Liturgia Diária Comentada 02/01/2013
Tempo do Natal - 1ª Semana do Saltério
Prefácio do Natal ou dos Pastores – Ofício da Memória
Cor: Branco - Ano Litúrgico “C” – São Lucas
Antífona: Ezequiel 34,11.23 Velarei sobre as minhas ovelhas,
diz o Senhor; chamarei um pastor que as conduza e serei o seu Deus.
Oração do Dia: Ó Deus, que iluminastes a vossa Igreja com o exemplo e a doutrina
de são Basílio e são Gregório Nazianzeno, fazei-nos buscar humildemente a vossa
verdade e segui-la com amor em nossa vida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
LEITURAS:
Primeira Leitura: 1Jo 2,22-28
Permaneça dentro de vós aquilo que ouvistes desde o princípio.
Caríssimos, quem é mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o
Cristo? O Anticristo é aquele que nega o Pai e o Filho. Todo aquele
que nega o Filho, também não possui o Pai. Quem confessa o Filho, possui também
o Pai.
Permaneça dentro de vós aquilo que ouvistes desde o princípio. Se o que
ouvistes desde o princípio permanecer em vós, permanecereis com o Filho e com o
Pai. E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna.
Escrevo isto a respeito dos que procuram desencaminhar-vos. Quanto a vós
mesmos, a unção que recebestes da parte de Jesus permanece convosco, e não
tendes necessidade de que alguém vos ensine. A sua unção vos ensina
tudo, e ela é verdadeira e não mentirosa.
Por isso, conforme a unção de Jesus vos ensinou, permanecei nele. Então,
agora, filhinhos, permanecei nele. Assim poderemos ter plena confiança, quando
ele se manifestar, e não seremos vergonhosamente afastados dele, quando da sua
vinda - Palavra do Senhor.
Comentando o Evangelho: São João continua a alertar os
discípulos contra os que negam a Cristo e se opõem a seu plano de Salvação:
"Quem é o mentiroso senão aquele que nega ser Jesus o Cristo?"
(versículo 22). Rejeitando a Jesus como Filho de Deus, eles rejeitam também o
Pai: "Todo aquele que nega o Filho também não possui o Pai"
(versículo 23). Jesus afirmara-o claramente: "Eu e o Pai somos um só"
(Jo 10,30), pondo em evidência a intimidade e identidade de natureza e de vida
entre Pai e Filho. Havia dito antes: "Quem não honra o Filho, também não
honra o Pai que o enviou" (Jo 5,23), e "Ninguém vai ao Pai senão pelo
Filho" (Jo 14,6).
A essa intimidade, verdadeira comunhão de vida com Deus, são chamados
todos os que creem, na medida em que aceitam a verdade revelada. "Se
permanecer em vós o que ouvistes desde o princípio, também permanecereis no
Filho e no Pai" (versículo 24). Essa misteriosa, mas vital união com Deus
é o início da realização da "vida eterna", tantas vezes prometida por
Jesus: "Deus tanto amou o mundo que entregou seu Filho unigênito, para que
todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3,16).
Salmo: 97 (98), 1. 2-3ab. 3cd-4
(R.3a)
Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus.
Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e
seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória.
O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o
seu amor sempre fiel pela casa de Israel.
Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o
Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai.
Evangelho: Jo 1,19-28
No meio de vós está o que vem após mim.
Este foi o testemunho de João, quando os judeus enviaram de Jerusalém
sacerdotes e levitas para perguntar: "Quem és tu?"
João confessou e não negou. Confessou: "Eu não sou o messias".
EIes perguntaram: "Quem és, então? És tu Elias?" João respondeu:
"Não sou". Eles perguntaram: "És o profeta?" Ele respondeu:
"Não". Perguntaram então: "Quem és, afinal? Temos que levar uma
resposta para aqueles que nos enviaram. O que dizes de ti mesmo?"
João declarou: "Eu sou a voz que grita no deserto: 'Aplainai o
caminho do Senhor' - conforme disse o profeta Isaías". Ora, os que tinham
sido enviados pertenciam aos fariseus e perguntaram: "Por que então andas
batizando, se não és o messias, nem Elias, nem o profeta?"
João respondeu: "Eu batizo com água; mas no meio de vós está aquele
que vós não conheceis, e que vem depois de mim. Eu não mereço desamarrar a
correia de suas sandálias". lsso aconteceu em Betânia além do Jordão, onde
João estava batizando - Palavra da Salvação.
Comentando o Evangelho: João Batista teve sua parcela
de colaboração no projeto de Deus, com uma tarefa aparentemente simples:
anunciar a chegada do Messias e predispor o povo para acolhê-lo. Contudo,
defrontou-se com sérias dificuldades. A maior delas tocava sua identidade de
Precursor. Sua figura ascética levava as pessoas a tomá-lo por Messias. Ele,
porém, se esforçava para explicar não ser o Cristo, nem pretender sê-lo,
reconhecendo-se apenas como uma voz clamando para que as pessoas se preparassem
para a vinda do Messias.
João definia sua identidade confrontando-se com o Messias, que ele nem
conhecia. Tinha consciência da superioridade daquele que viria depois dele. Por
isso, na sua humildade, reconhecia não ser digno nem mesmo de curvar-se para
desatar-lhe as correias das sandálias. Essa consciência mantinha-o livre da
tentação de usurpar uma posição que não lhe pertencia.
O realismo de João não o impedia de realizar seu ministério com
simplicidade. Ele não era um concorrente do Messias. Não agia por iniciativa
própria; apenas fazia o que lhe fora pedido por Deus. Seu compromisso com ele
impedia-o de extrapolar os limites do seu ministério. Sua figura só tinha
importância por causa do Messias que estava para vir.
Foi a humildade de João que fez dele um grande homem, pois a verdadeira
grandeza consiste em reconhecer a própria indignidade diante do Pai e
colocar-se a serviço dele.
INTENÇÕES PARA O MÊS DE JANEIRO:
Geral – Conhecimento do Mistério de Cristo: Que neste
"Ano da Fé" os cristãos possam aprofundar no conhecimento do mistério
de Cristo e testemunhar nossa fé com alegria.
Missionária – Comunidades cristãs do Oriente Próximo e Médio: Que as
comunidades cristãs do Oriente Próximo e Médio, recebam a força da fidelidade e
a perseverança, em particular quando são discriminadas.
TEMPO LITÚRGICO:
Cor Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o
Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes solenidades,
pode ser substituída pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.
Tempo do Natal: A salvação prometida por Deus aos
homens em suas mensagens aos patriarcas e profetas, torna-se realidade concreta
na vinda de Jesus o salvador. O eterno Filho de Deus, feito homem, é a mensagem
conclusiva de Deus aos homens: ele é aquele que salva.
O nascimento histórico de Jesus em Belém é o sinal de nosso misterioso
nascimento à vida divina. O Filho de Deus se fez homem para
que os homens se pudessem tornar filhos de Deus. Este nascimento é o início de
nossa salvação, que se completará pela morte e ressurreição de Jesus. No pano
de fundo do Natal já se entrevê o mistério da Páscoa. Os dias que vão do Natal
à Epifania e ao Batismo do Senhor devem ajudar-nos a descobrir em Jesus Cristo
a divindade de nosso irmão e a humanidade de nosso Deus. Os textos litúrgicos
deste tempo convidam à alegria, mas apresentam também riqueza de doutrina.
Convidam-nos constantemente a dar graças pelo misterioso intercâmbio pelo qual
participamos da vida divina de Cristo. Enquanto nos faz participantes do amor
infinito de Deus, que se manifestou em Jesus, a celebração do Natal abre-nos à
solidariedade profunda com todos os homens.
Para a celebração
Tempo de Natal começa com as primeiras Vésperas de Natal e termina no
domingo depois da Epifania, ou seja, o domingo que cai após o dia 6 de janeiro.
A liturgia do Natal do Senhor caracterizada pela celebração das três
Missas natalinas (meia-noite, de manhã. durante o dia), inicia-se com a Missa
vespertina "na vigília", que faz parte da solenidade.
A solenidade do Natal prolonga sua celebração por oito dias contínuos,
que são indicados como Oitava de Natal. Esta é assim ordenada:
· No domingo
imediatamente após o Natal celebra-se a festa da sagrada Família; nos anos em
que falta esse domingo, celebra-se esta festa a 30 de dezembro;
· 26 de dezembro é a
festa de santo Estevão, protomártir;
· 27 de dezembro é o
dia da festa de são João, apóstolo e evangelista;
· 28 de dezembro
celebra-se a festa dos Santos Inocentes;
· os dias 29, 30 e 31
de dezembro são dias durante a oitava, nos quais ocorrem também memórias
facultativas;
· no dia 1º de janeiro,
oitava de Natal, celebra-se a solenidade de Maria, Mãe de Deus, na qual também
se comemora a imposição do santo nome de Jesus.
As festas acima enumeradas, quando caem em domingo, deixam o lugar à
celebração do domingo; se, porém, em algum lugar forem celebradas como
"solenidades", neste caso têm precedência sobre o domingo. Fazem
exceção as festas da sagrada Família e do Batismo do Senhor; que tomam o lugar
do domingo.
Os dias de 2 de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do
Senhor (domingo depois da Epifania) são considerados dias do Tempo de Natal.
Entre 2 e 5 de janeiro cai, habitualmente, o II domingo depois de Natal; a 6 de
janeiro celebra-se a solenidade da Epifania do Senhor. Nas regiões em que esta
solenidade não é de preceito, sua celebração é transferida para 2 e 8 de
janeiro, conforme normas particulares anexas a essa transferência.
Com a festa do Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania) termina o
Tempo natalino e principia o Tempo comum (segunda-feira da 1ª semana);
portanto, omitem-se as férias que naquele ano não podem ter celebração.
Para a celebração da Eucaristia nas férias do Tempo natalino:
· os dias 29, 30 e 31
de dezembro (que fazem parte da oitava de Natal) tem formulário próprio para
cada dia (Oracional + Lecionário). A memória designada para esses dias (29 e
31) no calendário perpétuo pode achar lugar na Missa da oitava, substituindo a
coleta dessa Missa pela do santo (ver n. 3);
· os dias de 2 de
janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do Senhor têm um Oracional
próprio (Missal), disposto segundo os dias da semana (isto é da segunda-feira
ao sábado), com um ciclo fixo de leituras (Lecionário) que segue os dias do
calendário; a "coleta" muda conforme a indicação lá referida.
Diz-se o Glória nas Missas durante a oitava de Natal. O Prefácio que dá
início à Oração eucarística (I,II, III) é próprio do Tempo do Natal-Epifania:
· o de Natal (com três
textos à escolha) é rezado durante a oitava e nos outros dias do Tempo
natalino;
· o da Epifania diz-se
nos dias que vão da solenidade da Epifania ao sábado que precede a festa do
Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania).
A cor das vestes litúrgicas nas Missas feriais do Tempo natalino é a
branca.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo