
Liturgia
Diária Comentada 16/06/2013
11ª
Domingo do Tempo Comum - 3ª Semana do Saltério
Prefácio
dos domingos comuns - Ofício dominical comum
Glória
e Creio - Cor: Verde - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona: Salmo
26,7.9 - Ouvi, Senhor, a voz do meu apelo: tende compaixão de
mim e atendei-me; vós sois meu protetor: não me deixeis; não me
abandoneis, ó Deus, meu salvador!
Oração
do Dia: Ó Deus, força daqueles que esperam em vós, sede
favorável ao nosso apelo e, como nada podemos em nossa fraqueza,
dai-nos sempre o socorro da vossa graça, para que possamos querer e
agir conforme vossa vontade, seguindo os vossos mandamentos. Por
nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira
Leitura: 2Sm 12,7-10.13
O
Senhor perdoou o teu pecado, de modo que não morrerás!
Naqueles
dias, Natã disse a Davi: "Esse homem és tu! Assim diz o
Senhor, o Deus de Israel: Eu te ungi como rei de Israel, e salvei-te
das mãos de Saul. Dei-te a casa do teu Senhor e pus nos teus braços
as mulheres do teu senhor, entregando-te também a casa de Israel e
de Judá; e, se isto te parece pouco, vou acrescentar outros favores.
Por
que desprezaste a palavra do Senhor, fazendo o que lhe desagrada?
Feriste à espada o hitita Urias, para fazer da sua mulher a tua
esposa, fazendo-o morrer pela espada dos amonitas. Por isso, a espada
jamais se afastará de tua casa, porque me desprezaste e tomaste a
mulher do hitita Urias para fazer dela a tua esposa".
Davi
disse a Natã: "Pequei contra o Senhor". Natã
respondeu-lhe: "De sua parte, o Senhor perdoou o teu pecado, de
modo que não morrerás! Entretanto, por teres ultrajado o Senhor com
teu procedimento, o filho que te nasceu morrerá”. -
Palavra do Senhor.
Salmo: 31,1-2.5.7.11
(R. cf 5ad)
Eu
confessei, afinal, meu pecado e perdoastes, Senhor, minha falta.
Feliz
o homem que foi perdoado/ e cuja falta já foi encoberta!/ Feliz o
homem a quem o Senhor/ não olha mais como sendo culpado,/ e em cuja
alma não há falsidade!
Eu
confessei, afinal, meu pecado,/ e minha falta vos fiz conhecer./
Disse: "Eu irei confessar meu pecado!"/ E perdoastes,
Senhor, minha falta.
Sois
para mim proteção e refúgio;/ na minha angústia me haveis de
salvar,/ e envolvereis a minha alma no gozo./ Regozijai-vos, ó
justos, em Deus,/ e no Senhor exultai de alegria!/ Corações retos,
cantai jubilosos.
Segunda
Leitura: Gl 2,16.19-21
Eu
vivo, mas não eu, é Cristo que vive em mim.
Irmãos:
Sabendo que ninguém é justificado por observar a Lei de Moisés,
mas por crer em Jesus Cristo, nós também abraçamos a fé em Jesus
Cristo. Assim, fomos justificados pela fé em Cristo e não pela
prática da Lei, porque pela prática da Lei ninguém será
justificado. Aliás, foi em virtude da Lei que eu morri para a Lei, a
fim de viver para Deus. Com Cristo, eu fui pregado na cruz.
Eu
vivo, mas não eu, é Cristo que vive em mim. Esta minha vida
presente, na carne, eu a vivo na fé, crendo no Filho de Deus, que me
amou e por mim se entregou. Eu não desprezo a graça de Deus. Ora,
se a justiça vem pela Lei, então Cristo morreu inutilmente -
Palavra do Senhor.
Evangelho: Lc
7,36-8,3
Os
muitos pecados que ela cometeu estão perdoados porque ela mostrou
muito amor.
Naquele
tempo, um fariseu convidou Jesus para uma refeição em sua casa.
Jesus entrou na casa do fariseu e pôs-se à mesa. Certa mulher,
conhecida na cidade como pecadora, soube que Jesus estava à mesa, na
casa do fariseu. Ela trouxe um frasco de alabastro com perfume, e,
ficando por detrás, chorava aos pés de Jesus; com as lágrimas
começou a banhar-lhe os pés, enxugava-os com os cabelos, cobria-os
de beijos e os ungia com perfume. Vendo isso, o fariseu que o havia
convidado ficou pensando: "Se este homem fosse um profeta,
saberia que tipo de mulher está tocando nele, pois é uma pecadora".
Jesus
disse então ao fariseu: "Simão, tenho uma coisa para te
dizer". Simão respondeu: "Fala, Mestre!" "Certo
credor tinha dois devedores; um lhe devia quinhentas moedas de prata,
o outro, cinquenta. Como não tivessem com que pagar, o homem perdoou
os dois. Qual deles o amará mais?" Simão respondeu: "Acho
que é aquele ao qual perdoou mais". Jesus lhe disse: "Tu
julgaste corretamente".
Então
Jesus virou-se para a mulher e disse a Simão: “Estás vendo esta
mulher? Quando entrei em tua casa, tu não me ofereceste água para
lavar os pés; ela, porém, banhou meus pés com lágrimas e
enxugou-os com os cabelos. Tu não me deste o beijo de saudação;
ela, porém, desde que entrei, não parou de beijar meus pés. Tu não
derramaste óleo na minha cabeça; ela, porém, ungiu meus pés com
perfume. Por esta razão, eu te declaro: os muitos pecados que ela
cometeu estão perdoados porque ela mostrou muito amor. Aquele a quem
se perdoa pouco, mostra pouco amor”. E Jesus disse à mulher: "Teus
pecados estão perdoados".
Então,
os convidados começaram a pensar: "Quem é este que até perdoa
pecados?" Mas Jesus disse à mulher: "Tua fé te salvou.
Vai em paz!"
Depois
disso, Jesus andava por cidades e povoados, pregando e anunciando a
Boa-nova do Reino de Deus. Os doze iam com ele; e também algumas
mulheres que haviam sido curadas de maus espíritos e doenças:
Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios; Joana,
mulher e Cuza, alto funcionário de Herodes; Susana, e várias outras
mulheres que ajudavam a Jesus e aos discípulos com os bens que
possuíam. - Palavra da Salvação.
Comentando
o Evangelho (Padre Jaldemir Vitório / Jesuíta): O
contraste entre o comportamento do fariseu Simão e o da pecadora
anônima ficou evidenciado na censura de Jesus. Durante um banquete
em que este homem convidara o Mestre para uma refeição, fez um
julgamento errado a respeito dessa mulher. Seguro de sua santidade, o
fariseu olhou com desprezo para a pecadora que se pusera a lavar os
pés do hóspede Jesus, com suas lágrimas, e a enxugá-los com seus
cabelos, beijá-los e ungi-los com óleo perfumado.
O
mau juízo de Simão atingiu também a pessoa de Jesus. Se fosse um
profeta verdadeiro, saberia que se tratava de uma mulher de má-fama,
e recusaria deixar-se tocar por ela. A conivência com o gesto da
mulher nivelava-o com ela. Conclusão: Jesus não podia ser o Messias
verdadeiro.
A
reação do Mestre desmascarou o fariseu. Este, além de pensar mal
da mulher e de Jesus, não se comportara como exigiam os bons
costumes: não ofereceu ao hóspede água para lavar os pés, nem lhe
deu o ósculo de acolhida, como sinal de hospitalidade. Essa mulher,
no entanto, fizera tudo isso, com o mais profundo amor e humildade.
Enfim, sempre movida por amor, a mulher fizera o papel de verdadeira
anfitriã. Ela, sim, havia aberto as portas de sua casa - o coração
- para acolher Jesus, e tornou-se digna de participar da salvação
oferecida pelo Messias Jesus. O fariseu, porém, ficou de fora.
INTENÇÕES
PARA O MÊS DE JUNHO:
Geral
– Cultura do Diálogo: Que prevaleça entre os povos uma
cultura de diálogo, escuta e respeito mútuo.
Missionária
– Nova Evangelização: Que nos ambientes onde mais se
percebe a influência do secularismo, as comunidades cristãs possam
promover com eficácia uma nova evangelização.
TEMPO
LITÚRGICO:
Tempo
Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração
da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes
da Quaresma. Recomeça na segunda-feira depois do domingo de
Pentecostes e termina antes das Primeiras Vésperas do 1º Domingo do
Advento NALC 44.
Cor
Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo
cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.
Fonte:
CNBB / Missal Cotidiano
Adaptação:
Ricardo Feitosa e Marta Lúcia