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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

O que significam as palavras de Deus a Caim: "Se alguém matar Caim, sete vezes sofrerá vingança.

O texto bíblico diz: "Disse Caim a Javé: 'Pesado demais é meu castigo para ser suportado! Eis que hoje me expulsas para longe do solo fértil, e deverei esconder-me da tua face, vagueando errante e fugitivo pela terra. O primeiro que me encontrar me matará'! Respondeu-lhe Javé: 'Pois bem, se alguém matar a Caim, sete vezes sofrerá  vingança' E Javé pôs um sinal em Caim, para que não o matasse o primeiro que o encontrasse" (Gn 4,13-15).

Esse relato, como outros já vistos, não pode ser tomado ao pé da letra como se fosse narração histórica no sentido moderno do termo, isto é, a documentação de um fato, aferível, comprovável. É histórico, sim, por tratar de drama humano, real: o crime, a vingança e o castigo. Esse drama nós o sentimos e o percebemos presente na História. O texto bíblico é narração popular, etiológico-teológica sobre a presença do mal social no mundo. O mal não existe apenas a nível pessoal, mas também a nível de convivência social. Se os homens são filhos de Deus e irmãos entre si, como se explicam o  crime e a vingança?
A Bíblia relata então "como começou a violência no mundo"; procura dar a "causa" da violência.  Esse tipo de narração é chamado "etiológico" (= dar a causa). Em seguida a Bíblia critica e condena a violência: Deus não a quer, pois ela está fora de seu projeto. Essa conclusão é o aspecto teológico da narração.
Essas reflexões do autor, nascidas de sua pesquisa, de sua fé e de sua experiência, são agrupadas numa história especial com a qual ele "explica" a origem e o desenvolvimento do mal na vida social, bem como a origem da violência e da vingança no mundo.
Além disso, como pano de fundo, o autor desse relato quer dar outra explicação "histórica" para os seus leitores: por que a tribo dos quenitas (ou cainitas, descendentes de Caim) era tribo nômade e feroz. Ele dirá então o que julga: a tribo dos quenitas, ou cainitas, vivia errante, diz ele pelo texto, porque ela tem por fundador um fratricida; ela nasceu de crime entre irmãos; Caim, o fundador da tribo, matara seu próprio irmão Abel.  Por isso ele passou a viver errante (em hebraico: nad). A Bíblia lembra esse aspecto dizendo que Caim foi morar na "terra de Nod" (Gn 4,16). As palavras nad (= errante, em hebraico) e Nod (a cidade) formam um jogo de palavras significativo: cidade errante ou grupo errante.
Percebe-se que a finalidade desse texto é a de constatar a existência da violência no mundo, mostrar que Deus a desaprova e explicar por que a tribo dos quenitas (descendentes de Caim) era tribo errante e feroz.
Voltando ao texto: o autor quer denunciar ainda a violência que gera sempre violência e a vingança que gera sempre vingança na convivência social. Quer ensinar que é preciso parar com a violência, pôr ponto final nas mútuas agressões.
As palavras que Caim dirige a Deus demonstram essa cadeia de violência: o assassino tem sempre medo de ser assassinado (vv. 13- 14). A resposta de Deus confirma que, de fato, a vingança levará à vingança e a violência se tornará uma bola de neve crescente sempre mais, à medida que rola. Se Caim, assassino, for assassinado, seu clã e seu grupo se vingarão. Haverá recrudescimento da violência: "sete vezes sofrerá violência" - na linguagem bíblica, aqui, significa maior violência ou grande violência.
O "sinal" que Deus põe em Caim é símbolo que o autor usa para dizer que Deus não quer a violência, condena-a. Cada tribo ou cada clã tinha o seu sinal específico. O sinal específico que Deus põe em Caim indica sua pertença a uma tribo feroz e vingativa; esse sinal desestimulava as pessoas de outras tribos a tentarem vingar-se de Caim ou dos quenitas. O sinal era, pois, da parte de Deus, um dique à violência e não marca infamante. O autor diz: "Olha, Deus mandou parar com a violência; Deus não aceita a violência; é preciso pôr fim nisso". É esse o sentido do "sinal de Caim".
Nesse texto a Bíblia denuncia então: a existência da violência no mundo e o extremado senso de vingança existente nas pessoas; constata que existem muitos "Cains" na sociedade: são as pessoas de ontem e de hoje que violentam, agridem, matam o irmão. Denuncia o texto que a vingança chama vingança e que isso tudo não está conforme à vontade de Deus; Deus exige o fim desse estado de coisas  e quer os homens felizes, amigos, vivendo em paz e em fraternidade. Nessa ótica o texto em questão tem sentido e é questionador.

Texto extraído do livro: Bíblia: Perguntas que o povo faz – Frei Mauro Strabeli – Paulus.
Pe. Raimundo Aristide da Silva
http://www.padreray.com.br/inicio/blog/27-O-que-significam-as-palavras-de-Deus-a-Caim-Se-alguem-matar-Caim-sete-vezes-sofrera-vinganca.html

"A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão a proposta do Reino, vivida na Igreja (DNC 50)."

Documento Necessário para o Batismo e Crisma

Certidão de Nascimento ou Casamento do Batizando;

Comprovante de Casamento Civil e Religioso dos padrinhos;

Comprovante de Residência,

Cartões de encontro de Batismo dos padrinhos;

Documentos Necessários para Crisma:

RG do Crismando e Padrinho, Declaração de batismo do Crismando, Certidão ou declaração do Crisma do Padrinho, Certidão de Casamento Civil e Religioso do Padrinho/Madrinha e Crismando se casados.

Fonte: Catedral São Dimas

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Reflexão

REFLEXÃO

A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.

reflexão sobre o Dízimo

A espiritualidade do Dízimo

O dízimo carrega uma surpreendente alegria no contribuinte. Aqueles que se devotam a esta causa se sentem mais animados, confortados e motivados para viver a comunhão. O dízimo, certamente, não é uma questão de dinheiro contrariando o que muitos podem pensar. Ele só tem sentido quando nasce de uma proposta para se fazer a experiência de Deus na vida cristã. Somos chamados e convocados a este desafio.

Em caso contrario, ele se torna frio e distante; por vezes indiferente. A espiritualidade reequilibra os desafios que o dízimo carrega em si. "Honra o Senhor com tua riqueza. Com as primícias de teus rendimentos. Os teus celeiros se encherão de trigo. Teus lagares transbordarão de vinho" (Pr 3,9-10). Contribuir quando se tem de sobra, de certa forma, não é muito dispendioso e difícil. Participar da comunhão alinha o desafio do dízimo cristão.

Se desejar ler, aceno: Gn 28, 20-22; Lv 27, 30-32; Nm 18, 25-26 e Ml 3, 6-10.

Fonte : Pe. Jerônimo Gasques

http://www.portalnexo.com.br/Conteudo/?p=conteudo&CodConteudo=12

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