Liturgia Diária
Comentada 16/05/2013
7ª Semana da Páscoa - 3ª Semana do Saltério
Prefácio da Ascensão - Ofício do dia
Cor: Branco - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona: Hebreus 4,16 - Aproximemos confiantes do trono da graça, a
fim de conseguirmos misericórdia e encontrarmos auxílio em tempo oportuno,
aleluia!
Oração do Dia: Nós vos pedimos, ó Deus, que o vosso Espírito nos transforme com
a força dos seus dons, dando-nos um coração capaz de agradar-vos e de aceitar a
vossa vontade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira Leitura: At 22,30; 23,6-11
É preciso que tu sejas também minha testemunha em Roma.
Naqueles dias, querendo saber com certeza por que Paulo estava sendo
acusado pelos judeus, o tribuno soltou-o e mandou reunir os chefes dos
sacerdotes e todo o conselho dos anciãos. Depois fez trazer Paulo e colocou-o
diante deles.
Sabendo que uma parte dos presentes eram saduceus e a outra parte eram
fariseus, Paulo exclamou no conselho dos anciãos: Irmãos, eu sou fariseu e
filho de fariseus. Estou sendo julgado por causa da nossa esperança na
ressurreição dos mortos. Apenas falou isso, armou-se um conflito entre fariseus
e saduceus, e a assembleia se dividiu.
Com efeito, os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem
espírito, enquanto os fariseus sustentam uma coisa e outra. Houve, então, uma
enorme gritaria. Alguns doutores da Lei, do partido dos fariseus, levantaram-se
e começaram a protestar, dizendo: Não encontramos nenhum mal neste homem. E se
um espírito ou anjo tivesse falado com ele?
E o conflito crescia cada vez mais. Receando que Paulo fosse despedaçado
por eles, o comandante ordenou que os soldados descessem e o tirassem do meio
deles, levando-o de novo para o quartel.
Na noite seguinte, o Senhor aproximou-se de Paulo e lhe disse: Tem confiança.
Assim como tu deste testemunho de mim em Jerusalém, é preciso que tu sejas
também minha testemunha em Roma. - Palavra do Senhor.
Comentando a Liturgia: Paulo não entendeu como seria
seu testemunho em Roma. O Espírito é sempre imprevisível e soberanamente livre.
Destrói os planos humanos, inclusive os do próprio Paulo que deu tudo se si a
serviço do evangelho.
O Espírito é como um fogo devorador que entra em nossa vida, mas só
assim, nos tornaremos transparentes à sua palavra e toda vossa vida se torna
testemunho.
Salmo: 15, 1-2a.5. 7-8. 9-10.
11 (R.1)
Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! Digo ao Senhor: “Senhor
vós sois meu Senhor”. Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, meu destino
está seguro em vossas mãos!
Eu bendigo o Senhor, que me aconselha, e até de noite me adverte o
coração. Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, pois se o tenho a meu lado não
vacilo.
Eis por que meu coração está em festa, minha alma rejubila de alegria, e
até meu corpo no repouso está tranquilo; pois não haveis de me deixar entregue
à morte, nem vosso amigo conhecer a corrupção.
Vós me ensinais vosso caminho para a vida; junto a vós, felicidade sem
limites, delícia eterna e alegria ao vosso lado!
Evangelho: Jo 17,20-26
Para que eles cheguem à unidade perfeita.
Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao céu e rezou, dizendo: Pai santo,
eu não te rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim
pela sua palavra; para que todos sejam um como tu, Pai, estás em mim e eu em
ti, e para que eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me
enviaste.
Eu dei-lhes a glória que tu me deste, para que eles sejam um, como nós
somos um: eu neles e tu em mim, para que assim eles cheguem à unidade perfeita
e o mundo reconheça que tu me enviaste e os amaste como me amaste a mim.
Pai, aqueles que me deste, quero que estejam comigo onde eu estiver,
para que eles contemplem a minha glória, glória que tu me deste porque me
amaste antes da fundação do universo. Pai justo, o mundo não te conheceu, mas
eu te conheci, e estes também conheceram que tu me enviaste.
Eu lhes fiz conhecer o teu nome, e o tornarei conhecido ainda mais, para
que o amor com que me amaste esteja neles, e eu mesmo esteja neles. -
Palavra da Salvação.
Comentando o Evangelho (Padre Jaldemir Vitório / Jesuíta):
A unidade foi o tema polarizador da pregação de Jesus, na etapa final do
seu ministério. Esta preocupação é facilmente compreensível. Ele conhecia bem o
coração humano, e sua tendência para a divisão, os conflitos, e a visão
distorcida da realidade. Sintoma do pecado, a ausência de comunhão coloca-se no
extremo oposto do ideal de Jesus. Foi este o alvo de sua ação redentora:
arrancar o ser humano do egoísmo, que perverte o coração e o afasta de Deus e do
próximo, levando a converter-se à unidade.
O modelo de unidade vislumbrado por Jesus é a comunhão trinitária.
Portanto, ao apelar para a unidade, sua intenção foi levar os seres humanos a
viver de modo semelhante, como vivem o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o
mesmo projeto, fundado na comunhão, que Jesus propõe para a humanidade, a
começar pelo grupo restrito dos discípulos.
Para Jesus, a comunhão dos discípulos reforçaria a credibilidade de sua
condição de enviado. Se implantou uma forma de amor-comunhão, diferente das até
então conhecidas, é porque ele, de alguma forma, a tinha previamente
experimentado na comunhão com o Pai e o Espírito Santo. Esta experiência
prévia, no seio da Trindade, possibilitou a Jesus mostrar aos seres humanos o
que seria melhor para eles. Sem amor-comunhão, só existe frustração. Não existe
salvação possível.
É próprio do discípulo cultivar o ideal de ser perfeito na unidade.
INTENÇÕES PARA O MÊS DE MAIO:
Geral – Responsáveis pela Justiça: Que os responsáveis por
administrar a justiça ajam sempre com integridade e consciência reta.
Missionária – Seminários: Que os Seminários, em particular
os que se encontram em Igreja de missão, formem pastores segundo o Coração de
Cristo, inteiramente dedicados ao anúncio do Evangelho.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo Pascal: Os cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de
Pentecostes sejam celebrados com alegria e exultação, como se fossem um só dia
de festa, ou melhor, “como um grande Domingo” (Santo Atanásio; conforme NALC
22).
Os Domingos deste tempo sejam tidos como Domingos da Páscoa e, depois do
Domingo da Ressurreição, sejam chamados 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 7º Domingos da
Páscoa. Os oito primeiros dias do Tempo Pascal formam a Oitava da Páscoa e são
celebrados como solenidades do Senhor (NALC 24). O oitavo dia é constituído
pelo domingo seguinte a Páscoa. A oitava da Páscoa tem precedência sobre
quaisquer outras celebrações.
Qualquer solenidade que coincida com um dos domingos da Páscoa tem sua
celebração antecipada para o sábado; se, porém, ocorrer durante a oitava da
Páscoa, fica transferida para o primeiro dia livre que se seguir a oitava. As
festas celebram-se segundo a data do calendário; quando ocorrerem em domingo do
Tempo Pascal, omitem-se nesse ano.
Diz-se o Glória durante a Oitava da Páscoa, nas solenidades e festas, já
o Credo só nas solenidades. O Círio Pascal permanece junto ao altar por todo o
Tempo Pascal, isto é, da noite de Páscoa ao Domingo de Pentecostes, e acende-se
em todas as Missas dominicais.
O Domingo de Pentecostes encerra este tempo sagrado de cinquenta dias
(NALC 23). No Brasil, celebra-se no 7º Domingo da Páscoa a solenidade da Ascensão
do Senhor.
Cor Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o
Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes solenidades,
pode ser substituída pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo