Liturgia Diária
Comentada 27/04/2013
4ª Semana da Páscoa - 4ª Semana do Saltério
Prefácio pascal - Ofício do dia
Cor: Branco - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona: Povo resgatado por Deus, proclamai suas maravilhas; ele vos
chamou das trevas à luz admirável, aleluia!
Oração do Dia: Deus eterno e todo-poderoso, fazei-nos viver sempre mais o
mistério pascal para que, renovados pelo santo batismo, possamos, por vossa
graça, produzir muitos frutos e chegar às alegrias da vida eterna. Por nosso
Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira Leitura: At 13,44-52
Vamos dirigir-nos aos pagãos
No sábado seguinte, quase toda a cidade se reuniu para ouvir a palavra
de Deus. Ao verem aquela multidão, os judeus ficaram cheios de inveja e, com
blasfêmias, opunham-se ao que Paulo dizia.
Então, com muita coragem, Paulo e Barnabé declararam: “Era preciso anunciar a
palavra de Deus primeiro a vós. Mas, como a rejeitais e vos considerais
indignos da vida eterna, sabei que nos vamos dirigir aos pagãos. Porque esta é
a ordem que o Senhor nos deu: ‘Eu te coloquei como luz para as nações, para que
leves a salvação até os confins da terra’”.
Os pagãos ficaram muito contentes, quando ouviram isso, e glorificaram a
Palavra do Senhor. Todos os que eram destinados à vida eterna, abraçaram a fé.
Desse modo, a palavra do Senhor espalhava-se por toda a região. Mas os judeus
instigaram as mulheres ricas e religiosas, assim como os homens influentes da
cidade, provocaram uma perseguição contra Paulo e Barnabé e expulsaram-nos do
seu território. Então os apóstolos sacudiram contra eles a poeira dos pés, e
foram para a cidade de Icônio. 52Os discípulos, porém, ficaram cheios de
alegria e do Espírito Santo. - Palavra do Senhor.
Comentando a Liturgia: A cena de Paulo abandonando a
sinagoga para se voltar aos pagãos, após haver tentado em vão “evangelizar”
seus antigos irmãos de raça e religião, é tantas vezes repetida nos Atos que
faz supor que Lucas tenha introduzido nela uma precisa intenção teológica,
sublinhando o caráter universal característico do seu evangelho.
Esta ideia domina toda a segunda parte dos Atos e coincide com o
aparecimento de Paulo, o apóstolo dos pagãos. E proclamada e posta como sinete
na conclusão dos Atos: "Sabei, pois, que esta salvação de Deus foi enviada
às nações. E elas a escutarão!".
Deus não repele Israel, não se desmente, permanece fiel às suas
promessas. Israel falhou na sua missão e vocação. Suscitado por Deus para ser
guarda das promessas e instrumento da difusão da salvação, transforma-se em
obstáculo que impede o crescimento e a multiplicação da palavra de Deus.
Salmo: 97, 1. 2-3ab. 3cd-4
(R.3cd)
Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus.
Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e
o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória.
O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o
seu amor sempre fiel pela casa de Israel.
Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o
Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai!
Evangelho: Jo 14,7-14
Quem me viu, viu o Pai.
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Se vós me conhecêsseis,
conheceríeis também o meu Pai. E desde agora o conheceis e o vistes”. Disse
Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!”
Jesus respondeu: “Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces
Filipe? Quem me viu, viu o Pai. Como é que tu dizes: ‘Mostra-nos o Pai”? Não
acreditas que eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo,
não as digo por mim mesmo, mas é o Pai que, permanecendo em mim, realiza as
suas obras. Acreditai-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim. Acreditai, ao
menos, por causa destas mesmas obras.
Em verdade, em verdade vos digo, quem acredita em mim fará as obras que
eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai, e o que pedirdes
em meu nome, eu o realizarei, a fim de que o Pai seja glorificado no
Filho. Se pedirdes algo em meu nome, eu o farei. - Palavra
da Salvação.
Comentando o Evangelho (Padre Jaldemir Vitório / Jesuíta):
Não se pode de compreender a existência de Jesus, prescindindo de sua
íntima comunhão com o Pai. Suas palavras e seus gestos foram sempre referidos
ao Pai. A consciência de ser o Filho enviado estava sempre presente em tudo
quanto fazia. E mais: tinha consciência de estar chegando a hora de voltar para
junto do Pai.
Sendo assim, o Filho divino pode ser considerado como a transparência do
Pai. Quem o conhece, conhece o Pai. Quem o vê, vê também o Pai. Ouvi-lo,
significa ouvir o Pai. Contemplar seus milagres, corresponde a contemplar o Pai
manifestando seu amor pela humanidade. É, pois, inútil pretender ter acesso a
Deus, prescindindo de Jesus.
Evidentemente, o Pai não é Jesus. E Jesus não é o Pai. As palavras de
Jesus não dão margem para equívocos. Seria falsa qualquer identificação, e não
corresponderia ao pensamento de Jesus. A comunhão entre ambos não redunda da
fusão de um no outro.
Apesar disto, Jesus não titubeou em fazer esta afirmação ousada:
"Quem me vê, vê o Pai". Da contemplação da vida de Jesus, é possível
chegar a compreender quais são as pautas da ação de Deus, ou seja, a maneira
como ele se relaciona com os seres humanos, e o que espera deles.
Portanto, não é preciso ir longe para encontrar Deus. Jesus é o caminho
pelo qual chegamos até o Pai.
INTENÇÕES PARA O MÊS DE ABRIL:
Geral – Celebração da Fé: Que a celebração pública e orante
da Fé seja fonte de vida para os que creem.
Missionária – Igrejas locais e território de missão: Que as Igrejas
locais e territórios de missão sejam sinais e instrumentos de esperança e
ressurreição.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo Pascal: Os cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de
Pentecostes sejam celebrados com alegria e exultação, como se fossem um só dia
de festa, ou melhor, “como um grande Domingo” (Santo Atanásio; conforme NALC
22).
Os Domingos deste tempo sejam tidos como Domingos da Páscoa e, depois do
Domingo da Ressurreição, sejam chamados 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 7º Domingos da
Páscoa. Os oito primeiros dias do Tempo Pascal formam a Oitava da Páscoa e são
celebrados como solenidades do Senhor (NALC 24). O oitavo dia é constituído
pelo domingo seguinte a Páscoa. A oitava da Páscoa tem precedência sobre
quaisquer outras celebrações.
Qualquer solenidade que coincida com um dos domingos da Páscoa tem sua
celebração antecipada para o sábado; se, porém, ocorrer durante a oitava da
Páscoa, fica transferida para o primeiro dia livre que se seguir a oitava. As
festas celebram-se segundo a data do calendário; quando ocorrerem em domingo do
Tempo Pascal, omitem-se nesse ano.
Diz-se o Glória durante a Oitava da Páscoa, nas solenidades e festas, já
o Credo só nas solenidades. O Círio Pascal permanece junto ao altar por todo o
Tempo Pascal, isto é, da noite de Páscoa ao Domingo de Pentecostes, e acende-se
em todas as Missas dominicais.
O Domingo de Pentecostes encerra este tempo sagrado de cinquenta dias
(NALC 23). No Brasil, celebra-se no 7º Domingo da Páscoa e solenidade da Ascensão
do Senhor.
Cor Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o
Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes solenidades,
pode ser substituída pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo