
Desta narração de São Paulo já podemos vislumbrar ao menos três aparições de Jesus ressuscitado. Com isso Paulo quer mostrar que ainda hoje (no ano 56) muitos puderam testemunhar o que viram; isto é, a fé na Ressurreição do Senhor repousa sobre uma fé segura.
São Lucas, ao iniciar a narração dos Atos dos Apóstolos, diz a Teófilo que narrou os ensinamentos e as ações de Jesus, e que Jesus deu suas instruções aos Apóstolos até ser arrebatado ao Céu. “É a eles que se manifestou com muitas provas, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas do Reino de Deus” (Lc 1, 1-3).

Jesus apareceu aos discípulos na tarde do mesmo domingo, quando instituiu o Sacramento da Confissão (Jo 20,19-23). Nesta aparição Tomé não estava presente; então o Senhor apareceu novamente oito dias depois, para quebrar a incredulidade de Tomé (Jo 20,26-29).
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São Lucas narra também a aparição aos dois discípulos de Emaús, São Cléofas e o outro, que caminharam com eles e que o reconhecem na fração do pão (Lc 24, 13-34). “Nesse mesmo dia, dois discípulos caminhavam para uma aldeia chamada Emaús, distante de Jerusalém sessenta estádios. Iam falando um com o outro de tudo o que se tinha passado. Enquanto iam conversando e discorrendo entre si, o mesmo Jesus aproximou-se deles e caminhava com eles. Mas os olhos estavam-lhes como que vendados e não o reconheceram… Aconteceu que, estando sentado conjuntamente à mesa, ele tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-lho. Então se lhes abriram os olhos e o reconheceram… mas ele desapareceu. Levantaram-se na mesma hora e voltaram a Jerusalém. Aí acharam reunidos os Onze e os que com eles estavam. Todos diziam: O Senhor ressuscitou verdadeiramente e apareceu a Simão. Eles, por sua parte, contaram o que lhes havia acontecido no caminho e como o tinham reconhecido ao partir o pão.” (Lc 24,13-35).
O mesmo evangelista narra que “depois Jesus os levou para Betânia e, os abençoou. Enquanto os abençoava, separou-se deles e foi arrebatado ao Céu” (Lc 24,50-51).
São Mateus descreve que Jesus “apareceu aos Onze na Galileia, numa montanha que Jesus tinha indicado. “Quando o viram, adoraram-no; entretanto, alguns hesitavam ainda. Mas Jesus, aproximando-se, lhes disse: Toda autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28,16-20).

São Lucas narra nos Atos dos Apóstolos que Jesus apareceu a São Paulo na segunda viagem apostólica e lhe disse: “Coragem! Deste testemunho de mim em Jerusalém, assim importa também que o dês em Roma” (At 23,11).
Essas inúmeras aparições de Jesus são uma prova inequívoca de Sua ressurreição. As narrativas mostram que à princípio eles não acreditavam na ressurreição do Senhor, e só acreditaram depois de vê-Lo e tocá-Lo. Isto mostra que jamais eles teriam a capacidade de inventar a ressurreição do Senhor. A alegria e o destemor com que dai para frente pregavam o Senhor vivo e ressuscitado, mostra que ela foi a grande motivação para que o Evangelho fosse levado às nações.
Prof. Felipe Aquino
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