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sábado, 19 de maio de 2012

Com Adultos Catequese Adulta


O Assunto: “Com adultos, catequese adulta”, tema da Segunda Semana Brasileira de Catequese, chamou a atenção sobre a realidade do adulto como interlocutor e destinatário privilegiado da educação na fé.

Estão na memória de todos as palavras do Papa João Paulo II, quando aponta a catequese oferecida aos adultos como “a principal forma de catequese” porque se dirige a pessoas que “tem as maiores responsabilidades e a capacidade para viverem a mensagem cristã na sua forma plenamente desenvolvida”.

A igreja conta de modo especial, com os fiéis adultos, como fermento do Evangelho em todos os segmentos da sociedade, sobretudo naqueles que criam e cultivam a opinião pública e naqueles que tomam decisões que afetam a vida das pessoas e influenciam convicções pessoais e da sociedade. É seu dever dialogar também com outros adultos que, mesmo não aderindo à nossa fé, tem mostrado competência e empenho no trabalho em favor da ética, numa busca sincera de um sentido mais profundo para a existência.

Há uma fome tão grande do sagrado que até expõe as pessoas a charlatanismos diversos vale tudo: tarô, leitura de mão, cristais, simpatias, retalhos de religiões orientais...

Há, sem dúvida, uma abertura em relação ao judaísmo, através do diálogo judeu–cristão. Nesse terreno, a catequese tem muito a fazer e precisa estar atenta para apresentar de modo positivo o povo de Jesus, preparando o terreno, derrubando preconceitos, acolhendo com respeito o povo da Primeira Aliança. Muitos de nossos textos, pregações e atitudes precisam ser revistas para que possamos progredir no diálogo e na valorização da fé e da história do povo judeu.

No contexto social, apesar de todas as injustiças que ainda fazem sofrer o povo, há um desejo comum de relações mais democráticas, que dêem espaço a mais participação e possibilitem a cada um ser sujeito de suas ações e de seu crescimento e da construção da sociedade. As pessoas querem Ter vez e voz.

Considerando esta característica, nos diz um especialista em catequese de adultos: “O adulto quer ser informado de modo sério sobre a situação real das questões; não admite que lhe sejam ocultadas as questões em aberto; deseja poder intervir e também expressar sua opinião, de acordo com sua competência e seus conhecimentos. Se é verdade que não se pode confundir a catequese com a reflexão teológica, também o é que, no caso dos adultos, não se devem ignorar as justas necessidades de racionalidade e de críticas próprias de um amadurecimento adulto na fé. Não se respeita o caráter adulto da catequese conservando nela uma orientação infantilizante de transmissão indiscutível e autoritária, como tantas vezes aconteceu no passado”.


É preciso que todos os agentes pastorais, responsáveis pela educação da fé dos adultos em nossas comunidades, movimentos, paróquias, dioceses e regionais, ajudem nossa Igreja a desencadear uma ampla reflexão sobre a prioridade da Catequese com Adultos. Diz, acertadamente, o documento Catequese Renovada, em um parágrafo que vai nos acompanhar constantemente em função da 2ª SBC: É na direção dos adultos que a Evangelização e a catequese devem orientar seus melhores agentes. São os adultos que assumem mais diretamente, na sociedade e na igreja, as instâncias decisórias e mais favorecem ou dificultam a vida comunitária, a justiça e a fraternidade. Urge que os adultos façam uma opção mais decisiva e coerente pelo Senhor e pela sua causa, ultrapassando a fé individualista, intimista e desencarnada. Os adultos, num processo de aprofundamento e vivência da fé em comunidade, criarão, sem dúvida, fundamentais condições para a educação da fé das crianças jovens, na família, na escola, nos Meios de Comunicação e na própria comunidade eclesial”.

Importantes na educação da fé dos adultos do povo da Bíblia eram as orações e recitações de relatos históricos. Assim se recordava a ação de Deus na história e se proclamava de novo uma fé na qual se iam construindo novos laços emocionais e históricos. Dois textos são particularmente ilustrativos, no que diz respeito a esse processo. Um é o Shemá Israel (escuta, Israel!), núcleo básico da fé da Aliança, repetido diariamente em oração: “Ouve Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor! Amarás o Senhor Teu Deus de todo coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças...” E o texto prossegue lembrando a necessidade de ter presentes sempre os mandamentos do senhor que, ainda hoje, judeus observantes atam às mãos e à fronte, colocam na porta e ensinam aos filhos, como orienta a Escritura (Cf Dt 6,4-9). “O outro texto é o chamado “credo histórico” do povo de Deus” Meu pai era um arameu errante... Ele desceu do Egito, onde viveu como migrante, Lá os egípcios nos maltrataram reduziram à pobreza e nos impuseram dura escravidão. Então clamamos ao Senhor, o Deus de nossos pais, e ele nos ouviu. Viu quão pobres éramos, infelizes e oprimidos. O Senhor nos fez sair do Egito e nos fez chegar a este lugar, deu-nos esta terra, terra da qual manam leite e mel “(Dt 26,5ss)”. Aí se vê um processo de catequese que mantinha os adultos emocionalmente ligados à história das origens da revelação, sentindo-se comprometidos com a Aliança, envolvidos na história. Não se fala em “eles”, mas em “nós”.

As advertências e consolações dos profetas são parte da formação dos adultos. A leitura de certas passagens pelo que afirmam, exige até um equilíbrio, um amadurecimento que nem sempre todo adulto tem, muito menos jovens e crianças. Hoje, com todo o conforto entre fé e ciência, com a liberdade de pensamento típica dos tempos modernos, a Bíblia precisa, mais do que nunca, ser lida a partir de uma hermenêutica atualizada, que exige um interesse, conhecimento e uma aplicação que se podem pedir com mais propriedade a quem já tem bastante experiência de vida e estudo bíblico.

Por outro lado, a Bíblia nos mostra as questões de fé com uma metodologia que tem muito a dizer ao homem e á mulher de hoje, tão ciosos da sua liberdade de pensar, da sua autenticidade, da sua subjetividade. Livros como Jó, Jonas e Eclesiastes mostram que era possível discordar da teoria vigente, questionar, propor novos desafios a partir da provocação dos fatos sérios, que querem entender melhor a vida e o seu relacionamento com Deus. Acharemos nas escrituras também problemas comuns do cotidiano e uma grande e transparente honestidade ao expor as fraquezas humanas, mesmo na vida de grandes figuras da fé.

O novo testamento nos mostra a formação dos adultos nas comunidades. Eram os adultos que se convertiam e levavam a família inteira para a nova fé. As cartas de Paulo e as demais epístolas eram destinadas aos adultos da comunidade. Eles é que tinham que se posicionar diante dos conflitos internos e externos.

Jesus abençoava as crianças, mas chamava e instruía os adultos. O importante é suscitar nas pessoas o compromisso com a justiça do reino, a vontade de Deus. Adultos conquistados pelo Evangelho enxergam bem o irmão, não são paralíticos na luta pela justiça, não permitem que pessoas fiquem excluídas, resgatam a dignidade de quem foi vencido por qualquer força desumanizadora.

Jesus confiando no poder de atração, não impunha uma doutrina, deixava que aqueles adultos avistassem e decidissem se queriam ou não participar. Eles vão, vêem e descobrem por si mesmos. A catequese com adultos precisa ser capaz de oferecer uma comunidade aonde o “venham ver” provoque uma reação positiva. O adulto não vai se decidir só pela beleza da doutrina e, menos ainda, por afirmações autoritárias. Ele precisa vir e ver como é que se vive o evangelho. À medida que “vem e vê” aprofunda seu conhecimento das coisas de Deus permanece não só com Jesus, mas “nele”.

Jo 9,1-41. Jesus cura um cego. O cego é o modelo de quem passa a enxergar de outro modo a vida depois de ter encontrado com Jesus e mergulhado nas águas do Batismo. O novo convertido tem que se explicar perante gente que não o incomodava quando ele era cego. Os fariseus chamam os pais do cego. “Mas o filho é adulto!”. Os adultos, ontem como hoje, têm o direito e o dever de se explicar por si. Não são meros repetidores de nossas instruções. São sujeitos do seu próprio processo de conversão, iniciação e formação permanente. Uma igreja adulta dá voz aos adultos e presta atenção no que eles livremente dizem.

Quem chega até a Eucaristia precisa Ter caminhado antes com Jesus e ser capaz de reconhecer de fato a sua proposta redentora.

Na Bíblia, aliás, há espaço para diversas maneiras de expressar a religiosidade. É o que se vê, por exemplo, na carta de Judas, cheia de alusões a crenças populares.

Diz o papa Paulo VI, na Evangelii Nuntiandi: “O mundo de hoje precisa mais de testemunhas do que de mestres e, se aceita os mestres, é porque também são testemunhas”. Catequizar adultos é dar testemunho de um modo de viver capaz de restaurar as esperanças e fornecer um projeto empolgante de fraternidade.

A igreja sustenta o testemunho de fé do catequista. É nela que catequistas e catequizandos vão alimentar sua fé.  Temos que cuidar muito bem da qualidade de nossas comunidades de fé, para evitar a chamada “crise de chegada”, que acontece quando a pessoa é seduzida pelo Projeto do reino e depois não se sente à vontade na comunidade concreta em que deve alimentar cada vez mais a sua fé. Daí a importância de a Catequese com Adultos delinear o horizonte eclesiológico para o qual caminha.

A igreja das primeiras comunidades soube ler os sinais dos tempos e vencer desafios. A igreja de hoje não terá que copiá-las (as circunstancias são outras), mas deve se inspirar na mesma fidelidade ao Espírito e na mesma coragem de se abrir ao novo.

O Concílio Vaticano II nos propôs, entre outras uma eclesiologia do povo de Deus, sujeito da comunhão, e da caminhada da igreja. Isso vem ao encontro das expectativas dos adultos de hoje: eles querem fazer a Igreja e não simplesmente recebê-la, querem ser membros ativos, com vez e voz, e não passivos na comunidade de fé.

Para o Vaticano II, a Igreja é antes de tudo uma comunidade de pessoas convocadas pela Trindade. Ela é um “povo reunido na unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. Por isso é mais conveniente e desafiante a pergunta: que imagens de Igreja estão na base de nossa ação evangelizadora e pastoral? Na catequese com adultos, que rostos da Igreja queremos ressaltar?

Uma Igreja ministerial para se conformar cada vez mais ao desejo de Jesus, ao estilo da Igreja primitiva e aos anseios de participação das pessoas de hoje. A catequese tem uma contribuição importante a dar. Formando leigos adultos mais preparados para a missão que lhes cabe. Queremos valorizar o sacerdócio comum e os sacramentos do Batismo e da Crisma, que habilitam os cristãos leigos e leigos para o exercício de diversas formas de ministérios. Uma Igreja toda ministerial é também uma Igreja acolhedora, onde talentos e dons diferentes acham lugar e todos se sentem mais úteis e valorizados.

Uma igreja participativa, precisamos fazer com que os nossos conselhos de pastoral em todos os níveis funcionem bem e sejam de fato ouvidos. Além dos conselhos e daquelas pessoas que são particularmente ativas na vida pastoral da comunidade, é importante saber ouvir os que não participam tanto, os que se encontram em situação considerada irregular e/ou os que desistiram de alguma atividade proposta pela comunidade eclesial.

Uma Igreja ecumênica, para corresponder cada vez melhor ao testamento do mestre. Para isso é preciso cultivar a mística da unidade, buscando vivenciar também um ecumenismo intracatólico, dos movimentos entre si, entre movimentos e comunidades, entre movimentos e pastorais. Temos pela frente um desafio interessante: precisamos apresentar e defender nossa identidade e ao mesmo tempo reconhecer valores em outras Igrejas e Religiões num diálogo mutuamente enriquecedor.

Uma Igreja missionária, para estar cada vez, mais de acordo com o afeto e a prática do Bom Pastor. Temos que tratar muito bem o público interno. Mas precisamos também nos abrir para os de fora. Ser missionário, entre outras coisas, é saber lidar com discernimento, de forma acolhedora e respeitosa, com o outro.


Uma boa catequese com adultos prepara pessoas para a ação do mundo, capazes de dialogar com o diferente.

Uma igreja espiritual e “mística”, que se deixe orientar pelo Espírito Santo. Que seja contemplativa, orante, discípula sempre atenta à escuta da Palavra.

Uma igreja solidária, para ser cada vez mais fiel à proposta e a pratica de Jesus, que pregou o Reino e a vida para todos.

É importante à igreja tomar consciência de que nossa força está na fidelidade ao Evangelho, não no poder, à moda do mundo. Há gente que procura a Igreja para a satisfação de necessidades imediatas. Busca – se o milagre de Deus e não o Deus dos milagres, as graças, as soluções de Deus em vez do compromisso com esse Deus. Muita gente anda querendo uma religião de resultados! São pessoas aflitas que precisam ser acolhidas e respeitadas. É preciso acolhê–las sem infantilizá–las.

É natural que, num projeto dessa envergadura, nossas falhas humanas criem dificuldades. Mas Deus é maior; ele ampara a Igreja e nos ajuda a ser, dentro dela, fermento transformador para efeito interno e externo. Catequistas e catequizandos são chamados a ser Igreja do modo mais bonito e evangélico.

A Igreja ao colocar ênfase na formação cristã dos adultos, precisa estar bem consciente das conseqüências desta opção, a partir do documento Catequese Renovada, passamos a polarizar a atenção em torno dos adultos. Estamos consciência de que os principais interlocutores da catequese não são as crianças, mas os adultos.

É preciso situar a catequese com adultos dentro do contexto da missão fundamental e única da igreja: anunciar a Boa Nova de Jesus Cristo.

A partir do Vaticano II, particularmente da Evangelii Nuntiandi, a Igreja vai tomando consciência, cada vez mais, de sua missão fundamental, de sua mais profunda identidade, daquilo que é sua graça e vocação própria. Ela “existe para evangelizar”. No passado, o termo evangelização em geral designava a atividade missionária para povos que ainda não conheciam Jesus Cristo. Hoje, significa também “anunciar a boa nova” para povos ou comunidades de antiga cristandade, que já tiveram um contato com o Evangelho, mas que praticamente vivem longe da fé e da Igreja. Porém, evangelização possui também um significado mais amplo: é tudo aquilo que a Igreja realiza em vista da implantação e alimentação da fé dos cristãos no mundo à luz dos valores do Reino de Deus.

A evangelização precisa ser um processo que “implique não apenas o anuncio do Evangelho por palavras, mas também a vida e ação da Igreja”.

A catequese não é uma atividade isolada na Igreja, Ela faz parte essencial de sua missão de evangelizar. Conforme o Diretório Geral para a Catequese, o processo evangelizador, está estruturado nestas três etapas, ou momentos essenciais:

a)    Ação Missionária: proclama o primeiro anúncio de Jesus Cristo (querigma) a povos ou pessoas que não o conhecem, ou que, tendo já conhecido, hoje vivem afastados do Evangelho.
b)    Ação Catequética: educa e aprofunda a fé dos que já aderiram a Jesus Cristo e querem ingressar na comunidade, através de uma iniciação completa, ou necessitam estruturar melhor sua conversão.
c)    Ação Pastoral: para as pessoas que, tendo sido iniciadas suficientemente na fé pela catequese, já são cristãos adultos, mas necessitam continuar alimentando a própria fé, crescendo sempre mais até à “estatura de Jesus Cristo” e transformando a fé em obras, em serviço aos irmãos e à comunidade.

Na pratica, nem sempre é possível identificar ou separar tão bem esses três aspectos do processo evangelizador. Muitas pessoas, por exemplo, se envolvem em alguma ação pastoral, mas ainda não são exatamente o que se poderia chamar de adultas na fé. Nem sempre a motivação de fé é tão determinante no compromisso pastoral. Acontece, porém, muitas vezes que a partir dessa primeira aproximação essas pessoas descobrem um apelo de fé, uma vocação e nasce daí um primeiro passo para buscar a Bíblia, a Catequese e, assim, poderem se preparar melhor para participar, mais conscientemente, do conjunto da vida da Igreja.

Esta tríplice divisão nos mostra que a catequese está bem articulada com a ação missionária e a ação pastoral. A catequese é uma das três grandes atividades no conjunto da ação eclesial, embora com características próprias, elas são três ações profundamente relacionadas entre si e não deve se pensar em criar barreiras entre elas. Também são etapas concluídas: reitera-se se necessário, uma vez que darão alimento evangélico mais adequado ao crescimento espiritual de cada pessoa ou da própria comunidade.

Toda catequese e pastoral devem estar impregnadas de um ardor missionário, visando a uma adesão sempre mais plena a Jesus Cristo.

Toda e qualquer ação da Igreja deve incluir a retomada sempre mais profunda e abrangente do seguimento de Jesus.

A catequese é o período em que se estrutura a conversão a Jesus Cristo, a partir daquela adesão inicial. O documento Catequese Renovada descreve a catequese como um processo de educação pessoal e comunitária da fé, dentro do dinamismo da evangelização, da opção por Jesus Cristo, da conversão a ele.

A catequese está, pois, a serviço da iniciação cristã. Sua atividade específica é introduzir os catequizandos já batizados ou os catecúmenos que se preparam para o batismo na vida da comunidade cristã, no estilo evangélico de vida, nos mistérios da fé, no seguimento e na doutrina de Jesus, com suas implicações na maneira de conviver e na necessidade de transformar o mundo.

A iniciação está ligada, aos denominados ritos de passagem, de entrada na vida adulta, de mergulho na vida social e religiosa do grupo, da comunidade, do povo. Neste sentido, a catequese, é o processo de iniciação, preparação e compreensão vital e de acolhimento dos grandes segredos (mistérios) da vida nova revelada em Jesus Cristo. Neste itinerário ele vai experimentando a fé nos gestos salvíficos, nas palavras de Jesus Cristo, vividos em comunicados pela Igreja através do testemunho de vida, da palavra e dos Sacramentos, abrindo-se à esperança que não engana. É Obvio que não se trata de tudo, o que é impossível, mas de um todo elementar e coerente, como base sólida para a caminhada “rumo à maturidade em Cristo”. Esta base está profundamente interligada e é composta das seguintes dimensões:

1.    Experiência de Deus, (dimensão afetivo-interpretativa);
2.    Participação na comunidade (dimensão comunitário-participativa);
3.    Celebração litúrgica e oração (dimensão celebrativa);
4.    Interação entre fé e vida e serviço fraterno de acordo com os valores do Reino (dimensão sócio-transformadora e inculturada);
5.    A formação da fé (dimensão racional- intelectual);
6.    O diálogo com outras experiências religiosas, e com o mundo, e o testemunho fraterno no convívio diário com o pluralismo (dimensão ecumênica e de diálogo inter-religioso).
7.    Relacionamento de cuidado com o cosmo (dimensão ecológica ou cósmica).

Para cumprir sua tarefa de iniciação, educação, instrução e compromisso, é preciso que a catequese tenha as seguintes características fundamentais:

1.    Ser um aprendizado dinâmico da vida cristã, uma iniciação integral que favoreça o seguimento de Jesus Cristo;
2.    Fornecer uma formação de base, essencial, centrada no que constitui o núcleo da experiência cristã (Páscoa de Jesus);
3.    Possibilitar a incorporação na comunidade que vive, celebra e testemunha a fé, superando o conceito de catequese como mero ensino, para assumir o de encontro;
4.    Proporcionar formação orgânica e sistemática da fé;
5.    Experimentar o compromisso missionário para o estabelecimento do Reino de Deus no coração das pessoas, em suas relações interpessoais e na organização da sociedade.

Para a organização aos conteúdos desta catequese recorremos à tradição da nossa Igreja:

1.    As três etapas recebidas da tradição dos Santos Padres, (dimensão histórica ou narrativa da fé): Antigo Testamento, Vida de Jesus Cristo e História da Igreja;
2.    As quatros colunas recebidas da tradição dos catecismos (dimensão do conhecimento da fé): Credo (fé professada), Sacramentos (fé celebrada), Bem-aventuranças e Mandamentos (fé vida + moral); Pai Nosso (fé orada).

“As situações históricas e as aspirações autenticamente humanas são parte indispensável do conteúdo da catequese”. (principio proposto por Medellin)

O Diretório Geral para Catequese propõe, como modelo da catequese, o catecumenato batismal. O catecumenato será eficaz, sobretudo na catequese com adulto, pois foi para eles que foi instituído.

A catequese, caracterizando-se como atividade iniciática à fé, abrange, como destinatários, todos os fiéis de qualquer faixa de idade. Toda pessoa – adulto, jovem ou criança que não seja suficientemente iniciada na fé, deverá ser destinatária da catequese.

A terceira etapa ou momento do processo evangelizador da Igreja é a ação pastoral. Isto porque quem já foi iniciado e já é cristão adulto continua precisando alimentar a fé e precisando tornar esta fé operativa na caridade. A meta é crescer cada vez mais, até à medida da “estatura de Jesus Cristo” (cf. EF 4,13).

A catequese alem de estar intrinsecamente ligada à ação missionária, tem muito a ver também com a ação pastoral, pois a precede. Os cristãos, uma vez iniciados suficientemente na fé pela catequese, são então confiados aos cuidados da ação pastoral.

O engajamento na vida da Igreja e na pastoral implica, portanto, uma formação permanente ou continuada. Não compete à catequese transmitir num espaço curto de tempo toda a riqueza da vida, doutrina e tradição cristã. Ela é apenas a iniciação. O adulto terá a vida inteira para aprofundar sua fé, descobrir e viver na comunidade “as riquezas da gloriosa herança reservada aos santos” (Ef 2,18).

Para aqueles que já foram suficientemente iniciados na fé, chamados também de cristãos maduros, a Igreja possui inúmeras iniciativas pastorais, que recebem o nome de educação ou formação permanente.

Jovens e adultos já catequizados precisam continuar o aprofundamento da própria fé na comunidade cristã. Isto acontece quase “naturalmente”, quando há uma intensa vida de comunidade: liturgias dominicais, celebrações diversa, participação na vida da comunidade, romarias, retiros, novenas etc. este aprofundamento é reforçado, também através de iniciativas, tradicionalmente denominadas de formação permanente, tais como palestras, cursos, grupos de vivência, leitura espiritual, direção espiritual etc.

A formação cristã permanente supõe, além do primeiro anúncio, a catequese de iniciação e nela se baseia. Para isso, entre tantas outras modalidades de formação permanente, podemos citar as seguintes:

1.    Estudo aprofundado da sagrada Escritura (círculos bíblicos, leitura orante da Bíblia ou lectio divina);
2.    Visão cristã dos acontecimentos (sinais dos tempos), estudo do Ensino Social da Igreja;
3.    Catequese litúrgica (experiência e compreensão dos sinais litúrgicos);
4.    Catequese ocasional, determinada pelas circunstancias da vida pessoal, familiar, social, eclesial;
5.    Formação espiritual, através das varias espiritualidade que favoreçam a perseverança na oração e no seguimento a Cristo;
6.    Aprofundamento sistemático da mensagem cristã (escolas da fé, teologia para leigos etc.: é a “catequese de aperfeiçoamento”);
7.    Educação para o diálogo ecumênico e inter-religioso.
8.     
Todas essas atividades, tendo dimensão Catequética, precisam ter em conta as orientações que a reflexão da Dimensão Bíblico Catequética vem produzindo.

A expressão catequese com adultos deveria referir-se prioritariamente à atividade dirigida a adultos ainda não batizados, e a adultos já batizados, que, porém necessitam de uma introdução mais aprofundada nos mistérios do cristianismo, nas riquezas da vida cristã. Também se destina a adultos que já receberam, sim, certa iniciação e mesmo fizeram a primeira eucaristia ou foram crismados e casados na Igreja, mas não passaram por uma verdadeira iniciação e necessitam refazer sua caminhada de discípulos de Jesus Cristo. Destina-se ainda a adultos que passam de alguma confissão cristã para catolicismo, pois não estão iniciados no modo católico de viver a fé cristã.

Para cristãos já adultos na fé, com boa base de vida cristã, seria melhor falar de formação permanente ou continuada, e não tanto de catequese. Este termo deveria ser reservado somente às atividades de iniciação: assim, a catequese ficaria com um campo e uma missão bem delimitada. De fato, quando tudo é catequese, nada é catequese.

Em Catequese Renovada se usa freqüentemente a expressão “catequese permanente”. Também se reconhece que, na prática, é difícil distinguir entre estas duas formas de educação da fé.

Concluindo: usar o conceito catequese com adultos para atividades de iniciação dos adultos não batizados e os que, embora batizados, crismados ou casados na Igreja, ainda não foram suficientemente introduzidos na mensagem evangélica na fé cristã, na vida da Igreja. O conceito de formação permanente seria reservado, então, às atividades de educação continuada na fé dos adultos e jovens que receberam suficiente catequese. Sem prejuízo das distinções aqui discutidas, reconhecendo-se a dimensão Catequética presente nas variadas ações da Igreja.

O que ainda permanece como desafio é pôr em prática o itinerário do catecumenato, apontado como forma e modelo de qualquer catequese, particularmente da catequese aos adultos.
Para uma correta compreensão desta dimensão catecumenal da catequese, deveríamos redescobrir um documento, e ao mesmo tempo livro litúrgico, que ficou um tanto esquecido entre nós. Trata-se do Rito da Iniciação Cristã dos Adultos. Na verdade, ele aponta para todo o processo catecumenal de iniciação à fé, inspirado no catecumenato da Igreja primitiva.

Algumas características básicas de uma catequese catecumenal poderiam ser assim enumeradas:

1.    Acompanhar pessoalmente o catequizando em sua experiência de fé na comunidade cristã e em sua conversão efetiva na vivência do evangelho;
2.    Organizar passos pequenos e progressivos na iniciação aos mistérios da vida cristã;
3.    Vincular o ensino, que visa sistematizar os conhecimentos, aos ritos, símbolos e sinais, especialmente bíblicos e litúrgicos e, também, à vida comunitária, que juntos visam à vivência da fé;
4.    Centralizar a catequese no Mistério Pascal de Cristo e nos sacramentos da iniciação;
5.    Introduzir o catequizando na vida da comunidade eclesial e nas possibilidades de engajamento em sua organização;
6.    Realizar esforço de inculturação: a Igreja acolhe os catecúmenos com seus vínculos culturais e integra na sua universalidade as características de cada povo, enriquecendo assim a expressão de fé;
7.    Fazer perceber sempre a vinculação da vida cristã com o Projeto do Reino de Deus;
8.    Valorizar comunidades de interesse (por preferências culturais, universitários, profissionais da mesma área, grupos étnicos e outros);
9.    Não perder de vista o conjunto dos esforços evangelizadores da Igreja, interagindo com outras pastorais, movimentos, grupos de apostolado e associações (PF, CPT, CEBs, RCC, Vicentinos, Legião de Maria, Apostolado da Oração etc.) num esforço permanente de realizar uma pastoral orgânica, que dá o devido valor à dimensão bíblico-catequética em tudo que promove.

No inicio da Igreja, a catequese se dirigia preferencialmente aos adultos, no contexto do catecumenato. As primeiras comunidades preparavam os cristãos à vivência comunitária através da escuta da palavra de Deus, das celebrações e do testemunho de vida. Catequese e comunidade eclesial eram um só jeito de ser.

A partir do século V, a catequese deixou de ser iniciação à vida de comunidade de fé, foi a época da cristandade. A catequese se fazia por um processo de imersão nessa cristandade. Generalizando-se o batismo de crianças, pensava-se que os adultos não precisavam mais de catequese catecumenal. E então a catequese para as crianças tornou-se costumeira, endereçando-se posteriormente, sobretudo, à preparação para a primeira eucaristia e para a crisma, o que perdura até hoje.

A partir do século XVI, com o Concílio de Trento (1545-1563), a catequese infantil passou a ser organizada sistematicamente, com característica profundamente doutrinal e cada vez mais no estilo escolar, priorizando a dimensão intelectual.

Não sabendo conjugar a catequese recebida na infância com os chamados de Deus na vida, muitos adultos católicos apresentam uma fé individualista, intimista, infantil, ritualista, desencarnada. É comum encontrar adultos preocupados em sua fé somente com interesses pessoais, bens materiais e com a salvação pessoal. Cada fase da vida tem a maturidade específica daquele limite de idade ou situação. Nesse sentido catequese de crianças deve ser infantil (em relação à linguagem e aos interesses desta faixa etária), mas não infantilizante (boba, de baixa qualidade teológica, com a desculpa de que as crianças não compreendem outra coisa).

Na Segunda metade do século XX, particularmente após o Vaticano II, houve e ainda continua o esforço de redirecionar as energias da catequese para o mundo dos adultos.

O Papa João Paulo II, fazendo eco ao Sínodo de 1977 sobre a catequese, consagrou a primazia da catequese aos adultos, colocando-a como o mais importante problema da catequese hoje. A Catechesi Tradendae diz que a catequese de adultos é a principal forma de catequese. A catequese dos adultos deve assumir sempre uma importância Prioritária.

É em favor dos adultos que a Evangelização e nela a catequese devem empregar seus melhores recursos e agentes.

Boa parte da geração atual dos adultos católicos tomou contato com o conteúdo da fé através do catecismo doutrinal de perguntas e respostas. A maioria dos católicos, porém, ainda não participa da vida da Igreja, nem é alcançada pela ação evangelizadora. Dois terços dos que se dizem católicos raramente ou quase nunca se aproximam dos sacramentos; eles sentem pouca vinculação com a Igreja católica e são atraídos por outras religiões por outras confissões cristãs e mesmo por grupos sectários, esotéricos... .

A principal causa de tal situação é que "muitos católicos não receberam claramente o primeiro anúncio de Jesus Cristo, nem passaram pelo processo de crescimento e amadurecimento pessoal da fé, através de uma verdadeira experiência catequética". Muitos se afastam porque não encontram na Igreja uma catequese adequada às suas questões existenciais e à sua necessidade de ser sujeito da própria educação da fé.   Outros há que se afastam porque não encontram na comunidade o alimento necessário para o exercício adulto da sua opção cristã. E outros, não tendo suficiente maturidade na fé, se afastam por não aceitarem o fato das limitações humanas da própria Igreja, principalmente de seus líderes espirituais.

Outro fator importante e responsável pela atual situação religiosa de muitos adultos é atribuído a uma característica cultural da modernidade: o subjetivismo extremo que fecha a pessoa dentro de suas próprias percepções e interesses. O subjetivismo aumenta o número dos que interpretam irresponsavelmente a seu modo à tradição católica, sem consideração com o patrimônio da fé.

Os adultos do mundo moderno prezam a sua objetividade. Por causa disso, exigem da Igreja argumentos que convençam, que valham por si, e não apenas pela força da autoridade eclesiástica em que se apoiam.

O atual contexto de pluralismo, e até de confusão religiosa, torna mais urgente à instrução clara sobre os fundamentos católicos do ecumenismo e do diálogo inter-religioso.

Muitos estudos têm sido feitos, em âmbito psicopedagógico, para descrever o adulto crente e seu crescimento humano-cristão. Aqui nos limitamos a chamar a atenção para três etapas mais importantes da idade adulta, resumindo suas mais marcantes características.

O jovem adulto,

1.    A transição dos dezoito anos. È um tempo de passagem para a maioridade, durante o qual se desponta a necessidade de se encontrar um ideal de vida. Este período fértil de buscas, experiências, namoro, estudo, deve ser prioritário para algumas pastorais.
2.    O período dos vinte anos (21-30). Época de encontrar o equilíbrio afetivo entre a busca da intimidade representada especialmente através da relação amorosa com uma pessoa escolhida para compartilhar a vida e a tendência ao isolamento. Época privilegiada também para a opção vocacional. O ideal começa a se realizar através do trabalho, do amor e de compromissos sociais e religiosos.
3.    A transição dos trinta anos (31-40). É um período de indagações mais profundas sobre si mesmos, rumo de vida, convicções, sentido do trabalho, da família, de compromissos com a sociedade. Estabelecem-se novas metas e responsabilidades. Cresce o interesse pelos filhos e por fazer algo que perdure. A presença da Igreja é fundamental na solidificação do seguimento de Jesus, dos valores do Evangelho, do sentido da vida e do engajamento social.

Maturidade,

É uma fase longa, que vai dos quarenta aos sessenta e cinco anos, há um considerável aumento da consciência das responsabilidades. Há uma tendência a um egocentrismo voltado para as próprias necessidades. Muitas vezes ocorre nessa etapa um retorno às práticas religiosas. É uma etapa preciosa para a formação permanente, o engajamento maduro na comunidade eclesial e o compromisso social em nome do Evangelho.

A terceira idade,

Etapa nem sempre devidamente considerada, num país de absoluta maioria jovem, a terceira-idade (dos sessenta e cinco anos em diante), apesar da fragilização física, é carregada de muitas potencialidades. É fundamental estarmos atentos ao risco de um empobrecimento afetivo agravado, muitas vezes, pela perda de pessoas queridas e pela aposentadoria. Nesta idade, a recordação do passado é bastante comum. Por isso, é importante criar um processo que ajude as pessoas a aceitá-lo e reconciliar-se com ele para não caírem na amargura. As pessoas de terceira-idade não só participam de bom grado, mas encontram ai um sentido novo para seus dias.

Estas etapas podem ser vividas de forma diferente, conforme o contexto social e pessoal de cada um. A catequese deve estar atenta às necessidades, valores e expectativas das diferentes faixas etárias e sociais, levar sempre em conta o sujeito e suas circunstâncias.

Todos os assim chamados destinatários da catequese devem poder manifestar-se sujeitos ativos, conscientes e corresponsáveis, e não puros receptores silenciosos e passivos, com muito mais razão se são adultos. É uma catequese feita de partilha de saberes, experiências e iniciativas, em que ambos os lados criam laços (catequistas e catequizandos), buscam, ensinam, aprendem e vivem a vida cristã.

Um dos erros pedagógicos, na catequese com adultos, é proceder com eles, utilizando a mesma pedagogia das primeiras idades. Embora a expressão pedagogia de adultos etimologicamente seja uma contradição, pois pedagogia significa ação de conduzir crianças, ao aplicá-la aos adultos devemos, entretanto, entendê-la como um autentico processo educativo de adultos. Isto supõe, antes de tudo, “que se leve seriamente em consideração as experiências vividas e os condicionamentos e desafios que eles encontram na vida”.

Outra séria exigência é que a catequese “atenda à condição leiga de adultos, aos quais o batismo confere a possibilidade de procurar o reino de Deus e ao mesmo tempo os chama à santidade”.

Uma catequese verdadeiramente adulta parte da própria situação religiosa dos catequizandos, para um progressivo caminho de fé: sua história pessoal de busca de Deus, suas experiências anteriores com a catequese ou com o evangelho, sua visão de mundo, seu maior ou menor contato anterior com a Igreja.

Uma catequese, portanto, que nunca tenha ponto de chegada, mas que motive a continuar buscando sempre mais, aprofundando a experiência de Deus, o compromisso com a comunidade e o engajamento evangélico na transformação da sociedade. Toda catequese deve possibilitar a opção pessoal por Jesus Cristo e colocar o catequizando no seguimento de Jesus, caminhando “rumo à maturidade de Cristo” (cf., Ef 4,13).

O documento Catequese renovada já destacava, em 1983, a importância da ação da comunidade catequizadora, que acolhe o catequizando e precisa dar testemunho de violência dos valores do Reino. Se queremos cristãos adultos, maduros, sujeitos construtores do seu próprio desenvolvimento, capazes de agir e transformar a realidade na direção do projeto de Deus precisamos de uma Igreja que favoreça tal tipo de amadurecimento.

Três verbos ou ações ajudam aqui a descrever o trabalho do catequista:

1.    Educar, isto é ajudar a pessoa a desenvolver, por ela mesma, suas potencialidades, visando à autonomia responsável do sujeito em relação à sua atuação, aos critérios que regem e estimulam sua vida pessoal, suas relações e suas ações na Igreja e no mundo.
2.    Ensinar, também no sentido catequético da “traditio”, isto é, do transmitir. Busca-se aqui também autonomia, mas em relação ao saber, como conhecimento articulado e produtor de sentido, pois quem não sabe é dependente, manipulável, com sentimento de insegurança diante dos que sabem. Catequistas e catequizando devem sentir-se como sócios corresponsáveis, na apreensão do saber adquirido. Ensinar não é pensar pelo outro, mas um exercício de aquisição e, mesmo, construção do saber, em parceria. Tudo o que o catequizando aprende deve ser reelaborado e enriquecido com a reflexão pessoal.
3.    Iniciar, também com sentido de “caminho experiencial” a percorrer, enriquecido com a noção catequética de “mistagogia” (caminho que conduz ao mistério, ao encantamento por Deus). O iniciador, portanto um já iniciado dá testemunho, aponta caminhos, estimula o itinerário pessoal, diversificado, de cada um, faz o acompanhamento pessoal.

Em estreita relação com o educar, o ensinar e o iniciar destacamos quatro fatores que devem estar bem articulados na catequese com adultos:

1.    A palavra: a palavra engloba os elementos didáticos e cognitivos, que permitem conhecer, compreender, saber e expressar o que se sabe, o que se sente e o que se vive.
2.    Relação: tem a ver com o conviver e se expressa através da dinâmica comunitária, da amizade, do desenvolvimento do sentido de pertença, do amor oblativo. A dimensão comunitária e a vivência do amor oblativo são constitutivos do processo catequético.
3.    A ação: vem do compromisso que leva a atividade de promoção humana, testemunho, colaboração e participação na comunidade e na sociedade. É parte integrante do processo, pois uma das melhores formas de aprender é o aprender fazendo.
4.    A celebração, também no sentido de “tornar célebre”, com forte carga de sentido, memória e compromisso. Manifesta-se pelas ações simbólicas, ritos, festas, canto, danças, expressões de sentimento e emoção, orações, meditações, evocação do passado no hoje. A celebração dá à catequese uma linguagem global, que envolve o ser humano por inteiro na experiência cristã.

O método, como caminho para se chegar ao objetivo, e a ser empregado no processo catequético, deve considerar ainda que o adulto traz uma experiência de vida, na qual Deus não está ausente. O catequista deve estar atento para tornar clara e aprofundar a relação entre o saber experiencial e o saber teórico. O saber experiencial questiona o saber teórico, e o saber teórico ajuda a estruturar os dados da experiência, na qual ele mesmo tem sua fonte. O saber teórico não deve se sobrepor ao saber experiencial; os dois devem ser mutuamente fecundantes.

O Diretório Geral para a Catequese resume assim as tarefas da catequese com adultos: “Propor a fé cristã na sua integridade, autenticidade e organização sistemática, segundo a compreensão que dela possui a Igreja, colocando em primeiro plano o anúncio da salvação, iluminando as muitas dificuldades, pontos obscuros, mal-entendidos, preconceitos e objeções atualmente em circulação, mostrando a incidência espiritual e moral da mensagem, introduzindo a leitura crente da Sagrada Escritura e a pratica da oração.

Objetivos que são atribuídos à educação da fé dos adultos:

1.    Promover a formação e o amadurecimento da vida no Espírito de Cristo ressuscitado, através de meios adequados: iniciação à Sagrada Escritura, pedagogia sacramental, retiros, direção espiritual...
2.     Educar para a justa avaliação das transformações socioculturais na nossa sociedade à luz da fé.
3.    Esclarecer as atuais questões religiosas e morais, ou seja, aquelas questões que se apresentam hoje à humanidade, como, por exemplo, as relativas à moral pública e individual, à educação das novas gerações, às questões sociais, particularmente justiça, empobrecimento, exclusão.
4.    Esclarecer as relações existentes entre a ação no mundo e a vida interna da Igreja, mostrando as mútuas distinções, implicações e, portanto, a medida da devida interação.
5.    Desenvolver os fundamentos racionais da fé. A reta compreensão da fé e das verdades a se crer está em conformidade com as exigências da razão humanas e o Evangelho é sempre atual e pertinente.
6.    Educar para o diálogo fraterno e respeitoso em relação à alteridade no nosso mundo pluralista, dando especial atenção à dimensão ecumênica e ao diálogo inter-religioso e cultural.
7.    Formar para assumir responsabilidade na missão da igreja e para saber dar um testemunho cristão na sociedade.

Assim a catequese ajudará os adultos a descobrir, valorizar e atuar aquilo que recebeu por natureza e por graça, seja na comunidade eclesial ou vivendo no âmbito de uma comunidade humana.

As formas de catequese com adultos são muitas. O DGC cita as seguintes:

1.    Catequese de iniciação ou catecumenato de adultos, cujo ordenamento está expresso no Rito da Iniciação Cristã de Adultos (RICA).
2.    Catequese ao Povo de Deus nas formas tradicionais: a partir da celebração do ano litúrgico ou por meio das missões populares.
3.    Formação de lideranças ou ministérios dentro das comunidades, entre os catequistas em seus diversos níveis.
4.    Catequese por ocasião de momentos particularmente significativos da vida: Matrimônio, batismo, Primeira Eucaristia e Confirmação dos filhos, doença ou morte em família etc.
5.    Catequese realizada nos Meios de Comunicação: Rádio, TV e outros meios.
6.    Catequese por ocasião de experiência particular.
7.    Catequese por ocasião de eventos particulares, relativos à vida da Igreja, eventos já programados, como, por exemplo: festas do padroeiro ou de santos populares, a criação e instalação de uma Diocese, ordenação ou consagração religiosa de algum membro da comunidade etc.

Aqui no Brasil, além desses temos modos próprios de catequese com adultos, como, por exemplo:
1.    Processo das Campanhas da Fraternidade:
2.    A vivência das CEBs;
3.    Encontros ou cursos de formação de leigos, escolas da fé;
4.    Grupos de rua ou de reflexão;
5.    Círculos Bíblicos;
6.    Novenas de Natal, do padroeiro, e com outras motivações;
7.    As missões populares;
8.    A formação dada nos movimentos;
9.    Grupos de reflexão sobre o itinerário da fé.

No entanto, o esforço deve ser orientado no sentido de se organizar a catequese sistemática, orgânica e permanente que toda comunidade deveria Ter o direito de receber.

Além do que já foi elencado, apresentam – se a seguir algumas sugestões às quais cada grupo ou lugar poderá acrescentar outras:

1.       Participar dos trabalhos globais da Igreja, como, por ocasião do Projeto Ser Igreja no novo Milênio;
2.       Continuar a formação dos adultos que tiveram a oportunidade de formação inicial com a catequese infantil e juvenil, para que, de acordo com as novas necessidades de sua faixa etária, possam aprofundá- la;
3.       Renovar o conteúdo e a metodologia dos chamados Encontros de Noivos e de preparação ao Batismo, envolvendo as duas pastorais na preparação dos subsídios e na dinâmica dos Encontros (familiar e batismo);
4.       Iniciar um verdadeiro processo catequético com os adultos não batisados, aos quais corresponde o verdadeiro e próprio catecumenato;
5.       Favorecer de forma adulta a participação dos pais na catequese de seus filhos. É um grave erro pedagógico tratá-los como crianças, como se faz, por exemplo, quando apresentamos prescrições ou conselhos moralistas numa conversa de cima para baixo. É bom lembrar que a chamada catequese familiar é um trabalho com adultos que envolve as crianças, e não um trabalho com as crianças que envolve os adultos;
6.       Dar especial atenção aos adultos que vêm de outras confissões cristãs e que ainda não estão inteiramente ligados à Igreja Católica e recebê – los com delicado respeito por suas experiências anteriores;
7.       Dar especial atenção às iniciativas ecumênicas, ajudando particularmente as famílias que já vivem no lar a experiência do convívio de membros de Igrejas diferentes;
8.       Descobrir um método adequado para a catequese de terceira – idade.
9.       Envolver a comunidade para que a catequese com adultos seja bem entendida por todos os seus membros e para que os novos catequizandos adultos sintam que a comunidade é um lugar de acolhimento, de apoio, de amadurecimento, de celebração e de serviço da caridade.

A catequese com adultos não é responsabilidade somente de algumas pessoas.

Lembramos aqui brevemente a importância de agentes catequéticos de vários níveis:

1.  A comunidade. Aprendemos com as origens do cristianismo que a primeira experiência positiva para a catequese com adultos deve ser o acolhimento na comunidade, lugar de apoio e crescimento da fé vivida, testemunhada e celebrada. O ideal de uma comunidade que se torna verdadeiramente catequizadora está descrito na Quarta parte de Catequese Renovada.
2.    O grupo de catequistas. O ser e o fazer do catequista não devem acontecer de forma isolada no processo da catequese. Em comunhão com o grupo e com a comunidade, a presença significativa de cada catequista em particular é estímulo precioso na caminhada da fé do catequizando adulto que ele acompanha mais de perto.
3.    Os presbíteros. Pelo sacramento da ordem, os padres são educadores da fé. Esforcem – se, portando, para que os cristãos alcancem a maturidade cristã. O colóquio individual com os fiéis, no Sacramento da Penitência e em outras formas de encontro pessoal, são recursos que a tradição consagrou como eficazes meios de formação da consciência dos fiéis adultos. As homilias são, para os presbíteros, a ocasião mais recorrente para catequese ou formação permanente dos fiéis e daí decorre a importância a serem bem preparadas. Os sacerdotes, como todo o povo de Deus, precisam de formação permanente.
4.    Os (as) religiosos (as). A Igreja convoca, de modo particular, as pessoas de vida consagrada à atividade catequética, e deseja que as comunidades religiosas consagrem o máximo de suas capacidades e de suas possibilidades à catequese. Em sua dedicação à catequese, os religiosos terão o cuidado de não se sobreporem aos leigos, mas de ajudarem no que a comunidade lhes pedir.
5.    Os comunicadores. Os tempos em que vivemos exigem que a Igreja use também os modernos meios de comunicação, que têm condições de atingir um público maior e de trabalhar com recursos que mobilizam tanto a razão como a emoção. É importante que os meios de comunicação a serviço da própria Igreja estejam atualizados em relação à reflexão que se vem fazendo, para caminharmos juntos, seguindo diretrizes comuns. Daí a necessidade de um decisivo investimento na formação cristã e teológica dos comunicadores da mídia da Igreja e dos diretores de programação.
6.    O bispo: É o primeiro responsável pela catequese de sua diocese e a catequese com adultos depende muito dele. João Paulo II, em Catechesi Tradendae, é direto e forte quanto à tarefa do bispo na catequese: “Sei que tendes de enfrentar um mistério espiritual, cada dia mais complexo e sobrecarregado... Pois bem: que a preocupação de promover uma catequese ativa e eficaz não ceda nada diante de qualquer outra preocupação seja ela qual for. Uma tal solicitude vos levará a transmitirdes vós mesmos a doutrina da vida aos fiéis. Mas o mesmo cuidado deve levar – vos a assumir nas vossas dioceses, em correspondência com os planos da Conferência Episcopal, de que vós fazeis parte, a superior direção da catequese, rodeando – vos de colaboradores competentes e merecedores de confiança. O vosso papel principal deve ser o de suscitar e alimentar em vossas Igrejas uma verdadeira paixão pela catequese, uma paixão, porém, que se encarne numa organização adaptada e eficaz, que empenhe na atividade as pessoas, os meios e os instrumentos e também recursos financeiros necessários. Podeis Ter a certeza de que, se a catequese for bem feita nas vossas Igrejas locais, tudo o mais será feito com a maior facilidade”.

Uma conclusão óbvia no final desta reflexão é a importância primordial da formação de catequistas para esta missão. É óbvio que é preciso formar catequistas específicos para a catequese com adultos. E tal formação torna – se urgente pela responsabilidade e valorização da missão e ministérios de leigos e leigas na Igreja e no mundo.

Dadas às particularidades de sua missão, o catequista de adultos precisa se esforçar por adquirir a capacidade de uma leitura sapiencial da vida em vez de somente explicar os textos. Cabe – lhe desenvolver a capacidade de encaminhar respostas aos problemas vitais da atualidade, de ajudar a ler os sinais dos tempos e a interpretar criticamente os acontecimentos.
É preciso prestar atenção a algumas características a serem cultivadas pelo catequista de adultos:

a)    Disponibilidade para escutar e dialogar, encorajar e buscar equilíbrio;
b)    Capacidade de Ter bons relacionamentos, de trabalhar em equipe e de construir em conjunto a comunidade;
c)    Capacidade de adaptação às diferentes situações e suficiente maturidade na fé;
d)    Capacidade de manifestar a consciência de sentir – se envolvido pela Igreja e como tal ser aceito pela comunidade, com a qual fraternalmente caminha;
e)    Competência nos conteúdos e na metodologia da catequese com adultos.

Outro desafio é a formação de formadores de catequistas com adultos. Eles precisam de uma sólida maturidade humana, de conhecimentos específicos e atualizados e de um projeto pessoal de vida coerente e capaz de entusiasmar outros.

Tal formação do leigo adulto deve:

1.     Ser programada e sistemática, não apenas ocasional;
2.     Ligar o aspecto antropológico e o teológico, evitando ser mera reprodução empobrecida da teologia dos seminários, como tradicionalmente se fazia;
3.     Ser integrada e Ter como ponto de partida os problemas e perguntas dos leigos, oferecendo – lhes respostas para uma presença cristã no mundo;
4.     Ser orientada predominantemente para uma mística de qualificação da vivência cristã e para a atuação nas transformações sociais, em que o testemunho dos leigos é especialmente qualificado;
5.     Desenvolver especialmente a capacidade de comunicação e diálogo, aprimorando o relacionamento humano e o profetismo da palavra sábia e oportuna;
6.     Ser diversificada e, nos seus métodos, tempos e conteúdos, ser adaptada à diversidade de situações e tarefas dos cristãos leigos. Especial atenção merece a formação dos cristãos que atuam no campo da vida pública, da política, dos negócios, do entretenimento e da formação da opinião pública;
7.     Na catequese com adultos devem ser usados também, com o devido discernimento, recursos que ultrapassam o espaço eclesial, como, por exemplo, cineforum com filmes do circuito comum de cinema, leitura crítica de jornais e revistas, biografias que não sejam só dos nossos santos, mas também de pessoas que viveram heroicamente valores, testemunhos de artistas e personalidades, católicos e não católicos etc.

A formação do catequista deve também cultivar o seu saber fazer, ou seja, a dimensão metodológica e da comunicação da fé.

Há hoje uma imensa gama de recursos e meios para a formação de catequistas. E mesmo que se incentive, devido às enormes distâncias no Brasil, o aprendizado à distância ou ensino por correspondência, o uso da multimídia e da internet e a autoaprendizagem (para a qual são muito importantes e válidas as bibliotecas especializadas), sempre se dê primazia à metodologia participativa, em pequenos grupos, comunidades, equipes etc. Isso porque faz parte essencial da vida cristã e, portanto, da catequese, a experiência de comunidade: oração partilha de vida, reflexão, estudo, planejamento, execução, avaliação.

A formação de catequistas é um cuidado essencial na Igreja, porque “a Catequese é uma ação evangelizadora basilar de toda Igreja Particular”. O Diretório Geral para a Catequese enfatiza esta inter – relação comunidade e catequese quando diz: “A catequese conduz à maturidade da fé não somente os catequizandos, mas também a própria comunidade enquanto tal”.

A catequese, que sempre foi urgente e importante, o é mais ainda agora, em face dos desafios do mundo em transformação, que está, na verdade, realizando uma verdadeira mudança de civilização. Como cristãos, temos algo fundamental a comunicar, a Boa Notícia da esperança, da fraternidade, da salvação: Jesus Cristo é sua resposta no mundo fraterno e solidário. O Espírito Santo, com sua força pentecostal, nos unge, anima e envia para partilharmos com outros o Dom que recebemos. Ele nos dá asas de águia, renova nossas forças e nos faz prosseguir com vigor, coragem e profetismo, com segurança e alegria, bem no estilo do que nos indica Isaías: “Não o sabes? Não aprendeste? O senhor é um DEUS eterno. Ele cria os confins da terra, sem jamais fatigar – se nem aborrecer – se. Ninguém pode sondar sua sabedoria. Ele dá forças ao homem acabrunhado, redobra o vigor do fraco. Até adolescentes podem esgotar – se e jovens robustos podem cambalear. Mas aqueles que contam com o Senhor renovam suas forças. Ele lhes dá asas de águia. Correm sem se cansar e vão em frente sem se fatigar”. (Is. 49, 28- 31).

Por Evandro Luiz - Jornalista.

Bibliografia:
Documento 80 da CNBB,
RICA,
CIC - Catecismo da Igreja Católica,
Biblia,
DGC - Diretório Geral para a Catequese.







"A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão a proposta do Reino, vivida na Igreja (DNC 50)."

Documento Necessário para o Batismo e Crisma

Certidão de Nascimento ou Casamento do Batizando;

Comprovante de Casamento Civil e Religioso dos padrinhos;

Comprovante de Residência,

Cartões de encontro de Batismo dos padrinhos;

Documentos Necessários para Crisma:

RG do Crismando e Padrinho, Declaração de batismo do Crismando, Certidão ou declaração do Crisma do Padrinho, Certidão de Casamento Civil e Religioso do Padrinho/Madrinha e Crismando se casados.

Fonte: Catedral São Dimas

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Reflexão

REFLEXÃO

A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.

reflexão sobre o Dízimo

A espiritualidade do Dízimo

O dízimo carrega uma surpreendente alegria no contribuinte. Aqueles que se devotam a esta causa se sentem mais animados, confortados e motivados para viver a comunhão. O dízimo, certamente, não é uma questão de dinheiro contrariando o que muitos podem pensar. Ele só tem sentido quando nasce de uma proposta para se fazer a experiência de Deus na vida cristã. Somos chamados e convocados a este desafio.

Em caso contrario, ele se torna frio e distante; por vezes indiferente. A espiritualidade reequilibra os desafios que o dízimo carrega em si. "Honra o Senhor com tua riqueza. Com as primícias de teus rendimentos. Os teus celeiros se encherão de trigo. Teus lagares transbordarão de vinho" (Pr 3,9-10). Contribuir quando se tem de sobra, de certa forma, não é muito dispendioso e difícil. Participar da comunhão alinha o desafio do dízimo cristão.

Se desejar ler, aceno: Gn 28, 20-22; Lv 27, 30-32; Nm 18, 25-26 e Ml 3, 6-10.

Fonte : Pe. Jerônimo Gasques

http://www.portalnexo.com.br/Conteudo/?p=conteudo&CodConteudo=12

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