Santo do Dia: SÃO PEDRO CRISÓLOGO
Primeira Leitura: Livro do Profeta Jeremias 13,1-11
Este povo será como este cinto que não serve mais para nada
Isto disse-me o Senhor: “Vai comprar um cinto de linho e põe-no em torno
da cintura, mas não o deixes molhar na água”. Comprei o cinto, conforme a ordem
do Senhor, e coloquei-o à cintura. E a palavra do Senhor dirigiu-se a mim pela
segunda vez, dizendo: ”Toma o cinto que compraste e tens à cintura, levanta-te
e vai ao Eufrates, esconde-o lá na fenda de uma pedra”.
Fui e o escondi perto do Eufrates, conforme mandara o Senhor. Ora, ao
cabo de muitos dias, disse-me o Senhor: “Levanta-te, vai ao Eufrates, e retira
de lá o cinto que te mandei esconder”. Fui ao Eufrates, cavei e retirei o cinto
do lugar onde o tinha escondido; mas eis que o cinto tinha apodrecido tanto que
não servia mais para nada.
E a palavra do Senhor dirigiu-se a mim,
dizendo: ”Isto diz o Senhor: Assim farei apodrecer a grande soberba de Judá e
de Jerusalém; este povo perverso, que se recusa a ouvir minhas palavras,
convive com a maldade no coração, e vai atrás de deuses estrangeiros,
prestando-lhes culto e prostrando-se diante deles será como este cinto que não
serve mais para nada. Pois assim como o cinto se une à cintura do homem, assim
quis eu que toda a casa de Israel e toda a casa de Judá se unissem a mim, diz o
Senhor, para ser meu povo, honra do meu nome, louvor e glória. Mas não
ouviram”.
Salmo: Dt 32,18-19. 20. 21 (R.
Cf. 18)
Esqueceram o Deus que os gerou
Desprezastes o Rochedo que te gerou, / esquecestes o Deus que
te criou. / E o Senhor viu e se irritou,
aborrecido com seus filhos e filhas.
E disse: Esconderei deles meu rosto, / e verei qual será seu fim. / Pois
são uma geração perversa,
filhos sem lealdade.
Eles me provocaram com coisas, que não são deus, / irritaram-me com
seus ídolos.
Também os provocarei com quem não é povo / e os irritarei com gente insensata.
Evangelho segundo Mateus 13,31-35
O grão de mostarda torna-se uma árvore, de modo que os pássaros vêm e
fazem ninhos em seus ramos
Naquele tempo, Jesus contou-lhes outra parábola: “O Reino dos Céus é
como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo. Embora
ela seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior do que as
outras plantas. E torna-se uma árvore, de modo que os pássaros vêm e fazem
ninhos em seus ramos”.
Jesus contou-lhes ainda uma outra parábola: “O Reino dos Céus é como
fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que
tudo fique fermentado”.
Tudo isso Jesus falava em parábolas às multidões. Nada lhes falava sem
usar parábolas, para se cumprir o que foi dito pelo profeta: ‘Abrirei a boca
para falar em parábolas; vou proclamar coisas escondidas desde a criação do
mundo’. - Palavra da Salvação.
Comentando o Evangelho (Padre Jaldemir Vitório / Jesuíta): A parábola do
grão de mostarda semeado no campo, vindo a tornar-se uma árvore frondosa,
revela um aspecto importante na dinâmica do Reino. Este aparece pequeno e
frágil ao despontar na história humana. Entretanto, seu destino é tornar-se
grande na sua definitiva manifestação. A precariedade e a imperfeição do
momento presente são etapas necessárias de um processo mais amplo. Só na
escatologia despontará o Reino em sua real grandeza.
O discípulo sabe conjugar pequenez e grandeza, sem se deixar iludir por
imagens destorcidas do Reino. E não correrá o risco de se enganar,
identificando com o Reino certas manifestações retumbantes de religiosidade,
nem ficará iludido quando for incapaz de perceber o Reino lançando suas raízes,
tamanha é sua pequenez. No primeiro caso, terá suficiente senso crítico para
perceber a incompatibilidade de certos fenômenos com o projeto do Reino; no
segundo, será capaz de detectar, ali onde parece que nada acontece, sinais
evidentes do Reino, fermentando a existência humana.
Historicamente, o Reino tende a manifestar-se em sua fragilidade. Caso
contrário, correria o risco de impor-se aos seres humanos, prescindindo de uma
opção livre. Quem for capaz de reconhecer a presença ativa de Deus no que há de
mais fraco e pequenino, terá compreendido por que caminhos o Reino atua na
História.
LITURGIA COMPLEMENTAR
17ª Semana do Tempo Comum - 1ª Semana do Saltério
Prefácio Comum - Ofício do dia
Cor: Verde - Ano Litúrgico “B” – São Marcos
Antífona: Salmo 67,6-7.36 - Deus habita em seu templo santo, reúne seus
filhos em sua casa; é ele que dá força e poder a seu povo.
Oração do Dia: Ó Deus, sois o amparo dos que em vós esperam e, sem vosso
auxílio, ninguém é forte, ninguém é santo; redobrai de amor para conosco, para
que, conduzidos por vós, usemos de tal modo os bens que passam, que possamos
abraçar os que não passam. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na
unidade do Espírito Santo. Amém.
INTENÇÕES PARA O MÊS DE JULHO
Geral – Segurança no trabalho: Para que todos tenham trabalho e
possam desempenhar suas tarefas em condições de estabilidade e segurança.
Missionária – Voluntários cristãos: Para que os voluntários cristãos,
presentes nos territórios de missão, saibam dar testemunho da caridade de
Cristo.
Cor Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo
cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.
Tempo Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração da Festa do
Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes da Quaresma. Recomeça na
segunda-feira depois do domingo de Pentecostes e termina antes das Primeiras
Vésperas do 1º Domingo do Advento – NALC 44.
Ricardo e Marta / Comunidade São Paulo Apóstolo
Fonte: CNBB – Missal Cotidiano