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terça-feira, 12 de junho de 2012

Buscando uma inspiração na Igreja Primitiva


Durante a 3ª Semana Brasileira de Catequese o Pe. Luiz Alves Lima desenvolveu o tema sobre “A Iniciação Cristã ontem e hoje – história e documentação atual”. E, com a sua característica precisão terminológica, foi logo deixando claro que quando se fala de “Iniciação Cristã” se deve entender “todo o processo pelo qual alguém é incorporado ao mistério de Jesus Cristo”. Processo esse, que a Igreja sempre realizou, de uma maneira ou outra, ao longo de toda a sua história.

 Quem olha a Igreja hoje normalmente nem imagina as grandes dificuldades que teve que enfrentar, principalmente nos primeiros séculos de sua existência, ao tentar responder ao urgente problema do ingresso dos novos membros nas suas comunidades. As pessoas não eram cristãs e nem vinham de famílias cristãs, por isso era necessário elaborar um processo através do qual os novos membros fossem sendo iniciados aos mistérios e à vida de fé da comunidade. Por isso, inspirando-se em antigas práticas adotadas por outras correntes religiosas, os primeiros cristãos elaboraram um processo de iniciação no sentido mais profundo e rico e que, já no século II recebeu o nome de catecumenato.

O Pe. Lima nos lembra que esse processo “Tinha como objetivo o aprofundamento da fé, como adesão a Jesus Cristo e a tudo o que ele revela; tudo isso como consequência do anúncio central do Evangelho, o kergima. Era o caminho ordinário para conduzir os adultos (e não crianças!) aos mistérios divinos, à plena conversão, à profissão de fé e à participação na comunidade; portanto o modelo daquilo que nós gostaríamos que fosse hoje a catequese.”

Naquela época havia uma grande sintonia entre catequese, liturgia e comunidade, por isso o catecumenato “era constituído de uma série de ensinamentos (catequese), um conjunto de práticas litúrgico-rituais (imposição das mãos, assinalações, exorcismos, entregas, etc.) e sobretudo um exercício (tirocínio) de vida cristã e prática evangélica. Todo o processo era feito no âmbito da comunidade que participava intensamente, sobretudo através do catequista ou instrutor, do padrinho, dos escrutínios e dos ministros (bispos e sacerdotes), tudo culminando numa única celebração dos mistérios cristãos fundamentais (batismo, crisma e eucaristia), durante a Vigília Pascal”.

Apesar de se difundir rapidamente por todas as Igrejas e ter atingido seu período áureo entre os séculos III e IV, o catecumenato começa a definhar e quase desaparece no século VI. Uma grande consequência, fácil de perceber nos dias de hoje, é que a catequese e a liturgia foram se distanciando e tomando rumos diferentes. Assim a catequese foi adquirindo cada vez mais características doutrinais e sendo orientada quase sempre às crianças.

Durante a Idade Média prevaleceu a cristandade e, apesar do total desconhecimento teórico e prático da iniciação cristã e do catecumenato, vivia-se o chamado catecumenato social onde a própria comunidade cristã, a cultura maciçamente católica e até a mesma sociedade realizavam o papel iniciação à fé.

Nos dias de hoje, vale destacar que vários documentos do Concílio Vaticano II (1962-1965) fazem referência à iniciação cristã e à recuperação do catecumenato na vida da Igreja. Por isso, na linha da reforma pós-conciliar dos livros litúrgicos, o “Ritual de Iniciação Cristã de Adultos” (RICA) se apresenta como um sério e profundo processo de preparação de adultos para os sacramentos da iniciação cristã, seguindo o modelo do catecumenato realizado nas primitivas comunidades cristãs.

Que fique bem claro para todos: o RICA é um livro litúrgico e não um manual catequético, mas deve integrar todo o processo catequético. De fato ele propõe um itinerário progressivo de evangelização, catequese e mistagogia, além de trazer reflexões teológicas, critérios pastorais e material litúrgico. Nele estão descritos os tempos e as etapas do catecumenato com seus ritos, orações e celebrações.

Pe. Lima cita ainda muitos outros documentos, textos, eventos e experiências que falam, incentivam ou mesmo vivenciam o estilo catecumenal de iniciação à vida cristã. Assim percebemos que a realidade desafiadora de hoje encontra uma proposta de ação evangelizadora justamente na não menos desafiadora realidade enfrentada pelos cristãos das primeiras comunidades cristãs.

Leia todo esse tema no livro “3ª Semana Brasileira de Catequese. Iniciação à Vida Cristã”, publicado pela “Edições CNBB”, nas páginas 57-114. Consulte o site www.edicoescnbb.com.br e veja como adquirir este livro.

Pe. Luís Gonzaga Bolinelli – Doutrinário
Postado por Bíblia e Catequese 

"A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão a proposta do Reino, vivida na Igreja (DNC 50)."

Documento Necessário para o Batismo e Crisma

Certidão de Nascimento ou Casamento do Batizando;

Comprovante de Casamento Civil e Religioso dos padrinhos;

Comprovante de Residência,

Cartões de encontro de Batismo dos padrinhos;

Documentos Necessários para Crisma:

RG do Crismando e Padrinho, Declaração de batismo do Crismando, Certidão ou declaração do Crisma do Padrinho, Certidão de Casamento Civil e Religioso do Padrinho/Madrinha e Crismando se casados.

Fonte: Catedral São Dimas

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Reflexão

REFLEXÃO

A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.

reflexão sobre o Dízimo

A espiritualidade do Dízimo

O dízimo carrega uma surpreendente alegria no contribuinte. Aqueles que se devotam a esta causa se sentem mais animados, confortados e motivados para viver a comunhão. O dízimo, certamente, não é uma questão de dinheiro contrariando o que muitos podem pensar. Ele só tem sentido quando nasce de uma proposta para se fazer a experiência de Deus na vida cristã. Somos chamados e convocados a este desafio.

Em caso contrario, ele se torna frio e distante; por vezes indiferente. A espiritualidade reequilibra os desafios que o dízimo carrega em si. "Honra o Senhor com tua riqueza. Com as primícias de teus rendimentos. Os teus celeiros se encherão de trigo. Teus lagares transbordarão de vinho" (Pr 3,9-10). Contribuir quando se tem de sobra, de certa forma, não é muito dispendioso e difícil. Participar da comunhão alinha o desafio do dízimo cristão.

Se desejar ler, aceno: Gn 28, 20-22; Lv 27, 30-32; Nm 18, 25-26 e Ml 3, 6-10.

Fonte : Pe. Jerônimo Gasques

http://www.portalnexo.com.br/Conteudo/?p=conteudo&CodConteudo=12

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