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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

3º DOMINGO DO ADVENTO (GAUDETE) 14 de dezembro de 2014



“Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz”

Leituras: Isaías 61, 1-2.10.11; Cântico Lucas 1, 46-48.49-50.53-54 (R/ Is 61,10b); Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses 5, 6-24; João 1, 6-8.19-28.

COR LITÚRGICA: ROXO OU ROSEA.
Comentarista No domingo da alegria, pois o Natal do Senhor está próximo, mais uma vez nos reunimos para o encontro com o próprio Senhor. João batiza com água, mas fala da alegria da chegada de Jesus que batizará com o fogo do Espírito Santo.

1. Situando-nos brevemente:
O Terceiro Domingo do Advento é denominado “Domingo da Alegria”. E a antífona de entrada canta: “Alegrai-vos sempre no Senhor”.

A celebração é uma exultação de imenso júbilo porque Aquele que esperamos já está conosco, em nosso meio. Ele mesmo vem para endireitar caminhos e para nos conduzir à festa do seu Natal. Grande sinal de sua manifestação no meio dos pobres, humildes e sofredores.

A comunidade é o lugar ideal para entrarmos em comunhão com o Deus fiel. Participando dela, vamos descobrir que há uma esperança para os pobres, os desanimados, os cativos e os prisioneiros, pois, o Senhor está fazendo germinar do nosso chão as sementes da vida nova.

O povo empobrecido é a esposa do Senhor (primeira leitura). Em comunidade, aprendemos a testemunhar, como João, o Messias que vem para inaugurar o novo e definitivo êxodo de liberdade e vida para os que delas foram privados (Evangelho).

2. Recordando a Palavra
O profeta Isaías nos recorda que a missão consiste em levar boas notícias às vítimas da injustiça: os pobres, os desanimados, os cativos e os prisioneiros. Ele é semelhante ao arauto que anuncia o início do Ano Jubilar, apresentado aqui como “ano da graça do Senhor”, onde todos recuperavam suas propriedades e seus bens. No Ano Jubilar dever-se-ia proclamar a libertação para todos os habitantes do país. Cada um recuperava a sua propriedade e voltava para a sua família.

Com isso, o profeta anuncia a chegada de uma nova era em que as relações humanas são transformadas radicalmente. O motor dessa transformação é o espírito de Deus que, ao tomar conta do profeta e fazendo-o anunciar seu programa e vida, mostra também quais serão os resultados: liberdade e vida para todos.

Para que haja liberdade e vida para todos faz-se necessário acabar com as injustiças. Chegou a hora de dizer “não” à sociedade em que os opressores vivem às custas dos oprimidos, em que os ricos se enriquecem sempre mais, porque condenam os pobres à miséria, e as terras e os bens vão sendo acumulados nas mãos de poucos.

Com o Salmo Responsorial queremos responder à Palavra de Deus com a mesma oração de Maria e de todos os pobres que, com ela, reconhecem a ação libertadora de Deus atuando na história.

Ouvimos a Carta aos Tessalonicenses. Tessalônica era, no século I, a cidade mais importante da Macedônia. Porto marítimo e cidade de intenso comércio. Uma encruzilhada religiosa, na qual os cultos locais coexistiam com todo o tipo de propostas religiosas vindas de todo o Mediterrâneo.

A cidade foi evangelizada por Paulo durante a sua segunda viagem missionária, muito provavelmente no Inverno dos anos 49-50. Paulo chegou a Tessalônica acompanhado de Silvano e Timóteo, depois de ter sido forçado a deixar a cidade de Filipos. O tempo de evangelização foi curto; mas foi o suficiente para fazer nascer uma comunidade cristã numerosa e entusiasta, constituída majoritariamente por pagãos convertidos.

No entanto, a obra de Paulo foi brutalmente interrompida pela reação da colônia judaica. Os judeus acusaram Paulo de agir contra os decretos do imperador e levaram alguns cristãos diante dos magistrados da cidade. Paulo teve de deixar a cidade às pressas, de noite, indo para Bereia e, depois, para Atenas.

Entretanto, Paulo tinha a consciência de que a formação da comunidade cristã de Tessalônica ainda deixava muito a desejar. A jovem comunidade, fundada há pouco tempo e ainda insuficientemente catequizada, estava quase desarmada nesse contexto adverso de perseguição e de provação. Preocupado, enviou Timóteo a fim de saber noticias de encorajar os tessalonicenses na fé. Quando Timóteo voltou e apresentou o seu relatório, Paulo estava em Corinto. Confortado pelas informações de Timóteo, o apóstolo decidiu escrever aos cristãos, felicitando-os pela sua fidelidade ao Evangelho.

Aproveitou também para esclarecer algumas dúvidas que inquietavam os tessalonicenses e para corrigir alguns aspectos menos exemplares da vida da comunidade. Pede aos tessalonicenses que vivam alegres e que pautem a sua vida por uma intensa oração, sobretudo a oração de ação de graças. Pede ainda que abram o coração ao Espírito Santo e que não desprezem os seus dons.

O Evangelho é, provavelmente, um primitivo hino cristão conhecido da comunidade joanina, que o autor do Quarto Evangelho adaptou e onde se expressa a fé da comunidade em Cristo, Palavra viva de Deus, enviado ao mundo para concretizar o plano de salvação que Deus tinha para oferecer aos homens. Os primeiros três versículos do texto que hoje nos é proposto (Jo 1,6-8) pertencem a esse “prólogo”.

Depois do “prólogo”, o autor desenvolve, em várias etapas, a sua catequese sobre Jesus. Na “seção introdutória” ele procura dizer quem é Jesus e definir a sua missão, fazendo entrar sucessivamente em cena várias personagens cuja função é apresentar a figura de Jesus.

Entre as personagens, sobressai a figura de João Batista, o “apresentador” oficial de Jesus. Ele aparece no início (Cf. Jo 1, 19-37) e no fim (Cf. Jo 3, 22-36) dessa seção introdutória a dar testemunho sobre Jesus. O texto evangélico apresenta, precisamente, um primeiro testemunho que João dá sobre Jesus, diante dos enviados das autoridades judaicas.

Para percebermos o alcance do diálogo entre João e os líderes judaicos, é preciso ter em conta o ambiente político, social e religioso da Palestina do século I. Dominado pelos romanos, humilhado e impossibilitado de definir o seu destino, afogado em impostos, explorados por uma classe dirigente comodamente instalada nos seus privilégios, escravizado por um sistema religioso ritual e legalista, o Povo de Deus vivia na expectativa da chegada do Messias libertador, enviado por Deus para inaugurar uma nova era de liberdade, de alegria e de felicidade.

Muitos israelitas estavam dispostos a aproveitar qualquer oportunidade de libertação e eram presas fáceis dos falsos messias e dos vendedores de sonhos.

João Batista se apresenta como profeta do desterro, enquanto Jesus é o Cristo e o profeta. João batiza com água, mas Jesus, desconhecido, é aquele que batiza no Espírito Santo. Essa expressão define a obra primordial do Messias: regenerar a humanidade no Espírito Santo.

3. Atualizando a Palavra
A assembléia reunida é convidada a aceitar o testemunho de João Batista e, libertando-se de todo o engano, centrar-se plenamente naquele que é a luz, o Cristo Senhor. Ao mesmo tempo, por sua fidelidade à Palavra, a comunidade cristã é chamada a continuar este mesmo testemunho de João e ser, no deserto do mundo, a voz que anuncia o Messias, com plena certeza de que ele é mais importante do que tudo e que “nada pode antepor ao amor do Cristo” (Regra de São Bento 4,21).

Nós somos hoje a voz que grita no deserto contra tudo que entortou o caminho do Senhor. Aderindo a Jesus de todo coração, estaremos conhecendo sempre mais aquele que ainda não conhecemos de modo pleno.

O texto do profeta Isaías sobre a reconstrução continua sendo um desafio para nós: sem justiça social o povo não poderá celebrar a festa do casamento (aliança) com o Deus da vida. A terra continua permitindo que as sementes brotem: quando veremos nesta terra reinar a liberdade?

Ao celebrar o Terceiro Domingo do Advento, a Igreja se alegra por estar à “beira” do Jordão, em poder levantar a cabeça e vislumbrar seu destino, que é a comunhão de vida com o Messias, cujas vozes proféticas de todos os tempos e lugares antram e prenunciam, seguindo a inteligência da fé.

4. Ligando a Palavra com ação litúrgica
Paulo, escrevendo à comunidade de Tessalônica, é enfático: “Estai sempre alegres. Orai continuamente. Dai graças, em toda e qualquer situação, porque esta é a vontade de Deus, no Cristo, a vosso respeito” (1Ts 5,16-18). Dar graças e celebrar a Eucaristia, corresponde de fato ao “nosso dever e salvação”, porque é no ato de buscar e reconhecer a presença de Deus, que nos percebemos salvos e mergulhados em sua vida.

Damo-nos conta do quanto o Espírito do Senhor está sobre nós, empurrando-nos para darmos testemunho da visita do Messias no mundo, alegrando os tristes, devolvendo a dignidade ao empobrecidos.

A ação de graças recomendada por Paulo nos faz reconhecer que tudo quanto fora dito por Deus em promessa, cumpriu-se em seu Filho e se desdobra naqueles e naquelas que o servem e lhe são fiéis. Em suma, nossa fidelidade torna evidente aquele que nos chamou e é fiel no cumprimento de sua Palavra.

PRECES DOS FIÉIS
Presidente: Rezemos ao Pai, para que a alegria, a paz e o testemunho sejam para nós uma opção de vida.
1. Senhor, iluminai os caminhos de nosso Papa Francisco, nosso Bispo Vilson, padres e diáconos, para que tenham a fortaleza e a coragem de João Batista. Peçamos:

Todos: (Cantado) Ó vem, Senhor, não tardes mais, vem saciar nossa sede de paz!

2. Senhor, iluminai os governantes do mundo inteiro, para que olhem o clamor de tantas pessoas que lutam por uma vida digna. Peçamos:

3. Senhor, iluminai nossa comunidade, para que guiada por teu Espírito, possa ter a coragem de anunciar Jesus, como fez João Batista. Peçamos:

4. Senhor, iluminai cada um de nós, para que pratiquemos a caridade, não apenas em ocasiões especiais, mas no cotidiano da vida. Peçamos:

(Outras intenções)

Presidente: Deus, ilumine a caminhada de teu povo, para que nossa alegria invada todos os lugares e pessoas que vivem nas trevas. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém

Oração da Campanha da Evangelização:
Todos: Pai Santo, quisestes que a vossa Igreja/ fosse no mundo fonte de salvação/ para todas as nações,/a fim de que a obra do Cristo que vem/ continue até o fim dos tempos./ Aumentai em nós o ardor da evangelização, / derramando o Espírito prometido,/ e fazei brotar em nossos corações/ a resposta da fé./ Por Cristo, nosso Senhor./ Amém.

III. LITURGIA EUCARÍSTICA
ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS:
Presidente: Possamos, ó Pai, oferecer-vos sem cessar estes dons da vossa devoção, para que, ao celebrarmos o sacramento que nos destes, se realizem em nós as maravilhas da salvação. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO:
Imploramos, ó Pai, vossa clemência para que estes sacramentos nos purifiquem dos pecados
e nos preparem para as festas que se aproximam. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

ATIVIDADES DA SEMANA
DIA 13 DE DEZEMBRO – SÁBADO: Missa de formatura teologia – 09h30min – Catedral – Limeira; Crisma na Comunidade Nossa Senhora das Graças – Paróquia Menino Jesus – 19h00 – Padre Eduardo da Silva Luiz.

DIA 14 DE DEZEMBRO – DOMINGO: Crisma na Santa Rita de Cássia – Leme – Padre Alexandre – 09h00; Crisma na Desatadora de Nós – Americana – Padre Manoá – 16h00.

DIA 16 DE DEZEMBRO – TERÇA-FEIRA: Reunião Geral do Clero – 09h00 – CDL – Limeira; Entrevista coletiva na residência episcopal – 15h00; Missa na comunidade Santa Adélia – Padre Fernando – 20h00 –Limeira.

DIA 19 DE DEZEMBRO – SEXTA-FEIRA: atendimento na residência episcopal – 09h00 até 11h00; Gravar Rádio Milícia da Imaculada – 11h00; Missa na Comunidade de Vida – Narciso – Americana.

DIA 20 DE DEZEMBRO – SÁBADO: Missa na comunidade Santo Expedito – Padre Felipe – Americana, às 17h30min.

DIA 21 DE DEZEMBRO – DOMINGO: Ordenação diaconal do seminarista Casimiro – Nossa Senhora das Dores – Nova Odessa – Padre Ocimar – 09h00; Missa de dedicação da Igreja Nossa Senhora Rosa Mística – 18h30min – Padre Anderson –Porto Ferreira.

BÊNÇÃO E DESPEDIDA:
Presidente: O Senhor esteja convosco.
Todos: Ele está no meio de nós.
Presidente: Que o Deus onipotente e misericordioso vos ilumine com o advento do seu Filho, em cuja vinda credes e cuja volta esperais, derrame sobre  vós as suas bênçãos.
Todos: Amém.
Presidente: Que durante esta vida ele vos torne firmes na fé, alegres na esperança, solícitos na caridade.
Todos: Amém.
Presidente: Alegrando-vos agora pela vinda do Salvador feito homem sejais recompensados com a vida eterna, quando vier de novo em sua glória.
Todos: Amém.

Presidente: (Dá a Bênção e despede a todos)

"A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão a proposta do Reino, vivida na Igreja (DNC 50)."

Documento Necessário para o Batismo e Crisma

Certidão de Nascimento ou Casamento do Batizando;

Comprovante de Casamento Civil e Religioso dos padrinhos;

Comprovante de Residência,

Cartões de encontro de Batismo dos padrinhos;

Documentos Necessários para Crisma:

RG do Crismando e Padrinho, Declaração de batismo do Crismando, Certidão ou declaração do Crisma do Padrinho, Certidão de Casamento Civil e Religioso do Padrinho/Madrinha e Crismando se casados.

Fonte: Catedral São Dimas

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Reflexão

REFLEXÃO

A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.

reflexão sobre o Dízimo

A espiritualidade do Dízimo

O dízimo carrega uma surpreendente alegria no contribuinte. Aqueles que se devotam a esta causa se sentem mais animados, confortados e motivados para viver a comunhão. O dízimo, certamente, não é uma questão de dinheiro contrariando o que muitos podem pensar. Ele só tem sentido quando nasce de uma proposta para se fazer a experiência de Deus na vida cristã. Somos chamados e convocados a este desafio.

Em caso contrario, ele se torna frio e distante; por vezes indiferente. A espiritualidade reequilibra os desafios que o dízimo carrega em si. "Honra o Senhor com tua riqueza. Com as primícias de teus rendimentos. Os teus celeiros se encherão de trigo. Teus lagares transbordarão de vinho" (Pr 3,9-10). Contribuir quando se tem de sobra, de certa forma, não é muito dispendioso e difícil. Participar da comunhão alinha o desafio do dízimo cristão.

Se desejar ler, aceno: Gn 28, 20-22; Lv 27, 30-32; Nm 18, 25-26 e Ml 3, 6-10.

Fonte : Pe. Jerônimo Gasques

http://www.portalnexo.com.br/Conteudo/?p=conteudo&CodConteudo=12

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