
Liturgia
Diária Comentada 07/06/2013
9ª
Semana do Tempo Comum - 1ª Semana do Saltério
Prefácio
Próprio - Ofício solene próprio
Glória
e Creio
Cor:
Branco - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona: Salmo
32,11.19 - Eis os pensamentos do seu coração, que permanecem
ao longo das gerações: libertar da morte todos os homens e
conserva-lhes a vida em tempo de penúria!
Oração
do Dia: Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, alegrando-nos
pela solenidade do Coração do vosso Filho, meditemos as maravilhas
de seu amor e possamos receber, desta fonte de vida, uma torrente de
graças. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira
Leitura: Ez 34,11-16
Eu
mesmo vou apascentar as minhas ovelhas e fazê-las repousar.
Assim
diz o Senhor Deus: “Vede! Eu mesmo vou procurar minhas ovelhas e
tomar conta delas. Como o pastor toma conta do rebanho, de dia,
quando se encontra no meio das ovelhas dispersas, assim vou cuidar de
minhas ovelhas e vou resgatá-las de todos os lugares em que forem
dispersadas num dia de nuvens e escuridão.
Vou
retirar minhas ovelhas do meio dos povos e recolhê-las do meio dos
países para as conduzir à sua terra. Vou apascentar as ovelhas
sobre os montes de Israel, nos vales dos riachos e em todas as
regiões habitáveis do país. Vou apascentá-las em boas pastagens e
nos altos montes de Israel estará o seu abrigo, e pastarão em
férteis pastagens sobre os montes de Israel.
Eu
mesmo vou apascentar as minhas ovelhas e fazê-las repousar –
oráculo do Senhor Deus. Vou procurar a ovelha perdida, reconduzir a
extraviada, enfaixar a da perna quebrada, fortalecer a doente, e
vigiar a ovelha gorda e forte. Vou apascentá-la conforme o
direito”. - Palavra do Senhor.
Salmo: 22,1-3a.3b-4.5.6
(R. 1)
O
Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma.
O
Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma. Pelos
prados e campinas verdejantes ele me leva a descansar. Para as águas
repousantes me encaminha, e restaura as minhas forças.
Ele
me guia no caminho mais seguro, pela honra do seu nome. Mesmo que eu
passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei. Estais comigo com
bastão e com cajado, eles me dão a segurança!
Preparais
à minha frente uma mesa, bem à vista do inimigo; com óleo vós
ungis minha cabeça, e o meu cálice transborda.
Felicidade
e todo bem hão de seguir-me, por toda a minha vida; e, na casa do
Senhor, habitarei pelos tempos infinitos.
Segunda
Leitura: Rm 5,5b-11
Deus
mostra seu amor para conosco.
Irmãos,
o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito
Santo que nos foi dado. Com efeito, quanto éramos ainda fracos,
Cristo morreu pelos ímpios, no tempo marcado. Dificilmente alguém
morrerá por um justo; por uma pessoa muito boa, talvez alguém se
anime a morrer. Pois bem, a prova de que Deus nos ama é que Cristo
morreu por nós, quando éramos ainda pecadores. Muito mais agora,
que já estamos justificados pelo sangue de Cristo, seremos salvos da
ira por ele.
Quando
éramos inimigos de Deus, fomos reconciliados com ele pela morte do
seu Filho; quanto mais agora, estando já reconciliados, seremos
salvos por sua vida! Ainda mais: Nós nos gloriamos em Deus, por
nosso Senhor Jesus Cristo. É por ele que, já desde o tempo
presente, recebemos a reconciliação. - Palavra do Senhor.
Evangelho: Lc
15,3-7
Alegrai-vos
comigo! Encontrei a minha ovelha que estava perdida!
Naquele
tempo: Jesus contou aos escribas e fariseus esta parábola: 'Se um de
vós tem cem ovelhas e perde uma, não deixa as noventa e nove no
deserto, e vai atrás daquela que se perdeu, até encontrá-la?
Quando a encontra, coloca-a nos ombros com alegria, e, chegando a
casa, reúne os amigos e vizinhos, e diz: 'Alegrai-vos comigo!
Encontrei a minha ovelha que estava perdida!'
Eu
vos digo: Assim haverá no céu mais alegria por um só pecador que
se converte, do que por noventa e nove justos que não precisam de
conversão - Palavra da Salvação.
Comentando
o Evangelho (Antônio Carlos Santini / Com Católica Nova Aliança):
No
dia em que a Santa Igreja celebra o Coração de Jesus, o Evangelho
nos traz um convite à alegria. Motivo? A ovelha perdida foi
recuperada... É isto que alegra o coração de Deus.
Mas
não podemos sair do foco: Deus tem um coração! Desde que o Verbo
se encarnou, nascendo de Mulher, existe um coração em Deus. O
transcendente se fez imanente, pondo-se ao alcance de nossos
sentidos. Sua “descida” [sua kênosis] o levou a assumir uma
natureza humana como a nossa, o que incluiu um corpo com nossas dores
e cansaços, suor e lágrimas, sofrimento e morte. E mais: emoções
e sentimentos humanos, inquietações e dúvidas, que o levavam ao
Pai para discernir o caminho a seguir.
Vale
lembrar que a divulgação da devoção ao Sagrado Coração de Jesus
está ligada às aparições do Séc. XVII, concedidas a Santa
Margarida Maria Alacoque, religiosa do Mosteiro da Visitação, em
Paray-le-Monial (França). Na chamada “grande aparição”, em
1675, Jesus se lamentava da ingratidão dos homens e pediu uma festa
oficial de reparação, a cada ano, na sexta-feira seguinte à oitava
de Corpus Christi.
Em
geral, ignora-se que a verdadeira devoção ao Coração de Jesus é
uma devoção missionária! Como resultado daquelas aparições, a
espiritualidade do Sagrado Coração se espalhou pelo mundo inteiro.
Numerosas congregações religiosas são fundadas na Europa, enviando
missionários por todo o planeta.
Foi
o caso dos padres do Sagrado Coração de Jesus de Bétharram,
congregação fundada por São Miguel Garicoïts (1835), e dos
Missionários do Sagrado Coração, do Padre Jules Chevalier (1854),
bem como dos padres Dehonianos, fundados por Léon Dehon (1878). Logo
chegaram à China e ao centro da África para anunciar que Deus tem
um coração que acompanha nossos passos e se mostra sempre
compassivo, fazendo sua a nossa dor.
Naqueles
tempos marcados pelo rigorismo jansenista, com suas pregações
ameaçadoras e os fiéis mantidos bem longe da comunhão eucarística,
já que eram considerados indignos de se aproximarem de Deus, a
devoção ao Sagrado Coração de Jesus viria humanizar pouco a pouco
a espiritualidade católica. Em pleno Séc. XIX – 200 anos depois!
- Santa Teresinha de Lisieux ainda sofreria com as ressonâncias do
jansenismo.
Em
nossos dias, ainda existem grupos que pregam uma espiritualidade
aérea, desencarnada, como se fôssemos anjos, quando o próprio
Filho de Deus preferiu humanizar-se para ser o Deus-conosco anunciado
pelos profetas.
O
pastor deste Evangelho é a imagem de Jesus Cristo, que sempre sai a
campo em busca da ovelha perdida, que sou eu...
INTENÇÕES
PARA O MÊS DE JUNHO:
Geral
– Cultura do Diálogo: Que prevaleça entre os povos uma
cultura de diálogo, escuta e respeito mútuo.
Missionária
– Nova Evangelização: Que nos ambientes onde mais se
percebe a influência do secularismo, as comunidades cristãs possam
promover com eficácia uma nova evangelização.
TEMPO
LITÚRGICO:
Tempo
Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração
da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes
da Quaresma. Recomeça na segunda-feira depois do domingo de
Pentecostes e termina antes das Primeiras Vésperas do 1º Domingo do
Advento NALC 44.
Cor
Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o
Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes
solenidades, pode ser substituída pelo amarelo ou, mais
especificamente, o dourado.
Fonte:
CNBB / Missal Cotidiano
Adaptação:
Ricardo Feitosa e Marta Lúcia