23ª
Domingo do Tempo Comum - 3ª Semana do Saltério
Prefácio
dos domingos comuns - Ofício dominical comum
Glória
e Creio - Cor: Verde - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona:
Salmo 118,137.124 - Vós sois justo, Senhor, e justa é a vossa
sentença; tratai o vosso servo segundo a vossa misericórdia.
Oração
do Dia: Ó Deus, Pai de
bondade, que nos redimistes e adotastes como filhos e filhas,
concedei aos que creem em Cristo a verdadeira liberdade e a herança
eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na
unidade do Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira
Leitura: Sb 9,13-18 (gr.13-18b) Quem pode conhecer os desígnios do
Senhor?
Qual
é o homem que pode conhecer os desígnios de Deus? Ou quem pode
imaginar o desígnio do Senhor? Na verdade, os pensamentos dos
mortais são tímidos e nossas reflexões incertas: porque o corpo
corruptível torna pesada a alma, e tenda de argila oprime a mente
que pensa. Mal podemos conhecer o que há na terra, e com muito
custo compreendemos o que está ao alcance de nossas mãos; quem,
portanto, investigará o que há nos céus? Acaso alguém teria
conhecido o teu desígnio, sem que lhe desses Sabedoria e do alto
lhe enviasses teu santo espírito? Só assim se tornaram retos os
caminhos dos que estão na terra, e os homens aprenderam o que te
agrada, e pela Sabedoria foram salvos. - Palavra do Senhor.
Salmo: 89,3-4.5-6.12-13.14
17 (R.1) Vós fostes, Ó Senhor, um refúgio para nós.
Vós
fazeis voltar ao pó todo mortal,/ quando dizeis: "Voltai ao
pó, filhos de Adão!" / Pois mil anos para vós são como
ontem,/ qual vigília de uma noite que passou.
Eles
passam como o sono da manhã,/ são iguais à erva verde pelos
campos:/ De manhã ela floresce vicejante,/ mas à tarde é cortada
e logo seca.
Ensinai-nos
a contar os nossos dias,/ e dai ao nosso coração sabedoria!/
Senhor, voltai-vos! Até quando tardareis?/ Tende piedade e
compaixão de vossos servos!
Saciai-nos
de manhã com vosso amor,/ e exultaremos de alegria todo o dia!/ Que
a bondade do Senhor e nosso Deus/ repouse sobre nós e nos conduza!/
Tornai fecundo, ó Senhor, nosso trabalho.
Segunda
Leitura: Fm 9b-10.12-17 Recebe-o, não mais como escravo mas como um
irmão querido.
Caríssimo:
Eu, Paulo, velho como estou, e agora também prisioneiro de Cristo
Jesus, faço-te um pedido em favor do meu filho, que fiz nascer para
Cristo na prisão, Onésimo. Eu o estou mandando de volta para ti.
Ele é como se fosse o meu próprio coração. Gostaria de tê-lo
comigo, a fim de que fosse teu representante para cuidar de mim
nesta prisão, que eu devo ao Evangelho. Mas eu não quis fazer nada
sem o teu parecer, para que a tua bondade não seja forçada, mas
espontânea.
Se
ele te foi retirado por algum tempo, talvez seja para que o tenhas
de volta para sempre, já não como escravo, mas, muito mais do que
isso, como um irmão querido, muitíssimo querido para mim quanto
mais ele o for para ti, tanto como pessoa humana quanto como irmão
no Senhor. Assim, se estás em comunhão de fé comigo, recebe-o
como se fosse a mim mesmo. - Palavra do Senhor.
Evangelho:
Lc 14,25-33 Qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem,
não pode ser meu discípulo!
Naquele
tempo, grandes multidões acompanhavam Jesus. Voltando-se, ele lhes
disse: "Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e
sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até
da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não
carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu
discípulo.
Com
efeito, qual de vós, querendo construir uma torre, não se senta
primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o suficiente para
terminar? Caso contrário, ele vai lançar o alicerce e não será
capaz de acabar. E todos os que virem isso começarão a caçoar,
dizendo: 'Este homem começou a construir e não foi capaz de
acabar!' Ou ainda: Qual o rei que, ao sair para guerrear com outro,
não se senta primeiro e examina bem se com dez mil homens poderá
enfrentar o outro que marcha contra ele com vinte mil? Se ele vê
que não pode, enquanto o outro rei ainda está longe, envia
mensageiros para negociar a paz.
Do
mesmo modo, portanto, qualquer um de vós, se não renunciar a tudo
o que tem, não pode ser meu discípulo!” - Palavra da
Salvação.
Comentando
o Evangelho (Padre Jaldemir Vitório / Jesuíta): A
observação feita por Jesus visava levar a multidão que o seguia a
deixar de lado a exaltação ingênua e colocar os pés no chão,
para evitar possíveis frustrações. A empolgação do momento
podia desviar as pessoas do verdadeiro significado do gesto de
colocar-se no seguimento do Mestre. Quem quisesse segui-lo, deveria
estar consciente das implicações de sua opção.
A
primeira exigência consistia em romper com os laços familiares,
por causa do Reino, colocando, em segundo plano, o amor aos entes
mais queridos. O texto bíblico fala em "odiar pai, mãe etc.".
Evidentemente, a palavra "odiar" não tem o mesmo sentido
que nós lhe damos, hoje. Na boca de Jesus, ela quer dizer "dar
preferência ao pai, à mãe"; colocá-los acima do Reino e de
suas exigências.
A
segunda exigência aponta para a predisposição de aceitar todas as
consequências decorrentes da opção pelo Reino. Isto significa
"tomar a própria cruz". Não é apto para seguir Jesus
quem se intimida diante das perseguições, da indiferença, das
calúnias sofridas por causa de seu testemunho de vida. Só quem é
suficientemente forte para enfrentá-las, está em condições de se
tornar seguidor de Jesus.
Portanto,
a opção por se tornar seu discípulo funda-se numa dupla
disposição para a liberdade: diante dos laços de parentesco e
diante da cruz que se há de encontrar nesse seguimento.
INTENÇÕES
PARA O MÊS DE SETEMBRO:
Geral
– Nossos contemporâneos e contemporâneas: Que os homens
e mulheres do nosso tempo, tantas vezes mergulhados no barulho,
redescubram o valor do silêncio e saibam escutar a Deus e aos
irmãos.
Missionária
– Cristãos perseguidos: Que os cristãos perseguidos
possam testemunhar o amor de Cristo.
TEMPO
LITÚRGICO:
Tempo
Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração
da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes
da Quaresma. Recomeça na segunda-feira depois do domingo de
Pentecostes e termina antes das Primeiras Vésperas do 1º Domingo
do Advento NALC 44.
Cor
Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo
cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.
Fique
com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo
Feitosa e Marta Lúcia
Fonte:
CNBB / Missal Cotidiano