Seu exemplo de vida é de uma retidão exemplar, a ponto de ninguém o poder “acusar de pecado” (Jo 8, 46). Mas o motivo fundamental para essa alegria difusa nos tempos natalinos, é que esse Menino vem encher a vida humana de sentido. Na sua luz nós entendemos o que somos e o que podemos ser. Compreendemos que somos destinados a ser filhos de Deus, e temos a possibilidade de fazermos parte da família divina, honra máxima dos seres inteligentes. “Deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus” (Jo 1, 13).
Mas a negativa sempre é possível. Como nos tempos messiânicos, também hoje “os seus não o receberam” (Jo 1, 11).Como os não-cristãos, que não acreditam na missão salvadora de Jesus, se comportam durante o período natalino? Muitos acompanham só na ceia, na compra de presentes, nos passeios em busca de parentes, nos enfeites e na atenção especial às crianças. Não na oração. E até podemos detectar uma resistência não programada oficialmente, porém real.
Nunca houve um encontro internacional, para planejar um “esvaziamento” de Jesus, Salvador das nações. No entanto, durante o século XX se criou um substitutivo, inocentemente aceito pelos próprios católicos. Trata-se da figura bonachona do papai Noel, criatura saída da mente humana, homem sem fé e sem religião. Aos poucos, os que não crêem em Cristo, vão descarregando nele toda a sua afetividade.
Cultivar o bom velhinho, é desconversar sobre Jesus. É um derivativo. Está na hora de purificarmos os nossos costumes que, até o momento, nem a novena de Natal conseguiu barrar. Estou curioso para ver o efeito da campanha dos católicos alemães, procurando ignorar essa figura criada para esvaziar nossa fé em Jesus, o esperado das nações. “O Menino crescia e se fortalecia” (Lc 2, 40).