.
Segundo João, toda a criação sofre as conseqüências dos efeitos do pecado em todas as
sua manifestações desastrosas: orgulho, violência, sede de poder, instinto de destruição.
VI - ENCONTRO
1) A quinta trombeta (Primeiro “Ai”)
1.1) Introdução: A intervenção de Deus atinge e destrói o mal. Os “gafanhotos” lembram a
oitava praga do Egito (Cf. Ex 10, 11-15), mas são descritos como um exército (Cf. Jl 1-2) que
vai atacar os que não têm a marca de Deus, isto é, os perseguidores do povo de Deus.
Acompanhemos o texto de 9, 1-12.
1.2) Aprofundamento: A quinta trombeta liga-se ás quatro anteriores mediante o versículo 1
do capítulo 9: “Uma estrela que havia caído do céu sobre a terra”. Trata-se de Satanás expulso
de seu lugar de origem, que aqui é personificado pelo Imperador Romano.
- “A estrela caída”: Seu fundamento encontra-se em Isaías (Cf. Is 4, 3-14), onde fala da
queda do tirano rei da babilônia (possivelmente Nabucodonosor). O rei, em sua arrogância,
quis pôr o seu trono acima de Deus e por isso foi precipitado no fundo do poço. A “estrela
caída” agora é o imperador de Roma. As conseqüências de sua ação são uma onda de guerras,
de crueldades...
- “Recebe a chave...”: A chave era o símbolo de autoridade, comando.
Prosseguindo o texto, vimos que recebendo as chaves do poço de abismo, ele o abre e
deste sai uma fumaça densa que escurece o sol e da fumaça surgem gafanhotos que se
espalham sobre a terra. A designação de “gafanhotos” serve apenas apara estabelecer uma
relação com o que aconteceu no Egito. Porém, nem o comportamento nem a aparência externa
destes seres correspondem aos gafanhotos. Vejamos alguns Detalhes sobre a aparência dos
“gafanhotos”:
- “Cavalo preparado para a guerra”: isto é; querem conquistar tudo;
- “Tinham coroas que pareciam de ouro”: pura enganação;
- “Parecia rosto gente”: os poderosos procuram maquiar a injustiça com um verniz de
“humanidade”;
- “Cabelos compridos como de mulher e dentes de leão”: os cabelos são símbolos do fascínio
e sedução que os poderosos exercem sobre os fracos. Porém, são traiçoeiros como os leões e
quem se deixam seduzir é por ele esmagado (“dente de leão”);
- “Couraça de ferro” e possuem asas: parecem invencíveis e estão acima de todos;
- “Barulho de carros de guerra correndo para a batalha”: põe o mundo em estado de choque,
dispostas a conquistar tudo.
- A quem os “gafanhotos” atingem? O dano causado por eles não atinge a vegetação, mas os
homens. Estes atacam somente os homens que não tem na fronte o selo de Deus, causando dor
por cinco meses, isto é, por tempo limitado.
1.3) Conclusão: A quinta trombeta e o primeiro “Ai” não referem a nenhum fato histórico
nem do passado nem do futuro. Referem-se em geral a ação de Deus que castiga a arrogância
dos poderosos e opressores e que os perseguidos são destruídos pelo seu próprio mal.
2) A Sexta trombeta (9, 13-21)
2.1) Introdução: A ação de Deus que anuncia a sexta trombeta é a libertação dos 4 anjos do
rio Eufrates. Estes são soltos para matar a terça parte da população do Império. Os anjos
assassinos comandam uma cavalaria infernal de 200 milhões de cavaleiros. Da boca dos
cavalos saem fogo, fumaça e enxofre.
A sexta trombeta mostra que no julgamento de Deus há momento também para
mudança, conversão. Para isso é preciso abandonar os ídolos e servir ao Deus vivo. Mas,
assim como o Faraó do Egito, os homens não abandonam seu caminho de perdição.
Vamos atentamente acompanhar o texto de 9, 13-21, que, em um segundo momento,
veremos seu prolongamento no capítulo seguinte.
2.2) Aprofundamento: A sexta trombeta descreve o flagelo da guerra, a primeira e a mais
grave conseqüência do pecado original. Para João, a guerra constitui o pior dos males, que se
caracteriza como violência desenfreada, cujo resultado é a morte ou a opressão dos mais
fracos pelos mais fortes.
O sentido profundo sobre este toque da trombeta é a ação de Deus que pode castigar o
Império Romano a partir do lado mais fraco, que é o limite oriental. O Rio Eufrates representa
o lugar de onde vinham os exércitos inimigos. No tempo do Apocalipse essa região (hoje
atual Irã) era dominada pelo império dos partos, que se caracterizam pela ganância e
crueldade, arrasando com fogo e enxofre seus inimigos (9, 20-21). O texto termina com um
apelo à conversão. João insiste que a todos é dada a oportunidade de mudança e
arrependimento.
2.3) Conclusão: Como vimos, a verdadeira compreensão do toque das trombetas e também
das sete taças, só é possível à partir do Êxodo, ou seja, Deus escuta o clamor de seu povo e
decide liberta-lo; para consegui-lo, manda pragas e descarrega seu furor sobre o Faraó e os
egípcios. Agora, o juízo de Deus não se realiza no Egito, mas no Império Romano.
VII - ENCONTRO
1) O profetismo (10, 1-11, 14)
Há um único tema que está presente ao longo destes dois capítulos do Apocalipse: A
vocação profética. Profetizar é anunciar o Evangelho, ou seja, continuar o testemunho dado
por Jesus. Profetizar é dizer a verdade, e isso leva à perseguição e até à morte.
1.1) A profecia provoca o julgamento
1.2) Introdução: O toque da quinta e sexta trombetas não surtiram o efeito desejado, pois os
que sobrevivem aos conflitos não se abrem a mudança de vida, à conversão (Cf. 9, 20-21).
Como, então, dar um novo rumo à história? A resposta vem no capítulo 10, e se resume numa
única palavra: Profecia. É ela quem provoca o julgamento de Deus na história.
Acompanhemos o texto de 10, 1-11.
1.3) Aprofundamento: Em 10, 1-7, o personagem central é o anjo poderoso que anuncia a
boa-nova. Em 10, 8-11, o personagem central é João, profeta, que recebe ordens bem claras:
Comer o livrinho e profetizar.
A) O “Anjo forte” (10, 1-7): O anjo tem características de Javé no AT (Cf. Jó 37; Sl 18, 7-
15; Am 3, 8). Ele é forte, sua roupa é uma nuvem e tem sobre a cabeça o arco-íris. Seu rosto
era como sol e as pernas pareciam colunas de fogo. A forma como nos é apresentado nos faz
recordar a suprema divindade. Recordemos sobretudo o arco-íris, que nos lembra do fim do
dilúvio (Cf. Gn 9, 13); as colunas de fogo, que nos lembra que Javé conduziu seu povo
através do deserto (Cf. Ex 13, 21ss).
Vimos também que o anjo colocou o “pé na terra e no céu” (Cf. 10, 2). Mar e Terra
representam o mundo inteiro; e soltou “um forte grito como de leão” (Cf. 10, 3); símbolo de
poder e força (Cf. Am 3, 8); “... quando gritou, os sete trovões ribombaram” (Cf. 10, 3). No
AT os trovões são uma das manifestações de Deus.
Mas o símbolo mais concreto e significativo da Antiga Aliança (AT) é o “livrinho”
que o Anjo traz na mão (Cf. 10, 2): Ele é o símbolo que resume a intervenção salvífica de
Deus no AT, confirmando que há um único Deus, Criador do Universo, e seu desejo de
libertar a humanidade desde as suas origens.
B) João e sua Missão (10, 8-11): A voz que vem do céu e se dirige a João ordena-lhes que se
aproxime do Anjo, pegue o livro que está em sua mão e o engula (Cf. 10, 8-10). Tal gesto
causará dois efeitos opostos: Doçura e amargor nas entranhas. João tira essa cena de Ezequiel
(Cf. Ez 2, 1-3; 3), mas acrescenta duas mudanças importantes:
Primeira: Diz respeito aos efeitos causados pelo livro: em Ezequiel fala somente em doçura,
ao passo que aqui a doçura sentida na boca é contraposta ao amargor nas entranhas;
Segunda: Outra se refere à ordem de profetizar: Ezequiel deve dirigir-se apenas à “casa de
Israel”; a missão de João, ao contrário, visa a muitos povos, nações e reis. Os dois acréscimos
revelam as limitações da antiga revelação.
Mas em que a Palavra de Deus é doce? Em que é amarga? Doçura em receber a
Palavra, amargura de ter que exercer o ministério profético; doçura do anúncio da Salvação,
dureza do anúncio do julgamento. É fácil ouvir o Evangelho, difícil é vivencia-lo numa
sociedade conflitava e pagã e que persegue.
João não deve apenas ler ou interpretar a revelação de Deus, mas come-la, isto é,
interiorizá-la, alimentar-se e saciar-se dela. Ela é doce na boca, porém amarga no estômago:
nosso primeiro contato com a Palavra produz alegria, entusiasmos, porém, quando a
interiorizamos, ela exige que nós suportemos o sofrimento e a perseguição por sua causa.
Após essa experiência, João recebe a ordem de Profetizar. A ordem é apresentada
como uma necessidade. O texto se inspira em Jr 1, 9-10, onde Deus põe suas palavras na boca
de Jeremias e lhe dá autoridade sobre as nações e reinos.
1.4) Conclusão: A missão profética é atual, urgente. Esse anúncio deve ser feito a todos. O
que pode acontecer com os que assumem essa missão? O Apocalipse é realista: O anúncio
profético do Evangelho provoca amargor. E então, o que fazer? Fugir? O capítulo 11 mostrará
que, mesmo que os poderosos matem os profetas, eles vivem para Deus e com Deus.
2) As duas testemunhas ( O segundo “Ai”)
Após ter mostrado que o tempo presente é tempo de profecia (10, 11) e que somente
por meio dela é que chagaremos à concretização histórica do projeto de Deus. O Apocalipse
mostra o que é profetizar, através da vida e martírio das duas testemunhas, que é também o
segundo “Ai”. Vamos, primeiramente, ler o pequeno texto de 11, 1-2.
2.1) Introdução: A medição do templo (11, 1-2)
Aqui temos uma terceira ordem recebida por João, (as duas anteriores consistem em
comer o livro e profetizar). Esta é para medir o santuário e o altar.
2.2) Aprofundamento: O Santuário e o altar representam a Igreja de Jesus Cristo, visto que o
templo de Jerusalém já havia sido destruído por completo. Medir pode significar reconstruir,
restaurar, proteger. Agora João vai salvar o que na destruição histórica não se salvou o
santuário e o altar. O resto da cidade não se salva.
Depois de comer o livro aberto e receber a ordem de profetizar uma profecia nova,
agora, João, realiza sua missão profética de proteção da comunidade cristã. João-profeta é
capaz de realizar o que os líderes judeus na guerra judaica não puderam fazer: Salvar a
comunidade.
Neste trecho do Apocalipse aparece um tempo de “42 meses”. Esse é o tempo que
durou a perseguição de Antíoco IV Epífanes contra os judeus (ano de 167 - 164 a..C). Aqui
“42 meses” significa o tempo presente que é de perseguição e martírio, de conversão e de luta;
é o tempo do Êxodo, da Igreja, dos profetas cristãos como João.
3) O valor do profetismo e do testemunho
3.1) Introdução: Depois de apresentar a vocação profética de João (10, 8 - 11, 2), o texto
prossegue com o testemunho profético de toda a Igreja, aqui representada pelas duas
testemunhas. Acompanhemos de 11, 3-14.
3.2) Aprofundamento: Por quê duas testemunhas? Para que todo testemunho fosse
considerado válido eram necessárias duas testemunhas. As duas testemunhas que aqui
aparecem podem ser identificadas ora como Josué e Zorobabel (Cf. Zc 4) ora como Moisés e
Elias. Também podem ser Pedro e Paulo. Em todo caso elas representam a Igreja.
a) Suas roupas: Estão vestidas de pano de saco. O modo como elas se vestem denuncia a
sociedade corrupta e consumista. Também é um apelo à penitência e conversão.
b) O poder das testemunhas: Elas têm uma boca mortal (“sai fogo”); têm poder de fechar o
Céu e transformar a água. O poder sobre o fogo e a seca eram sinais de que Elias era o profeta
de Javé. O poder de “transformar as águas” era próprio de Moisés, o libertador da escravidão.
De 11, 7-13 temos a Páscoa das duas testemunha: sua paixão, morte, ressurreição e ascensão.
São martirizados pela “besta que sobe do abismo”, seus corpos são expostos em praça pública
e seus adversários fazem festa. Porém tudo isso dura pouco (“três dias e meio”), pois um
sopro de vida vindo de Deus entrou neles e puseram-se em pé (Cf. Ez 37). Em seguida,
subiram ao céu na nuvem. É a exaltação e a glorificação das testemunhas –mártires.
3.3) Conclusão: O poder da besta sobre os profetas (testemunhas) é limitado. A última
palavra cabe a Deus, que devolve a vida àqueles que se doaram pela causa do Reino. O
próprio terremoto é um dos sinais que manifestam a intervenção de Deus em favor dos seus.
Ao final temos a conversão daqueles que perseguem, matam e celebram a morte dos
mártires: “...os sobreviventes ficaram apavorados e deram glória a Deus” (Cf. v. 13).
4) O toque da trombeta
4.1) Introdução: Com o toque da sétima trombeta (11, 15) inicia uma nova seção do livro do
Apocalipse chamado “dos três sinais” (mulher- 12, 1; dragão- 12, 3; e dos sete Anjos com a
setes pragas - 15, 1). Antes, porém, João fez uma introdução baseada em hinos cantados pelas
comunidades perseguidas. Vamos conferir lendo de 11, 15-19.
4.2) Aprofundamento: “O sétimo Anjo tocou a trombeta...” (11, 15), com isso acaba-se o
tempo e se consuma o mistério de Deus. Com a “sétima trombeta” chega o Reino de Deus.
Ainda não é o fim da História, mas do Reino de Deus na História.
O hino que aqui temos é uma declaração que Jesus é Rei e Senhor da história. Diante
dele todo povo de Deus (representado pelos 24 anciãos) se prostra e o adora. A razão maior
do louvor, da glorificação é que Ele assumiu seu grande poder e passou a reinar (Cf. 11, 17).
Por Cristo, Com Cristo e em Cristo, Deus fez uma aliança definitiva com a humanidade.
CONCLUSÃO
Com este último encontro, concluímos a nossa formação Paroquial - 2002. Talvez
você tenha ficado insatisfeito, quanto ao estudo do Apocalipse porque nem tudo nós
conseguimos explicar. Aqui vai então um último recado tirado de Pablo Richard, autor do
Livro Apocalipse Reconstrução da Esperança da Editora vozes, um dos autores usado em
nosso estudo.
“Não é possível identificar historicamente todas as pragas e castigos que aparecem
no Apocalipse. Todos os intentos no sentido de decifrar historicamente estes textos para
descobrir neles fatos históricos daquele tempo ou do futuro terminaram em aberrações e em
manipulações. O mais importante é interpretar estas seções com o espírito do Êxodo, como
uma intervenção libertadora de Deus na História, contra os opressores e em favor dos
oprimidos. Este, porém, não se trata de desastre naturais (terremotos, explosões vulcânicas,
secas...etc), este não caem sobre os imperadores e sim sobre o povo pobre. Essas dores
cósmicas, além do mais não são desastres naturais, mas conseqüências diretas das estruturas
de dominação e de opressão: os pobres morrem nas inundações, porque são deslocados dos
lugares seguros e obrigados a viver perto dos rios; nos terremotos e nos furacões, os pobres
perdem suas casas, porque são pobres e não podem construir casas melhores e mais seguras;
as pestes caem principalmente sobre os pobres desnutridos, sem instrução e sem infraestrutura
sanitária (por exemplo a cólera e tuberculosa). Portanto, as pragas das trombetas e
das taças do Apocalipse não se refere aos desastres naturais, mas às dores da história que
provoca e sofre o próprio Império; são as dores da Besta causadas por sua própria idolatria
e criminalidade. Hoje, as pragas do Apocalipse são mais especificamente as calamidades
provocadas pelas destruição ecológica, pelo armamentismo, pelo consumismo irracional,
pela lógica idolátrica do mercado, pelo uso irracional da técnica e dos recursos naturais”.
(Cf. Pablo Richard p. 149).
Esperamos que o estudo desta primeira parte do Livro do Apocalipse tenha ajudado
você a crescer ainda mais no aprofundamento e amor a Palavra de Deus que confirma o Amor
grandioso de nosso Deus manifestado na História através de Jesus Cristo.
Desde já convidamos você para concluir, no primeiro semestre de 2003, o nosso
estudo do Apocalipse. Agradecemos por sua participação e perseverança em nossos
encontros.
BIBLIOGRAFIA
1- Pablo Richard. Apocalipse Reconstrução da Esperança. Editora vozes, 2a Edição.
2- Pe. José Bortolini. Como ler o Apocalipse (Resistir e Denunciar). Editora Paulus.
3- Antônio Mesquita Galvão. Apocalipse ao Alcance de Todos. Editora o Recado.
5- Carlos Mesters. Esperança de um povo que luta (O Apocalipse de São João uma chave
de leitura). Editora Paulus.
6- Eugênio Corsini. O Apocalipse de São João (Grande comentário Bíblico). Edições
Paulinas.
Padre Ademir Nunes Faria

"A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão a proposta do Reino, vivida na Igreja (DNC 50)."

Documento Necessário para o Batismo e Crisma

Certidão de Nascimento ou Casamento do Batizando;

Comprovante de Casamento Civil e Religioso dos padrinhos;

Comprovante de Residência,

Cartões de encontro de Batismo dos padrinhos;

Documentos Necessários para Crisma:

RG do Crismando e Padrinho, Declaração de batismo do Crismando, Certidão ou declaração do Crisma do Padrinho, Certidão de Casamento Civil e Religioso do Padrinho/Madrinha e Crismando se casados.

Fonte: Catedral São Dimas

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Reflexão

REFLEXÃO

A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.

reflexão sobre o Dízimo

A espiritualidade do Dízimo

O dízimo carrega uma surpreendente alegria no contribuinte. Aqueles que se devotam a esta causa se sentem mais animados, confortados e motivados para viver a comunhão. O dízimo, certamente, não é uma questão de dinheiro contrariando o que muitos podem pensar. Ele só tem sentido quando nasce de uma proposta para se fazer a experiência de Deus na vida cristã. Somos chamados e convocados a este desafio.

Em caso contrario, ele se torna frio e distante; por vezes indiferente. A espiritualidade reequilibra os desafios que o dízimo carrega em si. "Honra o Senhor com tua riqueza. Com as primícias de teus rendimentos. Os teus celeiros se encherão de trigo. Teus lagares transbordarão de vinho" (Pr 3,9-10). Contribuir quando se tem de sobra, de certa forma, não é muito dispendioso e difícil. Participar da comunhão alinha o desafio do dízimo cristão.

Se desejar ler, aceno: Gn 28, 20-22; Lv 27, 30-32; Nm 18, 25-26 e Ml 3, 6-10.

Fonte : Pe. Jerônimo Gasques

http://www.portalnexo.com.br/Conteudo/?p=conteudo&CodConteudo=12

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Catequese com Adultos/ Paróquia NSª do Rosário - todo domingo das 08h30 as 10h00 / "Vida Sim, Aborto não!"

" Encontros Catequéticos domingo, as 08h30."

*Catequese com Adultos/ Paróquia Nossa Senhora do Rosário - Vila Tesouro - São José dos Campos - SP. * "Vida sim, aborto não!

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