A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, em comemoração aos 300 anos do encontro da Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, instituiu o Ano Nacional Mariano, que ocorrerá de 12 de outubro de 2016 a 11 de outubro de 2017, para celebrar, fazer memória e agradecer.
Em 1717 a pequenina imagem de Nossa Senhora foi encontrada por simples pescadores nas águas do rio Paraíba do Sul e, desde então, brilha como um grande sinal na vida dos católicos do Brasil e, quiçá, do mundo. Esse acontecimento providencial atualiza algumas passagens bíblicas nas quais Maria se mostra indicadora de Jesus como o Senhor, incentivadora do compromisso com Ele e companheira dos seus discípulos (cf. Ap 12, 1-2; Jo 2, 1-5; At 1,14).
No episódio da pesca milagrosa narrada pelos Evangelhos, os pescadores passaram pela experiência do insucesso. Mas, perseverando em seu trabalho, receberam um dom muito maior do que esperavam (cf. Lc 5, 1-7; Jo 21,1-11). Assim também ocorreu na história de Aparecida: apesar do insucesso inicial dos pescadores, no final, Deus deu-lhes mais do que buscavam: ofereceu ao Brasil a sua própria Mãe. Tendo acolhido o sinal que Deus lhes tinha dado, os humildes pescadores e seus familiares tornaram-se missionários, partilhando com os vizinhos a graça recebida. Esse gesto atravessou o tempo e o espaço gerando uma grande devoção à Mãe de Deus, sem a qual, a vivência da fé careceria de um indispensável apoio.
A celebração do tricentenário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida será uma grande ação de graças. Todas as dioceses do Brasil, desde 2014, se preparam para isso, recebendo a visita da imagem peregrina da Virgem, que percorre cidades e periferias, lembrando aos pobres e abandonados que eles são os prediletos do coração misericordioso de Deus.
Essa visita tem sido um tempo especial de graças, pois quando a Mãe vai ao encontro dos filhos leva em seu coração e em suas mãos muitas bênçãos para com eles partilhar. A companhia e a proteção maternal de Nossa Senhora ajudam os seus filhos a progredir como discípulas e discípulos, missionárias e missionários de Cristo!
Como há dois mil anos Ela dirigiu-se apressadamente à casa de Isabel, Maria visita agora as dioceses do Brasil levando-lhes alegria e novidade. A sua pressa já não está nos pés, mas na presença materna e carinhosa que convida seus filhos a fazer tudo o que Jesus disser (cf. Jo 2, 5).
A presença de Maria junto aos seus devotos é inspiradora da fé, da fidelidade e da misericórdia. Com ela se pode aprender o jeito de Jesus, fundamental para a verdadeira alegria de quem O segue e O anuncia. Ela é a Mãe que se sente bem na casa dos filhos e enquanto está em sua companhia divide com eles a sua experiência de mulher evangelizada e evangelizadora.
No seu jeito humilde pode-se tocar a grandeza de Deus que se comunica por meio dos simples; em seu silêncio ouve-se a mensagem que fala ao coração; na ternura de seu olhar os cansados se refazem; sua presença faz diferença.
Maria é sempre um sinal que aponta para Deus e convida a humanidade a voltar-se para Ele, do mesmo modo como ela o fez. Seus gestos são provocadores de atitudes de fé, confiança, perseverança e ousadia na relação com Deus.
De modo algum a verdadeira devoção mariana pode atrapalhar uma fé autêntica e frutuosa em Cristo, único mediador entre Deus e a humanidade. De todos os modos, estar próximos dessa Mãe especialíssima ajuda os discípulos de Jesus a avançar no caminho que os liga a Ele e os leva a anunciá-Lo de modo eficaz.
Que o Ano Nacional Mariano seja bem vivido por todos os cristãos devotos de Nossa Senhora e produza excelentes frutos de fé e compromisso com o Evangelho. Na Escola de Maria, aprendam-se as lições essenciais de Jesus, o seu Filho Bendito.
Pe. Edinei Evaldo BatistaPároco da Paróquia Santa Teresinha, em São José dos Campos
http://www.diocese-sjc.org.br/maria-sinal-vivo-de-deus-para-a-humanidade/
