Prefácio
próprio - Ofício do dia
Cor:
Verde - Ano Litúrgico “A” - São Mateus
Antífona: Salmo
69,2.6 - Meu Deus, vinde libertar-me, apressai-vos, Senhor em
socorrer-me. Vós sois o meu socorro e o meu libertador; Senhor, não
tardeis mais.
Oração
do Dia: Manifestai, ó Deus, vossa inesgotável bondade para com
os filhos e filhas que vos imploram e se gloriam de vos ter como
criador e guia, restaurando para eles a vossa criação e
conservando-a renovada. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira
Leitura: Jr 30,1-2.12-15.18-22 Eu te tratei com rudeza por causa do
teu endurecimento no pecado. Mudarei a sorte das tendas de Jacó.
Palavra
que foi dirigida a Jeremias, da parte do Senhor: “Isto diz o
Senhor, Deus de Israel: Escreve para ti, num livro, todas as
palavras que te falei. Isto diz o Senhor: Incurável é tua ferida,
maligna tua chaga; não há quem conheça teu diagnóstico; uma
úlcera tem remédio, mas em ti não se produz cicatrização. Todos
os teus amigos te esqueceram, não te procuram mais; eu te causei
uma ferida, como se fosses inimigo, como um castigo cruel: por causa
do grande número de maldades que te fez endurecer no pecado.
Por
que gritas em teu sofrimento? É insanável a tua dor. Eu te tratei
com rudeza por causa das tuas inúmeras maldades e por causa do teu
endurecimento no pecado. Isto diz o Senhor: Eis que eu mudarei a
sorte das tendas de Jacó e terei compaixão de suas moradias, a
cidade ressurgirá das suas ruínas e a fortaleza terá lugar para
suas fundações; de lá sairão cânticos de louvor e sons
festivos. Hei de multiplicá-los, eles não diminuirão, hei de
glorificá-los, eles não serão humilhados.
Teus
filhos serão felizes como outrora, e sua Comunidade, estável na
minha presença; e agirei contra todos os que os molestarem. Para
chefe será escolhido um dos seus, e o soberano sairá do seu meio;
eu o incitarei, e ele se aproximará de mim. Quem dará a vida em
penhor da sua aproximação de mim? – diz o Senhor. Sereis meu
povo e eu serei vosso Deus. - Palavra do Senhor.
Comentário
(Comentário Bíblico - Edições Loyola): Abre-se
o “livro da consolação” de Jeremias. Fiel à missão de gritar
com força ao povo que sua desdita é punição de seu afastamento
da aliança com Deus, que o libertara e salvara, o profeta convida
agora o povo à esperança. Deus castiga, não para aniquilar, mas
para restaurar. A restauração será algo novo como uma criação,
um relacionamento de intimidade nunca dantes realizado entre Deus e
o povo, será a nova aliança. Este primeiro trecho (aqui lembrado)
opõe ao estado irremediável do povo exilado a obra renovadora de
Deus, porque sua fidelidade e seu amor são mais fortes que a
infidelidade e desamor do povo.
Ainda
hoje, enquanto os homens odeiam e destroem, Deus ama sempre e está
em ação para reconstruir, enquanto forças ou tendências
antagônicas se digladiam, Deus faz sempre algo novo, porque sua
obra é obra de amor. Para colaborar com Deus é necessário amar
muito, como Cristo.
Salmo: 101,
16-18. 19-21. 29.22-23 (R. 20b) O Senhor olhou a terra do alto céu.
As
nações respeitarão o vosso nome, e os reis de toda a terra, a
vossa glória; quando o Senhor reconstruir Jerusalém e aparecer com
gloriosa majestade, ele ouvirá a oração dos oprimidos e não
desprezará a sua prece.
Para
as futuras gerações se escreva isto, e um povo novo a ser criado
louve a Deus. Ele inclinou-se de seu templo nas alturas, e o Senhor
olhou a terra do alto céu, para os gemidos dos cativos escutar e da
morte libertar os condenados.
Assim
também a geração dos vossos servos terá casa e viverá em
segurança, e ante vós se firmará sua descendência. Para que
cantem o seu nome em Sião e louve ao Senhor Jerusalém, quando os
povos e as nações se reunirem e todos os impérios o servirem.
Evangelho:
Mt 14,22-36 Senhor, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a
água.
Depois
que a multidão comera até saciar-se, Jesus mandou que os
discípulos entrassem na barca e seguissem, à sua frente, para o
outro lado do mar, enquanto ele despediria as multidões. Depois de
despedi-las, Jesus subiu ao monte, para orar a sós.
A
noite chegou, e Jesus continuava ali, sozinho. A barca, porém, já
longe da terra, era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário.
Pelas três horas da manhã, Jesus veio até os discípulos, por
cima das águas. Quando os discípulos o avistaram, andando sobre o
mar, ficaram apavorados, e disseram: “É um fantasma”. E
gritaram de medo. Jesus, porém, logo lhes disse: “Coragem! Sou
eu. Não tenhais medo!”
Então
Pedro lhe disse: “Senhor, se és tu, manda-me ir a teu encontro,
caminhando sobre a água”. E Jesus respondeu: “Vem!” Pedro
desceu da barca e começou a andar sobre a água, em direção a
Jesus. Mas, quando sentiu o vento, ficou com medo e, começando a
afundar, gritou: “Senhor, salva-me!” Jesus logo estendeu a mão,
segurou Pedro, e lhe disse: “Homem fraco na fé, por que
duvidaste?” Assim que subiram na barca, o vento se acalmou.
Os
que estavam na barca, prostraram-se diante dele, dizendo:
Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!” Após a travessia
desembarcaram em Genesaré. Os habitantes daquele lugar reconheceram
Jesus e espalharam a notícia por toda a região. Então levaram a
ele todos os doentes; e pediam que pudessem, ao menos, tocar a barra
de sua veste. E todos os que tocaram, ficaram curados. -
Palavra da Salvação.
Comentando
o Evangelho (Antônio Carlos
Santini / Com. Católica Nova Aliança):
Descendemos
de Adão, aquele que foi modelado da argila da terra. Homem, humano,
venho do húmus. Só nos sentimos seguros em terra firme. A água
assusta, o mar profundo é imagem da morte.
No
Evangelho de hoje, ao ver que Jesus caminhava sobre as ondas do lago
encapelado, Pedro ousa pedir: “Senhor, se és tu, manda-me ir ter
contigo por cima das águas”. É óbvio que o velho pescador sabia
muito bem que pedia algo impossível aos homens, mas possível a
Deus. Só Deus tinha domínio sobre os elementos: o mesmo que manda
a chuva, caminha sobre o mar.
E
o Filho de Deus faz o jogo de Simão Pedro: “Vem!” Ao mesmo
tempo, pede-lhe um ato de fé, um salto no escuro. Ele salta e
começa a andar, superando os limites de sua humanidade. Mas o
vendaval redobra seu estrépito e o discípulo se deixa intimidar.
Afundando, pede: “Salva-me, Senhor!”
Aqui
estamos diante de um grande mistério: ainda que o poder de Deus
esteja de nosso lado, como um vento a favor, o Senhor conta com uma
resposta de fé de nossa parte. Se perdemos a confiança, é como se
impedíssemos que a graça divina continuasse a nos sustentar.
De
fato, podemos cair em dois extremos: de um lado, apostar apenas em
nossos dons e capacidades humanos; de outro, duvidar até mesmo do
poder de Deus posto ao nosso alcance. Soberba e desconfiança –
duas maneiras de afundar...
O
caminho de salvação se resume exatamente em desconfiar de nós
mesmos e em apostar todas as fichas no amor que o Senhor derrama
sobre nós. Como escreveu o apóstolo Paulo, “quando sou fraco, aí
é que sou forte”. (2Cor 12,10.) De fato, Deus se compraz em agir
por meio de instrumentos frágeis e deficientes, como declarou o
Papa Bento XVI ao subir à cadeira de Pedro. Ao contrário, quando
um de nós se gloria de suas próprias realizações, como se elas
fossem devidas apenas a nosso esforço, inteligência e heroísmo,
não demora a ruir o nosso castelo de areia...
A
vida é como o mar. O trabalho, a família, a Igreja nos oferecem
constantes tempestades. Confiaremos no Deus forte? Ou insistiremos
em nos apoiar sobre nossas falsas seguranças?
INTENÇÕES
PARA O MÊS DE AGOSTO:
Intenção
Universal: Acolher os refugiados - Para que os
refugiados, obrigados a abandonar as suas casas por causa da
violência, sejam acolhidos com generosidade e vejam respeitados os
seus direitos.
Intenção
para a Evangelização: Cristãos
na Oceania - Para
que os cristãos na Oceania anunciem com alegria a fé aos povos do
continente.
AGOSTO
– MÊS VOCACIONAL
O
mês de agosto, conforme o costume da Igreja no Brasil é dedicado à
oração, reflexão e ação nas comunidades sobre o tema das
vocações. Por isso, lembra-se:
1ª
semana: vocação para ministério ordenado: diáconos, padres e
bispos;
2ª
semana: vocação para a vida em família (atenção especial aos
pais);
3ª
semana: vocação para a vida consagrada: religiosos(as) e
consagrados(as) seculares;
4ª
semana: vocação para os ministérios e serviços na comunidade.
TEMPO
LITÚRGICO:
Tempo
Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração
da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes
da Quaresma. Recomeça na segunda-feira depois do domingo de
Pentecostes e termina antes das Primeiras Vésperas do 1º Domingo
do Advento NALC 44.
Cor
Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo
cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.
CATÓLICOS
COM JESUS: GRAÇA E PAZ
Fique
com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo
Feitosa e Marta Lúcia
Crendo
e ensinando o que crê e ensina a Santa Igreja Católica
Fonte:
CNBB / Missal Cotidiano