A esperança nascida da fé, que alimentava esses corações, se realizava, atingida a plenitude dos tempos, naquela noite cheia de estrelas e de luz, quando os Anjos do Céu anunciavam aos Pastores o nascimento do Salvador.
Também nós, esperamos a vinda misericordiosa do Senhor Jesus. Juntos com os nossos Pais, Patriarcas e Profetas, entoamos o pedido que Santo Afonso sintetizou, dizendo “que ao modo de nosso Pais, ardem os nossos corações suspirando ansiosos: apressa-te, Senhor, e vem nascer entre nós”.
O Natal de Jesus não é só um fato histórico a ser comemorado como uma lembrança. Ela se realiza na perenidade de todos os dias, na história de cada um de nós, na história da nossa comunidade, na humanidade de todos as épocas e lugares. A vinda de Cristo plenifica a esperança e a fé abraâmica de todos os tempos, de que, poderíamos dizer, o Natal histórico seria uma das facetas da realidade eterna do amor de Deus por nós.
Recebendo Jesus Salvador, devemos viver uma vida nova. O Apóstolo (Cf. 1Cor, 10,
Reconheçamos o tempo de nossa visitação, para que Jesus não tenha de chorar sobre nós, como na véspera de sua paixão chorou sobre Jerusalém: “Ah, se ao menos neste dia tu conhecesses o que te pode trazer a paz!”(Cf. Lc 19, 41), porque o Dia do Senhor está perto, às portas.
Sim, não podemos dissociar da Vinda misericordiosa de Cristo a sua volta no fim dos tempos. Nós, que o recebemos na Carne, devemos aguardar cheios de esperança, sua Vinda gloriosa, trabalhando para o advento do eu Reino.
Na antecipação mística desta Vinda, quando celebramos o mistério da Redenção, exclamamos firmes na fé, sem temor, porque alicerçados na esperança que nasce da cruz: “Vinde Senhor Jesus”
Aproveitemos o tempo. Preparemos nosso coração para recebermos o Cristo que vem na simplicidade de uma criança enquanto esperamos a manifestação de sua glória.