Liturgia Diária
Comentada 19/05/2013
Solenidade:
DOMINGO DE PENTECOSTES
Prefácio
Próprio - Ofício da Solenidade
Glória
- Sequencia - Creio
Cor:
Vermelho - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona: Sabedoria 1,7 O Espírito do Senhor encheu o universo; ele
mantém unidas todas as coisas e conhece todas as línguas, aleluia!
Oração do Dia: Ó Deus, que pelo mistério da festa de hoje, santificais a vossa
Igreja inteira, em todos os povos e nações, derramai por toda extensão do mundo
os dons do Espírito Santo e realizai agora, no coração dos fieis, as maravilhas
que operastes no início da pregação do evangelho. Por nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira Leitura: At 2,1-11
Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar.
Quando chegou o dia de Pentecostes, os discípulos estavam todos reunidos
no mesmo lugar. De repente, veio do céu um barulho como se fosse uma forte
ventania, que encheu a casa onde eles se encontravam. Então apareceram línguas
como de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Todos ficaram
cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o
Espírito os inspirava.
Moravam em Jerusalém judeus devotos, de todas as nações do mundo. Quando
ouviram o barulho, juntou-se a multidão, e todos ficaram confusos, pois cada um
ouvia os discípulos falar em sua própria língua.
Cheios de espanto e admiração, diziam: “Esses homens que estão falando
não são todos galileus? Como é que nós os escutamos na nossa própria língua?
Nós, que somos partos, medos e elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judéia e
da Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da Panfília, do Egito e da parte
da Líbia próxima de Cirene, também romanos que aqui residem; judeus e
prosélitos, cretenses e árabes, todos nós os escutamos anunciarem as maravilhas
de Deus em nossa própria língua!” - Palavra do Senhor.
Salmo: 103, 1ab.24ac.29bc-30
31.34 (R.30)
Enviai o vosso Espírito Senhor e da terra toda a face renovai.
Bendize, ó minha alma, ao Senhor! Ó meu Deus e meu Senhor, como sois
grande! Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras! Encheu-se a terra com as
vossas criaturas!
Se tirais o seu respiro, elas perecem e voltam para o pó de onde vieram.
Enviais o vosso espírito e renascem e da terra toda a face renovais.
Que a glória do Senhor perdure sempre, e alegre-se o Senhor em suas
obras! Hoje seja-lhe agradável o meu canto, pois o Senhor é a minha grande
alegria
Segunda Leitura: 1Cor 12,3b-7.12-13
Fomos batizados num único Espírito para formarmos um único corpo.
Irmãos: Ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor, a não ser no Espírito
Santo. Há diversidade de dons, mas um mesmo é o Espírito. Há diversidade de
ministérios, mas um mesmo é o Senhor. Há diferentes atividades, mas um mesmo
Deus que realiza todas as coisas em todos.
A cada um é dada a manifestação do Espírito em vista do bem comum. Como
o corpo é um, embora tenha muitos membros, e como todos os membros do corpo,
embora sejam muitos, formam um só corpo, assim também acontece com Cristo.
De fato, todos nós, judeus ou gregos, escravos ou livres, fomos
batizados num único Espírito, para formarmos um único corpo, e todos nós
bebemos de um único Espírito. - Palavra do Senhor.
Evangelho: Jo 20,19-23
Assim como o Pai me enviou também eu vos envio: Recebei o Espírito
Santo.
Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por
medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus
entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”. Depois dessas
palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por
verem o Senhor.
Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou,
também eu vos envio”. E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse:
“Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão
perdoados; a quem não os perdoardes, eles lhes serão retidos”. - Palavra da Salvação.
Comentando
o Evangelho Antônio
Carlos Santini / Com. Católica Nova Aliança: Eles estavam
trancados. Dominados pelo medo. Estavam perturbados pelos acontecimentos
recentes. Certamente alimentavam sentimentos de culpa por terem abandonado o
Mestre à sua Paixão. Jesus aparece inesperadamente no meio dos discípulos,
passando pelas portas fechadas e, soprando sobre eles, diz: “Recebei o Espírito
Santo”.
Para
que “serve” o Espírito Santo? Qual a finalidade desse dom? Ora, serve para
dissipar o medo, transformando covardes em mártires. Serve para serenar a
agitação e trazer de volta a paz. Serve para diluir a culpa e reavivar a
confiança na misericórdia do Senhor.
Mas
serve – e aqui está a “novidade” deste sopro sobre os Apóstolos! – para pôr nas
mãos da Igreja uma notável “faculdade”, até então exclusiva do próprio Deus: o
poder de perdoar pecados! (Cf. Mc 2, 5-11.) Daí em diante, este poder é
confiado aos homens, gerido e ministrado pela Igreja de Jesus.
É
importante notar que a iniciativa não partiu dos homens: não são os Apóstolos
que fazem tal pedido ao Senhor. Daí a impropriedade de quem afirma que a
confissão dos pecados é uma “invenção dos padres”. Ao contrário, é um dom
maravilhoso de Deus, que incumbe a Igreja de ser o canal da misericórdia divina
junto aos pecadores.
Desde
os primeiros momentos, a Igreja nascente, cheia do Espírito Santo, passa a
exercer este ministério. É o que se vê nas palavras de Tiago, em sua Carta:
“Confessai os vossos pecados uns aos outros e rezai uns pelos outros, a fim de
serdes curados”. (Tg 5, 16.) Assim, não tem nenhum fundamento a atitude de quem
diz que confessa seus pecados “diretamente a Deus”, quando o próprio Senhor
quis a Igreja como mediadora de seu perdão.
O
“Catecismo” ensina: “Conferindo aos apóstolos seu próprio poder de perdoar os
pecados, o Senhor também lhes dá a autoridade de reconciliar os pecadores com a
Igreja. Esta dimensão eclesial de sua tarefa exprime-se principalmente na
solene palavra de Cristo a Simão Pedro: ‘Eu te darei as chaves do Reino dos
Céus, e o que ligares na terra será ligado nos céus, e o que desligares na
terra será desligado nos céus’ (Mt 16, 19)”. (Nº 1444)
Há
quanto tempo não busco o perdão de meus pecados no Sacramento da Confissão?
INTENÇÕES PARA O MÊS DE MAIO:
Geral – Responsáveis pela Justiça: Que os responsáveis por
administrar a justiça ajam sempre com integridade e consciência reta.
Missionária – Seminários: Que os Seminários, em particular
os que se encontram em Igreja de missão, formem pastores segundo o Coração de
Cristo, inteiramente dedicados ao anúncio do Evangelho.
TEMPO LITÚRGICO:
Tempo Pascal: Os cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de
Pentecostes sejam celebrados com alegria e exultação, como se fossem um só dia
de festa, ou melhor, “como um grande Domingo” (Santo Atanásio; conforme NALC
22).
Os Domingos deste tempo sejam tidos como Domingos da Páscoa e, depois do
Domingo da Ressurreição, sejam chamados 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 7º Domingos da
Páscoa. Os oito primeiros dias do Tempo Pascal formam a Oitava da Páscoa e são
celebrados como solenidades do Senhor (NALC 24). O oitavo dia é constituído
pelo domingo seguinte a Páscoa. A oitava da Páscoa tem precedência sobre
quaisquer outras celebrações.
Qualquer solenidade que coincida com um dos domingos da Páscoa tem sua
celebração antecipada para o sábado; se, porém, ocorrer durante a oitava da
Páscoa, fica transferida para o primeiro dia livre que se seguir a oitava. As
festas celebram-se segundo a data do calendário; quando ocorrerem em domingo do
Tempo Pascal, omitem-se nesse ano.
Diz-se o Glória durante a Oitava da Páscoa, nas solenidades e festas, já
o Credo só nas solenidades. O Círio Pascal permanece junto ao altar por todo o
Tempo Pascal, isto é, da noite de Páscoa ao Domingo de Pentecostes, e acende-se
em todas as Missas dominicais.
O Domingo de Pentecostes encerra este tempo sagrado de cinquenta dias
(NALC 23). No Brasil, celebra-se no 7º Domingo da Páscoa a solenidade da Ascensão
do Senhor.
Cor Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o
Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes solenidades,
pode ser substituída pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo
SEQUENCIA:
1. Espírito de Deus, enviai dos céus um raio de luz!
2. Vinde, Pai dos pobres, daí aos corações vossos sete dons.
3. Consolo que acalma, hóspede da alma, doce alívio, vinde!
4. No labor descanso, na aflição remanso, no calor aragem.
5. Enchei, luz bendita, chama que crepita, o íntimo de nós!
6. Sem luz que acode, nada o homem pode, nenhum bem há nele.
7. Ao sujo lavai, ao seco regai, curai o doente.
8. Dobrai o que é duro, guiai no escuro, o frio aquecei.
9. Daí à vossa Igreja, que espera e deseja, vossos sete dons.
10. Daí em prêmio ao forte uma santa morte, alegria eterna. Amém