Liturgia Diária
Comentada 11/04/2013
2ª Semana da Páscoa - 2ª Semana do Saltério
Prefácio próprio - Ofício do dia
Cor: Branco - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona: Salmo 67,8-9.20 - Ó Deus, quando saístes à frente do vosso povo,
abrindo-lhe o caminho e habitando entre eles, a terra estremeceu, fundiram-se
os céus, aleluia.
Oração do Dia: Concedei, ó Deus, que vejamos frutificar em toda a nossa vida as
graças do mistério pascal, que instituístes na vossa misericórdia. Por nosso
Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira Leitura: At 5,27-33
Disso somos testemunhas, nós e o Espírito Santo.
Trouxeram-nos e os introduziram no Grande Conselho, onde o sumo
sacerdote os interrogou, dizendo: Expressamente vos ordenamos que não
ensinásseis nesse nome. Não obstante isso tende enchido Jerusalém de vossa
doutrina! Quereis fazer recair sobre nós o sangue deste homem!
Pedro e os apóstolos replicaram: Importa obedecer antes a Deus do que
aos homens. O Deus de nossos pais ressuscitou Jesus, que vós matastes,
suspendendo-o num madeiro. Deus elevou-o pela mão direita como Príncipe e
Salvador, a fim de dar a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados.
Deste fato nós somos testemunhas, nós e o Espírito Santo, que Deus deu a todos
aqueles que lhe obedecem. Ao ouvirem essas palavras, enfureceram-se e
resolveram matá-los. - Palavra do Senhor.
Comentando a Leitura: O testemunho apostólico não é, pois, a
simples atestação de um fato, mas graças à presença do Espírito, é a
interpretação religiosa do desígnio de Deus. Desta forma, o apóstolo continua a
obra dos profetas. Também a Igreja, que no Espírito relê os acontecimentos
contemporâneos, pode dar o mesmo testemunho e renovar a ação de graças pela
salvação pascal.
Salmo: 33, 2.9. 17-18. 19-20
(R. 7a)
Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.
Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em
minha boca.
Provai e vede quão suave é o Senhor! Feliz o homem que tem nele o seu
refúgio!
Ma ele volta a sua face contra os maus para da terra apagar sua
lembrança.
Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta e de todas as angústias os
liberta.
Do coração atribulado ele está perto e conforta os de espírito abatido.
Muitos males se abatem sobre os justos, mas o Senhor de todos eles os
liberta.
Evangelho: Jo 3,31-36
O Pai ama o Filho e entregou tudo em sua mão.
Aquele que vem de cima é superior a todos. Aquele que vem da terra é
terreno e fala de coisas terrenas. Aquele que vem do céu é superior a todos.
Ele testemunha as coisas que viu e ouviu, mas ninguém recebe o seu testemunho.
Aquele que recebe o seu testemunho confirma que Deus é verdadeiro. Com efeito,
aquele que Deus enviou fala a linguagem de Deus, porque ele concede o Espírito
sem medidas. O Pai ama o Filho e confiou-lhe todas as coisas. Aquele que crê no
Filho tem a vida eterna; quem não crê no Filho não verá a vida, mas sobre ele
pesa a ira de Deus. - Palavra da Salvação.
Comentando o Evangelho (Padre Jaldemir Vitório / Jesuíta):
O diálogo com Nicodemos constituiu uma oportunidade para Jesus
explicitar sua origem e missão. Ele veio do alto, do Pai. Portanto, seu
horizonte existencial superava os limites da história humana e lançava raízes
no próprio Deus. Foi assim que Jesus declarou sua divindade. Sua origem celeste
e sua superioridade em relação a todos o fazia tão próximo de Deus a ponto de
revesti-lo dos atributos próprios da divindade.
Sua missão consistiu em dar testemunho do que aprendeu junto do Pai.
Neste, suas palavras tinham sua origem. E seu testemunho era rigorosamente
verdadeiro. Não aceitá-lo corresponderia a rebelar-se contra o próprio Deus.
Afinal, Jesus recebera do Pai um mandato específico. Rejeitá-lo significaria
rejeitar quem o enviou.
Toda a vida de Jesus teve como pano de fundo o amor que o Pai lhe
dedicou. E este amor foi tão intenso que o Pai não hesitou em colocar nas mãos
do Filho, inclusive o poder de julgar a vida de quem se negar a crer nele.
A contemplação do Ressuscitado coloca-nos diante de uma opção
intransferível: aceitar, como veraz, o testemunho de Jesus e, com isso, obter a
salvação; ou rejeitá-lo, e ser fadado à condenação eterna. Quem é prudente,
opta pela salvação.
INTENÇÕES PARA O MÊS DE ABRIL:
Geral – Celebração da Fé: Que a celebração pública e orante
da Fé seja fonte de vida para os que creem.
Missionária – Igrejas locais e território de missão: Que as Igrejas
locais e territórios de missão sejam sinais e instrumentos de esperança e
ressurreição.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo Pascal: Os cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de
Pentecostes sejam celebrados com alegria e exultação, como se fossem um só dia
de festa, ou melhor, “como um grande Domingo” (Santo Atanásio; conforme NALC 22).
Os Domingos deste tempo sejam tidos como Domingos da Páscoa e, depois do
Domingo da Ressurreição, sejam chamados 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 7º Domingos da
Páscoa. Os oito primeiros dias do Tempo Pascal formam a Oitava da Páscoa e são
celebrados como solenidades do Senhor (NALC 24). O oitavo dia é constituído
pelo domingo seguinte a Páscoa. A oitava da Páscoa tem precedência sobre
quaisquer outras celebrações.
Qualquer solenidade que coincida com um dos domingos da Páscoa tem sua
celebração antecipada para o sábado; se, porém, ocorrer durante a oitava da
Páscoa, fica transferida para o primeiro dia livre que se seguir a oitava. As
festas celebram-se segundo a data do calendário; quando ocorrerem em domingo do
Tempo Pascal, omitem-se nesse ano.
Diz-se o Glória durante a Oitava da Páscoa, nas solenidades e festas, já
o Credo só nas solenidades. O Círio Pascal permanece junto ao altar por todo o
Tempo Pascal, isto é, da noite de Páscoa ao Domingo de Pentecostes, e acende-se
em todas as Missas dominicais.
O Domingo de Pentecostes encerra este tempo sagrado de cinquenta dias
(NALC 23). No Brasil, celebra-se no 7º Domingo da Páscoa e solenidade da Ascensão
do Senhor.
Cor Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o
Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes solenidades,
pode ser substituída pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo