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terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Quais os pecados só podem ser perdoados pelos bispos, pela Santa Sé, e ou pelos padres autorizados no ANO DA MISERICÓRDIA?


(Pe. Henry Vargas Holguín)

"Com espírito contrito, (os fiéis) submetam seus pecados à Igreja no sacramento da penitência" (Vaticano II, Presbyterorum Ordinis, 5).

Antes de mais nada, dois esclarecimentos:

1. Os pecados não são perdoados pelo padre em si. Os pecados são perdoados por Deus, mediante a absolvição do ministro ordenado: bispo ou padre.(João 20,23).


2. Todos os pecados têm perdão em Deus, menos um: o pecado contra o Espírito Santo (cf. Mt 12, 31). O único pecado que nem Deus e nem a Igreja perdoa é a blasfêmia contra o Espírito Santo.

Em que consiste o pecado contra o Espírito Santo?

A blasfêmia não é somente com palavras, mas também com fatos, e intenções determinadas, conscientes , públicas e sem arrependimento.Quem blasfema? Quem não se sente necessitado de Deus, quem não se sente pecador ou se considera sem pecado. Trata-se de fechar-se ao convite de Deus à conversão, endurecer o coração, a tal ponto que a pessoa não se interessa mais por Deus.

É pecado propositalmente ao Crente endurecer o coração e dizer a Deus:

Você não me interessa, estou bem sem você, não preciso de você.”

ATENÇÃO !!! É pecado considerar que Deus não pode perdoar, ou sacerdote negar o perdão de Deus na confissão.

Diante desta circunstância, o que Deus pode fazer?

Aqui Deus não tem espaço e liberdade para agir na vida da pessoa, pois Deus respeita nosso livre arbítrio, portanto, não tem nada a se fazer, não tem nada para perdoar, não se perdoa nada,pois só existe perdão onde há reconhecimento, arrependimento, e confissão da culpa pelo pecado cometido.

A Bíblia nos dá mais luz:

"Quem oculta seus pecados não prosperará, mas quem os confessa e se afasta deles alcançará misericórdia" (Prov 28, 13).


Catequese sobre o sacramento da confissão:

Só Deus perdoa os pecados (cf. Mc 2, 7). Porque Jesus é o Filho de Deus, e diz de si mesmo: 

"O Filho do homem tem poder de perdoar os pecados na terra" (Mc 2, 10) e exerce esse poder divino: "Teus pecados estão perdoados" (Mc 2, 5; Lc 7, 48).

Mais ainda: em virtude da sua autoridade divina, Jesus confere este poder aos homens (cf. Jo 20, 21-23) para que o exerçam em seu nome (Catecismo da Igreja Católica, 1441). Todos os pecados submetidos e confessados ao "poder das chaves" (Mt 16, 19) têm perdão.

Portanto, tenhamos cuidado ao dizer: 

"Deus perdoa este pecado, mas este outro Ele não perdoa"

Uma coisa é o julgamento social, e outra muito diferente, é o que Deus pensa, e o poder que Ele tem de perdoar o pecado, bem como o poder delegado por Ele mesmo aos seus apóstolos (João 20,23).Cristo deu poder de perdoar somente aos apóstolos, e não a todos os seus discípulos, ou seja somente aos bispos como seus legítimos sucessores dele, e aos presbíteros que colaboram com os bispos. Eles são os ministros do sacramento da penitência (Cânon 965).Os bispo, que possuem em plenitude o sacramento da Ordem e têm todos os poderes que Cristo deu aos apóstolos, delegam aos presbíteros (padres) sua missão ministerial, fazendo parte deste ministério a capacidade de poder perdoar os pecados.

Isso foi definido pelo Concílio de Trento como verdade de fé, contra a postura de Lutero, que dizia que qualquer batizado tinha a potestade para perdoar os pecados. Cristo só deu este poder aos apóstolos (cf. Mt.18, 18; Jo 20, 23).

O sacerdote é muito importante, porque, ainda que seja Jesus Cristo quem perdoe os pecados, ele é seu representante e possui a autoridade de Cristo. O sacerdote deve ter a faculdade de perdoar os pecados, ou seja, por ofício e porque isso lhe foi autorizado pela autoridade competente. Nem todos os padres têm a faculdade de exercê-la: para poder exercer, é preciso estar capacitado para emitir um juízo sobre o pecador.

Para obter as faculdades, deve-se superar um exame chamado "ad audiendas confessionis". Diz o cânon 970: 

"A faculdade de ouvir confissões só pode ser concedida aos presbíteros que tenham sido considerados aptos mediante um exame, ou cuja idoneidade conste de outro modo".

Tais faculdades são concedidas por escrito; são também as chamadas "licenças ministeriais" (cânon 973). Ou seja, um sacerdote recém-ordenado não pode absolver enquanto não receber as licenças ministeriais. Em muitos casos, o exame "ad audiendas confessionis" é feito justamente antes da ordenação.

Observações sobre o ministério sacerdotal:

O sacramento da confissão é regulamentado pelo Direito Canônico. Portanto, para administrar este sacramento, é preciso levar em consideração certas situações:

1. Para absolver validamente, é preciso, além da ordem sagrada, a faculdade (cânon 966).

2. Os sacerdotes não podem confessar em qualquer âmbito ou território (cânon 968).

3. Em caso de cumplicidade na qual um padre estiver envolvido direta ou indiretamente, ele não pode absolver seu(s) cúmplice(s). Por exemplo, quando o cúmplice é o próprio sacerdote confessor, em questões relativas ao 6º mandamento, sua absolvição é nula (cânon 977).

4. Em perigo de morte, o âmbito se amplia totalmente, de maneira que qualquer sacerdote pode absolver qualquer fiel de qualquer pecado e de qualquer censura (cânon 976).

5. Na confissão, é preciso levar em consideração as censuras, porque, caso existam, não se pode dar a absolvição. As censuras, "penas medicinais" dirigidas à emenda do cristão, são: a excomunhão, o interdito e a suspensão. Seu principal efeito é a privação de determinados bens espirituais (ou materiais anexos), com fins de: punição, reflexão e verdadeira conversão. Sua eliminação depende do cessar da contumácia do fiel (cânon 1358).


Condições por parte dos penitentes

A contrição dos fiéis é tão importante, que o Código a exige rotundamente:"sem contrição, não há perdão dos pecados".

Para receber o remédio do sacramento da penitência, o fiel precisa estar de tal maneira disposto que, consciente e rejeitando os pecados cometidos e tendo o propósito de emenda, se converta a Deus (cânon 987). Por isso, na impossibilidade física ou moral de confessar-se, porém, "a reconciliação pode ser obtida por outros meios" (cânon 960).

Pecados reservados

São pecados que geram excomunhão. A excomunhão é a pena eclesiástica mais severa, que impede de receber os sacramentos. O termo "excomunhão" significa exclusão de um membro da COMUNHÃO com a Igreja. O excomungado fica separado daqueles com quem compartilhava sua fé, bem como de suas autoridades competentes, e dos direitos aos quais fazia jus(Receber os sacramentos).

Quem comete determinados pecados que ferem gravemente a comunhão eclesial, se autoexclui; ele mesmo se marginaliza da unidade com a Igreja. Logicamente, ainda que possa assistir à missa, não pode comungar, pois justamente a Eucaristia é o sacramento que expressa e causa a comunhão e unidade com Deus e com a Igreja.

É necessário ser precisos: o que se castiga não é o pecado, mas o delito. E, no Direito Canônico, "delito canônico" não é a mesma coisa que "pecado". Os delitos que são castigados com a excomunhão e que, portanto, não podem ser absolvidos por um sacerdote, são os seguintes:

Pecados absolvidos somente pelo bispo:

Excomunhões "Latae sententie": É a excomunhão automática que se produz ainda que não exista uma declaração formal e escrita de excomunhão por parte da Igreja contra uma pessoa concreta, ou seja,cometer o delito já leva à excomunhão automática.

1. Heresia (negação pública e pertinaz de uma verdade da fé católica), cisma (rejeição da submissão ao Papa) e apostasia (renúncia da fé).

2. Aborto provocado, quando ele de fato acontece. E colaboração com esse aborto.

Excomunhões "Ferende sententiae" (excomunhão declarada):

3. Fingir ser padre e, assim, celebrar missa ou ouvir confissões (cânon 1378).

4. Gravação ou divulgação, por meios técnicos, do que se diz em confissão.

Pecados que geram interdito ("Latae sententiae" - Excomunhão automática):

1. Violência física a um bispo.
2. Atentado de celebrar missa sem permissão legal.
3. Atentado de absolver ou ouvir em confissão por parte de um fiel.
4. Falsa denúncia de solicitação (Ex.: acusar falsamente um padre de aproveitar a intimidade da confissão para fazer pedidos sexuais ou toques desonestos).
5. Religioso com votos perpétuos, não clérigo, que atenta matrimônio (cânon 1394, 4).

Pecados que geram interdito e suspensão (somente se for clérigo):

1. Violência física a um bispo.
2. Atentado de celebrar missa estando suspenso.
3. Atentado de absolver e ouvir em confissão (quem não pode fazê-lo validamente).
4. Falsa denúncia de solicitação.
5. Clérigo que atenta matrimônio: suspensão "latae sententiae".

Com relação a quem pode absolver estes pecados, como regra geral, é o bispo diocesano. Em alguns casos, ele pode delegar esta função a vigários gerais e ao clérigo penitenciário.

Pecados absolvidos somente pela Santa Sé (Penitenciaria Apostólica): Excomunhões "latae sententiae" (Automáticas):

1. Sacrilégios: profanação de espécies consagradas.
2. Atentados contra a vida do Papa.
3. Absolver o cúmplice de pecado contra o 6º mandamento(Contra a Castidade).
4. Sendo bispo, consagrar outro bispo sem mandato pontifício.
5. Para o sacerdote, violar o sigilo da confissão.
6. Atentado de ordenação sacerdotal de uma mulher.

Fonte: Aleteia

"A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão a proposta do Reino, vivida na Igreja (DNC 50)."

Documento Necessário para o Batismo e Crisma

Certidão de Nascimento ou Casamento do Batizando;

Comprovante de Casamento Civil e Religioso dos padrinhos;

Comprovante de Residência,

Cartões de encontro de Batismo dos padrinhos;

Documentos Necessários para Crisma:

RG do Crismando e Padrinho, Declaração de batismo do Crismando, Certidão ou declaração do Crisma do Padrinho, Certidão de Casamento Civil e Religioso do Padrinho/Madrinha e Crismando se casados.

Fonte: Catedral São Dimas

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Reflexão

REFLEXÃO

A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.

reflexão sobre o Dízimo

A espiritualidade do Dízimo

O dízimo carrega uma surpreendente alegria no contribuinte. Aqueles que se devotam a esta causa se sentem mais animados, confortados e motivados para viver a comunhão. O dízimo, certamente, não é uma questão de dinheiro contrariando o que muitos podem pensar. Ele só tem sentido quando nasce de uma proposta para se fazer a experiência de Deus na vida cristã. Somos chamados e convocados a este desafio.

Em caso contrario, ele se torna frio e distante; por vezes indiferente. A espiritualidade reequilibra os desafios que o dízimo carrega em si. "Honra o Senhor com tua riqueza. Com as primícias de teus rendimentos. Os teus celeiros se encherão de trigo. Teus lagares transbordarão de vinho" (Pr 3,9-10). Contribuir quando se tem de sobra, de certa forma, não é muito dispendioso e difícil. Participar da comunhão alinha o desafio do dízimo cristão.

Se desejar ler, aceno: Gn 28, 20-22; Lv 27, 30-32; Nm 18, 25-26 e Ml 3, 6-10.

Fonte : Pe. Jerônimo Gasques

http://www.portalnexo.com.br/Conteudo/?p=conteudo&CodConteudo=12

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