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sexta-feira, 29 de junho de 2018

SOLENIDADE DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO – ANO B 01 DE JULHO DE 2018


Dom Vilson Dias de Oliveira


Diocese de Limeira





São Pedro e São Paulo são colunas da Igreja e referencias incontestáveis do seguimento de Cristo ressuscitado

Leituras: At 12,1-11; Sl 33 (34); 2Tm 4, 6-8.17-18; Mt 16,13-19.
Cor litúrgica: Vermelho

Animador: Nesta Eucaristia, Celebramos a Solenidade das duas colunas da Igreja: São Pedro e São Paulo. Pedro: Simão responde pela fé dos seus irmãos. Por isso, Jesus lhe dá o nome de Pedro, que significa sua vocação de ser “pedra”, rocha, para que Jesus edifique sobre ele a comunidade daqueles que aderem a ele na fé. Pedro deverá dar firmeza aos seus irmãos (cf. Lc 22,32).


Esta “nomeação” vai acompanhada de uma promessa infalível: as “portas” do inferno não poderão nada contra a Santa Igreja de Cristo, que é uma realização do “Reino do Céu”. Jesus lhe confia também “o poder das chaves”, ou seja, o serviço do administrador de sua casa, de sua família, de sua comunidade ou cidade. Na medida em que a Igreja é a realização, provisória, parcial, do Reino de Deus, Pedro e seus sucessores, os Papas, são administradores dessa parcela do Reino de Deus.

1. Situando-nos brevemente
Os Apostolo Pedro e Paulo tem a última responsabilidade do serviço pastoral. Pedro, sendo aquele que responde “pelos doze”, administra ou governa as responsabilidades da evangelização. Pedro recebe, ainda, o poder de ligar e de desligar, o poder de decisão, de obrigar ou de deixar livre. Não se trata de um poder ilimitado, mas da responsabilidade pastoral, que concerne à orientação dos fiéis para a vida em Deus, no caminho de Cristo.

Dois perfis totalmente diferentes, duas missões específicas na vida da Igreja. Como se sabe, a Igreja vive sob o sopro do Espírito. Ele age em quem quer, como quer, onde quer e quando quer, assim, a solenidade dos santos apóstolos Pedro e Paulo tem muito a nos ensinar. A escolha de Cristo por estes dois apóstolos é intrigante.

Sob a fragilidade de Pedro, por vezes indócil, violento e teimoso, Cristo vai alicerçar a sua Igreja. Sob um passado de terror, de perseguições aos cristãos e assassinatos aos mesmos (At 1,13), Cristo reverte a natureza da situação da vida de Paulo, transformando-o de perseguidor em grande servo e apóstolo.

A Igreja no Brasil por motivos pastorais, transfere a solenidade de São Pedro e São Paulo para o domingo seguinte, caso o dia 29 de junho caia em dia de semana. Estes dois personagens históricos são colunas da Igreja e referencias incontestáveis do seguimento de Cristo ressuscitado. São duas faces da adesão e prática da mensagem do Evangelho e, hoje, são venerados como alicerces da Igreja.

2. Recordando a Palavra
No Livro dos Atos dos Apóstolos, Lucas procura mostrar como o plano salvador de Deus para os homens continua a cumprir-se, mesmo depois da partida de Jesus para junto do Pai. Os discípulos de Jesus são agora, no meio do mundo, as testemunhas desse projeto de libertação que Deus ofereceu aos homens através de Jesus Cristo.

Como é que o mundo acolhe o testemunho dos discípulos? Deus deixa as testemunhas do seu projeto de salvação entregues à sua sorte, à mercê da perseguição e da incompreensão do mundo? O texto que nos é proposto como primeira leitura procura responder a estas questões.

Os elementos históricos avançados por Lucas sobre a morte de Tiago e a prisão de Pedro, no contexto da perseguição contra a Igreja durante o reinado de Herodes Agripa I (12, 1-4), mostram como o testemunho do projeto libertador de Deus no mundo gera sempre confronto com as forças da opressão e da morte. Trata-se de uma realidade que não deve deixar os discípulos surpreendidos, pois o próprio Jesus teve que percorrer o caminho da cruz (a indicação de que Pedro foi preso no dia dos Ázimos e, portanto, muito próximo do dia de Páscoa, pode sugerir uma correspondência com a Páscoa de Jesus: o caminho que Pedro está a seguir é o mesmo caminho do Mestre). Por outro lado, a oposição do mundo não pode nem deve calar o testemunho que os discípulos são chamados a dar.

Enquanto Pedro estava na prisão, a Igreja orava por ele (12,5). A indicação mostra uma comunidade cristã unida, em que os crentes estão próximos e solidários, apesar da distância e das grades da prisão. Por outro lado, o fato da libertação de Pedro acontecer enquanto a Igreja “orava insistentemente a Deus por ele” mostra como Deus escuta a oração da comunidade.

A maravilhosa história da libertação de Pedro (12, 6-11) mostra a presença efetiva de Deus na caminhada da sua Igreja e a solicitude com que Deus cuida daqueles que dão testemunho do seu projeto de salvação no meio dos homens.

O relato está construído com elementos maravilhosos e prodigiosos que não são, certamente, de carácter histórico (o aparecimento do “anjo do Senhor”, a luz que iluminou a cela da cadeia, a passagem pelos guardas sem que nenhum deles tivesse percebido a fuga do prisioneiro, a abertura milagrosa da porta da prisão); mas pretendem sublinhar a presença de Deus e por no testemunho dos apóstolos o “selo de garantia” de Deus. Não há dúvida: Deus está com os apóstolos e, diante da oposição do mundo, garante a autenticidade da proposta apresentada por eles.

3. Atualizando a Palavra
Como cenário de fundo da nossa primeira leitura, está o fato da comunidade cristã (aqui representada por Pedro) ser uma comunidade que tem como missão dar testemunho do projeto libertador de Deus no meio dos homens. A Igreja que nasce de Jesus não é uma comunidade fechada em si própria, ou que vive apenas de olhos postos no céu à espera que Deus, de forma mágica, renove o mundo; mas é uma comunidade comprometida com a transformação do mundo, que testemunha – com palavras e com gestos concretos – os valores de Jesus, do Evangelho e do mundo novo.

O nosso texto mostra que o anúncio da proposta de salvação que Deus faz aos homens gera sempre oposição. Essa oposição vem, especialmente, daqueles que querem perpetuar os mecanismos de exploração, de injustiça, de morte; mas também pode vir de quem está comodamente instalado na escravidão e não tem a coragem de questionar as cadeias que o prendem… Em qualquer caso, a oposição traduz-se sempre em atitudes de incompreensão, de desrespeito, ou mesmo de perseguição declarada. Uma Igreja que procura ser fiel ao mandato de Jesus e testemunhar a libertação de Deus ver-se-á sempre confrontada com esta realidade.

Todos nós, discípulos de Jesus, chamados a testemunhar a vida de Deus na sociedade, no nosso local de trabalho, na nossa família, conhecemos a oposição, as calúnias, os sarcasmos, a dificuldade em que levem a sério o nosso testemunho… Tal fato não deve preocupar-nos demasiado: é a reação lógica do mundo quando se sente questionado pelos valores de Jesus. Para nós, o que é importante é afirmar, com sinceridade e verticalidade, os valores em que acreditamos.

A história de Pedro que hoje nos é proposta garante-nos que, nos momentos de perseguição e de oposição, o nosso Deus não nos abandona. Ele será sempre uma presença reconfortante e libertadora ao nosso lado, dando-nos a coragem para continuarmos a nossa missão e para darmos testemunho dos valores do Reino. O cristão não tem medo porque sabe que Deus está com ele e que, por isso, nenhum mal lhe acontecerá.

A nossa história sugere também a importância da união e da solidariedade da comunidade, sobretudo para com os irmãos que estão longe ou que estão em situações dramáticas de sofrimento. A oração é uma forma de manifestar essa solidariedade e a comunhão que deve unir todos os irmãos, membros da mesma família de fé.

4. Ligando a Palavra com ação litúrgica
Paulo foi uma das figuras que marcou, de forma decisiva, a história do cristianismo. Ao olharmos para o seu exemplo, impressiona-nos como o encontro com Cristo marcou a sua vida de forma tão decisiva; espanta-nos como ele se identificou totalmente com Cristo; interpela-nos a forma entusiasmada e convicta como ele anunciou o Evangelho em todo o mundo antigo, sem nunca vacilar perante as dificuldades, os perigos, a tortura, a prisão, a morte; questiona-nos a forma como ele quis viver ao jeito de Cristo, num dom total aos irmãos, ao serviço da libertação de todos os homens. Paulo é, verdadeiramente, um modelo e um testemunho que deve interpelar, desafiar e inspirar cada crente.

O caminho que Paulo percorreu continua a não ser um caminho fácil. Hoje, como ontem, descobrir Jesus e viver de forma coerente o compromisso cristão implica percorrer um caminho de renúncia a valores a que os homens dos nossos dias dão uma importância fundamental; implica ser incompreendido e, algumas vezes, maltratado; implica ser olhado com desconfiança e, algumas vezes, com comiseração… Contudo, à luz do testemunho de Paulo, o caminho cristão vivido com radicalidade é um caminho que vale a pena, pois conduz à vida plena.

Concordo? É este o caminho que eu me esforço por percorrer? Convém ter sempre presente esse dado fundamental que deu sentido às apostas de Paulo: aquele que escolhe Cristo não está só, ainda que tenha sido abandonado e traído por amigos e conhecidos; o Senhor está a seu lado, dá-lhe força, anima-o e livra-o de todo o mal. Animados por esta certeza, temos medo de quê?

Oração dos fiéis
Presidente: Celebrando a solenidade dos apóstolos Pedro e Paulo, pedras fundamentais da igreja, supliquemos ao Senhor:
Todos: Senhor, escutai a nossa prece.

1. Senhor, pedimos pela tua Igreja para que possa conduzir seus fiéis conforme os desígnios de Cristo. Peçamos:

2. Senhor, que os governantes olhem com carinho os mais necessitados, para que eles possam ter uma vida mais justa e digna. Peçamos:

3. Senhor, por todos que perderam a esperança, possam sentir o seu poder transformador. Peçamos:

4. Senhor, por todos nós aqui reunidos, que possamos ser verdadeiros agentes transformadores para a comunidade. Peçamos:

Presidente: Considerai, ó Pai, as dificuldades pelas quais passamos em nossas vidas pessoais e na vida comunitária, e considerai com carinho nossos pedidos, para que possamos navegar seguros com teu Filho e nosso Senhor no mar da vida. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

Oração sobre as oferendas:
Presidente: Acolhei, ó Deus, este sacrifício de reconciliação e louvor, e fazei, que purificados por ele, possamos oferecer-vos um coração que vos agrade. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

Oração após a comunhão:
Presidente: Renovados pelo Corpo e Sangue do vosso Filho, nós vos pedimos, ó Deus, que possamos receber um dia, resgatados para sempre, a salvação que devotamente estamos celebrando. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

Bênção e despedida:
Presidente: O Senhor esteja convosco.
Todos: Ele está no meio de nós.

Presidente: Deus, que vos firmou na fé apostólica, vos abençoe pelos méritos e a intercessão dos Santos apóstolos Pedro e Paulo.
Todos: Amém.

Presidente: Aquele que vos quis instruir pela doutrina e exemplo dos apóstolos vos torne, por sua proteção, testemunha da verdade para todos.
Todos: Amém.

Presidente: Pela intercessão dos apóstolos, que vos deram por sua doutrina e firmeza da fé, possais chegar à pátria eterna.
Todos: Amém.

Presidente: Abençoe-vos o Deus todo-poderoso, + Pai e Filho e Espírito Santo.
Todos: Amém.

Presidente: Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe.
Todos: Graças a Deus.

"A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão a proposta do Reino, vivida na Igreja (DNC 50)."

Documento Necessário para o Batismo e Crisma

Certidão de Nascimento ou Casamento do Batizando;

Comprovante de Casamento Civil e Religioso dos padrinhos;

Comprovante de Residência,

Cartões de encontro de Batismo dos padrinhos;

Documentos Necessários para Crisma:

RG do Crismando e Padrinho, Declaração de batismo do Crismando, Certidão ou declaração do Crisma do Padrinho, Certidão de Casamento Civil e Religioso do Padrinho/Madrinha e Crismando se casados.

Fonte: Catedral São Dimas

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Reflexão

REFLEXÃO

A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.

reflexão sobre o Dízimo

A espiritualidade do Dízimo

O dízimo carrega uma surpreendente alegria no contribuinte. Aqueles que se devotam a esta causa se sentem mais animados, confortados e motivados para viver a comunhão. O dízimo, certamente, não é uma questão de dinheiro contrariando o que muitos podem pensar. Ele só tem sentido quando nasce de uma proposta para se fazer a experiência de Deus na vida cristã. Somos chamados e convocados a este desafio.

Em caso contrario, ele se torna frio e distante; por vezes indiferente. A espiritualidade reequilibra os desafios que o dízimo carrega em si. "Honra o Senhor com tua riqueza. Com as primícias de teus rendimentos. Os teus celeiros se encherão de trigo. Teus lagares transbordarão de vinho" (Pr 3,9-10). Contribuir quando se tem de sobra, de certa forma, não é muito dispendioso e difícil. Participar da comunhão alinha o desafio do dízimo cristão.

Se desejar ler, aceno: Gn 28, 20-22; Lv 27, 30-32; Nm 18, 25-26 e Ml 3, 6-10.

Fonte : Pe. Jerônimo Gasques

http://www.portalnexo.com.br/Conteudo/?p=conteudo&CodConteudo=12

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