Liturgia Diária
Comentada 12/04/2013
2ª Semana da Páscoa - 2ª Semana do Saltério
Prefácio próprio - Ofício do dia
Cor: Branco - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona: Apocalipse 5,9-10 - Vós nos resgatastes Senhor, pelo vosso sangue, de
todas as raças, línguas, povos e nações e fizestes de nós um reino e sacerdotes
para o nosso Deus, aleluia.
Oração do Dia: Concedei, ó Deus, aos vossos servos e servas a graça da
ressurreição, pois quisestes que o vosso Filho sofresse por nós o sacrifício da
cruz para nos libertar do poder do inimigo. Por nosso Senhor Jesus Cristo,
vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira Leitura: At 5,34-42
Eles saíram muito contentes, por terem sido considerados dignos de
injúrias, por causa do nome de Jesus.
Naqueles dias, um fariseu chamado Gamaliel levantou-se no Sinédrio. Era
mestre da Lei e todo o povo o estimava. Gamaliel mandou que os acusados saíssem
por um instante. Depois disse: “Homens de Israel, vede bem o que estais para
fazer contra esses homens. Algum tempo atrás apareceu Teudas, que se fazia
passar por uma pessoa importante, e a ele se juntaram cerca de quatrocentos
homens. Depois ele foi morto e todos os que o seguiam debandaram, e nada
restou.
Depois dele, no tempo do recenseamento, apareceu Judas, o Galileu, que
arrastou o povo atrás de si. Contudo, também ele morreu e todos os seus
seguidores se dispersaram. Quanto ao que está acontecendo agora, dou-vos um
conselho: não vos preocupeis com esses homens e deixai-os ir embora. Porque, se
este projeto ou esta atividade é de origem humana será destruído. Mas, se vem
de Deus, vós não conseguireis eliminá-los. Cuidado para não vos pordes em luta
contra Deus!” E os membros do Sinédrio aceitaram o parecer de Gamaliel.
Chamaram então os apóstolos, mandaram açoitá-los, proibiram que eles
falassem em nome de Jesus, e depois os soltaram. Os apóstolos saíram do
conselho muito contentes por terem sido considerados dignos de injúrias, por
causa do nome de Jesus. E cada dia, no Templo e pelas casas, não cessavam de
ensinar e anunciar o evangelho de Jesus Cristo. - Palavra do Senhor.
Salmo: 26, 1. 4. 13-14 (R. Cf.
4ab)
Ao Senhor eu peço apenas uma coisa, habitar no santuário do Senhor.
O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo? O Senhor é a
proteção da minha vida; perante a quem eu tremerei?
Ao Senhor eu peço apenas uma coisa, e é só isto que eu desejo: habitar
no santuário do Senhor por toda a minha vida; saborear a suavidade do Senhor e
contemplá-lo no seu templo.
Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes. Espera
no Senhor e tem coragem, espera no Senhor!
Evangelho: Jo 6,1-15
Distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto queriam.
Naquele tempo, Jesus foi para o outro lado do mar da Galileia, também
chamado de Tiberíades. Uma grande multidão o seguia, porque via os sinais que
ele operava a favor dos doentes. Jesus subiu ao monte e sentou-se aí, com os
seus discípulos. Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus. Levantando os
olhos, e vendo que uma grande multidão estava vindo ao seu encontro, Jesus
disse a Filipe: “Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?” Disse isso
para pô-lo à prova, pois ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer. Filipe
respondeu: “Nem duzentas moedas de prata bastariam para dar um pedaço de pão a
cada um”.
Um dos discípulos, André, o irmão de Simão Pedro, disse: “Está aqui um
menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que é isso para tanta
gente?” Jesus disse: “Fazei sentar as pessoas”. Havia muita relva naquele
lugar, e lá se sentaram, aproximadamente, cinco mil homens. Jesus tomou os
pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto
queriam. E fez o mesmo com os peixes.
Quando todos ficaram satisfeitos, Jesus disse aos discípulos: “Recolhei
os pedaços que sobraram, para que nada se perca!” Recolheram os pedaços e
encheram doze cestos com as sobras dos cinco pães, deixadas pelos que haviam
comido. Vendo o sinal que Jesus tinha realizado, aqueles homens exclamavam:
“Este é verdadeiramente o Profeta, aquele que deve vir ao mundo”. Mas, quando
notou que estavam querendo levá-lo para proclamá-lo rei, Jesus retirou-se de
novo, sozinho, para o monte. - Palavra da Salvação.
Comentando o Evangelho (Padre Jaldemir Vitório / Jesuíta):
A multiplicação dos pães levou a multidão a considerar Jesus como o verdadeiro
profeta, aquele que todos esperavam, desde longa data. O fato de ter alimentado
uma imensa multidão, contando apenas com cinco pães de cevada e dois peixes,
revelou-se como sinal inequívoco da messianidade de Jesus. Daí o desejo do povo
de fazê-lo rei, na esperança de que todos os seus problemas fossem resolvidos
da mesma forma eficiente e rápida, que acabavam de presenciar. Foi grande a
expectativa criada em torno dele.
Todavia, Jesus não se deixou levar por tal raciocínio demasiado
pragmático. O povo não havia entendido o sentido do milagre, uma vez que o
consideravam apenas sob o aspecto material de superação da fome pela abundância
de pão. O objetivo visado por Jesus era bem outro: ensinar a todos que a
partilha fraterna é um sinal irrefutável da presença do Reino, acontecendo na
história humana. Por outras palavras: a partilha é um imperativo na vida de
quem aderiu ao Reino, fazendo dele o centro de sua vida. Ou seja, o milagre
dependeu da postura interna de cada pessoa, e não somente da iniciativa de
Jesus.
O Mestre é o verdadeiro profeta não porque multiplicou os pães de forma
prodigiosa, à revelia das pessoas, e sim, porque abriu o coração humano para o
amor, muito bem expresso na partilha dos bens.
INTENÇÕES PARA O MÊS DE ABRIL:
Geral – Celebração da Fé: Que a celebração pública e orante
da Fé seja fonte de vida para os que creem.
Missionária – Igrejas locais e território de missão: Que as Igrejas
locais e territórios de missão sejam sinais e instrumentos de esperança e
ressurreição.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo Pascal: Os cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de
Pentecostes sejam celebrados com alegria e exultação, como se fossem um só dia
de festa, ou melhor, “como um grande Domingo” (Santo Atanásio; conforme NALC
22).
Os Domingos deste tempo sejam tidos como Domingos da Páscoa e, depois do
Domingo da Ressurreição, sejam chamados 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 7º Domingos da
Páscoa. Os oito primeiros dias do Tempo Pascal formam a Oitava da Páscoa e são
celebrados como solenidades do Senhor (NALC 24). O oitavo dia é constituído
pelo domingo seguinte a Páscoa. A oitava da Páscoa tem precedência sobre
quaisquer outras celebrações.
Qualquer solenidade que coincida com um dos domingos da Páscoa tem sua
celebração antecipada para o sábado; se, porém, ocorrer durante a oitava da
Páscoa, fica transferida para o primeiro dia livre que se seguir a oitava. As
festas celebram-se segundo a data do calendário; quando ocorrerem em domingo do
Tempo Pascal, omitem-se nesse ano.
Diz-se o Glória durante a Oitava da Páscoa, nas solenidades e festas, já
o Credo só nas solenidades. O Círio Pascal permanece junto ao altar por todo o
Tempo Pascal, isto é, da noite de Páscoa ao Domingo de Pentecostes, e acende-se
em todas as Missas dominicais.
O Domingo de Pentecostes encerra este tempo sagrado de cinquenta dias
(NALC 23). No Brasil, celebra-se no 7º Domingo da Páscoa e solenidade da Ascensão
do Senhor.
Cor Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o
Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes solenidades,
pode ser substituída pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo