Liturgia
Diária Comentada 29/01/2014 Quarta-feira
3ª
Semana do Tempo Comum - 3ª Semana do Saltério
Prefácio
próprio - Ofício do dia
Cor:
Verde - Ano Litúrgico “A” - São Mateus
Antífona:
Salmo 95,1.6 - Cantai ao Senhor um canto novo, cantai ao Senhor,
ó terra inteira; esplendor, majestade e beleza brilham no seu templo
santo.
Oração
do Dia: Deus eterno e todo-poderoso, dirigi a nossa vida segundo
o vosso amor, para que possamos, em nome do vosso Filho, frutificar
em boas obras. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade
do Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira
Leitura: 2Sm 7,4-17 Teu trono será firme para sempre
Naqueles
dias, a palavra do Senhor foi dirigida a Natã nestes termos: “Vai
dizer a meu servo Davi: ‘Assim fala o Senhor: Porventura és tu que
me construirás uma casa para eu habitar? Pois eu nunca morei numa
casa, desde que tirei do Egito os filhos de Israel, até o dia de
hoje, mas tenho vagueado em tendas e abrigos. Por todos os lugares
onde andei com os filhos de Israel, disse, porventura, a algum dos
chefes de Israel, que encarreguei de apascentar o meu povo: Por que
não me edificastes uma casa de cedro?”
Dirás
pois, agora, a meu servo Davi: Assim fala o Senhor todo-poderoso: Fui
eu que te tirei do pastoreio, do meio das ovelhas, para que fostes o
chefe do meu povo, Israel. Estive contigo em toda parte por onde
andaste, e exterminei diante de ti todos os teus inimigos, fazendo o
teu nome tão célebre quanto o dos homens mais famosos da terra. Vou
preparar um lugar para meu povo, Israel: e o implantarei, de modo que
possa morar lá sem jamais ser inquietado. Os homens violentos não
tornarão a oprimi-lo como outrora, no tempo em que eu estabelecia
juízes sobre o meu povo, Israel. Concedo-te uma vida tranquila,
livrando-te de todos os teus inimigos. E o Senhor te anuncia que te
fará uma casa.
Quando
chegar o fim dos teus dias e repousares com teus pais, então,
suscitarei, depois de ti, um filho teu, e confirmarei para sempre a
sua realeza. Será ele que construirá uma casa para meu nome, e eu
firmarei para sempre o seu trono real. Eu serei para ele um pai e ele
será para mim um filho. Se ele proceder mal, eu o castigarei com
vara de homens e com golpes dos filhos dos homens. Mas não retirarei
dele a minha graça, como a retirei de Saul, a quem expulsei da minha
presença. Tua casa e teu reino serão estáveis para sempre diante
de mim, e teu trono será firme para sempre”. Natã comunicou a
Davi todas essas palavras e toda essa revelação. - Palavra
do Senhor.
Salmo: 88
(89) Guardarei eternamente para ele a minha graça.
“Eu
firmei uma aliança com meu servo, meu eleito, e eu fiz um juramento
a Davi, meu servidor: Para sempre, no teu trono, firmarei tua
linhagem, de geração em geração garantirei o teu reinado!”
Ele,
então, me invocará: ‘Ó Senhor, vós sois meu Pai, sois meu Deus,
sois meu rochedo onde encontro a salvação!’ E por isso farei dele
o meu filho primogênito, sobre os reis de toda a terra farei dele o
Rei altíssimo.
Guardarei
eternamente para ele a minha graça e com ele firmarei minha Aliança
indissolúvel. Pelos séculos sem fim conservarei sua descendência,
e o seu trono, tanto tempo quanto os céus, há de durar.
Evangelho:
Mc 4,1-20 – Parábola do Semeador
Naquele
tempo, Jesus começou a ensinar de novo às margens do mar da
Galileia. Uma multidão muito grande se reuniu em volta dele, de modo
que Jesus entrou numa barca e se sentou, enquanto a multidão
permanecia junto às margens, na praia.
Jesus
ensinava-lhes muitas coisas em parábolas. E, em seu ensinamento,
dizia-lhes: “Escutai! O semeador saiu a semear. Enquanto semeava,
uma parte da semente caiu à beira do caminho; vieram os pássaros e
a comeram. Outra parte caiu em terreno pedregoso, onde não havia
muita terra; brotou logo, porque a terra não era profunda, mas,
quando saiu o sol, ela foi queimada; e, como não tinha raiz, secou.
Outra parte caiu no meio dos espinhos; os espinhos cresceram, a
sufocaram, e ela não deu fruto. Outra parte caiu em terra boa e deu
fruto, que foi crescendo e aumentando, chegando a render trinta,
sessenta e até cem por um”. E Jesus dizia: “Quem tem ouvidos
para ouvir, ouça”.
Quando
ficou sozinho, os que estavam com ele, junto com os Doze, perguntaram
sobre as parábolas. Jesus lhes disse: “A vós, foi dado o mistério
do Reino de Deus; para os que estão fora, tudo acontece em
parábolas, para que olhem mas não enxerguem, escutem mas não
compreendam, para que não se convertam e não sejam perdoados”.
E
lhes disse: “Vós não compreendeis esta parábola? Então, como
compreendereis todas as outras parábolas? O semeador semeia a
Palavra. Os que estão na beira do caminho são aqueles nos quais a
Palavra foi semeada; logo que a escutam, chega Satanás e tira a
Palavra que neles foi semeada. Do mesmo modo, os que receberam a
semente em terreno pedregoso, são aqueles que ouvem a Palavra e logo
a recebem com alegria, mas não têm raiz em si mesmos, são
inconstantes; quando chega uma tribulação ou perseguição, por
causa da Palavra, logo desistem. Outros recebem a semente entre os
espinhos: são aqueles que ouvem a Palavra; mas quando surgem as
preocupações do mundo, a ilusão da riqueza e todos os outros
desejos, sufocam a Palavra, e ela não produz fruto. Por fim, aqueles
que recebem a semente em terreno bom são os que ouvem a Palavra, a
recebem e dão fruto; um dá trinta, outro sessenta e outro cem por
um”. - Palavra da Salvação.
Comentário:
A Parábola do Semeador está devidamente explicada em Mc 4,14-20,
uma única observação nos chama a atenção, Jesus começa a
contá-la com uma exclamação: “Ouvi!”, parece que as pessoas
não estavam muito atentas ao que ele tinha a ensinar, não muito
diferente do que acontece hoje em nossas missas e reuniões, onde às
vezes é preciso pedir silêncio para que a mensagem possa ser
transmitida.
Com
relação aos versículos 11-12, a ideia que se tem é que Jesus
deseja a condenação de parte da população, chega a ser danoso o
modo como ele fala, somos levados a supor que existem nessas palavras
muito ódio e rancor, o final chega a ser medonho: “... para que
não se convertam e não sejam perdoados”.
Para
elucidar esse emaranhado de suposições a primeira coisa que devemos
ter como certeza absoluta é o fato de que Jesus quer a salvação de
todos, “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”
(Jo 10,10). Então como explicá-las?
Ao
observar a leitura constatamos que uma multidão seguia Jesus, é
fato, mas acontece que em determinados momentos apenas um pequeno
grupo juntava-se aos 12 escolhidos pelo Messias. Agora sim ficou
claro, não é Jesus que impõe a sanção, e sim a própria multidão
que não reconhece Nele a pessoa de Deus, a multidão que se
aglomerava acercando-se de Jesus não desejava participar de maneira
ativa da Boa Nova, mas apenas buscavam respostas imediatistas para
seus problemas.
Na
outra ponta temos os sacerdotes e doutores da lei que se aproximavam
apenas para vigiar de perto aquele que colocava em risco todo o
sistema, ou seja, em ambos os casos o projeto de Deus que veio ser
realizado em nosso meio através da pessoa de Jesus estava sendo
barrado.
Para
o perdão dos pecados e uma plena conversão, é preciso que
acreditemos na ação transformadora de Jesus, será desastroso
pensar que na vida não pode haver evolução, se queremos um
Evangelho vivo é preciso antes de tudo ter e exercitar a fé. Ficar
de fora é não caminhar com Jesus. - (Ricardo e Marta)
INTENÇÕES
PARA O MÊS DE JANEIRO:
Geral
– Desenvolvimento econômico: Para que seja promovido um
autêntico desenvolvimento económico, respeitoso da dignidade de
todas as pessoas e de todos os povos.
Missionária
– Unidade dos cristãos: Para que os cristãos das
diversas confissões caminhem em direção à unidade desejada por
Cristo.
TEMPO
LITÚRGICO:
Tempo
Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração
da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes
da Quaresma. Recomeça na segunda-feira depois do domingo de
Pentecostes e termina antes das Primeiras Vésperas do 1º Domingo do
Advento NALC 44.
Cor
Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo
cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.
Fique
com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo
Feitosa e Marta Lúcia
Fonte:
CNBB / Missal Cotidiano