24ª
Domingo do Tempo Comum - 4ª Semana do Saltério
Prefácio
Comum - Ofício do dia – Glória Creio
Cor:
Verde - Ano Litúrgico “C” - São Lucas
Antífona:
Eclesiástico 36,18 - Ouvi, Senhor, as preces do vosso servo e do
vosso povo eleito: dai a paz àqueles que esperam em vós, para que
os vossos profetas sejam verdadeiros.
Oração
do Dia: Ó Deus, criador
de todas as coisas, volvei para nós o vosso olhar e, para sentirmos
em nós a ação do vosso amor, fazei que vos sirvamos de todo o
coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na
unidade do Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira
Leitura: Ex 32,7-11.13-14 E o Senhor desistiu do mal que havia
ameaçado fazer.
Naqueles
dias, o Senhor falou a Moisés: "Vai, desce, pois corrompeu-se o
teu povo que tiraste da terra do Egito. Bem depressa desviaram-se do
caminho que lhes prescrevi. Fizeram para si um bezerro de metal
fundido, inclinaram-se em adoração diante dele e ofereceram-lhe
sacrifícios, dizendo: 'Estes são os teus deuses, Israel, que te
fizeram sair do Egito!'".
E
o Senhor disse ainda a Moisés: "Vejo que este é um povo de
cabeça dura. Deixa que minha cólera se inflame contra eles e que eu
os extermine. Mas de ti farei uma grande nação". Moisés,
porém, suplicava ao Senhor seu Deus, dizendo: "Por que, ó
Senhor, se inflama a tua cólera contra o teu povo, que fizeste sair
do Egito com grande poder e mão forte? Lembra-te de teus servos
Abraão, Isaac e Israel, com os quais te comprometeste, por
juramento, dizendo: 'Tornarei os vossos descendentes tão numerosos
como as estrelas do céu; e toda esta terra de que vos falei, eu a
darei aos vossos descendentes como herança para sempre'". E o
Senhor desistiu do mal que havia ameaçado fazer a seu povo. -
Palavra do Senhor.
Salmo: 50,
3-4.12-13.17.19 (R. Lc 15,18) Vou agora, levantar-me, volto à casa
do meu pai.
Tende
piedade, ó meu Deus, misericórdia! Na imensidão de vosso amor,
purificai-me! Lavai-me todo inteiro do pecado, e apagai completamente
a minha culpa!
Criai
em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito
decidido. Ó Senhor, não me afasteis de vossa face, nem retireis de
mim o vosso Santo Espírito!
Abri
meus lábios, ó Senhor, para cantar, e minha boca anunciará vosso
louvor! Meu sacrifício é minha alma penitente, não desprezeis um
coração arrependido!
Segunda
Leitura: 1Tm 1,12-17 Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores.
Caríssimo:
Agradeço àquele que me deu força, Cristo Jesus, nosso Senhor, pela
confiança que teve em mim, ao designar-me para o seu serviço, a
mim, que antes blasfemava, perseguia e insultava. Mas encontrei
misericórdia, porque agia com a ignorância de quem não tem fé.
Transbordou a graça de nosso Senhor com a fé e o amor que há em
Cristo Jesus. Segura e digna de ser acolhida por todos é esta
palavra: Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores. E eu sou o
primeiro deles!
Por
isso encontrei misericórdia, para que em mim, como primeiro, Cristo
Jesus demonstrasse toda a grandeza de seu coração; ele fez de mim
um modelo de todos os que crerem nele para alcançar a vida eterna.
Ao Rei dos séculos, ao único Deus, imortal e invisível, honra e
glória pelos séculos dos séculos. Amém! - Palavra do
Senhor.
Evangelho:
Lc 15,1-32 Haverá no céu mais alegria por um só pecador que se
converte.
Naquele
tempo, os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o
escutar. Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus.
“Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles”. Então
Jesus contou-lhes esta parábola: Se um de vós tem cem ovelhas e
perde uma, não deixa as noventa e nove no deserto, e vai atrás
daquela que se perdeu, até encontrá-la? Quando a encontra, coloca-a
nos ombros com alegria, e, chegando à casa, reúne os amigos e
vizinhos, e diz: ‘Alegrai-vos comigo! Encontrei a minha ovelha que
estava perdida!’ Eu vos digo: Assim haverá no céu mais alegria
por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos
que não precisam de conversão.
E
se uma mulher tem dez moedas de prata e perde uma, não acende uma
lâmpada, varre a casa e a procura cuidadosamente, até encontrá-la?
Quando a encontra, reúne as amigas e vizinhas, e diz: ‘Alegrai-vos
comigo! Encontrei a moeda que tinha perdido!’ Por isso, eu vos
digo, haverá alegria entre os anjos de Deus por um só pecador que
se converte”.
E
Jesus continuou: “Um homem tinha dois filhos. O filho mais novo
disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me cabe’. E o
pai dividiu os bens entre eles. Poucos dias depois, o filho mais novo
juntou o que era seu e partiu para um lugar distante. E ali esbanjou
tudo numa vida desenfreada. Quando tinha gasto tudo o que possuía,
houve uma grande fome naquela região, e ele começou a passar
necessidade. Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o
mandou para seu campo cuidar dos porcos. O rapaz queria matar a fome
com a comida que os porcos comiam, mas nem isto lhe davam. Então
caiu em si e disse: ‘Quantos empregados do meu pai têm pão com
fartura, e eu aqui, morrendo de fome. Vou-me embora, vou voltar para
meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra Deus e contra ti; já não
mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus
empregados’. Então ele partiu e voltou para seu pai.
Quando
ainda estava longe, seu pai o avistou e sentiu compaixão. Correu-lhe
ao encontro, abraçou-o e cobriu-o de beijos. O filho, então, lhe
disse: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser
chamado teu filho’. Mas o pai disse aos empregados: ‘Trazei
depressa a melhor túnica para vestir meu filho. E colocai um anel no
seu dedo e sandálias nos pés. Trazei um novilho gordo e matai-o.
Vamos fazer um banquete. Porque este meu filho estava morto e tornou
a viver; estava perdido e foi encontrado’. E começaram a festa.
O
filho mais velho estava no campo. Ao voltar, já perto de casa, ouviu
música e barulho de dança. Então chamou um dos criados e perguntou
o que estava acontecendo. O criado respondeu: ‘É teu irmão que
voltou. Teu pai matou o novilho gordo, porque o recuperou com saúde’.
Mas ele ficou com raiva e não queria entrar. O pai, saindo, insistia
com ele. Ele, porém, respondeu ao pai: ‘Eu trabalho para ti há
tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua. E tu nunca me
deste um cabrito para eu festejar com meus amigos. Quando chegou esse
teu filho, que esbanjou teus bens com prostitutas, matas para ele o
novilho cevado’. Então o pai lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre
comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas era preciso festejar e
alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver;
estava perdido, e foi encontrado’. - Palavra da Salvação.
Comentando
o Evangelho (Padre Jaldemir Vitório / Jesuíta): Um
dos maiores desafios para quem vive em comunidade é o perdão. Por
outro lado, a sobrevivência de qualquer comunidade humana dependerá
da capacidade que seus membros têm de perdoar. Sem isto, não há
comunidade que possa subsistir por muito tempo.
Em
se tratando da comunidade cristã, o perdão torna-se um imperativo.
Os discípulos de Jesus foram exortados a considerar as raízes
teológicas do perdão. No ato de perdoar o próximo e de se
reconciliar com ele, Deus se faz presente. Por conseguinte, o perdão
supera os limites humanos.
Quando
alguém perdoa o próximo, age em conformidade com Deus que concede
prodigamente o seu perdão ao ser humano. Para tanto, fecha os olhos
para a maldade humana, quando a pessoa se reconhece pecadora e se
volta para ele.
A
capacidade divina de perdoar é ilimitada. Deus conhece perfeitamente
de que é feito o ser humano, e sabe muito bem que sua fidelidade
pode não ser definitiva. Quem é perdoado hoje pode voltar a pecar
amanhã. No entanto, sempre que se converte e volta arrependido,
encontrará um Pai bondoso e misericordiosos para acolhê-lo.
Os
discípulos de Jesus são chamados a imitar o modo de agir de Deus.
Também eles devem perdoar com prodigalidade, tendo um coração
cheio de misericórdia para acolher quem carece de perdão.
INTENÇÕES
PARA O MÊS DE SETEMBRO:
Geral
– Nossos contemporâneos e contemporâneas: Que os homens
e mulheres do nosso tempo, tantas vezes mergulhados no barulho,
redescubram o valor do silêncio e saibam escutar a Deus e aos
irmãos.
Missionária
– Cristãos perseguidos: Que os cristãos perseguidos
possam testemunhar o amor de Cristo.
TEMPO
LITÚRGICO:
Tempo
Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração
da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes
da Quaresma. Recomeça na segunda-feira depois do domingo de
Pentecostes e termina antes das Primeiras Vésperas do 1º Domingo do
Advento NALC 44.
Cor
Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo
cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.
Fique
com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo
Feitosa e Marta Lúcia
Fonte:
CNBB / Missal Cotidiano