Liturgia Diária
Comentada 08/04/2013
Tempo
da Páscoa - 2ª Semana do Saltério
Prefácio próprio - Ofício solene próprio
Glória - Creio
Cor: Branco - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona: Hebreus 10,5.7 - Ao entrar no mundo, Cristo disse: Eis-me aqui, ó
Pai, para fazer a tua vontade.
Oração do Dia: Ó Deus, quisestes que vosso Verbo se fizesse homem no seio da
virgem Maria; dai-nos participar da divindade do nosso redentor, que
proclamamos verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Por nosso Senhor Jesus Cristo,
vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira Leitura: Is 7,10-14; 8,10
Eis que uma virgem conceberá.
Naqueles dias, o Senhor falou com Acaz, dizendo: “Pede ao Senhor teu
Deus que te faça ver um sinal, quer provenha da profundeza da terra, quer venha
das alturas do céu”. Mas Acaz respondeu: “Não pedirei nem tentarei o Senhor”.
Disse o profeta: “Ouvi então, vós, casa de Davi; será que achais pouco
incomodar os homens e passais a incomodar até o meu Deus? Pois bem, o próprio
Senhor vos dará um sinal. Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e
lhe porá o nome de Emanuel, porque Deus está conosco - Palavra do
Senhor.
Salmo: 39(40),7-8a.8b-9.10,11
(R. 8a.9a)
Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!
Sacrifício e oblação não quisestes, mas abristes, Senhor, meus ouvidos;
não pedistes ofertas nem vítimas, holocaustos por nossos pecados, e então eu
vos disse: “Eis que venho!”
Sobre mim está escrito no livro: “Com prazer faço a vossa vontade,
guardo em meu coração vossa lei!”
Boas-novas de vossa justiça anunciei numa grande assembleia; vós sabeis:
não fechei os meus lábios!
Proclamei toda a vossa justiça, sem retê-la no meu coração; vosso
auxílio e lealdade narrei. Não calei vossa graça e verdade na presença da
grande assembleia.
Primeira Leitura: Hb 10,4-10
No livro está escrito a meu respeito: Eu vim, ó Deus, para fazer a tua
vontade.
Irmãos, é impossível eliminar os pecados com o sangue de touros e bodes.
Por isso, ao entrar no mundo, Cristo afirma: “Tu não quiseste vítima nem
oferenda, mas formaste-me um corpo. Não foram do teu agrado holocaustos nem
sacrifícios pelo pecado. Por isso eu disse: Eis que eu venho. No livro está
escrito a meu respeito: Eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade”.
Depois de dizer: “Tu não quiseste nem te agradaram vítimas, oferendas,
holocaustos, sacrifícios pelo pecado” - coisas oferecidas segundo a Lei - ele
acrescenta: “Eu vim para fazer a tua vontade”. Com isso, suprime o primeiro
sacrifício, para estabelecer o segundo. É graças a esta vontade que somos
santificados pela oferenda do corpo de Jesus Cristo, realizada uma vez por
todas. - Palavra do Senhor.
Evangelho: Lc 1,26-38
Eis que conceberás e darás à luz um filho.
Naquele tempo, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia,
chamada Nazaré, a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José.
Ele era descendente de Davi e o nome da Virgem era Maria. O anjo entrou onde
ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!”
Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria
o significado da saudação. O anjo, então, disse-lhe: “Não tenhas medo, Maria,
porque encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um
filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do
Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. Ele reinará para
sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim”.
Maria perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem
algum?” O anjo respondeu: “O Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do
Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será
chamado Santo, Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na
velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, porque para
Deus nada é impossível”. Maria, então, disse: “Eis aqui a serva do Senhor;
faça-se em mim segundo a tua palavra!” E o anjo retirou-se - Palavra da
Salvação.
Comentando o Evangelho Antônio Carlos Santini / Com Católica Nova
Aliança: A Igreja comemora hoje, alegremente, a festa da Anunciação do
Senhor, transferida este ano do dia 25 de março, quando se celebrava a
Quaresma. Enviado por Deus, o anjo Gabriel traz à Virgem Maria, em Nazaré, a
proposta de ser a Mãe do Salvador, Filho de Deus, sem nenhuma participação de
um pai humano.
Impossível? Sim, para os homens e as mulheres. Tão impossível quanto uma
mulher idosa e estéril – como Isabel de Zacarias – engravidar e ter um filho na
sua velhice: João Batista, o precursor do Messias. E é exatamente a gravidez de
Isabel, parenta de Maria, que Gabriel lhe acena como “sinal” de uma excepcional
intervenção de Deus na história da humanidade.
Poderíamos assim resumir o anúncio trazido por Gabriel: assim como Deus
fez o impossível na gravidez de Isabel, a estéril, pode fazê-lo também em tua
vida, ó Maria, Virgem de Nazaré. E a resposta da Virgem é uma adesão confiante
e amorosa ao desígnio salvador do Pai que, para nos dar seu Filho, conta com a
ação do Espírito Santo sobre Maria, cobrindo-a com sua “nuvem”, com a mesma
“sombra” que cobrira a Arca da Primeira Aliança (cf. Ex 40,34).
O episódio da Anunciação realça, por um lado, a íntima cooperação entre
Deus e a Humanidade: convite e aceitação, proposta e resposta, graça e
correspondência, missão e compromisso. Como nas palavras admiráveis de Santo
Agostinho, “o Deus que te criou sem ti, não te salvará sem ti”. Para salvar a
humanidade, Deus pede humildemente a cooperação da humanidade.
Por outro lado, fica evidente a ação superabundante do próprio Deus,
pois Ele mesmo preparou Maria para capacitá-la a responder e corresponder com
um SIM sem reservas e sem condições. Daí as palavras de João Paulo II: “Maria é
a cheia de graça, porque a Encarnação do Verbo, a união hipostática do Filho de
Deus com a natureza humana, se realiza e se consuma precisamente nela. Como
afirma o Concílio, Maria é ‘Mãe do Filho de Deus e, por isso, filha predileta
do Pai e templo do Espírito Santo; e, por este insigne dom da graça, leva
vantagem a todas as demais criaturas do céu e da terra’”. (Redemptoris Mater,
9.)
Parece muito? Pois nada é impossível para Deus. O mesmo Espírito Santo
continua a atuar na Igreja, inspirando-a e movendo-a nos caminhos do Senhor.
Procuramos imitar Maria? Estamos abertos às propostas de Deus? Ou nos
intimidamos, por não contar com o Deus do impossível?
INTENÇÕES PARA O MÊS DE ABRIL:
Geral – Celebração da Fé: Que a celebração pública e orante
da Fé seja fonte de vida para os que creem.
Missionária – Igrejas locais e território de missão: Que as Igrejas
locais e territórios de missão sejam sinais e instrumentos de esperança e
ressurreição.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo Pascal: Os cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de
Pentecostes sejam celebrados com alegria e exultação, como se fossem um só dia
de festa, ou melhor, “como um grande Domingo” (Santo Atanásio; conforme NALC
22).
Os Domingos deste tempo sejam tidos como Domingos da Páscoa e, depois do
Domingo da Ressurreição, sejam chamados 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 7º Domingos da
Páscoa. Os oito primeiros dias do Tempo Pascal formam a Oitava da Páscoa e são
celebrados como solenidades do Senhor (NALC 24). O oitavo dia é constituído
pelo domingo seguinte a Páscoa. A oitava da Páscoa tem precedência sobre
quaisquer outras celebrações.
Qualquer solenidade que coincida com um dos domingos da Páscoa tem sua
celebração antecipada para o sábado; se, porém, ocorrer durante a oitava da
Páscoa, fica transferida para o primeiro dia livre que se seguir a oitava. As
festas celebram-se segundo a data do calendário; quando ocorrerem em domingo do
Tempo Pascal, omitem-se nesse ano.
Diz-se o Glória durante a Oitava da Páscoa, nas solenidades e festas, já
o Credo só nas solenidades. O Círio Pascal permanece junto ao altar por todo o
Tempo Pascal, isto é, da noite de Páscoa ao Domingo de Pentecostes, e acende-se
em todas as Missas dominicais.
O Domingo de Pentecostes encerra este tempo sagrado de cinquenta dias
(NALC 23). No Brasil, celebra-se no 7º Domingo da Páscoa e solenidade da Ascensão
do Senhor.
Cor Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o
Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes solenidades,
pode ser substituída pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo