Liturgia
Diária Comentada 07/01/2014
Semana
da Epifania - 2ª Semana do Saltério
Prefácio
da Epifania ou do Natal - Ofício do dia
Cor:
Branco - Ano Litúrgico “A” - São Mateus
Antífona: Salmo
117,26-27 - Bendito o que vem em nome do Senhor: Deus é o Senhor,
ele nos ilumina.
Oração
do Dia: Ó Deus, cujo Filho unigênito se manifestou na realidade
da nossa carne, concedei que, reconhecendo sua humanidade semelhante
à nossa, sejamos interiormente transformados por ele. Que
convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo. Amém.
LEITURAS:
Primeira
Leitura: 1Jo 4,7-10 Deus é amor
Caríssimos:
amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus e todo aquele que
ama nasceu de Deus e conhece Deus. Quem não ama não chegou a
conhecer Deus, pois Deus é amor.
Foi
assim que o amor de Deus se manifestou entre nós: Deus enviou o seu
Filho único ao mundo, para que tenhamos vida por meio dele.
Nisto
consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele que
nos amou e enviou o seu Filho como vítima de reparação pelos
nossos pecados. - Palavra do Senhor.
Comentando
a Liturgia: O amor do cristão para
com os irmãos, que chega ao heroísmo de perdoar e fazer o bem mesmo
àqueles que nos fazem mal, a ponto de dar por eles a vida como fez
Jesus por nós, não pode provir da natureza humana, repleta de
egoísmo, que tende à afirmação do próprio eu e à defesa dos
próprios direitos.
Tal
amor encontra em Deus sua fonte fecunda e inexaurível; compreende a
fraqueza da criatura, quer libertar o homem da escravidão do pecado
e teve a sua manifestação mais alta na encarnação do Filho e em
sua morte na cruz por nós. "Deus demonstra seu amor para
conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós, quando ainda éramos
pecadores" (Rm 5,8).
Amor
pede amor; mas para ser autêntico, mais que uma resposta "vertical"
de amor para com Deus, ele nos pede amor para com os irmãos: "Nisto
vos reconhecerão por meus discípulos, Se vos amardes uns aos
outros”. (Missal Cotidiano)
Salmo: 71
(72) Os reis de toda a terra, hão de adorar-vos, ó Senhor!
Dai
ao Rei vossos poderes, Senhor Deus, vossa justiça ao descendente da
realeza! Com justiça ele governe o vosso povo, com equidade ele
julgue os vossos pobres.
Das
montanhas venha a paz a todo o povo, e desça das colinas a justiça!
Este Rei defenderá os que são pobres, os filhos dos humildes
salvará.
Nos
seus dias a justiça florirá e grande paz, até que a lua perca o
brilho! De mar a mar estenderá o seu domínio, e desde o rio até os
confins de toda a terra!
Evangelho:
Mc 6,34-44 Multiplicando os pães, Jesus se manifesta como profeta
Naquele
tempo, Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque
eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas
coisas. Quando estava ficando tarde, os discípulos chegaram perto de
Jesus e disseram: “Este lugar é deserto e já é tarde. Despede o
povo para que possa ir aos campos e povoados vizinhos comprar alguma
coisa para comer”.
Mas
Jesus respondeu: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. Os discípulos
perguntaram: “Queres que gastemos duzentos denários para comprar
pão e dar-lhes de comer?” Jesus perguntou: “Quantos pães
tendes? Ide ver”. Eles foram e responderam: “Cinco pães e dois
peixes”. Então Jesus mandou que todos se sentassem na grama verde,
formando grupos. E todos se sentaram, formando grupos de cem e de
cinquenta pessoas.
Depois
Jesus pegou os cinco pães e dois peixes, ergueu os olhos para o céu,
pronunciou a bênção, partiu os pães e ia dando aos discípulos,
para que os distribuíssem. Dividiu entre todos também os dois
peixes. Todos comeram, ficaram satisfeitos, e recolheram doze cestos
cheios de pedaços de pão e também dos peixes. O número dos que
comeram os pães era de cinco mil homens. - Palavra da
Salvação.
Comentário: Um
dos temas centrais da pregação e da vida de Jesus foi o da
partilha. Sua vida definiu-se como partilha contínua da palavra e do
poder que lhe fora confiado pelo Pai. Seu ensinamento consistia em
comunicar aos ouvintes um tesouro de sabedoria, levando-os a superar
uma visão estreita e deturpada da Palavra de Deus. E, ao operar
milagres, partilha de vida, condividia, com as multidões, a força
vivificadora recebida do Pai.
O
milagre realizado em benefício de uma multidão faminta que o
escutava, numa região deserta, foi uma lição de partilha. Os cinco
pães e dois peixes eram uma porção insignificante de alimento para
uma quantidade tão grande de gente. Quem os possuía, foi desafiado
a colocá-los à disposição dos demais. Sem este gesto inicial de
partilha, não teria havido milagre. O grupo dos discípulos de Jesus
também foi desafiado a superar sua carência pessoal de alimento. E,
assim, cada pessoa recebeu um pedaço de pão. Se algum pedaço de
pão tivesse caído em mãos egoístas, aí o milagre deixaria de
acontecer. O fato de serem cerca de cinco mil homens os que comeram e
de ter sobrado doze cestos cheios de pedaços de pão e restos de
peixe sublinha a infinita capacidade de partilha daquele grupo. Não
importa a quantidade de alimento disponível, quando a capacidade de
partilha é ilimitada. Problema é quando os bens deste mundo caem em
mãos que não sabem partilhar. -
(Padre Jaldemir Vitório)
INTENÇÕES
PARA O MÊS DE JANEIRO:
Geral
– Desenvolvimento econômico: Para que seja promovido um
autêntico desenvolvimento económico, respeitoso da dignidade de
todas as pessoas e de todos os povos.
Missionária
– Unidade dos cristãos: Para que os cristãos das
diversas confissões caminhem em direção à unidade desejada por
Cristo.
TEMPO
LITÚRGICO:
Tempo
do Natal: A salvação prometida por Deus aos homens em suas
mensagens aos patriarcas e profetas, torna-se realidade concreta na
vinda de Jesus o salvador. O eterno Filho de Deus, feito homem, é a
mensagem conclusiva de Deus aos homens: ele é aquele que salva.
O
nascimento histórico de Jesus em Belém é o sinal de nosso
misterioso nascimento à vida divina. O Filho de Deus
se fez homem para que os homens se pudessem tornar
filhos de Deus. Este nascimento é o início de nossa salvação, que
se completará pela morte e ressurreição de Jesus. No pano de fundo
do Natal já se entrevê o mistério da Páscoa. Os dias que vão do
Natal à Epifania e ao Batismo do Senhor devem ajudar-nos a descobrir
em Jesus Cristo a divindade de nosso irmão e a humanidade de nosso
Deus. Os textos litúrgicos deste tempo convidam à alegria, mas
apresentam também riqueza de doutrina. Convidam-nos constantemente a
dar graças pelo misterioso intercâmbio pelo qual participamos da
vida divina de Cristo. Enquanto nos faz participantes do amor
infinito de Deus, que se manifestou em Jesus, a celebração do Natal
abre-nos à solidariedade profunda com todos os homens.
Para
a celebração
Tempo
de Natal começa com as primeiras Vésperas de Natal e termina no
domingo depois da Epifania, ou seja, o domingo que cai após o dia 6
de janeiro.
A
liturgia do Natal do Senhor caracterizada pela celebração das três
Missas natalinas (meia-noite, de manhã. durante o dia), inicia-se
com a Missa vespertina "na vigília", que faz parte da
solenidade.
A
solenidade do Natal prolonga sua celebração por oito dias
contínuos, que são indicados como Oitava de Natal. Esta é assim
ordenada:
No
domingo imediatamente após o Natal celebra-se a festa da sagrada
Família; nos anos em que falta esse domingo, celebra-se esta festa a
30 de dezembro;
26
de dezembro é a festa de santo Estevão, protomártir;
27
de dezembro é o dia da festa de são João, apóstolo e evangelista;
28
de dezembro celebra-se a festa dos Santos Inocentes;
os
dias 29, 30 e 31 de dezembro são dias durante a oitava, nos quais
ocorrem também memórias facultativas;
no
dia 1º de janeiro, oitava de Natal, celebra-se a solenidade de
Maria, Mãe de Deus, na qual também se comemora a imposição do
santo nome de Jesus.
As
festas acima enumeradas, quando caem em domingo, deixam o lugar à
celebração do domingo; se, porém, em algum lugar forem celebradas
como "solenidades", neste caso têm precedência sobre o
domingo. Fazem exceção as festas da sagrada Família e do Batismo
do Senhor; que tomam o lugar do domingo.
Os
dias de 2 de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do
Senhor (domingo depois da Epifania) são considerados dias do Tempo
de Natal. Entre 2 e 5 de janeiro cai, habitualmente, o II domingo
depois de Natal; a 6 de janeiro celebra-se a solenidade da Epifania
do Senhor. Nas regiões em que esta solenidade não é de preceito,
sua celebração é transferida para 2 e 8 de janeiro, conforme
normas particulares anexas a essa transferência.
Com
a festa do Batismo do Senhor (domingo depois da Epifania) termina o
Tempo natalino e principia o Tempo comum (segunda-feira da 1ª
semana); portanto, omitem-se as férias que naquele ano não podem
ter celebração.
Para
a celebração da Eucaristia nas férias do Tempo natalino:
os
dias 29, 30 e 31 de dezembro (que fazem parte da oitava de Natal) tem
formulário próprio para cada dia (Oracional + Lecionário). A
memória designada para esses dias (29 e 31) no calendário perpétuo
pode achar lugar na Missa da oitava, substituindo a coleta dessa
Missa pela do santo (ver n. 3);
os
dias de 2 de janeiro ao sábado que precede a festa do Batismo do
Senhor têm um Oracional próprio (Missal), disposto segundo os dias
da semana (isto é da segunda-feira ao sábado), com um ciclo fixo de
leituras (Lecionário) que segue os dias do calendário; a "coleta"
muda conforme a indicação lá referida.
Diz-se
o Glória nas Missas durante a oitava de Natal. O Prefácio que dá
início à Oração eucarística (I,II, III) é próprio do Tempo do
Natal-Epifania:
o
de Natal (com três textos à escolha) é rezado durante a oitava e
nos outros dias do Tempo natalino;
o
da Epifania diz-se nos dias que vão da solenidade da Epifania ao
sábado que precede a festa do Batismo do Senhor (domingo depois da
Epifania).
A
cor das vestes litúrgicas nas Missas feriais do Tempo natalino é a
branca.
Cor
Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o Cristo
vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes
solenidades, pode ser substituída pelo amarelo ou, mais
especificamente, o dourado.
Fique
com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo
Feitosa e Marta Lúcia
Fonte:
CNBB - Missal Cotidiano