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sexta-feira, 8 de abril de 2016

O valor da assembleia dos bispos na Igreja antiga e no momento atual

Dom Vital Corbellini
Bispo de Marabá (PA)


Introdução
Muitas reuniões de bispos se realizaram na Igreja antiga procurando sempre debater questões da região, da vida em geral do povo de Deus e fazer encaminhamentos, dar soluções para as problemáticas surgidas. Como bispos, estamos no momento atual em Assembléia geral da CNBB vivendo a graça de Deus, pela comunhão eclesial e pela fraternidade. Essa acontece uma vez ao ano reunindo bispos das diversas partes da Igreja no Brasil, juntamente com assessores, assessoras, leigos e leigas, povo de Deus. São dias maravilhosos de conhecimento, de cordialidade entre os sucessores dos apóstolos, em unidade também com o Papa, de vida no Espírito Santo e com o Pastor dos Pastores, Jesus Cristo. Analisemos um pouco essa prática na Igreja antiga.

1. O valor da unidade da Igreja com a unidade dos bispos 
Na Igreja antiga, o fortalecimento da Igreja dependia da unidade dos bispos que era refletida junto ao povo de Deus. Tudo era expresso na consagração de um bispo no qual participavam os bispos vizinhos. O Concílio de Nicéia, cânon 04, realizado em 325 afirmava que em uma consagração episcopal fossem presentes pelo menos três bispos, sendo um costume em vigor até hoje. O Concílio também insistia para que todos os bispos da Província estivessem presentes na consagração do eleito ou pelo menos tivesse um consenso escrito dos ausentes. O livro: A Tradição Apostólica de Hipólito de Roma falava que os bispos presentes imponham as mãos sobre o eleito, permanecendo imóvel o presbyterium, os presbíteros, de modo que só os bispos punham as mãos sobre aquele que ficaria bispo. 
Desde o fim do II século os bispos das províncias ou dioceses começaram a encontrar-se em reuniões (synodoi, sínodos, concílios regionais) para questões que diziam respeito a toda a Igreja. Cipriano afirmava que os escritos dos mártires que circulavam entre as igrejas garantiam a paz geral na Igreja de Cristo Jesus. Outros escritos falavam da unidade da Igreja na antiguidade cristã, pois diziam respeito à disciplina e à própria vida eclesial. Dessa forma aconteciam as Assembleias dos Bispos para debater questões das Igrejas e dar encaminhamentos às mesmas. Alguns acontecimentos extraordinários como o aparecimento dos montanistas, a controvérsia sobre a festa de Páscoa, o tratamento dos lapsis, a controvérsia do batismo dos heréticos deram o inicio a esta pratica que resultou em uma instituição significativa à unidade na diversidade da Igreja sobre a base dos bispos. 
Na medida na qual cada bispo vinha considerado como sucessor dos apóstolos, os bispos participantes eram equiparados nos direitos de governar e reger o povo de Deus de modo que o serviço episcopal era único e cada um participava na sua integridade. 
2. As famosas "Cartas de Comunhão" 
Inácio de Antioquia afirmava algo importante aos Esmirniotas, que onde estivesse um bispo ali estaria uma Igreja local. As diferentes igrejas não existiam justapostas entre elas, porque não havia uma organização como na atualidade, com os seus regionais, nacional, mesmo porque o Império romano era dividido em Províncias. Nós podemos dizer que havia unidade em certo sentido como hoje com o sucessor do apóstolo Pedro, o bispo de Roma. A palavra Koinonia, aludia ao conceito de unidade, manifestada essencialmente pela comunhão eucarística de modo que além dos vínculos amigáveis entre os bispos, haviam também documentos de caráter epistolar, as cartas de comunhão. para acreditar a comunhão entre as igrejas como também para garantir a comunhão aos cristãos, leigas e leigos que se transferiam de uma igreja para outra. 
A Igreja de Roma ganhava sempre mais considerações nas cartas de comunhão entre as Igrejas. Tertuliano falava da plena comunhão existente entre a Igreja romana e as igrejas africanas ao falar da pertença da pessoa na mesma fé à uma mesma sociedade. Cipriano informou ao bispo de Roma, Cornélio, a respeito dos bispos que viviam a doutrina da Igreja e do Senhor, para assim Roma enviar as cartas de comunhão. O Concílio de Antioquia, realizado em 268 comunicou ao bispo de Roma, Dionísio, e também ao bispo Máximo de Alexandria  que o sucessor de Paulo de Samosata era Domno de modo que só eles poderiam receber as cartas de comunhão das grandes sedes. Esses testemunhos evidenciam como na comunhão as igrejas apostólicas, e sobretudo aquela de Roma, fossem por muito tempo, uma clara referência para outras igrejas porque a comunhão, a communio possuía duas vertentes, a sacramental e a jurídica. Uma igreja que estava em comunhão com a Igreja de Roma, o era também com toda a igreja católica, com todas as outras igrejas. 
3. A prática eclesial em Ireneu de Lião e em Tertuliano 
Ireneu de Lião traz noticias a respeito da Igreja que a entendia em duas formas: a Igreja em geral, constituída por cristãos, unidos pela comunhão de fé de tradições e as Igrejas locais. Diante da corrente gnóstica que dissolvia a fé, Ireneu fez apelo à tradição da Igreja, daquela dos apóstolos, transmitida aos sucessores que esses estabeleceram como cabeças das Igrejas locais e constituíam a corrente de transmissão da tradição autêntica. Esses se tornaram os bispos de outrora. 
Ireneu também deu uma atenção à Igreja de Roma na transmissão da fé vinda dos apóstolos. Diante dos gnósticos que se diziam a Igreja verdadeira, afirmou o bispo de Lião que entre as Igrejas particulares, existe uma por excelência que a torna porta voz de todas as outras, sendo a Igreja de Roma, fundada pelos apóstolos Pedro e Paulo, de modo que o seu sucessor continua a obra apostólica unindo as tradições de outras igrejas. 
Tertuliano deu notícias em relação às reuniões dos cristãos desenvolvidas em Cartago, sendo essas de dois tipos: cultuais e caritativas. As cultuais compreendiam uma oração comum dos fiéis, leituras da Sagrada Escritura, discursos de exortação e de advertência sobre a ordem interna da comunidade e uma coleta para os necessitados. As reuniões caritativas eram comidas de caridade, acompanhados por cantos religiosos. Tanto as primeiras reuniões como as segundas eram presididas pelos dirigentes da comunidade, sendo bispos e presbíteros. 
Conclusão 
As assembleias dos bispos na antiguidade possibilitaram a unidade na Igreja diante dos desafios que eram dados nas comunidades. Diversas questões surgiam na vida cristã, católica, de modo que a Igreja dava respostas ao povo de Deus. As assembleias dos bispos aludem à vida do povo de Deus e a nossa vida com Deus Uno e Trino. 

http://www.cnbb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=18487:o-valor-da-assembleia-dos-bispos-na-igreja-antiga-e-no-momento-atual&catid=392&Itemid=204

"A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão a proposta do Reino, vivida na Igreja (DNC 50)."

Documento Necessário para o Batismo e Crisma

Certidão de Nascimento ou Casamento do Batizando;

Comprovante de Casamento Civil e Religioso dos padrinhos;

Comprovante de Residência,

Cartões de encontro de Batismo dos padrinhos;

Documentos Necessários para Crisma:

RG do Crismando e Padrinho, Declaração de batismo do Crismando, Certidão ou declaração do Crisma do Padrinho, Certidão de Casamento Civil e Religioso do Padrinho/Madrinha e Crismando se casados.

Fonte: Catedral São Dimas

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Reflexão

REFLEXÃO

A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.

reflexão sobre o Dízimo

A espiritualidade do Dízimo

O dízimo carrega uma surpreendente alegria no contribuinte. Aqueles que se devotam a esta causa se sentem mais animados, confortados e motivados para viver a comunhão. O dízimo, certamente, não é uma questão de dinheiro contrariando o que muitos podem pensar. Ele só tem sentido quando nasce de uma proposta para se fazer a experiência de Deus na vida cristã. Somos chamados e convocados a este desafio.

Em caso contrario, ele se torna frio e distante; por vezes indiferente. A espiritualidade reequilibra os desafios que o dízimo carrega em si. "Honra o Senhor com tua riqueza. Com as primícias de teus rendimentos. Os teus celeiros se encherão de trigo. Teus lagares transbordarão de vinho" (Pr 3,9-10). Contribuir quando se tem de sobra, de certa forma, não é muito dispendioso e difícil. Participar da comunhão alinha o desafio do dízimo cristão.

Se desejar ler, aceno: Gn 28, 20-22; Lv 27, 30-32; Nm 18, 25-26 e Ml 3, 6-10.

Fonte : Pe. Jerônimo Gasques

http://www.portalnexo.com.br/Conteudo/?p=conteudo&CodConteudo=12

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