“A catequese constitui o período em que se estrutura a conversão a Jesus Cristo, a partir da adesão inicial realizada pela Evangelização. É na direção dos adultos que a Evangelização e a Catequese devem orientar seus melhores agentes”. (Estudo 80 CNBB)
Papa a catequistas insensibilidade de hoje escava abismos
Rádio Vaticano
O Papa Francisco presidiu, neste domingo (25/09), na Praça São Pedro, a celebração eucarística pelo Jubileu dos Catequistas que teve início na última sexta-feira (23/09), e prosseguiu no sábado com momentos de reflexão e oração em várias igrejas romanas. Participaram da missa cerca de 15 mil catequistas provenientes de várias partes do mundo.
Em sua homilia, o Pontífice sublinhou que o Apóstolo Paulo dirige a Timóteo, e a nós também, algumas recomendações. Pede para guardar o “mandamento íntegro e sem mancha”. Fala apenas de um mandamento a fim de que o nosso olhar se mantenha fixo no que é essencial para a fé.
Anúncio pascal
“São Paulo não recomenda uma multidão de pontos e aspectos, mas sublinha o centro da fé. Este centro em torno do qual tudo gira, este coração pulsante que dá vida a tudo é o anúncio pascal, o primeiro anúncio: O Senhor Jesus ressuscitou, o Senhor Jesus nos ama e deu a vida por nós. Ressuscitado e vivo, está ao nosso lado e se interessa por nós todos os dias. Nunca devemos nos esquecer disso.”
“Neste Jubileu dos Catequistas, nos é pedido para não nos cansarmos de colocar em primeiro lugar o anúncio principal da fé: o Senhor ressuscitou. Não existem conteúdos mais importantes, nada é mais firme e atual. Todo conteúdo da fé torna-se perfeito se estiver ligado a este centro, se for permeado pelo anúncio pascal. Se ficar isolado, perde sentido e força. Somos chamados continuamente a viver e anunciar a Boa Nova do amor do Senhor.”
O mandamento de que fala São Paulo faz-nos pensar também no mandamento novo de Jesus: «Que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei». “É amando que se anuncia o Deus-Amor: nunca impondo a verdade e nem obstinando-se em torno de alguma obrigação religiosa ou moral.”
Pessoa viva
“Anuncia-se Deus, encontrando as pessoas, com atenção à sua história e ao seu caminho. Porque o Senhor não é uma ideia, mas uma Pessoa viva: a sua mensagem se comunica através do testemunho simples e verdadeiro, da escuta e acolhimento, da alegria que se irradia. Não se fala bem de Jesus, quando nos mostramos tristes; nem se transmite a beleza de Deus limitando-nos a fazer sermões bonitos. O Deus da esperança se anuncia vivendo no dia-a-dia o Evangelho da caridade, sem medo de o testemunhar inclusive com novas formas de anúncio.”
O Papa disse ainda que “o Evangelho deste domingo nos ajuda a compreender o que significa amar, especialmente a evitar alguns riscos. Na parábola, há um homem rico que não se dá conta de Lázaro, um pobre que «jazia ao seu portão». Na realidade, este rico não faz mal a ninguém, não se diz que é mau; e todavia tem uma enfermidade pior que a de Lázaro, apesar de este estar «coberto de chagas»: Este rico sofre duma forte cegueira, porque não consegue olhar para além do seu mundo, feito de banquetes e roupas finas. Não vê além da porta de sua casa, onde jazia Lázaro, porque não se importa com o que acontece fora. Não vê com os olhos, porque não sente com o coração. No seu coração, entrou a mundanidade que anestesia a alma”.
Buraco negro
“A mundanidade é como um «buraco negro» que engole o bem, que apaga o amor, que absorve tudo no próprio eu. Então só se veem as aparências e não nos damos conta dos outros, porque nos tornamos indiferentes a tudo. Quem sofre desta grave cegueira, assume muitas vezes comportamentos «estrábicos»: olha com reverência as pessoas famosas, de alto nível, admiradas pelo mundo, e afasta o olhar dos inúmeros Lázaros de hoje, dos pobres e dos doentes, que são os prediletos do Senhor.”
“Mas o Senhor olha para quem é transcurado e rejeitado pelo mundo. Lázaro é o único personagem, em todas as parábolas de Jesus, a ser chamado pelo nome. O seu nome significa «Deus ajuda». Deus não o esquece, o acolherá no banquete de seu Reino, juntamente com Abraão, numa comunhão rica de afetos. Ao contrário, na parábola, o homem rico não tem sequer um nome; a sua vida cai esquecida, porque quem vive para si mesmo não faz a história. A insensibilidade de hoje escava abismos intransponíveis para sempre”, disse ainda o Santo Padre.
Pobreza e dignidade
O Papa frisou que “há outro detalhe na parábola: um contraste. A vida opulenta deste homem sem nome é descrita com ostentação: tudo nele são carências e direitos, tudo é espalhafatoso. Mesmo na morte, insiste em ser ajudado e pretende os seus interesses. Ao invés, a pobreza de Lázaro é expressa com grande dignidade: da sua boca não saem lamentações, protestos nem palavras de desprezo. É uma válida lição.”
“Como servidores da palavra de Jesus, somos chamados a não ostentar aparência, nem procurar glória; não podemos sequer ser tristes e lastimosos. Não sejamos profetas da desgraça, que se comprazem em lobrigar perigos ou desvios; não sejamos pessoas que vivem entrincheiradas nos seus ambientes, proferindo juízos amargos sobre a sociedade, sobre a Igreja, sobre tudo e todos, poluindo o mundo de negatividade. O ceticismo lamentoso não se coaduna com quem vive familiarizado com a Palavra de Deus.”
Esperança
Segundo o Papa Francisco, “quem anuncia a esperança de Jesus é portador de alegria e vê longe, porque sabe olhar para além do mal e dos problemas. Ao mesmo tempo, vê bem de perto, porque está atento ao próximo e às suas necessidades. Hoje o Senhor nos pede isso: diante dos inúmeros Lázaros que vemos, somos chamados a inquietar-nos, a encontrar formas de os atender e ajudar, sem delegar sempre a outras pessoas nem dizer: «Ajudo você amanhã». O tempo gasto socorrendo é tempo doado a Jesus, é amor que permanece: é o nosso tesouro no céu, que nos asseguramos aqui na terra”.
O Santo Padre concluiu a homilia pedindo a Deus para que “nos dê a força de viver e anunciar o mandamento do amor, vencendo a cegueira da aparência e as tristezas mundanas. Que Ele nos torne sensíveis aos pobres, que não são um apêndice do Evangelho, mas página central, sempre aberta diante de nós”.
Comprovante de Casamento Civil e Religioso dos padrinhos;
Comprovante de Residência,
Cartões de encontro de Batismo dos padrinhos;
Documentos Necessários para Crisma:
RG do Crismando e Padrinho, Declaração de batismo do Crismando, Certidão ou declaração do Crisma do Padrinho, Certidão de Casamento Civil e Religioso do Padrinho/Madrinha e Crismando se casados.
Fonte: Catedral São Dimas
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Reflexão
REFLEXÃO
A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.
reflexão sobre o Dízimo
A espiritualidade do Dízimo
O dízimo carrega uma surpreendente alegria no contribuinte. Aqueles que se devotam a esta causa se sentem mais animados, confortados e motivados para viver a comunhão. O dízimo, certamente, não é uma questão de dinheiro contrariando o que muitos podem pensar. Ele só tem sentido quando nasce de uma proposta para se fazer a experiência de Deus na vida cristã. Somos chamados e convocados a este desafio.
Em caso contrario, ele se torna frio e distante; por vezes indiferente. A espiritualidade reequilibra os desafios que o dízimo carrega em si. "Honra o Senhor com tua riqueza. Com as primícias de teus rendimentos. Os teus celeiros se encherão de trigo. Teus lagares transbordarão de vinho" (Pr 3,9-10). Contribuir quando se tem de sobra, de certa forma, não é muito dispendioso e difícil. Participar da comunhão alinha o desafio do dízimo cristão.
Se desejar ler, aceno: Gn 28, 20-22; Lv 27, 30-32; Nm 18, 25-26 e Ml 3, 6-10.