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terça-feira, 12 de abril de 2016

Bispos refletem sobre "misericórdia e justiça" e perspectivas pastorais da Amoris Laetitia

Apresentação dos temas ocorreu no sexto dia da 54ª Assembleia Geral da CNBB

A Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) apresentou na manhã desta segunda-feira, 11, ao episcopado brasileiro reunido em Assembleia, a relação entre a misericórdia e a justiça, presente na Bula de Proclamação do Jubileu da Misericórdia, a Misericordiae Vultus, e as perspectivas pastorais da exortação apostólica do papa Francisco, Amoris Laetitia

O bispo de Bom Jesus da Lapa (BA), dom João Cardoso, e membro da Comissão, falou aos bispos sobre a Justiça e a Misericórdia. “Entre justiça e misericórdia, aparentemente, parece não haver possibilidade de relação. Cada um dos termos pertence a campos semânticos diferentes. A misericórdia tem aspecto mais subjetivo e aparece ligada ao sentimento de compaixão. A justiça apresenta-se mais ligada à razão”, explicou. 
“A misericórdia tem conotação moral e religiosa. Situa-se no âmbito da vida privada e diz respeito a atos de misericórdia e compaixão que somos interpelados a praticar em determinados contextos. A justiça situa-se na esfera pública da vida, da sociedade”, complementou.
Porém, conforme lembra dom João, o papa Francisco afirma na Misericordiae Vultus, que a misericórdia não é contrária à justiça. “Se Deus se detivesse na justiça deixaria de ser Deus. Seria como todos os homens que clamam pelo respeito da lei. A justiça por si só não é suficiente. Por isso, Deus com a misericórdia e o perdão passa além da justiça. Deus não rejeita a justiça. Ele engloba-a e supera-a no evento superior , no qual se experimenta o amor que está na base de uma verdadeira justiça”, acrescenta. 
Diz, ainda, que o conceito de justiça baseado no “dar a cada um aquilo que lhe é devido” tem a ver com reciprocidade. Porém, recorda que Jesus ensina que se deve fazer o bem aos amigos e inimigos. “Em nenhum contexto seria justo o mal a alguém”, afirma. 
Falou, ainda, do justo universal que corresponde à ordem jurídica e do justo particular, que se divide em distributivo e corretivo. Segundo as explicações, a justiça distributiva regula a relação entre o todo e as partes, isto é, entre o Estado e os indivíduos. É caracterizada pela divisão de recompensas de acordo com o mérito. Já a justiça corretiva regula as relações entre as partes, entre os cidadãos do Estado. “Não importa quem cometeu o crime, se o homem de bem ou um bandido, ele deve ser punido de acordo com o delito cometido. Aqui, em princípio há uma reciprocidade na aplicação das penas; entretanto, a compensação não poderia ser exatamente igual em todos os casos, visto que dependeria de cada ocorrência particular”, complementou. 
Dom João disse que “o primado da misericórdia sobre a justiça se traduz, no plano social, como o dever do Estado em garantir àqueles que não têm mérito algum o acesso aos benefícios e ao bem-estar social, assegurando-lhes o direito de serem amparados, assistidos e protegidos pelo fato de serem pessoas humanas”. Para o bispo, “os pobres e os miseráveis não podem esperar eternamente pela boa vontade de cristãos caridosos ou de pessoas de boa vontade”. Ele recorda que há direitos fundamentais que devem ser efetivados  “para que a justiça não corra o risco de ser destruída, como ensina o papa Francisco”. 

Perspectivas pastorais da Amoris Laetiti

O bispo coadjutor de Luziânia (GO), dom Waldemar Passini, apresentou aos bispos os nove capítulos da exortação apostólica pós-sinodal do papa Francisco, Amoris Laetiti que, segundo ele, proporciona ampla reflexão sobre o amor. 
Dom Waldemar lembrou que a exortação é oferecida após a realização dos sínodos do papa sobre a família, ocorridos em 2014 e 2015, à luz da Palavra, e destacou três aspectos para estimular a leitura do texto: a sinodalidade como caráter exemplar, a linguagem e a capacidade de interpelar, estimular e acompanhar. 
O bispo de Coari (AM), dom Marcos Piatek destacou as perspectivas pastorais do capítulo sexto da exortação apostólica. Conforme o bispo, o papa deixa dois critérios para elaborar novos caminhos pastorais. “O primeiro visa a fidelidade à doutrina da Igreja. O segundo procura ver a necessidade e os desafios locais”, diz. Para dom Piatek, o papa Francisco, com este documento, pretende apontar apenas alguns princípios fundamentais que aparecem no cotidiano como: anunciar o Evangelho da Família; guiar os noivos no caminho do matrimônio; acompanhar nos primeiros anos da vida matrimonial; iluminar crises, angústias e dificuldades; acompanhar as famílias que sofrem com a dor da morte.
O bispo auxiliar de Porto Alegre (RS), dom Leomar Brustolin, fez uma exposição sobre o oitavo capítulo da exortação apostólica. “Trata-se de um convite à misericórdia e ao discernimento pastoral perante situação que não corresponde plenamente ao que o Senhor nos propõe”, disse. Dom Leomar destacou quatro palavras-chave para a leitura do capítulo: proximidade, discernimento, misericórdia e integração à comunidade. 

http://www.cnbb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=18532:comissao-para-a-doutrina-fala-aos-bispos-sobre-a-misericordia&catid=450:54-assembleia-geral&Itemid=263

"A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão a proposta do Reino, vivida na Igreja (DNC 50)."

Documento Necessário para o Batismo e Crisma

Certidão de Nascimento ou Casamento do Batizando;

Comprovante de Casamento Civil e Religioso dos padrinhos;

Comprovante de Residência,

Cartões de encontro de Batismo dos padrinhos;

Documentos Necessários para Crisma:

RG do Crismando e Padrinho, Declaração de batismo do Crismando, Certidão ou declaração do Crisma do Padrinho, Certidão de Casamento Civil e Religioso do Padrinho/Madrinha e Crismando se casados.

Fonte: Catedral São Dimas

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Reflexão

REFLEXÃO

A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.

reflexão sobre o Dízimo

A espiritualidade do Dízimo

O dízimo carrega uma surpreendente alegria no contribuinte. Aqueles que se devotam a esta causa se sentem mais animados, confortados e motivados para viver a comunhão. O dízimo, certamente, não é uma questão de dinheiro contrariando o que muitos podem pensar. Ele só tem sentido quando nasce de uma proposta para se fazer a experiência de Deus na vida cristã. Somos chamados e convocados a este desafio.

Em caso contrario, ele se torna frio e distante; por vezes indiferente. A espiritualidade reequilibra os desafios que o dízimo carrega em si. "Honra o Senhor com tua riqueza. Com as primícias de teus rendimentos. Os teus celeiros se encherão de trigo. Teus lagares transbordarão de vinho" (Pr 3,9-10). Contribuir quando se tem de sobra, de certa forma, não é muito dispendioso e difícil. Participar da comunhão alinha o desafio do dízimo cristão.

Se desejar ler, aceno: Gn 28, 20-22; Lv 27, 30-32; Nm 18, 25-26 e Ml 3, 6-10.

Fonte : Pe. Jerônimo Gasques

http://www.portalnexo.com.br/Conteudo/?p=conteudo&CodConteudo=12

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