Liturgia Diária Comentada 04/01/2013
Tempo do Natal antes da Epifania - 1ª Semana do Saltério
Prefácio do Natal - Ofício da II Semana
Cor: Branco - Ano Litúrgico “C” – São Lucas
Antífona: Salmo 111,4 Para os retos de coração surgiu
nas trevas uma luz: o Senhor cheio de compaixão, justo e misericordioso.
Oração do Dia: Ó Deus, sede a luz dos vossos fiéis e abrasai seus corações com o
esplendor da vossa glória, para reconhecerem sempre o Salvador e a ele aderirem
totalmente. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo. Amém.
LEITURAS:
Primeira Leitura: 1Jo 3,7-10
Todo aquele que nasceu de Deus não comete pecado.
Filhinhos, que ninguém vos desencaminhe. O que pratica a justiça é
justo, assim como ele é justo. Aquele que comete o pecado é do diabo, porque o
diabo é pecador desde o princípio. Para isto é que o Filho de Deus se
manifestou: para destruir as obras do diabo.
Todo aquele que nasceu de Deus não comete pecado, porque a semente de
Deus fica nele; ele não pode pecar, pois nasceu de Deus. Nisto se revela quem é
filho de Deus e quem é filho do diabo: todo o que não pratica a justiça não é
de Deus, nem aquele que não ama seu irmão - Palavra do Senhor.
Comentando o Evangelho (Católicos com Jesus / Ricardo Ferreira): Como diz o
dito popular: “temos que matar um leão por dia”, pois somos tentados a todo
instante, só que temos que fazer a nossa opção, pois não dá para servir a Deus
e ao diabo.
Fomos criados por Deus e dessa forma não passávamos de “criaturas”, mas
Jesus veio com o poder de nos tornar “filhos de Deus”, Ele nos resgatou de
nossa vida de pecado e infundiu em nós a semente de Deus que é o Espírito
Santo. Assim sendo temos agora o poder de vencer o mal, mas para isso é preciso
que diariamente alimentemos nossa alma com orações, penitencias e
principalmente fugir das situações de pecado, nos cercando de pessoas e ações
que façam germinar a semente do “bem”.
Salmo: 97 (98), 1. 7-8. 9 (R.
3a)
Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus.
Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e
seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória.
Aplauda o mar com todo ser que nele vive, o mundo inteiro e toda gente!
As montanhas e os rios batam palmas e exultem de alegria!
Na presença do Senhor, pois ele vem, vem julgar a terra inteira. Julgará
o universo com justiça e as nações com equidade.
Evangelho: Jo 1,35-42
Encontramos o Messias.
Naquele tempo, João estava de novo com dois de seus discípulos e, vendo
Jesus passar, disse: “Eis o Cordeiro de Deus!” Ouvindo essas palavras, os dois
discípulos seguiram Jesus. Voltando-se para eles e vendo que o estavam
seguindo, Jesus perguntou: “Que estais procurando?”
Eles disseram: “Rabi (que quer dizer: Mestre), onde moras?” Jesus
respondeu: “Vinde ver”. Foram, pois ver onde ele morava e, nesse dia,
permaneceram com ele. Era por volta das quatro da tarde.
André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que ouviram as palavras de
João e seguiram Jesus. Ele foi logo encontrar seu irmão Simão e lhe disse:
“Encontramos o Messias (que quer dizer: Cristo)”. Então André conduziu Simão a
Jesus. Jesus olhou bem para ele e disse: “Tu és Simão, filho de João; tu serás
chamado Cefas” (que quer dizer: Pedra) - Palavra da Salvação.
Comentando o Evangelho (Padre Jaldemir Vitório /
Jesuíta): João Batista deu-se conta da responsabilidade de levar também os seus
discípulos a reconhecerem o Messias. Ao apontar para Jesus, declarando-o
Cordeiro de Deus, sugeriu-lhes que seguissem o verdadeiro Mestre. Sua missão
tinha sido cumprida. Então, os discípulos de João puseram-se a seguir Jesus.
João havia descrito o Messias vindouro com tons solenes. Sua descrição
não correspondia bem à pessoa que os discípulos tinham diante de si. Por isso,
manifestaram o desejo de saber onde Jesus habitava.
O núcleo da questão não consistia em conhecer a casa onde o Mestre
morava. Isso era secundário! Importava mesmo saber quem era Jesus. E o
conhecimento resultou da convivência. O contato, ao longo daquele dia, foi
suficiente para que os discípulos de João descobrissem a identidade de Jesus e
reconhecessem nele o Messias esperado.
O encontro com Jesus foi tão profundo que suas circunstâncias ficaram
impressas na memória dos discípulos. Estes, então, apressaram-se a comunicar
aos demais a experiência feita. A aceitação do convite vinde e vede e a
fascinação, que daí resultou, provocaram uma reviravolta na vida dos
discípulos. Doravante, não seriam mais os mesmos.
INTENÇÕES PARA O MÊS DE JANEIRO:
Geral – Conhecimento do Mistério de Cristo: Que neste
"Ano da Fé" os cristãos possam aprofundar no conhecimento do mistério
de Cristo e testemunhar nossa fé com alegria.
Missionária – Comunidades cristãs do Oriente Próximo e Médio: Que as
comunidades cristãs do Oriente Próximo e Médio, recebam a força da fidelidade e
a perseverança, em particular quando são discriminadas.
TEMPO LITÚRGICO:
Cor Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o
Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes solenidades,
pode ser substituída pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.
Tempo do Natal: A salvação prometida por Deus aos
homens em suas mensagens aos patriarcas e profetas, torna-se realidade concreta
na vinda de Jesus o salvador. O eterno Filho de Deus, feito homem, é a mensagem
conclusiva de Deus aos homens: ele é aquele que salva.
O nascimento histórico de Jesus em Belém é o sinal de nosso misterioso
nascimento à vida divina. O Filho de Deus se fez homem para
que os homens se pudessem tornar filhos de Deus. Este nascimento é o início de
nossa salvação, que se completará pela morte e ressurreição de Jesus. No pano
de fundo do Natal já se entrevê o mistério da Páscoa. Os dias que vão do Natal
à Epifania e ao Batismo do Senhor devem ajudar-nos a descobrir em Jesus Cristo
a divindade de nosso irmão e a humanidade de nosso Deus. Os textos litúrgicos
deste tempo convidam à alegria, mas apresentam também riqueza de doutrina.
Convidam-nos constantemente a dar graças pelo misterioso intercâmbio pelo qual
participamos da vida divina de Cristo. Enquanto nos faz participantes do amor
infinito de Deus, que se manifestou em Jesus, a celebração do Natal abre-nos à
solidariedade profunda com todos os homens.
Para a celebração
Tempo de Natal começa com as primeiras Vésperas de Natal e termina no
domingo depois da Epifania, ou seja, o domingo que cai após o dia 6 de janeiro.
A liturgia do Natal do Senhor caracterizada pela celebração das três
Missas natalinas (meia-noite, de manhã. durante o dia), inicia-se com a Missa
vespertina "na vigília", que faz parte da solenidade.
A solenidade do Natal prolonga sua celebração por oito dias contínuos,
que são indicados como Oitava de Natal. Esta é assim ordenada:
· No domingo
imediatamente após o Natal celebra-se a festa da sagrada Família; nos anos em
que falta esse domingo, celebra-se esta festa a 30 de dezembro;
· 26 de dezembro é a
festa de santo Estevão, protomártir;
· 27 de dezembro é o dia
da festa de são João, apóstolo e evangelista;
· 28 de dezembro
celebra-se a festa dos Santos Inocentes;
· os dias 29, 30 e 31
de dezembro são dias durante a oitava, nos quais ocorrem também memórias
facultativas;
· no dia 1º de janeiro,
oitava de Natal, celebra-se a solenidade de Maria, Mãe de Deus, na qual também
se comemora a imposição do santo nome de Jesus.
As festas acima enumeradas, quando caem em domingo, deixam o lugar à
celebração do domingo; se, porém, em algum lugar forem celebradas como
"solenidades", neste caso têm precedência sobre o domingo. Fazem
exceção as festas da sagrada Família e do Batismo do Senhor; que tomam o lugar
do domingo.
Os dias de 2 de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do
Senhor (domingo depois da Epifania) são considerados dias do Tempo de Natal.
Entre 2 e 5 de janeiro cai, habitualmente, o II domingo depois de Natal; a 6 de
janeiro celebra-se a solenidade da Epifania do Senhor. Nas regiões em que esta
solenidade não é de preceito, sua celebração é transferida para 2 e 8 de
janeiro, conforme normas particulares anexas a essa transferência.
Com a festa do Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania) termina o
Tempo natalino e principia o Tempo comum (segunda-feira da 1ª semana); portanto,
omitem-se as férias que naquele ano não podem ter celebração.
Para a celebração da Eucaristia nas férias do Tempo natalino:
· os dias 29, 30 e 31
de dezembro (que fazem parte da oitava de Natal) tem formulário próprio para
cada dia (Oracional + Lecionário). A memória designada para esses dias (29 e
31) no calendário perpétuo pode achar lugar na Missa da oitava, substituindo a
coleta dessa Missa pela do santo (ver n. 3);
· os dias de 2 de
janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do Senhor têm um Oracional
próprio (Missal), disposto segundo os dias da semana (isto é da segunda-feira
ao sábado), com um ciclo fixo de leituras (Lecionário) que segue os dias do
calendário; a "coleta" muda conforme a indicação lá referida.
Diz-se o Glória nas Missas durante a oitava de Natal. O Prefácio que dá
início à Oração eucarística (I,II, III) é próprio do Tempo do Natal-Epifania:
· o de Natal (com três
textos à escolha) é rezado durante a oitava e nos outros dias do Tempo
natalino;
· o da Epifania diz-se
nos dias que vão da solenidade da Epifania ao sábado que precede a festa do
Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania).
A cor das vestes litúrgicas nas Missas feriais do Tempo natalino é a
branca.
Fonte: CNBB / Missal Cotidiano
Ricardo e Marta - Comunidade São Paulo Apóstolo