Liturgia
Diária Comentada 24/02/2014 Segunda-feira
7ª
Semana do Tempo Comum - 3ª Semana do Saltério
Prefácio
próprio - Ofício do dia
Cor:
Verde - Ano Litúrgico “A” - São Mateus
Antífona:
Salmo 12,6 Confiei, Senhor, na vossa misericórdia; meu coração
exulta porque me salvais. Cantarei ao Senhor pelo bem que me fez.
Oração
do Dia: Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, procurando conhecer
sempre o que é reto, realizemos vossa vontade em nossas palavras e
ações. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira
Leitura: Tg 3,13-18
Caríssimos,
quem dentre vós é sábio e inteligente? Que ele mostre, por seu
reto modo de proceder, a sua prática em sábia mansidão. Mas se
fomentais, no coração, amargo ciúme e rivalidade, não vos
glorieis nem procedais em contradição com a verdade. Essa não é a
sabedoria que vem do alto. Ao contrário, é terrena, materialista,
diabólica!
Onde
há inveja e rivalidade, aí estão as desordens e toda espécie de
obras más. Por outra parte, a sabedoria que vem do alto é, antes de
tudo, pura, depois pacífica, modesta, conciliadora, cheia de
misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem fingimento. O
fruto da justiça é semeado na paz, para aqueles que promovem a
paz. -
Palavra do Senhor.
Salmo: 18
(19) Os ensinos do Senhor são sempre retos, alegria ao coração!
A
lei do Senhor Deus é perfeita, conforto para a alma! O testemunho do
Senhor é fiel, sabedoria dos humildes.
Os
preceitos do Senhor são precisos, alegria ao coração. O mandamento
do Senhor é brilhante, para os olhos é uma luz.
É
puro o temor do Senhor, imutável para sempre. Os julgamentos do
Senhor são corretos e justos igualmente.
Que
vos agrade o cantar dos meus lábios e a voz da minha alma; que ela
chegue até vós, ó Senhor, meu Rochedo e Redentor!
Evangelho:
Mc 9,14-29
Naquele
tempo, descendo Jesus do monte com Pedro, Tiago e João e chegando
perto dos outros discípulos, viram que estavam rodeados por uma
grande multidão. Alguns mestres da Lei estavam discutindo com eles.
Logo que a multidão viu Jesus, ficou surpresa e correu para
saudá-lo.
Jesus
perguntou aos discípulos: “Que discutis com eles?” Alguém na
multidão respondeu: “Mestre, eu trouxe a ti meu filho que tem um
espírito mudo. Cada vez que o espírito o ataca, joga-o no chão e
ele começa a espumar, range os dentes e fica completamente rijo. Eu
pedi aos teus discípulos para expulsarem o espírito, mas eles não
conseguiram”.
Jesus
disse: Ó geração incrédula! Até quando estarei convosco? Até
quando terei de suportar-vos? Trazei aqui o menino”. E levaram-no o
menino. Quando o espírito viu Jesus, sacudiu violentamente o menino,
que caiu no chão e começou a rolar e a espumar pela boca.
Jesus
perguntou ao pai: “Desde quando ele está assim?” O pai
respondeu: “Desde criança. E muitas vezes, o espírito já o
lançou no fogo e na água para matá-lo. Se podes fazer alguma
coisa, tem piedade de nós e ajuda-nos”.
Jesus
disse: “Se podes!... Tudo é possível para quem tem fé”. O pai
do menino disse em alta voz: “Eu tenho fé, mas ajuda a minha falta
de fé”. Jesus viu que a multidão acorria para junto dele. Então
ordenou ao espírito impuro: “Espírito mudo e surdo, eu te ordeno
que saias do menino e nunca mais entres nele”. O espírito sacudiu
o menino com violência, deu um grito e saiu. O menino ficou como
morto, e por isso todos diziam: “Ele morreu!” Mas Jesus pegou a
mão do menino, levantou-o e o menino ficou de pé.
Depois
que Jesus entrou em casa, os discípulos lhe perguntaram a sós: “Por
que nós não conseguimos expulsar o espírito?” Jesus respondeu:
“Essa espécie de demônios não pode ser expulsa de nenhum modo, a
não ser pela oração”. - Palavra da Salvação.
Comentário:
Fique atento ao dialogo: “Mestre, eu te trouxe meu filho, que tem
um espírito mudo”. “Roguei a teus discípulos que o expelissem,
mas não o puderam”. “Se tu, porém, podes alguma coisa”. “Se
podes alguma coisa!... Tudo é possível ao que crê”. “Creio!
Vem em socorro à minha falta de fé!”
A
principio podemos julgar desrespeitoso e incoerente o “Se tu
podes”, mas é altamente compreensivo partindo-se do pressuposto
que aquele homem não conhecia Jesus. Certamente levou o filho a sua
presença movido pelo desespero de pai diante da doença do filho, e
quem sabe, também influenciado pelos comentários dos milagres.
Atentemos
para o detalhe que Jesus não respondeu: “É claro que posso, eu
sou o Messias o filho de Deus”, não, ao contrario Jesus deixa
claro que toda ação Dele em nossa vida só será possível se nós
confiarmos.
Jesus
vê que aquele homem anseia por libertação, não só do filho, mas
dele também. O texto não relatar, mas é possível pensar que Jesus
dirigiu a ele mais que uma frase, certamente mostrou que existe uma
cura maior, buscou restituir a esperança a aquele pai cansado e
desiludido. É maravilhoso ver a mudança que a Boa Nova traz as
pessoas.
O
pai que se colocou na presença de Jesus movido pela dor, agora busca
se deixar conduzir pelo amor. Note que seguido do “creio”, o pai
não pede mais pela saúde do filho, mas sim que fortaleça sua fé.
Não fique pensando que o pai esqueceu-se do filho, muito pelo
contrario, mas devemos lembrar-nos do episodio do paralitico: “Filho,
os teus pecados estão perdoados” (Mc 2,5), para ele agora é mais
importante a cura da alma.
Mais
adiante no finalzinho da narração temos outro dialogo, desta vez
dos discípulos com Jesus. “Por que não pudemos nós expeli-lo?”
“Esta espécie de demônios não se pode expulsar senão pela
oração”. Mateus em seu Evangelho acrescenta também o jejum, ou
seja, “oração e jejum” é essa a formula para uma perfeita
sintonia com Deus. Infelizmente eles não tinham a sabedoria vinda de
São Paulo que nós temos: “Orai sem cessar” (1Ts 5,17). Para
fazer frente ao mal é preciso uma vida de oração. - (Ricardo e
Marta)
INTENÇÕES
PARA O MÊS DE FEVEREIRO:
Geral
– Idosos na Igreja e na sociedade: Para que a sabedoria e
experiência de vida dos idosos sejam reconhecidas na Igreja e na
sociedade.
Missionária
– Colaboração na missão: Para que os sacerdotes,
religiosos e leigos colaborem com generosidade na missão de
evangelizar.
TEMPO
LITÚRGICO:
Tempo
Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração
da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes
da Quaresma. Recomeça na segunda-feira depois do domingo de
Pentecostes e termina antes das Primeiras Vésperas do 1º Domingo do
Advento NALC 44.
Cor
Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo
cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.
Fique
com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo
Feitosa e Marta Lúcia
Fonte:
CNBB / Missal Cotidiano