Liturgia Diária Comentada 19/03/2013
5ª Semana da Quaresma - 1ª Semana do Saltério
Prefácio Próprio - Ofício da Solenidade
Cor: Branco - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona: Lucas 12,42 Eis o servo fiel e prudente, a quem o Senhor
confiou a sua casa.
Oração do Dia: Deus todo-poderoso, pelas preces de São José, a quem confiastes
as primícias da Igreja, concedei que ela possa levar à plenitude os mistérios
da salvação. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira Leitura: 2Sm 7,4-5a.12-14a.16
O Senhor lhe dará o trono de Davi, seu pai. (Lc 1,32)
Naqueles dias, a Palavra do Senhor foi dirigida a Natã nestes termos:
“Vai dizer ao meu servo Davi: ‘Assim fala o Senhor: Quando chegar o fim dos
teus dias e repousares com teus pais, então, suscitarei, depois de ti, um filho
teu, e confirmarei a sua realeza.
Será ele que construirá uma casa para o meu nome, e eu firmarei para
sempre o seu trono real. Eu serei para ele um pai e ele será para mim um filho.
Tua casa e teu reino serão estáveis para sempre diante de mim, e teu trono será
firme para sempre’. - Palavra do Senhor.
Salmo: 88(89),2-3.4-5.27 e 29
(R. 37)
Eis que a sua descendência durará eternamente.
Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor, / de geração em geração
eu cantarei vossa verdade! / Porque dissestes: "O amor é garantido para
sempre!" / E a vossa lealdade é tão firme como os céus.
"Eu firmei uma Aliança com meu servo, meu eleito, / e eu fiz um
juramento a Davi, meu servidor. / Para sempre, no teu trono, firmarei tua
linhagem, / de geração em geração garantirei o teu reinado!"
Ele, então, me invocará: Ó Senhor,vós sois meu Pai, / sois meu Deus,
sois meu Rochedo onde encontro a salvação!' / Guardarei eternamente para ele a
minha graça / e com ele firmarei minha Aliança indissolúvel.
Segunda Leitura: Rm 4,13.16-18.22
Contra toda a humana esperança, ele firmou-se na fé.
Irmãos, não foi por causa da Lei, mas por causa da justiça que vem da fé
que Deus prometeu o mundo como herança a Abraão ou à sua descendência. É em
virtude da fé que alguém se torna herdeiro. Logo, a condição de herdeiro é uma
graça, um dom gratuito, e a promessa de Deus continua valendo para toda a
descendência de Abraão, tanto para a descendência que se apega à Lei, quanto
para a que se apóia somente na fé de Abraão, que é o pai de todos nós.
Pois está escrito: “Eu fiz de ti pai de muitos povos”. Ele é pai diante
de Deus, porque creu em Deus que vivifica os mortos e faz existir o que antes
não existia. Contra toda a humana esperança, ele firmou-se na esperança e na
fé. Assim, tornou-se pai de muitos povos, conforme lhe fora dito: “Assim será a
tua prosperidade”. Esta sua atitude de fé lhe foi creditada como justiça. -
Palavra do Senhor.
Evangelho: Mt 1,16.18-21.24a
José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado.
Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado
o Cristo. A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida
em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do
Espírito Santo.
José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu
abandonar Maria em segredo. Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do
Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: “José, Filho de Davi, não tenhas
medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do
Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de
Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”. Quando acordou, José
fez conforme o anjo do Senhor havia mandado. - Palavra da Salvação.
Comentando o Evangelho (Antonio Carlos Santini / Com.
Católica Nova Aliança): Sim, quando Gabriel levou a Maria a proposta de ser Mãe
do Salvador, e ela aderiu ao desígnio do Senhor, a jovem era noiva de José. O
original da TOB diz, em francês, “accordée en mariage”, prometida em casamento.
A Bíblia de Chouraqui é mais direta: “fiancée”. Isto é, noiva. Mas ninguém
pense que isto “alivia a barra” de Maria. Naquela sociedade, noivado era coisa
séria. O compromisso era celebrado, em geral, um ano antes do casamento, mas já
tinha juridicamente o valor de matrimônio, ainda que os noivos permanecessem
morando em suas próprias casas. O noivado era tão sério que, em caso de morte
do noivo, a noiva passava a agir como viúva, vestida de luto e convivendo com
as outras viúvas.
Por isso mesmo, ao aparecer grávida, Maria estaria sujeita à pena de
lapidação (apedrejamento) estabelecida pela Lei (cf. Dt 22, 20-24; a leitura
atenta mostra que também o homem envolvido merecia o mesmo castigo!). Ao
perceber que Maria está grávida, terá passado pela mente de José esse estatuto
legal, vendo-se dividido entre a evidência da gravidez e sua convicção da
pureza e santidade de sua noiva. Assim, ao invés de denunciá-la publicamente,
como previsto na Lei, pensava em afastar-se em segredo, sendo demovido da intenção
pela visita do Anjo durante o sono.
Duas pessoas admiráveis! De um lado, Maria se mantinha em silêncio, não
vendo como revelar o “segredo de Deus”, a concepção virginal do Messias
prometido. De outro, José, premiado pela Escritura com o título de “justo” (ou
seja, alguém que manifestava a justiça, i.é, a santidade de Deus!), abre mão de
seu direito, mesmo sem entender a situação. E estão os dois bem no miolo do
projeto divino de salvar a humanidade. O Menino que ia nascer era homem, pois
nasceria de Mulher. Mas, ao mesmo tempo, era Deus, pois nascia sem a
contribuição de um pai humano. O Anjo o deixa claro na “Anunciação a José”:
“José, filho de Davi, não temas receber Maria por tua esposa, pois o que nela
se gerou é obra do Espírito Santo.” (Mt 1,20.)
E ao chamar José de “filho de Davi”, o anjo de Deus situava a Criança
que devia nascer no contexto das promessas feitas pelo Senhor a Davi:
“Suscitarei depois de ti a minha posteridade, aquele que sair de tuas
entranhas, e firmarei o seu reino. Ele me construirá um templo... Eu serei para
ele um pai e ele será para mim um filho.” (2Sm 7, 12-14.) Exatamente a leitura
desta Liturgia da solenidade de São José.
INTENÇÕES PARA O MÊS DE MARÇO:
Geral – Respeito à natureza: Que cresça, o respeito à natureza,
obra de Deus confiada a nossa responsabilidade.
Missionária – Bispos, Sacerdotes e Diáconos: que os Bispos,
Padres e Diáconos sejam incansáveis anunciadores do Evangelho até os confins da
Terra.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo da Quaresma (CNBB-DL/2011): Vai da quarta-feira de Cinzas até
a missa da Ceia do Senhor, exclusive. É o tempo para preparar a celebração da
Páscoa. “Tanto na liturgia quanto na catequese litúrgica esclareça-se melhor a
dupla índole do tempo quaresmal que, principalmente pela lembrança ou
preparação do Batismo e pela penitência, fazendo os fiéis ouvirem com mais
frequência a Palavra de Deus e entregarem-se à oração, os dispõe à celebração
do mistério pascal” (SC 109).
· Durante este tempo, é
proibido ornar o altar com flores, o toque de instrumentos musicais só é
permitido para sustentar o canto. Excetuam-se o Domingo Laetare (4º
Domingo da Quaresma), bem como as solenidades e festas.
· A cor do tempo é
roxa. No Domingo Laetare, pode-se usar cor-de-rosa. (IGMR nº308f)
· Em todas as Missas e
Ofícios (onde se encontrar), omite-se o Aleluia.
· Nas solenidades e
festas somente, como ainda em celebrações especiais, diz-se o Te Deume o
Glória.
· As memórias
obrigatórias que ocorrem neste dia podem ser celebradas como memórias
facultativas. Não são permitidas missas votivas (devoção particular).
· Na celebração do
Matrimônio, seja dentro ou fora da Missa, deve-se sempre dar a bênção nupcial;
mas admoestem-se os esposos que se abstenham de demasia pompa.
Cor Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o
Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes solenidades,
pode ser substituída pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo