DIOCESE DE LIMEIRA
15º DOMINGO DO TEMPO COMUM - 16 de julho de 2017
Dom Vilson Dias de Oliveira
“Semeador e semeadores
do amor”
Leituras: Isaías 55,10-11; Salmo 64 (65), 10.11.12-13.14;
Carta de São Paulo aos Romanos 8, 12-23; Mateus 13, 1-23, forma breve 13, 1-9.
COR
LITÚRGICA: VERDE
Animador: Nesta páscoa semanal, Jesus se apresenta como o
semeador generoso, que lança na terra de nossa vida a semente fecunda de sua
Palavra. Nossa missão é preparar o terreno para que esta semente da Palavra de
Deus possa germinar e dar muitos frutos.
1. Situando-nos brevemente
Na celebração hodierna, a
metodologia de Jesus são as parábolas do Reino através das comparações com as
sementes e os terrenos férteis e inférteis. É uma realidade que toda a Igreja
vive há dois mil anos. Muitos deram frutos e muitos deixaram a desejar ao longo
destes dois milênios. Homens e mulheres aderiram com a finco à causa do Reino
na evangelização, no martírio e em diversas expressões de testemunho da fé em
Cristo.
Mais uma vez, a voz de Cristo se
eleva para não deixar desperdiçar a semente lançada, pois o Reino de Deus é
constituído não só do terreno bom, mas por todos aqueles que por vários motivos
as sementes não conseguem frutificar.
A insistência da narrativa
evangélica de que as possibilidades de investimento da ação divina são muitas,
revela que a Palavra é lançada, mas o entusiasmo pelo Reino vai depender da
liberdade de cada um.
2. Recordando a Palavra
Passa despercebido aos nossos
olhos, aos ouvidos e ao coração a promessa que o profeta Isaías nos apresenta.
Usando imagens agrícolas para fazer compreender como Deus age na vida dos
crentes, o profeta acentua a eficácia da Palavra de Deus na vida dos que a
acolhem. É incrível que a misteriosa ação é tão vibrante que ela não volta sem
dar resultado. É isso que o profeta afirma.
Poderíamos pensar que, se a Palavra
transmitida não encontra espaço de acolhimento, poderia ficar estéril no
ouvinte, mas não é o que acontece a todos os que escutam a Palavra da vida. De
alguma forma ela atua nos ouvidos, no coração e na alma de quem escuta. É
necessário o tempo devido para que germine e dê frutos. Pode até não germinar
segundo nossas perspectivas, mas raízes profundas foram fincadas e, ao longo do
tempo, a consciência humana não deixará de dar respostas quer positivas,
assumindo-a, quer gradativamente.
E o “Verbo se fez carne e habitou o
meio de nós” (Jo 1,14), texto joanino e um memorial mariano há séculos renovado
na oração do Ângelus. Sim, as Escrituras e a história da Igreja fazendo memória
constante de Maria que assumiu a Palavra na mente e no coração, no dizer de
Santo Agostinho, nada mais é que uma síntese da chuva que vai e a terra faz
brotar o amor.
O Ano Mariano, que não pode vir a
ser mera comemoração devocional mariana, mas uma continua lembrança e encorajamento
de que o acontecimento divino em Maria, há dois milênios, repercute ainda na
vida dos que acolhem com boa vontade a Palavra.
3. Atualizando a Palavra
Com metáfora de dores, gemidos e
anseios, Paulo apresenta uma imagem dos que vivem na experiência da realização
das promessas do Senhor. Resgatados e santificados pelo Espírito, mas ainda passando
pelas peripécias desta vida, os filhos de Deus – os que abraçaram com paixão a
causa divina de cooperar na obra da salvação -, se “angustiam pelo dia derradeiro,
isto é, realização das promessas”. E que promessas são estas? De serem
assumidos, assuntos à glória prometida, ao alívio definitivo das angústias e
padecimentos. Embora possa parecer uma linguagem pessimista e melodramática do
apóstolo, na realidade, o dom do Espírito em nós realmente almeja a plenitude
da realização em Deus.
A imagem das “dores do parto” na
qual toda a criação geme na expectativa da glória, nos recorda Ap 12,1, em que
a “mulher revestida de sol” também sofria. Tal aproximação escriturística e
aplicada à Igreja – a nós em particular – será consumada no Apocalipse pelo
nascimento / vinda do menino que irá reger todas as nações, Jesus Cristo.
O Ano Mariano que celebramos nos
convida a também fiarmos mais primorosos com a vinda do Senhor. Estar atentos à
sua chegada dia após dia nos (as) irmãos (ãs) necessitados. O nosso querido
Papa Francisco, assumindo como característica do seu pontificado a assistência
aos pequenos do Reino, é um testemunho vivo a amenizar as angústias presentes e
abraçar as alegrias desta presença do Senhor em nosso meio tão enfatizado no
Ano Jubilar da Misericórdia. Mas todo cuidado é pouco, pois corremos o risco do
assistencialismo que fere totalmente a dinâmica do Evangelho.
4. Ligando a Palavra com ação litúrgica
No modelo do Semeador proposto por
Jesus, a comunidade eucarística não tem outra senão imitar aquele que semeou na
celebração. O fruto celebrativo da Palavra e da Eucaristia é semear e não
guardar para si.
Eucaristia, sendo agradecimento, é
ação, é fervor no Espírito Santo que nos anima a levar a semente semeada,
independente do terreno, e nos deixarmos moldar pela bondade do Semeador
divino.
Ao modelo fidedigno de Nossa
Senhora, a “Virgem que sabe ouvir e acolher com fé a Palavra de Deus” (canto
litúrgico), a comunidade eucarística, longe de ser mera expectadora da
celebração é participativa e ativa na vida do acolhimento desta Palavra de
vida.
Na carta Encíclica Lumem Fidei – A luz da fé, o Papa
Francisco nos ensina em perspectiva mariana, usando o texto de Lc 8, 8.23, no
qual Maria é vista como aquele “terreno bom”, guardava no coração para
frutificar na vida dele. Ele diz: “Na parábola do semeador, São Lucas refere
estas palavras com que o Senhor explica o significado da ‘terra boa’: ‘São
aqueles que, ouvindo com um coração bom e generoso, conservam a Palavra e dão
fruto pela perseverança’ (Lc 8,15).
No contexto do Evangelho de Lucas,
a menção do coração bom e generoso, em referência à Palavra ouvida e
conservada, pode constituir um retrato implícito da fé da Virgem Maria; o
próprio evangelista nos fala da memória de Maria, dizendo que ela conservava no
coração tudo aquilo que ouvia e via, de modo que a Palavra produzisse fruto na
sua vida. A Mãe do Senhor é ícone perfeito da fé, como dirá Santa Isabel:
‘Feliz aquela que acreditou’ (Lc. 1,45)”.
Oração dos fiéis:
Presidente: Queremos
elevar a Deus, nossas preces, que nascem dos frutos que sua Palavra, produziu
em nossas vidas.
1. Senhor, que a Igreja
semeie com fidelidade, amor e justiça a tua Palavra no coração do mundo.
Peçamos:
Todos: Senhor, ouvi nossa prece.
2. Senhor, formai nos
nossos governantes um coração compreensivo, inclinado a governar com justiça e
proporcionar condições de vida digna aos mais fragilizados. Peçamos:
3. Senhor, pelos que sofrem
por anunciarem teu Reino, para que encontrem em Ti, a confiança e a esperança,
e não desanimem com as dificuldades encontradas. Peçamos:
4. Senhor, que o respeito,
o diálogo, o amor e o perdão sejam constantes em nossas comunidades e em nossas
famílias. Peçamos:
5. Senhor, que os
agricultores sejam agraciados com tempo favorável e com muitos e bons frutos.
Peçamos:
(Outras intenções)
Presidente:
Senhor, conceda a nós, que participamos desta Eucaristia, testemunhar com a
vida, a palavra que proclamamos com os lábios. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.
III. LITURGIA EUCARÍSTICA
ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS:
Presid.: Acolhei,
ó Deus, as oferendas da vossa Igreja em oração, e fazei crescer em santidade os
fiéis que participam deste sacrifício. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.
ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO:
Presid.: Alimentados
pela vossa Eucaristia, nós vos pedimos, ó Deus, que cresça em nós a vossa
salvação cada vez que celebramos este mistério. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.
BÊNÇÃO E DESPEDIDA:
Presid.: Guardai,
ó Deus, o povo que te implora a força do Senhor Ressuscitado que anima a missão
da Igreja, para que sustentado por este amor, seja fiel no anúncio do Evangelho.
Por Cristo, nosso Senhor. Todos:
Amém.
Presid.: O
Senhor esteja convosco. Todos: Ele está
no meio de nós.
Presid.: Abençoe-vos
o Deus todo-poderoso, Pai e Filho e Espírito Santo. Todos: Amém.
Presid.: Ide
em paz e que o Senhor vos acompanhe.
Todos: Graças a Deus.
ATIVIDADES DO BISPO DIOCESANO
Dia 13 de julho –
quinta-feira: Atendimento na residência episcopal –
08h30min até 10h00; Assinatura digital 10h30min – ACIL – Limeira; atendimento
na residência episcopal – 15h00, Limeira.
Dia 14 de julho –
sexta-feira: Reunião da Pascom do Regional Sul 1 –
Agudos – 09h00; Missa – São Camilo de Lellis, Padre Paulo Henrique de Oliveira,
às 19h30min, Americana, SP.
Dia 15 de julho –
sábado: Encontro da Pascom da Sub-Região Campinas – das
08h00 até 15h00 – CDL; e Missa – Paróquia Menino Jesus – Padre Diego Miquelotto
– 18h00 – Limeira, SP.
Dia 21 de julho – sexta-feira: Atendimento na residência episcopal – 10h00.
Dia 23 de julho – domingo: Missa – CDL – Encontro de Adolescentes – Renovação Carismática –
11h00 – Limeira, SP.