Santo do Dia: SÃO PEDRO JULIÃO
EYMARD
Primeira Leitura: Livro do Profeta Jeremias 18,1-6
Como é o barro na mão do oleiro, assim sois vós em minha mão
Palavra dirigida a Jeremias, da parte do Senhor: “Levanta-te e vai à
casa do oleiro, e ali te farei ouvir minhas palavras”. Fui à casa do oleiro, e
eis que ele estava trabalhando ao torno; quando o vaso que moldava em barro se
avariava em suas mãos, ei-lo de novo a fazer com esse material um outro vaso,
conforme melhor lhe parecesse aos olhos.
Fez-se em mim a palavra do Senhor: “Acaso não posso fazer convosco como
este oleiro, casa de Israel? diz o Senhor. Como é o barro na mão do oleiro,
assim sois vós em minha mão, casa de Israel”. - Palavra do Senhor.
Salmo: 145(146),1-2. 3-4. 5-6
(R.5a)
Feliz quem se apoia no Deus de Jacó!
Bendize, minh'alma, ao Senhor! / Bendirei ao Senhor toda a vida, / cantarei
ao meu Deus sem cessar!
Não ponhais vossa fé nos que mandam, / não há homem que possa
salvar. / Ao faltar-lhe o respiro ele volta / para a terra de
onde saiu; / nesse dia seus planos perecem.
É feliz todo homem que busca / seu auxílio no Deus de Jacó, / e que
põe no Senhor a esperança./ O Senhor fez o céu e a terra, / fez o mar e o
que neles existe.
Evangelho segundo Mateus 13,47-53
Recolhem os peixes bons em cestos e jogam fora os que não prestam.
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: “O Reino dos Céus é ainda como
uma rede lançada ao mar e que apanha peixes de todo tipo. Quando está cheia, os
pescadores puxam a rede para a praia, sentam-se e recolhem os peixes bons em
cestos e jogam fora os que não prestam.
Assim acontecerá no fim dos tempos: os anjos virão para separar os
homens maus dos que são justos, e lançarão os maus na fornalha de fogo. E aí,
haverá choro e ranger de dentes. Compreendestes tudo isso?” Eles responderam:
“Sim”.
Então Jesus acrescentou: “Assim, pois, todo mestre da Lei, que se torna
discípulo do Reino dos Céus, é como um pai de família que tira do seu tesouro
coisas novas e velhas”. Quando Jesus terminou de contar essas parábolas, partiu
dali. - Palavra da Salvação.
Comentando o Evangelho (Antônio Carlos Santini / Com.
Católica Nova Aliança): Quem foi pescador sabe muito bem o que se
experimenta na pescaria: ansiedade, esperanças, alegrias e decepções. Nesta
parábola, o Mestre de Nazaré fala de uma rede lançada ao mar: puxada de volta,
traz consigo todo tipo de coisas. Em alguns manuscritos, o copista acrescentou
o genitivo “piscium” (= de peixes), para nos dar como tradução “todo tipo de
peixes”.
Mas já pescamos tanta porcaria! Sapatos velhos, latas enferrujadas,
linhas e anzóis de outras pescarias, galhos de árvore e até um cágado enxerido
que foi beliscar onde não devia! Nunca se sabe o que vai sair das águas...
Quando as redes são recolhidas, os pescadores se entregam à faina de separar o
que presta (como os peixes bons) daquilo que não tem valor. Um processo de
exame e separação. E Jesus usa esta imagem para fazer referência à “malha fina”
do Juízo Final, no fim dos tempos.
Quando rezamos o “Símbolo dos Apóstolos” (o Credo), professamos nossa fé
em Jesus Cristo, que há de vir a julgar os vivos e os mortos. Cremos no Juízo
Final. Dele nos fala o “Catecismo da Igreja Católica” (nº 1038ss) como aquela
“hora em que todos os que repousam nos sepulcros ouvirão sua voz e sairão: os
que tiverem feito o bem, para uma ressurreição de vida; os que tiverem
praticado o mal, para uma ressurreição de julgamento (Jo 5,28-29)”.
“Então Cristo ‘virá em sua glória, e todos os anjos com Ele. E serão
reunidas em sua presença todas as nações, e Ele há de separar as ovelhas dos
cabritos, e porá as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. Estes
irão para o castigo eterno, e os justos irão para a Vida Eterna’. (Mt
25,31-33.46.)”
De novo, uma imagem de “separação”. E, ao mesmo tempo, a revelação do
bem que fizemos ou deixamos de fazer durante nossa passagem terrestre. Refletir
sobre esta realidade que nos aguarda, leva a compreender nossa responsabilidade
sobre o precioso tempo que nos foi dado. Uma única oportunidade de descobrir o
amor e nele crescer.
Seria cômodo ter uma segunda (ou terceira) oportunidade... A hipótese da
reencarnação agrada a muita gente, enquanto estrada larga... Mas Jesus nos
ensinou de outra forma: logo após nossa morte (com as redes já recolhidas),
seremos separados...
Que tipo de peixe somos nós?
LITURGIA COMPLEMENTAR
17ª Semana do Tempo Comum - 1ª Semana do Saltério
Prefácio Comum - Ofício do dia
Cor: Verde - Ano Litúrgico “B” – São Marcos
Antífona: Salmo 67,6-7.36 - Deus habita em seu templo santo, reúne seus
filhos em sua casa; é ele que dá força e poder a seu povo.
Oração do Dia: Ó Deus, sois o amparo dos que em vós esperam e, sem vosso
auxílio, ninguém é forte, ninguém é santo; redobrai de amor para conosco, para
que, conduzidos por vós, usemos de tal modo os bens que passam, que possamos
abraçar os que não passam. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade
do Espírito Santo. Amém.
INTENÇÕES PARA O MÊS DE AGOSTO
Geral – Prisioneiros (as): Para que os prisioneiros e
prisioneiras sejam tratados com justiça e sua dignidade humana seja respeitada.
Missionária – Jovens, testemunhas de Cristo: Para que os
jovens, chamados ao seguimento de Cristo, proclamem e dêem testemunho do
Evangelho até os confins da terra.
Cor Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo
cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.
Tempo Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração da Festa do
Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes da Quaresma. Recomeça na
segunda-feira depois do domingo de Pentecostes e termina antes das Primeiras
Vésperas do 1º Domingo do Advento – NALC 44.
AGOSTO – MÊS VOCACIONAL
O mês de agosto, conforme o costume da Igreja no Brasil é dedicado à
oração, reflexão e ação nas comunidades sobre o tema das vocações. Por
isso, lembra-se:
1ª semana: vocação para ministério ordenado: diáconos, padres e bispos;
2ª semana: vocação para a vida em família (atenção especial aos pais);
3ª semana: vocação para a vida consagrada: religiosos(as) e
consagrados(as) seculares;
4ª semana: vocação para os ministérios e serviços na comunidade.
Ricardo e Marta / Comunidade São Paulo Apóstolo
Fonte: CNBB – Missal Cotidiano