Liturgia Diária Comentada 22/02/2013
Prefácio dos Apóstolos I ou II - Ofício da festa - Glória
Salmos do Domingo da 1ª Semana
Cor: Branco - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Festa: CÁTEDRA DE SÃO PEDRO APÓSTOLO
Antífona: Lucas 22,32 - O Senhor disse a Simão Pedro:
Roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça. E tu, por tua vez, confirma os
teus irmãos.
Oração do Dia: Concedei, ó Deus todo poderoso, que nada nos possa abalar,
pois edificastes a vossa Igreja sobre aquela pedra que foi a profissão de fé do
apóstolo Pedro. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira Leitura: 1Pd 5,1-4
Eu, presbítero como eles, testemunha dos sofrimentos de Cristo.
Exorto aos presbíteros que estão entre vós, eu, presbítero como eles,
testemunha dos sofrimentos de Cristo e participante da glória que será
revelada: Sede pastores do rebanho de Deus, confiado a vós; cuidai dele, não
por coação, mas de coração generoso; não por torpe ganância, mas livremente;
não como dominadores daqueles que vos foram confiados, mas antes, como modelos
do rebanho. Assim, quando aparecer o pastor supremo, recebereis a coroa
permanente da glória. - Palavra do Senhor.
Comentando a Liturgia: O presbítero é apresentado como
pastor, à imagem de Jesus, o Supremo Pastor. A serviço da comunidade, o
presbítero deve atender livre e espontaneamente e não coagido, com generosidade
e não como explorador, como modelo e não como proprietário. Assim, ele não é
alguém que exerce poder sobre a comunidade, mas alguém que testemunha o Cristo
que serve. (Bíblia edição pastoral).
Salmo: 22 (23),1-3a. 3b-4. 5. 6
(R. 1)
O Senhor é o pastor que me conduz, não me falta coisa alguma.
O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma. Pelos
prados e campinas verdejantes ele me leva a descansar. Para as águas
repousantes me encaminha, e restaura as minhas forças.
Ele me guia no caminho mais seguro, pela honra do seu nome. Mesmo que eu
passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei. Estais comigo com bastão e
com cajado, eles me dão a segurança!
Preparais à minha frente uma mesa, bem à vista do inimigo; com óleo vós
ungis minha cabeça, e o meu cálice transborda.
Felicidade e todo bem hão de seguir-me, por toda a minha vida; e, na
casa do Senhor, habitarei pelos tempos infinitos.
Evangelho: Mt 16,13-19
Tu és Pedro e eu te darei as chaves do Reino dos Céus.
Naquele tempo, Jesus foi à região de Cesaréia de Filipe e ali perguntou
aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” Eles
responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; outros
ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”.
Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Simão Pedro
respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. Respondendo, Jesus lhe
disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te
revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso eu te digo que tu és
Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno
nunca poderá vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu
ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será
desligado nos céus”. - Palavra da Salvação.
Comentando o Evangelho (Antônio Carlos Santini / Com.
Católica Nova Aliança): Durante sua missão na terra, Jesus
enfrentou a permanente oposição do demônio, quer por via direta, como nas
tentações do deserto e do Getsêmani, quer indireta, valendo-se de mediações
humanas, como Herodes, fariseus e os Sumos Sacerdotes. Sob este ângulo, toda a
vida de Jesus manifesta um caráter agônico, isto é, um combate que só teve fim
com sua morte e a ressurreição.
Isto deve estar bem claro para nós: Cristo tem inimigos. São inimigos
espirituais, como os demônios que ele expulsava e reclamavam asperamente de sua
interferência (cf. Mc 1, 24), mas também adversários humanos, como os fariseus
de seu tempo, o discípulo que o traiu e até mesmo os próprios familiares, que
tentavam retê-lo, julgando-o fora de si (cf. Mc 3, 21).
Natural que a Igreja, fundada por Jesus para continuar sua missão
pessoal de salvar os homens, pregando o Evangelho e libertando do mal com a
oração e os sacramentos, viesse a enfrentar a mesma hostilidade. Ele advertira:
“No mundo tereis aflições. Coragem! Eu venci o mundo.” (Jo 16, 33.)
No entanto, o Evangelho nos traz uma promessa de Jesus que mantém firme
a nossa esperança. Ao proclamar o primado de Pedro sobre a Igreja, Jesus diz:
“E eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e
as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” (Mt 16, 18.) Nos muros da
cidade, a “porta” é importante elemento nas guerras primitivas. Se ela resiste
aos ataques do aríete invasor, os defensores estão seguros.
Ao longo da História, a Igreja foi cercada de inimigos ferozes.
Perseguida por césares romanos e sultões orientais, seus fiéis foram caçados,
exilados, condenados aos campos de concentração. Muitos exércitos invadiram
Roma. Todos eles – tribos bárbaras, tropas napoleônicas, tanques nazistas –
foram aniquilados a seu tempo, e a Igreja de Cristo permanece de pé.
Hoje, a hostilidade dos inimigos se mudou de tática. Mesmo sob os véus
diáfanos da democracia, da liberdade de culto e do pluralismo ideológico, a
Igreja ainda é o alvo preferencial do anticristo. Setas e obuses foram trocados
por páginas de revistas e telas de TV. Ali, uma enxurrada de calúnias e de
meias-verdades ainda visa à destruição do Corpo de Cristo, que é a Igreja.
Exemplo recente. Pelo Natal de 2005, o locutor da TV Globo leu notícia
sobre pesquisas terapêuticas com células-tronco. Finda a nota, ele olhou para a
câmara e acrescentou breve comentário: “A Igreja Católica não admite as
pesquisas com células-tronco.” E o telespectador iludido vê a Igreja como uma
entidade conservadora, inimiga da humanidade. Só que o comentário era falso. A
Igreja se opõe ao uso de embriões humanos para tais pesquisas, mas admite o uso
de tecido umbilical e de outras fontes. Mas o alvo já fora atingido...
INTENÇÕES PARA O MÊS DE FEVEREIRO:
Geral – Famílias migrantes: Que as famílias de migrantes
sejam amparadas e acompanhadas em suas dificuldades, sobretudo as mães.
Missionária – Vitimas das guerras e conflitos: Que os que
sofrem por causa das guerras e conflitos sejam protagonistas de um futuro de
paz.
TEMPO LITÚRGICO:
Cor Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o
Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes solenidades,
pode ser substituída pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.
Tempo da Quaresma (CNBB-DL/2011): Vai da quarta-feira de Cinzas até
a missa da Ceia do Senhor, exclusive. É o tempo para preparar a celebração da
Páscoa. “Tanto na liturgia quanto na catequese litúrgica esclareça-se melhor a
dupla índole do tempo quaresmal que, principalmente pela lembrança ou
preparação do Batismo e pela penitência, fazendo os fiéis ouvirem com mais
frequência a Palavra de Deus e entregarem-se à oração, os dispõe à celebração
do mistério pascal” (SC 109).
· Durante este tempo, é
proibido ornar o altar com flores, o toque de instrumentos musicais só é
permitido para sustentar o canto. Excetuam-se o Domingo Laetare (4º
Domingo da Quaresma), bem como as solenidades e festas.
· A cor do tempo é
roxa. No Domingo Laetare, pode-se usar cor-de-rosa. (IGMR nº308f)
· Em todas as Missas e
Ofícios (onde se encontrar), omite-se o Aleluia.
· Nas solenidades e
festas somente, como ainda em celebrações especiais, diz-se o Te Deum e
o Glória.
· As memórias
obrigatórias que ocorrem neste dia podem ser celebradas como memórias
facultativas. Não são permitidas missas votivas (devoção particular).
· Na celebração do
Matrimônio, seja dentro ou fora da Missa, deve-se sempre dar a bênção nupcial;
mas admoestem-se os esposos que se abstenham de demasia pompa.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo