SANTOS
INOCENTES - Mártires
Oitava do
Natal - 1ª Semana do Saltério
Prefácio
do Natal - Ofício da Festa - Glória
Cor:
Vermelho - Ano Litúrgico “C” – São Lucas
Antífona: Os meninos inocentes foram
mortos por causa do Cristo. Eles seguem o Cordeiro sem mancha e cantam: Glória
a ti, Senhor!
Oração do
Dia: Ó Deus, hoje os
santos Inocentes proclamaram vossa glória não por palavras, mas pela própria
morte; dai-nos também testemunhar com a nossa vida o que os nossos lábios
professam. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo. Amém.
LEITURAS:
Primeira
Leitura: 1Jo 1,5-2,2
O sangue
de Jesus Cristo nos purifica de todo pecado.
Caríssimos,
a mensagem, que ouvimos de Jesus Cristo e vos anunciamos, é esta: Deus é luz e
nele não há trevas. Se dissermos que estamos em comunhão com ele, mas andamos
nas trevas, estamos mentindo e não nos guiamos pela verdade. Mas, se andamos na
luz, como ele está na luz, então estamos em comunhão uns com os outros, e o
sangue de seu Filho Jesus nos purifica de todo pecado.
Se
dissermos que não temos pecado, estamo-nos enganando a nós mesmos, e a verdade
não está dentro de nós. Se reconhecermos nossos pecados, então Deus se mostra
fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda culpa. Se
dissermos que nunca pecamos, fazemos dele um mentiroso e sua palavra não está
dentro de nós.
Meus
filhinhos, escrevo isto para que não pequeis. No entanto, se alguém pecar,
temos junto do Pai um Defensor: Jesus Cristo, o Justo. Ele é vítima de expiação
pelos nossos pecados, e não só pelos nossos, mas também pelos pecados do mundo
inteiro. - Palavra do Senhor.
Comentando
a Liturgia: Parte
da mensagem para os cristãos é que há uma esfera de vida e justiça que pode ser
chamada “luz”. É a esfera de Deus, pois “Deus é luz”. Mas há também outra
esfera, que é a das trevas, da inverdade, e há os que andam nela. Para estar em
comunhão com Deus e uns com os outros, precisamos andar na luz, purificados do
pecado pelo sangue do Filho de Deus.
Essa
purificação exige de nós um reconhecimento pessoal de nosso pecado, que será
respondido pela purificação que vem de Deus, fingir que nunca pecamos é, em si,
uma mentira que continuaria a nos ligar à esfera das trevas.
Essa
confissão de pecado não é, de modo algum, sinal de que o pecado não faz
diferença na vida cristã. O propósito de nosso autor ao escrever é afastar os
cristão do pecado. Contudo, embora ele viva a luz, ela não o cega; ele vê que
os cristão podem pecar e, às vezes, ainda pecam. Cristo, entretanto, continua
eficiente, como intercessor (Paráclito) e vitima de expiação pelo pecado, não
só por nós, mas pelo mundo inteiro. (COMENTÁRIO BÍBLICO, ©Loyola, 1999).
Salmo: 123(124),2-3.4-5.7b-8
(R. 7a)
Nossa
alma como um pássaro escapou do laço que lhe armara o caçador.
Se o Senhor não estivesse ao nosso lado, quando os homens
investiram contra nós, com certeza nos teriam devorado no furor de sua ira
contra nós.
Então as águas nos teriam submergido, a correnteza nos teria
arrastado, e então, por sobre nós teriam passado essas águas sempre mais
impetuosas.
O laço arrebentou-se de repente, e assim nós conseguimos
libertar-nos. O nosso auxílio está no nome do Senhor, do Senhor que fez o céu e
fez a terra.
Evangelho: Mt 2,13-18
Herodes
mandou matar todos os meninos de Belém.
Depois
que os magos partiram, o anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse:
Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito; fica lá até que eu te
avise, porque Herodes vai procurar o menino para o matar.
José
levantou-se durante a noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o Egito.
Ali permaneceu até a morte de Herodes para que se cumprisse o que o Senhor
dissera pelo profeta: Eu chamei do Egito meu filho.
Vendo,
então, Herodes que tinha sido enganado pelos magos, ficou muito irado e mandou
massacrar em Belém e nos seus arredores todos os meninos de dois anos para
baixo, conforme o tempo exato que havia indagado dos magos.
Cumpriu-se,
então, o que foi dito pelo profeta Jeremias: Em Ramá se ouviu uma voz, choro e
grandes lamentos: é Raquel a chorar seus filhos; não quer consolação, porque já
não existem! - Palavra da Salvação.
Comentando
o Evangelho: A
presença de Jesus na história humana despertou a fúria de quem estava firmemente
alicerçado num esquema de pecado, posto em xeque pela salvação oferecida à
humanidade. A pregação de Jesus desmascarava a injustiça, punha a nu a
perversidade dos opressores, revelava a fragilidade de sistemas fundados na
opressão e na violência.
A
matança dos inocentes de Belém foi uma espécie de antecipação do futuro de
Jesus e de seus discípulos. Um frágil recém-nascido foi suficiente para abalar
a segurança do prepotente e violento Herodes. Sua decisão de eliminar as
crianças da região onde nascera o Messias Jesus visava eliminar no seu
nascedouro, tudo o que pudesse pôr em risco a segurança de seu reino. No
coração do rei sanguinário não havia lugar para o amor.
Herodes,
em última análise, ousou desafiar o próprio Deus, de quem Jesus era Filho e
recebera uma missão. Levantar-se contra o Messias correspondia a rebelar-se
contra quem o enviou. Mas Deus não se deixou vencer por Herodes: salvou seu
Filho pela ação previdente de José, que se pôs em fuga para o Egito, com o
menino e sua mãe.
Na vida
de Jesus e de seus discípulos, a perseguição e a morte, por causa do Reino,
seriam uma constante. Entretanto, como estão a serviço do Reino do Pai, podem
contar com a vitória, uma vez que os prepotentes jamais prevalecerão.
INTENÇÕES PARA O MÊS DE DEZEMBRO:
Geral –
Os Migrantes: Para que
os migrantes sejam acolhidos por todo o mundo com generosidade e amor
autênticos, em especial pelas comunidades cristãs.
Missionária
– Cristo, Luz da humanidade: Para que
Cristo se revele a toda a humanidade com a luz que se irradia desde Belém e se
reflete no rosto da Igreja.
TEMPO LITÚRGICO:
Cor
Litúrgica: VERMELHO -
Simboliza o fogo purificador, o sangue e o martírio. Usada nas missas de
Pentecostes e santos mártires.
Tempo do
Natal: A
salvação prometida por Deus aos homens em suas mensagens aos patriarcas e
profetas, torna-se realidade concreta na vinda de Jesus o salvador. O eterno
Filho de Deus, feito homem, é a mensagem conclusiva de Deus aos homens: ele é
aquele que salva.
O
nascimento histórico de Jesus em Belém é o sinal de nosso misterioso nascimento
à vida divina. O Filho de Deus se fez homem para que os homens se
pudessem tornar filhos de Deus. Este nascimento é o início de nossa salvação,
que se completará pela morte e ressurreição de Jesus. No pano de fundo do Natal
já se entrevê o mistério da Páscoa. Os dias que vão do Natal à Epifania e ao
Batismo do Senhor devem ajudar-nos a descobrir em Jesus Cristo a divindade de
nosso irmão e a humanidade de nosso Deus. Os textos litúrgicos deste tempo
convidam à alegria, mas apresentam também riqueza de doutrina. Convidam-nos
constantemente a dar graças pelo misterioso intercâmbio pelo qual participamos
da vida divina de Cristo. Enquanto nos faz participantes do amor infinito de
Deus, que se manifestou em Jesus, a celebração do Natal abre-nos à
solidariedade profunda com todos os homens.
Para a
celebração
Tempo de
Natal começa com as primeiras Vésperas de Natal e termina no domingo depois da
Epifania, ou seja, o domingo que cai após o dia 6 de janeiro.
A
liturgia do Natal do Senhor caracterizada pela celebração das três Missas
natalinas (meia-noite, de manhã. durante o dia), inicia-se com a Missa
vespertina "na vigília", que faz parte da solenidade.
A
solenidade do Natal prolonga sua celebração por oito dias contínuos, que são
indicados como Oitava de Natal. Esta é assim ordenada:
· No domingo imediatamente após o
Natal celebra-se a festa da sagrada Família; nos anos em que falta esse domingo,
celebra-se esta festa a 30 de dezembro;
· 26 de dezembro é a festa de santo
Estevão, protomártir;
· 27 de dezembro é o dia da festa
de são João, apóstolo e evangelista;
· 28 de dezembro celebra-se a festa
dos Santos Inocentes;
· os dias 29, 30 e 31 de dezembro
são dias durante a oitava, nos quais ocorrem também memórias facultativas;
· no dia 1º de janeiro, oitava de
Natal, celebra-se a solenidade de Maria, Mãe de Deus, na qual também se
comemora a imposição do santo nome de Jesus.
As festas
acima enumeradas, quando caem em domingo, deixam o lugar à celebração do
domingo; se, porém, em algum lugar forem celebradas como
"solenidades", neste caso têm precedência sobre o domingo. Fazem
exceção as festas da sagrada Família e do Batismo do Senhor; que tomam o lugar
do domingo.
Os dias
de 2 de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do Senhor (domingo
depois da Epifania) são considerados dias do Tempo de Natal. Entre 2 e 5 de
janeiro cai, habitualmente, o II domingo depois de Natal; a 6 de janeiro
celebra-se a solenidade da Epifania do Senhor. Nas regiões em que esta
solenidade não é de preceito, sua celebração é transferida para 2 e 8 de
janeiro, conforme normas particulares anexas a essa transferência.
Com a
festa do Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania) termina o Tempo
natalino e principia o Tempo comum (segunda-feira da 1ª semana); portanto,
omitem-se as férias que naquele ano não podem ter celebração.
Para a
celebração da Eucaristia nas férias do Tempo natalino:
· os dias 29, 30 e 31 de dezembro
(que fazem parte da oitava de Natal) tem formulário próprio para cada dia
(Oracional + Lecionário). A memória designada para esses dias (29 e 31) no
calendário perpétuo pode achar lugar na Missa da oitava, substituindo a coleta
dessa Missa pela do santo (ver n. 3);
· os dias de 2 de janeiro ao sábado
que precede a festa do Batismo do Senhor têm um Oracional próprio (Missal),
disposto segundo os dias da semana (isto é da segunda-feira ao sábado), com um
ciclo fixo de leituras (Lecionário) que segue os dias do calendário; a
"coleta" muda conforme a indicação lá referida.
Diz-se o
Glória nas Missas durante a oitava de Natal. O Prefácio que dá início à Oração
eucarística (I,II, III) é próprio do Tempo do Natal-Epifania:
· o de Natal (com três textos à
escolha) é rezado durante a oitava e nos outros dias do Tempo natalino;
· o da Epifania diz-se nos dias que
vão da solenidade da Epifania ao sábado que precede a festa do Batismo do
Senhor (domingo depois da Epifania).
A cor das
vestes litúrgicas nas Missas feriais do Tempo natalino é a branca.
SANTO DO DIA: (Clik no
link)
Fonte:
CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e
Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo