Prefácio
dos domingos comuns - Ofício dominical
Cor:
Verde - Ano Litúrgico “A” - São Mateus
Glória
e Creio
Antífona: Salmo
53,6.8 - É Deus quem me ajuda, é o Senhor quem defende a minha
vida. Senhor, de todo o coração hei de vos oferecer o sacrifício
e dar graças ao vosso nome, porque sois bom.
Oração
do Dia: Ó Deus, sede generoso para com vossos filhos e filhas e
multiplicai em nós os dons da vossa graça, para que, repletos de
fé, esperança e caridade, guardemos fielmente os vossos
mandamentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade
do Espírito Santo. Amém!
Primeira
Leitura: Sb 12,13.16-19 Concedeis o perdão aos pecadores
Não
há, além de ti, outro Deus que cuide de todas as coisas e a quem
devas mostrar que teu julgamento não foi injusto. A tua força é o
princípio da tua justiça, e o teu domínio sobre todos te faz para
com todos indulgente. Mostras a tua força a quem não crê na
perfeição do teu poder; e, nos que te conhecem, castigas o seu
atrevimento.
No
entanto, dominando tua própria força, julgas com clemência e nos
governas com grande consideração; pois, quando quiseres, está ao
teu alcance fazer uso do teu poder. Assim procedendo, ensinaste ao
teu povo que o justo deve ser humano; e a teus filhos deste a
confortadora esperança de que concedes o perdão aos pecadores.
- Palavra do Senhor.
Comentando
a Liturgia: As palavras de
sabedoria da primeira leitura de hoje são permeadas de esperança
para o povo judeu, que vivia em meio à cultura e dominação
gregas, sobretudo na cidade de Alexandria, onde esse livro foi
composto, entre os anos 50 e 60 antes da Era Comum (a.C.). O
judaísmo era desafiado pelos valores gregos do ser.
Os
judeus se perguntavam: como se adaptar à nova realidade sem perder
a fé no Deus dos pais e da libertação do Egito? A resposta era
simples: testemunhar que o Deus de Israel era diferente. E foi isso
que o piedoso judeu e autor do livro da Sabedoria quis mostrar,
diferentemente de outros judeus, seus antecessores, que apresentavam
Deus forte, violento para com os inimigos.
Deus,
no livro da Sabedoria, é o cuidador de todos (v. 13), que julga com
justiça (v. 13), perdoa e governa com indulgência (v. 18). Por ser
assim, Deus não deixa de ser menos poderoso que os deuses dos
pagãos. E, mais do que isso, o ser humano é convocado a ser como
Deus, misericordioso. Deus é humano no seu proceder. E ao ser
humano, aprendendo de Deus, resta também governar e agir com
justiça, misericórdia e solidariedade. Eis o nosso grande desafio:
aprender da pedagogia de Deus.
Salmo: 85,5-6.9-10.15-16a
(R. 5a) Ó Senhor, vós sois bom, sois clemente e fiel!
Ó
Senhor, vós sois bom e clemente, sois perdão para quem vos invoca.
Escutai, ó Senhor, minha prece, o lamento da minha oração!
As
nações que criastes virão adorar e louvar vosso nome. Sois tão
grande e fazeis maravilhas; vós somente sois Deus e Senhor!
Vós,
porém, sois clemente e fiel, sois amor, paciência e perdão. Tende
pena e olhai para mim! Confirmai com vigor vosso servo!
Segunda
Leitura: Rm 8,26-27 O Espírito intercede por nós com gemidos
inefáveis
Irmãos:
O Espírito vem em socorro da nossa fraqueza. Pois nós não sabemos
o que pedir, nem como pedir; é o próprio Espírito que intercede
em nosso favor, com gemidos inefáveis. E aquele que penetra o
íntimo dos corações sabe qual é a intenção do Espírito. Pois
é sempre segundo Deus que o Espírito intercede em favor dos
santos. - Palavra do Senhor.
Comentando
a Liturgia: A reflexão feita
por Paulo, nessa carta dirigida aos cristãos de Roma, aponta-nos a
oração como caminho de construção do reino de Deus. Se não
sabemos rezar, é o próprio Espírito que intercede, que reza por
nós. Ele suplica a Deus em favor dos que lutam por justiça e paz,
assim como vimos nas parábolas do evangelho de hoje.
A
oração é fonte de vida para o cristão. Jesus foi um homem de
oração. Deus Pai e Deus Espírito se entendem e se encontram em
nós, quando rezamos e lutamos na construção do reino de Deus.
Evangelho:
Mt 13,24-43 Deixai crescer um e outro até a colheita
Naquele
tempo: Jesus contou outra parábola à multidão: “O Reino dos
Céus é como um homem que semeou boa semente no seu campo. Enquanto
todos dormiam, veio seu inimigo, semeou joio no meio do trigo, e foi
embora. Quando o trigo cresceu e as espigas começaram a se formar,
apareceu também o joio. Os empregados foram procurar o dono e lhe
disseram: ‘Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde
veio então o joio?’
O
dono respondeu: ‘Foi algum inimigo que fez isso’. Os empregados
lhe perguntaram: ‘Queres que vamos arrancar o joio?’ O dono
respondeu: ‘Não! Pode acontecer que, arrancando o joio,
arranqueis também o trigo. Deixai crescer um e outro até a
colheita! E, no tempo da colheita, direi aos que cortam o trigo:
arrancai primeiro o joio e amarrai-o em feixes para ser queimado.
Recolhei, porém, o trigo no meu celeiro!”
Jesus
contou-lhes outra parábola: “O Reino dos Céus é como uma
semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo. Embora
ela seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior do
que as outras plantas. E torna-se uma árvore, de modo que os
pássaros vêm e fazem ninhos em seus ramos”.
Jesus
contou-lhes ainda outra parábola: “O Reino dos Céus é como o
fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de
farinha, até que tudo fique fermentado”.
Tudo
isso Jesus falava em parábolas às multidões. Nada lhes falava sem
usar parábolas, para se cumprir o que foi dito pelo profeta:
“Abrirei a boca para falar em parábolas; vou proclamar coisas
escondidas desde a criação do mundo”.
Então
Jesus deixou as multidões e foi para casa. Seus discípulos
aproximaram-se dele e disseram: “Explica-nos a parábola do joio!”
Jesus
respondeu: “Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem. O
campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao Reino. O
joio são os que pertencem ao Maligno. O inimigo que semeou o joio é
o diabo. A colheita é o fim dos tempos. Os ceifeiros são os anjos.
Como o joio é recolhido e queimado ao fogo, assim também
acontecerá no fim dos tempos: o Filho do Homem enviará seus anjos,
e eles retirarão do seu Reino todos os que fazem outros pecar e os
que praticam o mal; e depois os lançarão na fornalha de fogo. Aí
haverá choro e ranger de dentes. Então os justos brilharão como o
sol no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça”. -
Palavra da Salvação.
Comentando
o Evangelho (Padre Jaldemir Vitório / Jesuíta):
A
parábola do joio e do trigo mostra como devemos, na vida, suportar
a coexistência do bem e do mal. É impossível realizar uma clara
separação entre eles. A ação concomitante do senhor do campo,
semeando a boa semente, e a do seu inimigo, semeando a erva daninha,
é inevitável. É preciso contar com esta eventualidade!
Os
discípulos foram alertados quanto à tentação de querer arrancar
a erva daninha, deixando crescer somente o trigo. Seria arriscado,
pois juntamente com a erva má, arrancar-se-ia também a boa. O
prejuízo desaconselha uma tal providência.
Diante
desta situação, a atitude correta consiste em ter paciência,
misericórdia e esperança. Paciência, porque, no final das contas,
ficará patente a identidade do bem e do mal, embora, num
determinado momento, parecessem semelhantes. Além disto, fica
sempre aberta a possibilidade de conversão do pecado para a graça,
pois a ação de Deus, no coração humano, supera o nosso
entendimento. Misericórdia, porque o discípulo do Reino é chamado
a acolher os pecadores, com a mesma benevolência do Pai, sem
pretender excluí-los dos benefícios do Reino. Trata-se de uma luta
constante para libertá-los da escravidão à qual foram reduzidos
pelo pecado. Sem misericórdia, este processo de aproximação será
inviável. Esperança, porque o mal está fadado a ser derrotado.
Pela força de Deus, o bem terá a última palavra na história
humana.
INTENÇÕES
PARA O MÊS DE JULHO:
Intenção
Universal: Desporto e humanização - Para que
a prática do desporto seja sempre oportunidade de fraternidade e
crescimento humano.
Intenção
para a Evangelização: Missionários
leigos - Para
que o Espírito Santo sustenha o serviço dos leigos que anunciam o
Evangelho nos países mais pobres.
TEMPO
LITÚRGICO:
Tempo
Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração
da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes
da Quaresma. Recomeça na segunda-feira depois do domingo de
Pentecostes e termina antes das Primeiras Vésperas do 1º Domingo
do Advento NALC 44.
Cor
Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo
cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.
CATÓLICOS
COM JESUS: GRAÇA E PAZ
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Fique
com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo
Feitosa e Marta Lúcia
Crendo
e ensinando o que crê e ensina a Santa Igreja Católica
Fonte:
CNBB / Missal Cotidiano