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domingo, 28 de fevereiro de 2010

O QUE É ORAÇÃO?



O QUE É ORAÇÃO?

A oração é um impulso do coração, é um simples olhar lançado ao céu, um grito de reconhecimento e amor no meio da provação ou no meio da alegria. ( Sta Teresa do Menino Jesus) CIC 2558.

" A oração é a elevação da alma a Deus ou o pedido a Deus dos bens convenientes." ( S. João Damasceno). A humildade é o fundamento da oração. " Nem Sabemos o que seja conveniente pedir" (Rm 8,26). A humildade é a disposição para receber gratuitamente o Dom da oração; o homem é um mendigo de Deus. CIC 2559

"Se conhecesses o Dom de Deus!" (Jo 4,10). A maravilha da oração se revela justamente aí, à beira dos poços aonde vamos procurar nossa água; é ai que Cristo vem ao encontro de todo ser humano, é o primeiro a nos procurar, e é Ele que pede de beber. Jesus tem sede, seu pedido vem das profundezas do Deus que nos deseja. A oração, quer saibamos ou não, é o encontro entre a sede de Deus e a nossa. Deus tem sede de que nós tenhamos sede dele. CIC 2560
"Es tu que lhe pedirias e Ele te daria água viva" (Jo 4,10) CIC 2561

"Não possuis porque não pedis. Pedis, mas não recebeis, porque pedis mal, com o fim de gastardes nos vossos prazeres" (Tg 4, 2-3). Se pedimos com um coração dividido, "adúltero" (Tg 4,4), Deus não nos pode ouvir, porque deseja nosso bem, nossa vida. "Ou julgais que é em vão que a Escritura diz: Ele reclama com ciúme o espírito que pôs dentro de nós(Tg4,5)?" Nosso Deus é "ciumento" de nós, o que é sinal da verdade de seu amor. CIC 2737

Não existe outro caminho da oração cristã senão Cristo. Seja a nossa oração comunitária ou pessoal, vocal ou interior, só ele tem acesso ao Pai se orarmos "em nome" de Jesus. A Santa humanidade de Jesus é, portanto, o caminho pelo qual o Espírito Santos nos ensina a orar a Deus, nosso Pai. CIC 2664

A oração da Igreja, alimentada pela palavra de Deus, e a celebração Liturgica nos ensinam a orar ao Senhor Jesus. Ainda que seja dirigida sobretudo ao Pai, ela inclui, em todas as tradições litúrgicas , formas de oração dirigidas a Cristo CIC 2665

Virtudes teologais
Há três virtudes teologais: a fé, a esperança e a caridade (1Cor 13,13). Estas informam e vivificam todas as virtudes morais. CIC1841

Pela fé, nós cremos em Deus e em tudo o que Ele nos revelou e que a Santa Igreja nos propõe para crer. CIC 1842



Pela esperança, desejamos e aguardamos de Deus, com firme confiança, a vida eterna e as graças para merecê-la. CIC 1843
Pela caridade, amamos a Deus sobre todas as coisas e o nosso próximo como a nós mesmos por amor a Deus. Ele é o "vínculo da perfeição" (Cl 3,14) e a forma de todas as virtudes. CIC 1844

Atos de fé
A fé é uma adesão pessoal do homem inteiro a Deus que se revela. Ela inclui uma adesão da inteligência e da vontade à Revelação que Deus fez de si mesmo por suas ações e palavras. CIC 176

Por conseguinte, "crer" tem uma dupla referência: à pessoa e a verdade; à verdade, por confiança na pessoa que a atesta. CIC 177

Não devemos crer em ninguém a não ser em Deus, o Pai , o Filho e o Espírito Santo. CIC 178

A fé é um Dom sobrenatural de Deus. Para crer, o homem tem necessidade dos auxílios interiores do Espírito Santo. CIC 179

"Crer" é um ato humano, consciente e livre, que corresponde à dignidade da pessoa humana. CIC 180

"Crer" é um ato eclesial. A fé da Igreja precede, gera, sustenta e alimenta nossa fé. A Igreja é a mãe de todos os crentes. " Ninguém pode ter a Deus por Pai, que não tenha a Igreja por Mãe. CIC 181

Esperança
O Espírito Santo, que nos ensina a celebrar a Liturgia na expectativa da volta de Cristo, nos educa a orar na esperança. Por sua vez, a oração da Igreja e a oração pessoal alimentam em nós a esperança. Especialmente os salmos, com sua linguagem concreta e variada, nos ensinam a fixar nossa esperança em Deus: "Esperei ansiosamente pelo Senhor, Ele se inclinou para mim e ouviu o meu grito" (SL40,2). "Que o Deus da esperança vos cumule de toda alegria e paz em vossa fé, a fim de que pela ação do Espírito Santo a vossa esperança transborde" (Rm15,13). CIC 2657

Anjos da Guarda
Em sua liturgia, a Igreja se associa aos anjos para adorar o Deus Três vezes Santo; ela invoca a sua assistência ( assim em In Paradisum deducant te Angeli... - Para o Paraíso te levem os anjos, da liturgia dos defuntos, ou ainda no "hino querubínico" da Liturgia bizantina) além disso, festeja mais particularmente a memória de certos anjos ( s. Miguel, S. Gabriel, S. Rafael, e os anjos da Guarda). CIC 335


Desde o inicio (Mt 18,10) até a morte (Lc 16,22), a vida humana é cercada por sua proteção (Sl 34,8; 91,10-13) e por sua intercessão (Jó 33,23-24;Zc1,12:Tb 12,12), cada fiel é ladeado por um anjo como protetor e pastor para conduzi-lo à vida. Ainda aqui na terra, a vida cristã participa na fé da sociedade bem - aventurada dos anjos e dos homens, unidos em Deus.

Ave Maria
A Virgem Maria realiza da maneira mais perfeita a obediência da fé. Na fé, Maria acolheu o anúncio e a promessa trazida pelo anjo Gabriel, acreditando que “nada é impossível a Deus” (Lc 1,37) e dando seu assentimento: “Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38). É em virtude desta fé que todas as gerações a proclamarão bem-aventurada.

“Todas as gerações me chamarão bem-aventurada” (Lc 1,48). A Santíssima Virgem “é legitimamente honrada com um culto especial pela Igreja. Desde remotíssimos tempos, a bem-aventurada Virgem é venerada sob o título de ‘Mãe de Deus’, sob cuja proteção os fiéis se refugiam suplicantes em todos os seus perigos e necessidades. Este culto, embora inteiramente singular, difere essencialmente do culto de adoração que se presta ao Verbo encarnado e igualmente ao Pai e ao Espírito Santo, mas o favorece poderosamente”; este culto encontra sua expressão nas festas litúrgicas dedicadas à Mãe de Deus e na oração Mariana, tal como o Santo Rosário, “Resumo de todo o Evangelho”. CIC 971

A oração de Maria nos é revelada na aurora da plenitude dos tempos. Antes da Encarnação do Filho de Deus e antes da efusão do Espírito Santo, sua oração coopera de maneira única com o plano benevolente do Pai; na Anunciação para a concepção de Cristo (Lc 1,38), em Pentecostes para formação da Igreja, corpo de Cristo(At 1,14). Na fé de sua humilde serva, o Dom de deus encontra o acolhimento que esperava desde o começo dos tempos. Aquela que o Todo-Poderoso tornou "cheia de graça" responde pela oferenda de todo seu ser: "Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo tua palavra". Fiat, esta é a oração cristã: ser todo dele porque Ele é todo nosso. CIC 2617

O Evangelho nos revela como Maria ora e intercede na fé: em Caná (Jo 2,1-12), a mãe de Jesus pede a seu filho pelas necessidades de um banquete de núpcias, sinal de outro Banquete, o das núpcias do Cordeiro, que dá seu Corpo e Sangue a pedido da Igreja, sua Esposa. E é na hora da nova Aliança, ao pé da Cruz (Jo 19,25-27), que Maria é ouvida como Mulher, a nova Eva, a verdadeira "mãe dos vivos". CIC 2618

O Filho de Deus que se tornou Filho da Virgem aprendeu também a rezar segundo seu coração de homem. Aprendeu as fórmulas de oração com sua mãe, que conservava e meditava em seu coração todas as "grandes coisas" feitas pelo Todo Poderoso (Lc 1,49). CIC 2599

Na oração, o Espírito Santo nos une à Pessoa do Filho Único, em sua humanidade glorificada. Por ele e nela, nossa oração filial entra em comunhão, na Igreja, com a Mães de Jesus. CIC 2673

A partir dessa cooperação singular de Maria com a ação do Espírito Santo, as igrejas desenvolveram a oração à Santa Mãe de Deus, centrando-a na Pessoa de Cristo manifestada em seus mistérios, para exaltar com ela as grandes coisas que Deus realizou nela e para confiar-lhe súplicas e louvores. CIC 2682

Esse duplo movimento da oração a Maria encontrou uma expressão privilegiada na oração da Ave Maria:
“Ave Maria (alegra-te Maria)” A saudação do anjo Gabriel abre a oração da Ave- Maria. È o próprio Deus que, por intermédio de seu anjo, saúda Maria . Nossa oração ousa retornar a saudação de Maria com o olhar que deus lançou sobre sua humilde serva, alegrando-nos com a mesma alegria que Deus encontra nela.
“Cheia de graça, o Senhor é convosco.” As duas palavras de saudação do anjo se esclarecem mutuamente. Maria é cheia de graça porque o senhor está com ela. “Alegra-te, filha de Jerusalém... o Senhor está no meio de ti” (Sf (sofonias) 3,14.17 a). Maria, em quem vem habitar o próprio Senhor, é em pessoa a filha se Sião, a Arca da Aliança, o lugar onde reside a glória do Senhor: ela é “ a morada de Deus entre os homens” (Ap (apocalipse) 21,3). “Cheia de Graça”, e toda dedicada àquele que nela vem habitar e que ela vai dar ao mundo.
“Bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.” Depois da saudação do anjo, tornamos nossa a palavra de Isabel. “Repleta do Espirito Santo” (Lc 1,41), Isabel é a primeira na longa série das gerações que declaram Maria bem-aventurada: Feliz aquela que creu...” (Lc 1,45): Maria é “bendita entre as mulheres” porque acreditou na realização da palavra do Senhor. Abraão, por sua fé, se tornou uma benção para “todas as nações da terra” (Gn 12,3). Por sua fé Maria se tornou a mãe dos que crêem, porque, graças a ela, todas as nações da terra recebem Aquele que é a própria benção de Deus: “ Bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus”. CIC 2676

“Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós...” Com Isabel também nós nos admiramos: “Donde me vem que a mãe de meu Senhor me visite?” (Lc1,43). Porque nos dá Jesus, seu filho, Maria é Mãe de Deus e nossa Mãe; podemos lhe confiar todos os nossos cuidados e pedidos: ela reza por nós como rezou por si mesma: “Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38). Confiando-nos à sua oração, abandonamo-nos com ela à vontade de Deus: “Seja feita a vossa vontade”.
“ Rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte.”
Pedindo a Maria que reze por nós, reconhecemo-nos como pobres pecadores e nos dirigimos à “ Mãe de misericórdia”, à toda Santa. Entregamo-nos a ela “agora”, no hoje de nossas vidas. E nossa confiança aumenta para desde já entregar em suas mãos “a hora de nossa morte”. Que ela esteja então presente, como na morte na Cruz de seu Filho, e que na hora de nossa passagem ela nos

acolha como nossa Mãe, para nos conduzir a seu Filho, Jesus, no Paraíso. CIC 2677

Maria é a orante perfeita, figura da igreja. Quando rezamos a ela, aderimos com ela ao plano do pai, que envia seu Filho para salvar todos os homens. Como o discípulo bem-amado, acolhemos em nossa casa a Mãe de Jesus, que se tornou mãe de todos os vivos. Podemos rezar com ela e a ela. A oração da Igreja é acompanhada pela oração de Maria que lhe está unida na esperança. CIC 2679

Pai Nosso
"Estando em certo lugar, orando, ao terminar, um de seus discípulos pediu-lhe: Senhor, ensina-nos a orar" (Lc 11,1). Não é antes de tudo contemplando seu mestre a orar que o discípulo de Cristo deseja orar? Pode então aprender a orar do Mestre da oração. É contemplando e ouvindo o Filho que os filhos aprendem a orar ao Pai. CIC 2601

Atendendo ao pedido de seus discípulos (Lc11,1), Jesus lhes confia a oração Cristã fundamental do Pai Nosso. CIC 2773

"A oração dominical é realmente o resumo de todo o Evangelho" (Tertuliano): "a mais perfeita das orações"(Sto. Tomas de Aquino). Está no centro das Escrituras. CIC 2774

É Chamada "Oração dominical" porque nos vem do Senhor Jesus, Mestre e Modelo de nossa oração. CIC 2775

A Oração dominical é a oração da Igreja por excelência. É parte integrante das grandes Horas do Oficio Divino e dos sacramentos da iniciação cristã: Batismo, Confirmação e Eucaristia. Integrada na Eucaristia, ela manifesta o caráter "escatológico" de seus pedidos, na esperança do Senhor, "até que Ele venha" (1Cor11,26).CIC 2776

A confiança simples e fiel, a segurança humilde e alegre são as disposições que convêm a quem reza o Pai Nosso. CIC 2797

Podemos invocar a Deus como "Pai" porque o Filho de Deus feito Homem no-lo revelou, Ele em quem, pelo Batismo, somos, incorporados e adotados como filhos de Deus. CIC 2798

A oração do Senhor nos põe em comunhão com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo. Ao mesmo tempo, ela nos revela a nós mesmos. CIC 2799

Rezar ao Pai "nosso" deve desenvolver em nós a vontade de nos assemelhar a Ele e (fazer crescer em nós) um coração humilde e confiante. CIC 2800


"PAI NOSSO QUE ESTAI NOS CÉU"

" Ousar aproximar-nos com toda a confiança CIC 2777-2796

OS SETE PEDIDOS
I. Santificado seja vosso Nome. CIC 2807-2815
II. Venha a nós o vosso Reino. CIC 2816-2821
III. Seja feita a vossa Vontade assim na Terra como no céu. CIC 2822-2827
IV. O pão nosso de cada dia nos daí hoje. CIC 2828-2837
V. Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos têm ofendido. CIC 2838 - 2845 (Deus não aceita o sacrifício dos que fomentam a desunião; Ele ordena que se afastem do altar para primeiro se reconciliarem com seus irmãos: Deus quer ser pacificado com orações de paz. Para Deus, a mais bela obrigação é nossa paz, nossa concórdia, a unidade no Pai, no Filho e no Espírito Santos de todo o povo fiel.)
VI. Não nos deixeis cair em tentação. CIC 2846-2849
VII. Mas livrai-nos do mal. CIC 2850 - 2854 ( Quem se entrega a Deus não teme o Demônio. "Se Deus é por nós, quem será contra nós?" (Rm 8,31)

A doxologia final
A doxologia final: " Pois vosso é o reino, o poder e a gloria" retoma, mediante inclusão, os três primeiros pedidos a nosso Pai: a glorificação de seu nome, a vinda de seu Reino e o poder de Vontade salvífica. Mas esta retomada ocorre então em forma de adoração e de ação de graças, na Liturgia Celeste. O príncipe deste mundo atribuíra a si mentirosamente estes três títulos de realeza, de poder e de glória (Lc 4,5-6); Cristo, o Senhor, os restitui a seu Pai e nosso Pai, até entregar-lhe o Reino, quando será definitivamente consumado o Mistério da salvação e Deus será tudo em todos. (1Cor 15,24-28) CIC 2855

"Em seguida, terminada a oração, tu dizes 'Amem', corroborando por este Amém, que significa 'Que isto se faça' (Lc1,38), tudo quanto está contido na oração que Deus nos ensinou. CIC 2856

Resumo

No "Pai Nosso", os três primeiros pedidos tem por objeto a Glória do Pai: a santificação do Nome, a vinda do reino e o cumprimento da Vontade divina. Os quatro seguintes apresentam-lhe nossos desejos: esses pedidos concernem à nossa vida, para nutri-la ou para curá-la do pecado, e se relacionam com nosso combate visando à vitória do Bem sobre o Mal. CIC 2857

Ao pedir: "Santificado seja o vosso Nome " entramos no plano de Deus, a Santificação de seu Nome - revelado a Moisés, depois em Jesus - por nós e em nós, bem como em todas as nações e em cada ser humano. CIC 2858



Com o segundo pedido, a Igreja tem em vista principalmente a volta de Cristo e vinda final do Reino de Deus no "hoje" de nossas vidas. CIC 2859

No terceiro pedido rezamos ao nosso Pai para que una nossa vontade à de seu Filho, a fim de realizar seu plano de salvação na vida do mundo CIC 2860

No quarto pedido, ao dizer "Dai-nos", exprimimos, em comunhão com nossos irmãos, nossa confiança filial em nosso Pai do céu. "Pão Nosso" designa o alimento terrestre necessário à subsistência de todos nós e significa também o Pão de Vida: Palavra de Deus e Corpo de Cristo. É recebido no "Hoje" de Deus como alimento indispensável, (super) essencial do Banquete do reino que a Eucaristia antecipa. CIC 2861

O quinto pedido implora a misericórdia de Deus para nossas ofensas, misericórdia que só pode penetrar em nosso coração se soubermos perdoar nossos inimigos, a exemplo e com a ajuda de Cristo. CIC 2862

Ao dizer "Não nos deixeis cair em tentação", pedimos a Deus que não nos permita trilhar o caminho que conduz ao pecado. Este pedido implora o Espírito de discernimento e de fortaleza; solicita a graça da vigilância e a perseverança final. CIC 2863

No último pedido, "mas livrai-nos do mal", o cristão pede a Deus, com a Igreja, que manifesta a vitória, já alcançada por Cristo, sobre o "Príncipe deste mundo", sobre Satanás, o anjo que se opões pessoalmente a Deus e a seu plano de salvação. CIC 2864

Pelo "Amém" final exprimimos nosso "fiat" em relação aos sete pedidos: "Que assim seja!" CIC 2865

Tipos de Oração

O Espírito, que ensina a Igreja e lhe recorda tudo o que Jesus disse, vai também formá-la para a vida de oração.

O Espírito Santo, que assim lembra Cristo à sua Igreja orante, também a conduz à Verdade plena e suscita formulações novas que exprimirão o insondável Mistério de Cristo atuando na vida, nos sacramentos e na missão de sua Igreja. As formas da oração, como nos são reveladas pelas Escrituras apostólicas canônicas, serão normativas da oração cristã.

1 – A Benção e a Adoração
A oração de benção é a resposta do homem aos dons de Deus: uma vez que Deus abençoa, o coração do homem pode bendizer Aquele que é a fonte de toda benção.

A adoração é a primeira atitude do homem que se reconhece criatura diante de seu Criador. A adoração do Deus três vezes santo e sumamente amável nos enche de humildade e dá garantia a nossas súplicas.

2 – A Oração de Súplica
O vocabulário referente à súplica tem muitos matizes no Novo Testamento, porém, a forma mais habitual, por ser a mais espontânea, é o pedido: é pela oração de súplica que exprimimos a consciência de nossa relação com Deus; como pecadores, sabemos, na qualidade de cristãos, que nos afastamos de nosso Pai. O pedido já é uma volta para Ele.
O pedido de perdão é o primeiro movimento da oração de súplica: “Tem piedade de mim, pecador” (Lc 18,13). É a condição prévia de uma oração justa e pura.
A oração de pedido tem por objeto o perdão, a procura do Reino, como também toda verdadeira necessidade. A humildade confiante nos repõe na luz da comunhão com o Pai e seu Filho, Jesus Cristo, e uns com os outros.
3 – A oração de Intercessão
A intercessão é uma oração de pedido que nos conforma de perto com a oração de Jesus. Interceder, pedir em favor de outro, desde Abraão, é próprio de um coração que está em consonância com a misericórdia de Deus.
Na intercessão, aquele que ora “não procura seus próprios interesses, mas pensa sobretudo nos dos outros” (Fl 2,4) e reza mesmo por aqueles que lhe fazem mal.
4 – A Oração de Ação de Graças
Toda alegria e todo sofrimento, todo acontecimento e toda necessidade podem ser a matéria da ação de graças que, participando da ação de graças de Cristo, deve dar plenitude a toda a vida: “Por tudo daí graças, pois esta é a vontade de Deus a vosso respeito, em Cristo Jesus” (1Ts 5,18). “ Perseverai na oração vigilantes, com ação de graças” (Cl 4,2).
5 – A Oração de Louvor
O louvor é a forma de oração que reconhece o mais imediatamente possível que Deus é Deus! Canta-o pelo que Ele mesmo é, dá-lhe glória, mais do que pelo que Ele faz, por aquilo que Ele É. O louvor integra as outras formas de oração e as leva Àquele que é sua fonte final: “O único Deus, o Pai, de quem tudo procede e para quem nós somos feitos” (1Cor 8,6).

Fé em Deus e Poder da Oração
“Por isso vos digo: tudo o que pedirdes na oração, crede que o tendes recebido, e ser-vos-á dado. E quando vos puserdes de pé para orar, perdoai, se tiverdes algum ressentimento contra alguém, para que também vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe os vossos pecados. Mas se não perdoardes, tampouco vosso Pai que está nos céus vos perdoará os vossos pecados”. (Mc 11,24-26).

"A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão a proposta do Reino, vivida na Igreja (DNC 50)."

Documento Necessário para o Batismo e Crisma

Certidão de Nascimento ou Casamento do Batizando;

Comprovante de Casamento Civil e Religioso dos padrinhos;

Comprovante de Residência,

Cartões de encontro de Batismo dos padrinhos;

Documentos Necessários para Crisma:

RG do Crismando e Padrinho, Declaração de batismo do Crismando, Certidão ou declaração do Crisma do Padrinho, Certidão de Casamento Civil e Religioso do Padrinho/Madrinha e Crismando se casados.

Fonte: Catedral São Dimas

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Reflexão

REFLEXÃO

A porta larga que o mundo oferece para as pessoas é a busca da felicidade a partir do acúmulo de bens e de riquezas. A porta estreita é aquela dos que colocam somente em Deus a causa da própria felicidade e procuram encontrar em Deus o sentido para a sua vida. De fato, muitas pessoas falam de Deus e praticam atos religiosos, porém suas vidas são marcadas pelo interesse material, sendo que até mesmo a religião se torna um meio para o maior crescimento material, seja através da busca da projeção da própria pessoa através da instituição religiosa, seja por meio de orações que são muito mais petições relacionadas com o mundo da matéria do que um encontro pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Passar pela porta estreita significa assumir que Deus é o centro da nossa vida.

reflexão sobre o Dízimo

A espiritualidade do Dízimo

O dízimo carrega uma surpreendente alegria no contribuinte. Aqueles que se devotam a esta causa se sentem mais animados, confortados e motivados para viver a comunhão. O dízimo, certamente, não é uma questão de dinheiro contrariando o que muitos podem pensar. Ele só tem sentido quando nasce de uma proposta para se fazer a experiência de Deus na vida cristã. Somos chamados e convocados a este desafio.

Em caso contrario, ele se torna frio e distante; por vezes indiferente. A espiritualidade reequilibra os desafios que o dízimo carrega em si. "Honra o Senhor com tua riqueza. Com as primícias de teus rendimentos. Os teus celeiros se encherão de trigo. Teus lagares transbordarão de vinho" (Pr 3,9-10). Contribuir quando se tem de sobra, de certa forma, não é muito dispendioso e difícil. Participar da comunhão alinha o desafio do dízimo cristão.

Se desejar ler, aceno: Gn 28, 20-22; Lv 27, 30-32; Nm 18, 25-26 e Ml 3, 6-10.

Fonte : Pe. Jerônimo Gasques

http://www.portalnexo.com.br/Conteudo/?p=conteudo&CodConteudo=12

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