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quarta-feira, 20 de março de 2013

Liturgia Diária Comentada 20/03/2013 5ª Semana da Quaresma


Liturgia Diária Comentada 20/03/2013
5ª Semana da Quaresma - 1ª Semana do Saltério
Prefácio da Paixão I - Ofício do dia do Tempo da Quaresma
Cor: Roxo - Ano Litúrgico “C” - São Lucas

Antífona: Salmo 17,48-49 Vós me livrais, Senhor, de meus inimigos; vós me fazeis suplantar o agressor e do homem violento salvais!

Oração do Dia: Ó Deus de misericórdia,  iluminai nossos corações purificados pela penitência. E ouvi com paternal bondade aqueles a quem dais o afeto. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!

LEITURAS:

Primeira Leitura: Dn 3,14-20.24.49a.91-92.95
Enviou seu anjo e libertou seus servos.
Naqueles dias, o rei Nabucodonosor tomou a palavra e disse: “É verdade, Sidrac, Misac e Abdênago, que não prestais culto a meus deuses e não adorais a estátua de ouro que mandei erguer? E agora, quando ouvirdes tocar trombeta, flauta, cítara, harpa, saltério e gaitas, e toda espécie de instrumentos, estais prontos a prostrar-vos e adorar a estátua que mandei fazer? Mas, se não fizerdes adoração, no mesmo instante sereis atirados na fornalha de fogo ardente; e qual é o deus que poderá libertar-vos de minhas mãos?”

Sidrac, Misac e Abdênago responderam ao rei Nabucodonosor: “Não há necessidade de respondermos sobre isto: se o nosso Deus, a quem rendemos culto, pode livrar-nos da fornalha de fogo ardente, ele também poderá libertar-nos de tuas mãos, ó rei. Mas, se ele não quiser libertar-nos, fica sabendo, ó rei, que não prestaremos culto a teus deuses e tampouco adoraremos a estátua de ouro que mandaste fazer”.

A estas palavras, Nabucodonosor encheu-se de cólera contra Sidrac, Misac e Abdênago, a ponto de se alterar a expressão do rosto; deu ordem para acender a fornalha com sete vezes mais fogo que de costume; e encarregou os soldados mais fortes do exército para amarrarem Sidrac, Misac e Abdênago e os lançarem na fornalha de fogo ardente.

Os três jovens andavam de cá para lá no meio das chamas, entoando hinos a Deus e bendizendo ao Senhor. Mas o anjo do Senhor tinha descido simultaneamente na fornalha para junto de Azarias e seus companheiros.

O rei Nabucodonosor, tomado de pasmo, levantou-se apressadamente, e perguntou a seus ministros: “Porventura, não lançamos três homens bem amarrados no meio do fogo?” Responderam ao rei: “É verdade, ó rei”. Disse este: “Mas eu estou vendo quatro homens andando livremente no meio do fogo, sem sofrerem nenhum mal, e o aspecto do quarto homem é semelhante ao de um filho de Deus”.

Exclamou Nabucodonosor: “Bendito seja o Deus de Sidrac, Misac e Abdênago que enviou seu anjo e libertou seus servos, que puseram nele sua confiança e transgrediram o decreto do rei, preferindo entregar suas vidas a servir e adorar qualquer outro Deus que não fosse o seu Deus. - Palavra do Senhor.


Comentando a Liturgia: Nesta narração, como aliás, em todas as outras do livro de Daniel a intenção do autor sagrado é oferecer encorajamento e auxílio a seus compatriotas oprimidos pela perseguição.

A proteção de Deus não é sempre visivelmente maravilhosa e magnífica como na história dos três jovens, mas é necessário dar tempo ao desígnio de Deus, a fim de poder vê-lo em seu conjunto, quer com relação a nós pessoalmente, quer na vida da Igreja.

Então, também de nossos corações pode prorromper, sincero e festivo, o cântico de louvor a Deus. Às vezes Deus “manda seu anjo”, ou seja, faz perceber exteriormente sua intervenção, mas sempre e em toda parte os acontecimentos, em seu impulso fundamental, procedem Dele e a Ele conduzem por caminhos misteriosos. Esta foi a fé dos três jovens e de todos os mártires. Esta deve ser a nossa fé. - Palavra do Senhor.

Salmo: Dn 3, 52. 53. 54. 55. 56 (R. 52b)
A vós louvor, honra e glória eternamente!
Sede bendito, Senhor Deus de nossos pais. A vós louvor, honra e glória eternamente! Sede bendito, nome santo e glorioso. A vós louvor, honra e glória eternamente!

No templo santo onde refulge a vossa glória. A vós louvor, honra e glória eternamente! E em vosso trono de poder vitorioso. A vós louvor, honra e glória eternamente!

Sede bendito, que sondais as profundezas. A vós louvor, honra e glória eternamente! E superior aos querubins vos assentais. A vós louvor, honra e glória eternamente!

Sede bendito no celeste firma­mento. A vós louvor, honra e glória eternamente.

Evangelho: Jo 8,31-42
Se o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres.
Naquele tempo, Jesus disse aos judeus que nele tinham acreditado: “Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. Responderam eles: “Somos descendentes de Abraão, e nunca fomos escravos de ninguém. Como podes dizer: ‘Vós vos tornareis livres’?” 

Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo, todo aquele que comete pecado é escravo do pecado. O escravo não permanece para sempre numa família, mas o filho permanece nela para sempre. Se, pois, o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres. Bem sei que sois descendentes de Abraão; no entanto, procurais matar-me, porque a minha palavra não é acolhida por vós. Eu falo o que vi junto do Pai; e vós fazeis o que ouvistes do vosso pai”.

Eles responderam então: “Nosso pai é Abraão”. Disse-lhes Jesus: “Se sois filhos de Abraão, praticai as obras de Abraão! Mas agora, vós procurais matar-me, a mim, que vos falei a verdade que ouvi de Deus. Isto, Abraão não o fez. Vós fazeis as obras do vosso pai”.

Disseram-lhe, então: “Nós não nascemos do adultério, temos um só pai: Deus”. Respondeu-lhes Jesus: “Se Deus fosse vosso Pai, certamente me amaríeis, porque de Deus é que eu saí, e vim. Não vim por mim mesmo, mas foi ele que me enviou”. - Palavra da Salvação.

Comentando o Evangelho (Antonio Carlos Santini / Com. Católica Nova Aliança): Este é um tempo de mentiras. Juramentos rompidos, contratos fraudados, relações simuladas... Como num baile de máscaras, os homens se desafiam um ao outro: “Adivinhe quem sou!”

Este é um mundo de escravos. Vivemos na gaiola dos instintos, nas grades do ódio, nos grilhões do pecado. Falamos tanto em liberdade, fazemos beicinho de admiração porque nossos bisavós tinham escravos e... vivemos como os remadores das galeras, acorrentados aos nossos remos...

Aí, vem Jesus Cristo e se apresenta candidamente: “Eu sou a Verdade!” (Jo 14, 6) Prontamente, os escravos o prendem e cravam em uma cruz. Parece que eles se sentiram ameaçados com a súbita e inesperada promessa de libertação. “Deixe-nos em paz! Gostamos tanto de nossa escravidão! Por que não podemos continuar acumulando mais e mais riquezas para garantir nosso futuro? Por que não podemos passar o dia imaginando os prazeres – lícitos ou não – que experimentaremos nesta noite? Por que não posso buscar com avidez mais e mais poder, para puxar os cordéis da vida política e econômica?”

Falando assim, não percebem que o possuidor é possuído. O dono serve a seus bens. O luxurioso é marionete de sua sexualidade. A simples alusão a uma possível libertação soa a seus ouvidos como terrível perda: “Eu gosto de ser escravo!”

Desde Pentecostes, iluminada pelo Espírito Santo, a Igreja se reconhece como depositária de uma Verdade que se manifestou em Jesus Cristo e precisa ser revelada aos homens e mulheres de cada geração, para que tenham acesso à vida em Deus. Esta consciência de sua missão explica que, ao longo dos séculos, tantos homens e  mulheres da Igreja tenham sacrificado voluntariamente a própria vida para dar testemunho da luz, como João Batista (Jo 1, 7).

Quem aderiu ao anúncio do Evangelho e abraçou a Verdade, em Jesus Cristo, experimenta a mais indizível libertação. Mas sempre estaremos sujeitos à tentação de  voltar à velha vida. Algo em nossa carne ainda guarda as seqüelas da Queda das origens (Gn 3). O homem carnal experimenta um tropismo pela escravidão. E Paulo precisará alertar: “É para que sejamos livres que Cristo nos libertou. Ficai, portanto, firmes e não vos submetais outra vez ao jugo da escravidão.” (Gl 5, 1)

Escravos não amam. Jesus nos liberta para que o Amor seja possível em nós...

INTENÇÕES PARA O MÊS DE MARÇO:

Geral – Respeito à natureza: Que cresça, o respeito à natureza, obra de Deus confiada a nossa responsabilidade.

Missionária – Bispos, Sacerdotes e Diáconos: que os Bispos, Padres e Diáconos sejam incansáveis anunciadores do Evangelho até os confins da Terra.

TEMPO LITÚRGICO:

Tempo da Quaresma (CNBB-DL/2011): Vai da quarta-feira de Cinzas até a missa da Ceia do Senhor, exclusive. É o tempo para preparar a celebração da Páscoa. “Tanto na liturgia quanto na catequese litúrgica esclareça-se melhor a dupla índole do tempo quaresmal que, principalmente pela lembrança ou preparação do Batismo e pela penitência, fazendo os fiéis ouvirem com mais frequência a Palavra de Deus e entregarem-se à oração, os dispõe à celebração do mistério pascal” (SC 109).
·         Durante este tempo, é proibido ornar o altar com flores, o toque de instrumentos musicais só é permitido para sustentar o canto. Excetuam-se o Domingo Laetare (4º Domingo da Quaresma), bem como as solenidades e festas.
·         A cor do tempo é roxa. No Domingo Laetare, pode-se usar cor-de-rosa. (IGMR nº308f)
·         Em todas as Missas e Ofícios (onde se encontrar), omite-se o Aleluia.
·         Nas solenidades e festas somente, como ainda em celebrações especiais, diz-se o Te Deume o Glória.
·         As memórias obrigatórias que ocorrem neste dia podem ser celebradas como memórias facultativas. Não são permitidas missas votivas (devoção particular).
·         Na celebração do Matrimônio, seja dentro ou fora da Missa, deve-se sempre dar a bênção nupcial; mas admoestem-se os esposos que se abstenham de demasia pompa.

Cor Litúrgica: ROXO - Simboliza a preparação, penitência ou conversão. Usada nas missas da Quaresma e do Advento.

Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo

"A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão a proposta do Reino, vivida na Igreja (DNC 50)."

Documento Necessário para o Batismo e Crisma

Certidão de Nascimento ou Casamento do Batizando;

Comprovante de Casamento Civil e Religioso dos padrinhos;

Comprovante de Residência,

Cartões de encontro de Batismo dos padrinhos;

Documentos Necessários para Crisma:

RG do Crismando e Padrinho, Declaração de batismo do Crismando, Certidão ou declaração do Crisma do Padrinho, Certidão de Casamento Civil e Religioso do Padrinho/Madrinha e Crismando se casados.

Fonte: Catedral São Dimas

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Reflexão

REFLEXÃO

A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.

reflexão sobre o Dízimo

A espiritualidade do Dízimo

O dízimo carrega uma surpreendente alegria no contribuinte. Aqueles que se devotam a esta causa se sentem mais animados, confortados e motivados para viver a comunhão. O dízimo, certamente, não é uma questão de dinheiro contrariando o que muitos podem pensar. Ele só tem sentido quando nasce de uma proposta para se fazer a experiência de Deus na vida cristã. Somos chamados e convocados a este desafio.

Em caso contrario, ele se torna frio e distante; por vezes indiferente. A espiritualidade reequilibra os desafios que o dízimo carrega em si. "Honra o Senhor com tua riqueza. Com as primícias de teus rendimentos. Os teus celeiros se encherão de trigo. Teus lagares transbordarão de vinho" (Pr 3,9-10). Contribuir quando se tem de sobra, de certa forma, não é muito dispendioso e difícil. Participar da comunhão alinha o desafio do dízimo cristão.

Se desejar ler, aceno: Gn 28, 20-22; Lv 27, 30-32; Nm 18, 25-26 e Ml 3, 6-10.

Fonte : Pe. Jerônimo Gasques

http://www.portalnexo.com.br/Conteudo/?p=conteudo&CodConteudo=12

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