Oitava do Natal - 1ª Semana do Saltério
SÃO JOÃO - Apóstolo e Evangelista - Festa
Prefácio do Natal - Ofício da Festa - Glória
Cor: Branco - Ano Litúrgico “C” – São Lucas
Antífona: Foi João que na ceia repousou sobre o peito do
Senhor: feliz o apóstolo a quem foram revelados os segredos do reino e que
espalhou por toda a terra as palavras da vida.
Oração do Dia: Levantai, ó Deus, o ânimo dos vossos filhos e filhas, para que,
aproveitando melhor as vossas graças, obtenham de vossa paternal bondade mais
poderosos auxílios. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo. Amém.
LEITURAS:
Primeira Leitura: 1Jo 1,1-4
O que vimos e ouvimos, nós vos anunciamos.
Caríssimos, o que era desde o princípio, o que nós ouvimos, o que vimos
com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos tocaram da Palavra da
Vida - de fato, a Vida manifestou-se e nós a vimos, e somos testemunhas, e a
vós anunciamos a Vida eterna, que estava junto do Pai e que se tornou visível
para nós -; isso que vimos e ouvimos, nós vos anunciamos, para que
estejais em comunhão conosco. E a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho,
Jesus Cristo. Nós vos escrevemos estas coisas para que a nossa alegria fique
completa. - Palavra do Senhor.
Salmo: 96(97),1-2.5-6.11-12 (R.
12a)
Ó justos, alegrai-vos no Senhor!
Deus é Rei! Exulte a terra de alegria, e as ilhas numerosas rejubilem!
Treva e nuvem o rodeiam no seu trono, que se apoia na justiça e no direito.
As montanhas se derretem como cera ante a face do Senhor de toda a
terra; e assim proclama o céu sua justiça, todos os povos podem ver a sua
glória.
Uma luz já se levanta para os justos, e a alegria, para os retos
corações. Homens justos, alegrai-vos no Senhor, celebrai e bendizei seu Santo
nome!
Evangelho: Jo 20,2-28
O outro discípulo correu mais depressa que Pedro, e chegou primeiro ao
túmulo.
No primeiro dia da semana, Maria Madalena saiu correndo e foi encontrar
Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram
o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”.
Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. Os dois
corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou
primeiro ao túmulo. Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas
não entrou.
Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo.
Viu as faixas de linho deitadas no chão e o pano que tinha estado sobre a
cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. Então
entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu
e acreditou - Palavra da Salvação.
Comentando o Evangelho (Antônio Carlos Santini / Com Católica
Nova Aliança): Os ícones orientais da Ressurreição (em grego,
anástasis) de Cristo mostram o túmulo vazio e a pedra rolada. Mas um detalhe
chama nossa atenção: as bandagens (em grego, tà othónia) que haviam envolvido o
corpo de Jesus, não haviam sido desmanchadas nem dobradas, como dizem algumas
traduções, mas se mostravam frouxas, estendidas (em grego, keímena). No ícone,
vê-se claramente um casulo vazio, de onde voara a borboleta de volta à vida. O
Cristo Senhor ressuscita sem desmanchar seu invólucro de linho, mirra e aloés!
Foi isto que João viu e... acreditou. Daí em diante, os apóstolos
poderão pregar: Não podemos calar o que vimos e ouvimos.” (At 4, 20.) “Aquilo
que vimos com os nossos olhos... nós vo-lo anunciamos...” (1Jo 1, 1.3.) A
simples visão do túmulo vazio não seria suficiente para levar à convicção da
ressurreição de Cristo. Mas a evidência de que o corpo de Jesus passara através
das bandagens sem as desmanchar, deu aos apóstolos a certeza que ainda lhes
faltava.
O Evangelho de hoje coloca lado a lado Pedro e João, a instituição e o
carisma. João, muito mais jovem, corre mais depressa e chega primeiro. Mas não
entra, reconhecendo a precedência de Simão Pedro, que Jesus havia postado à
frente dos Doze. Mas é de João – autor deste texto – o ato de fé, que brota do
“insight” despertado pela visão das bandagens acamadas no solo, tornadas um
tanto sólidas e firmes pelos aromas (cem libras! Mais ou menos 30kg!) trazidos
por Nicodemos para o embalsamamento de Cristo.
Uma frase de Jesus – “Bem-aventurados os que não viram e contudo creram”
(Jo 20, 29) – tem sido insistentemente usada por aqueles que apregoam uma fé
quimicamente pura, fé que dispensa sinais e milagres. Ora, se esses sinais que
falam à visão e aos outros sentidos fossem inúteis, o próprio Senhor não teria
devolvido a vista aos cegos nem ressuscitado Lázaro.
Deus sabe que somos humanos e, às vezes, hesitantes na fé, acabamos
dependentes de sinais. Por isso mesmo, entre santos e entre pecadores, Ele
sinaliza sem reservas, com demonstrações de seu poder e de seu amor. Se os
racionalistas torcem o nariz para os milagres, tanto pior para eles! Enquanto
isso, na esteira de João e Pedro, que não deram ouro nem prata ao aleijado da
Porta Formosa, mas lhe devolveram a capacidade de caminhar, o povo simples aceita
com alegria todos os milagres que Deus dá. Tanto melhor para eles...
INTENÇÕES PARA O MÊS DE DEZEMBRO:
Geral – Os Migrantes: Para que os migrantes sejam
acolhidos por todo o mundo com generosidade e amor autênticos, em especial
pelas comunidades cristãs.
Missionária – Cristo, Luz da humanidade: Para que Cristo
se revele a toda a humanidade com a luz que se irradia desde Belém e se reflete
no rosto da Igreja.
TEMPO LITÚRGICO:
Cor Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o
Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes solenidades,
pode ser substituída pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.
Tempo do Natal: A salvação prometida por Deus aos
homens em suas mensagens aos patriarcas e profetas, torna-se realidade concreta
na vinda de Jesus o salvador. O eterno Filho de Deus, feito homem, é a mensagem
conclusiva de Deus aos homens: ele é aquele que salva.
O nascimento histórico de Jesus em Belém é o sinal de nosso misterioso
nascimento à vida divina. O Filho de Deus se fez homem para
que os homens se pudessem tornar filhos de Deus. Este nascimento é o início de
nossa salvação, que se completará pela morte e ressurreição de Jesus. No pano
de fundo do Natal já se entrevê o mistério da Páscoa. Os dias que vão do Natal
à Epifania e ao Batismo do Senhor devem ajudar-nos a descobrir em Jesus Cristo
a divindade de nosso irmão e a humanidade de nosso Deus. Os textos litúrgicos
deste tempo convidam à alegria, mas apresentam também riqueza de doutrina.
Convidam-nos constantemente a dar graças pelo misterioso intercâmbio pelo qual
participamos da vida divina de Cristo. Enquanto nos faz participantes do amor
infinito de Deus, que se manifestou em Jesus, a celebração do Natal abre-nos à
solidariedade profunda com todos os homens.
Para a celebração
Tempo de Natal começa com as primeiras Vésperas de Natal e termina no
domingo depois da Epifania, ou seja, o domingo que cai após o dia 6 de janeiro.
A liturgia do Natal do Senhor caracterizada pela celebração das três
Missas natalinas (meia-noite, de manhã. durante o dia), inicia-se com a Missa
vespertina "na vigília", que faz parte da solenidade.
A solenidade do Natal prolonga sua celebração por oito dias contínuos,
que são indicados como Oitava de Natal. Esta é assim ordenada:
· No domingo
imediatamente após o Natal celebra-se a festa da sagrada Família; nos anos em
que falta esse domingo, celebra-se esta festa a 30 de dezembro;
· 26 de dezembro é a
festa de santo Estevão, protomártir;
· 27 de dezembro é o
dia da festa de são João, apóstolo e evangelista;
· 28 de dezembro
celebra-se a festa dos Santos Inocentes;
· os dias 29, 30 e 31
de dezembro são dias durante a oitava, nos quais ocorrem também memórias
facultativas;
· no dia 1º de janeiro,
oitava de Natal, celebra-se a solenidade de Maria, Mãe de Deus, na qual também
se comemora a imposição do santo nome de Jesus.
As festas acima enumeradas, quando caem em domingo, deixam o lugar à
celebração do domingo; se, porém, em algum lugar forem celebradas como
"solenidades", neste caso têm precedência sobre o domingo. Fazem
exceção as festas da sagrada Família e do Batismo do Senhor; que tomam o lugar
do domingo.
Os dias de 2 de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do
Senhor (domingo depois da Epifania) são considerados dias do Tempo de Natal.
Entre 2 e 5 de janeiro cai, habitualmente, o II domingo depois de Natal; a 6 de
janeiro celebra-se a solenidade da Epifania do Senhor. Nas regiões em que esta
solenidade não é de preceito, sua celebração é transferida para 2 e 8 de
janeiro, conforme normas particulares anexas a essa transferência.
Com a festa do Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania) termina o
Tempo natalino e principia o Tempo comum (segunda-feira da 1ª semana);
portanto, omitem-se as férias que naquele ano não podem ter celebração.
Para a celebração da Eucaristia nas férias do Tempo natalino:
· os dias 29, 30 e 31
de dezembro (que fazem parte da oitava de Natal) tem formulário próprio para
cada dia (Oracional + Lecionário). A memória designada para esses dias (29 e
31) no calendário perpétuo pode achar lugar na Missa da oitava, substituindo a
coleta dessa Missa pela do santo (ver n. 3);
· os dias de 2 de
janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do Senhor têm um Oracional
próprio (Missal), disposto segundo os dias da semana (isto é da segunda-feira
ao sábado), com um ciclo fixo de leituras (Lecionário) que segue os dias do
calendário; a "coleta" muda conforme a indicação lá referida.
Diz-se o Glória nas Missas durante a oitava de Natal. O Prefácio que dá
início à Oração eucarística (I,II, III) é próprio do Tempo do Natal-Epifania:
· o de Natal (com três
textos à escolha) é rezado durante a oitava e nos outros dias do Tempo
natalino;
· o da Epifania diz-se
nos dias que vão da solenidade da Epifania ao sábado que precede a festa do
Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania).
A cor das vestes litúrgicas nas Missas feriais do Tempo natalino é a
branca.
SANTO DO DIA: (Clik no link)
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo