Liturgia Diária Comentada 18/02/2013
1ª Semana da Quaresma - 1ª Semana do Saltério
Prefácio da Quaresma - Ofício do dia do Tempo da Quaresma
Cor: Roxo - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona: Salmo 90,15-16 - Quando meu servo chamar, hei de atendê-lo, estarei
com ele na tribulação. Hei de livrá-lo e glorificá-lo e lhe darei longos dias.
Oração do Dia: Concedei-nos, ó Deus onipotente, que, ao longo desta Quaresma,
possamos progredir no conhecimento de Jesus Cristo e corresponder a seu amor
por uma vida santa. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira Leitura: Lv 19,1-2.11-18
Julga teu próximo conforme a justiça.
O Senhor falou a Moisés, dizendo: "Fala a toda a Comunidade dos
filhos de Israel, e dize-lhes: Sede santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou
santo. Não furteis, não digais mentiras, nem vos enganeis uns aos outros. Não
jureis falso por meu nome, profanando o nome do Senhor teu Deus. Eu sou o
Senhor.
Não explores o teu próximo nem pratiques extorsão contra ele. Não
retenhas contigo a diária do assalariado até o dia seguinte. Não amaldiçoes o
surdo, nem ponhas tropeço diante do cego, mas temerás o teu Deus. Eu sou o
Senhor.
Não cometas injustiças no exercício da justiça; não favoreças o pobre
nem prestigieis o poderoso. Julga teu próximo conforme a justiça. Não sejas um
maldizente entre o teu povo. Não conspires, caluniando-o, contra a vida do teu
próximo. Eu sou o Senhor.
Não tenhas no coração ódio contra teu irmão. Repreende o teu próximo,
para não te tornares culpado de pecado por causa dele. Não procures vingança,
nem guardes rancor aos teus compatriotas. Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
“Eu sou o Senhor”. - Palavra do Senhor.
Comentando a Liturgia: Deus é santo. Está para além do
mundo e da história, separado do mundo, incompreensível com o mundo,
incompreensível ao mundo. Interessa-se, porém, pelos homens, pelas relações dos
homens entre si, suas relações comunitárias. E por ser santo, comunica-se ao
homem por amor, por ele se interessa para arrancá-lo de sua incapacidade,
libertá-lo da escravidão de si mesmo e das coisas, levá-lo à sua
"santidade".
A lei que Deus dá aos homens não é imposição caprichosa, é o dom de um
Deus que quer os homens semelhantes a ele, participantes de sua santidade. Pelo
fato de os cristãos haverem sido "santificados" pelo batismo não se
há de crer que não possa mais haver algum conflito entre eles, nem nos deve
escandalizar a verificação da presença de contestações e de males na Igreja.
O fato de serem crentes, membros da mesma Igreja, não suprime as
contradições humanas, não elimina os contrastes, não resolve as contestações. A
Igreja, contudo, ajuda a viver as contradições no amo'; reúne à mesma mesa
pessoas divididas pelas ideias, ensina a recorrer à penitência quando não se é
capaz de controlar os próprios sentimentos.
Salmo: 18, 8. 9. 10. 15 (R. Jo
6,63c)
Ó Senhor, vossas palavras são espírito e vida!
A lei do Senhor Deus é perfeita, conforto para a alma! O testemunho do
Senhor é fiel, sabedoria dos humildes.
Os preceitos do Senhor são precisos, alegria ao coração. O mandamento do
Senhor é brilhante, para os olhos é uma luz.
É puro o temor do Senhor, imutável para sempre. Os julgamentos do Senhor
são corretos e justos igualmente.
Que vos agrade o cantar dos meus lábios e a voz da minha alma; que ela
chegue até vós, ó Senhor, meu Rochedo e Redentor!
Evangelho: Mt 25,31-46
Assentar-se-á em seu trono glorioso e separará uns dos outros.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: Quando o Filho do Homem
vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos, então se assentará em seu
trono glorioso. Todos os povos da terra serão reunidos diante dele, e ele
separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. E
colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda.
Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: 'Vinde benditos de meu
Pai! Recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do
mundo! Pois eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me
destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa; eu estava nu e me
vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão e fostes me
visitar'.
Então os justos lhe perguntarão: 'Senhor, quando foi que te vimos com
fome e te demos de comer? Com sede e te demos de beber? Quando foi que te vimos
como estrangeiro e te recebemos em casa, e sem roupa e te vestimos? Quando foi
que te vimos doente ou preso, e fomos te visitar?' Então o Rei lhes responderá:
'Em verdade eu vos digo, que todas as vezes que fizestes isso a um dos menores
de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!'
Depois o Rei dirá aos que estiverem à sua esquerda: 'Afastai-vos de mim,
malditos! Ide para o fogo eterno, preparado para o diabo e para os seus anjos.
Pois eu estava com fome e não me destes de comer; eu estava com sede e não me
destes de beber; eu era estrangeiro e não me recebestes em casa; eu estava nu e
não me vestistes; eu estava doente e na prisão e não fostes me visitar'.
E responderão também eles: 'Senhor, quando foi que te vimos com fome, ou
com sede, como estrangeiro, ou nu, doente ou preso, e não te servimos?' Então o
Rei lhes responderá: 'Em verdade eu vos digo, todas as vezes que não fizestes
isso a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizestes!' Portanto, estes
irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna-
Palavra da Salvação.
Comentando o Evangelho (Padre Jaldemir Vitório / Jesuíta): Dentre os
muitos desafios apresentados por Jesus aos seus discípulos, está o de
identificá-lo com os sofredores deste mundo. Os famintos, os sedentos, os
forasteiros, os carentes, os doentes e os encarcerados foram constituídos como
mediadores do encontro com o Senhor. Que motivos teve Jesus para constituí-los
em sinal de sua presença na história humana?
O ponto alto da encarnação de Jesus aconteceu, exatamente, quando ele
desceu ao mais profundo do sofrimento humano. Quando, na paixão, Jesus sofreu
os horrores da fome, da sede, da nudez, do encarceramento, sem contar os
ultrajes e as humilhações de seus inimigos, a negação, a traição e o abandono
de seus amigos, ele expressou, em grau eminente, sua condição de Filho de Deus,
fiel até a morte. Por isso, escolheu a todos quantos se encontram em situação
semelhante, para interpelarem os cristãos, exigindo deles uma resposta concreta
de amor. Aquilo que os cristãos não fizeram pelo Senhor, quando padeceu as
agruras da paixão, podem fazê-lo agora, servindo ao irmão sofredor. O próprio
Jesus garante que quem serve ao sofredor está servindo a ele mesmo. O Evangelho
não aponta outro caminho de servir a Jesus, pois o Senhor quis identificar-se
com quem padece o que ele mesmo padeceu.
Confrontar-se com o irmão sofredor é confrontar-se com o próprio Jesus
que sofre e nos desafia a sermos solidários com ele, em sua paixão.
INTENÇÕES PARA O MÊS DE FEVEREIRO:
Geral – Famílias migrantes: Que as famílias de migrantes
sejam amparadas e acompanhadas em suas dificuldades, sobretudo as mães.
Missionária – Vitimas das guerras e conflitos: Que os que
sofrem por causa das guerras e conflitos sejam protagonistas de um futuro de
paz.
TEMPO LITÚRGICO:
Cor Litúrgica: ROXO - Simboliza a preparação, penitência ou
conversão. Usada nas missas da Quaresma e do Advento.
Tempo da Quaresma (CNBB-DL/2011): Vai da quarta-feira de Cinzas até
a missa da Ceia do Senhor, exclusive. É o tempo para preparar a celebração da
Páscoa. “Tanto na liturgia quanto na catequese litúrgica esclareça-se melhor a
dupla índole do tempo quaresmal que, principalmente pela lembrança ou
preparação do Batismo e pela penitência, fazendo os fiéis ouvirem com mais
frequência a Palavra de Deus e entregarem-se à oração, os dispõe à celebração
do mistério pascal” (SC 109).
· Durante este tempo, é
proibido ornar o altar com flores, o toque de instrumentos musicais só é
permitido para sustentar o canto. Excetuam-se o Domingo Laetare (4º
Domingo da Quaresma), bem como as solenidades e festas.
· A cor do tempo é
roxa. No Domingo Laetare, pode-se usar cor-de-rosa. (IGMR nº308f)
· Em todas as Missas e
Ofícios (onde se encontrar), omite-se o Aleluia.
· Nas solenidades e
festas somente, como ainda em celebrações especiais, diz-se o Te Deum e
o Glória.
· As memórias
obrigatórias que ocorrem neste dia podem ser celebradas como memórias
facultativas. Não são permitidas missas votivas (devoção particular).
· Na celebração do
Matrimônio, seja dentro ou fora da Missa, deve-se sempre dar a bênção nupcial;
mas admoestem-se os esposos que se abstenham de demasia pompa.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo