Liturgia
Diária Comentada 03/02/2014 Segunda-feira
4ª
Semana do Tempo Comum - 4ª Semana do Saltério
Prefácio
próprio - Ofício do dia
Cor:
Verde - Ano Litúrgico “A” - São Mateus
Antífona:
Salmo 105,47 - Salvai-nos, Senhor nosso Deus, reuni vossos
filhos dispersos pelo mundo, para que celebremos o vosso santo nome e
nos gloriemos em vosso louvor.
Oração
do Dia: Concedei-nos, Senhor nosso Deus, adorar-vos de todo o
coração e amar todas as pessoas com verdadeira caridade. Por nosso
Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Amém!
LEITURAS:
Primeira
Leitura: 2Sm 15,13-14.30; 16,5-13a
Naqueles
dias, um mensageiro veio dizer a Davi: “As simpatias de todo o
Israel estão com Absalão”. Davi disse aos servos que estavam com
ele em Jerusalém: “Depressa, fujamos, porque, de outro modo, não
podemos escapar de Absalão! Apressai-vos em partir, para que não
aconteça que ele, chegando, nos apanhe, traga sobre nós a ruína, e
passe a cidade ao fio da espada”.
Davi
caminhava chorando, enquanto subia o monte das Oliveiras, com a
cabeça coberta e os pés descalços. E todo o povo que o acompanhava
subia também chorando, com a cabeça coberta.
Quando
o rei chegou a Baurim, saiu de lá um homem da parentela de Saul,
chamado Semei, filho de Gera, que ia proferindo maldições enquanto
andava. Atirava pedras contra Davi e contra todos os servos do rei,
embora toda a tropa e todos os homens de elite seguissem agrupados à
direita e à esquerda do rei Davi.
Semei
amaldiçoava-o, dizendo: “Vai-te embora! Vai-te embora, homem
sanguinário e criminoso! O Senhor fez cair sobre ti todo o sangue da
casa de Saul, cujo trono usurpaste, e entregou o trono a teu filho
Absalão. Tu estás entregue à tua própria maldade, porque és um
homem sanguinário”.
Então
Abisai, filho de Sarvia, disse ao rei: “Por que há de este cão
morto continuar amaldiçoando o senhor, meu rei? Deixa-me passar para
lhe cortar a cabeça”. Mas o rei respondeu: “Não te intrometas,
filho de Sarvia! Se ele amaldiçoa e se o Senhor o mandou maldizer a
Davi, quem poderia dizer-lhe: ‘Por que fazes isto? ’”.
E
Davi disse a Abisai e a todos os seus servos: “Vede: Se meu filho,
que saiu das minhas entranhas, atenta contra a minha vida, com mais
razão esse filho de Benjamim. Deixai-o amaldiçoar, conforme a
permissão do Senhor. Talvez o Senhor leve em conta a minha miséria,
restituindo-me a ventura em lugar da maldição de hoje”. E Davi e
seus homens seguiram adiante. - Palavra do Senhor.
Comentando
a Liturgia: Uma das
consequências do pecado de Davi é esta rebelião de seu filho
Absalão. Davi apresenta uma postura de penitência: descalço, como
os prisioneiros de guerra, subia pelo caminho pedregoso. A convicção
de estar pagando seu pecado é visível também em sua atitude
humilde e paciente diante do gesto inqualificável de Semei, que
atira pedras e profere insultos contra o consagrado do Senhor.
Cada
um de nós, em algum momento da vida já tomou a mesma atitude de
Semei, de jogar contra o nosso semelhante todos os erros verdadeiros
ou presumidos, patentes ou ocultos, talvez até os já perdoados. Uma
atitude justa em tais casos é por certo o silêncio e o perdão: só
amando ainda mais é que se consegue remediar as rupturas da
caridade. É bom questionar sobre o grau de culpa que podemos ter na
incompreensão do outro.
Salmo: 3,2-3.
4-5. 6-7 (R. 7b)
Levantai-vos,
ó Senhor, vinde salvar-me!
Quão
numerosos, ó Senhor, os que me atacam; quanta gente se levanta
contra mim! Muitos dizem, comentando a meu respeito: "Ele não
acha a salvação junto de Deus!"
Mas
sois vós o meu escudo protetor, a minha glória que levanta minha
cabeça! Quando eu chamei em alta voz pelo Senhor, do Monte santo ele
me ouviu e respondeu.
Eu
me deito e adormeço bem tranqüilo; acordo em paz, pois o Senhor é
meu sustento. Não terei medo de milhares que me cerquem e furiosos
se levantem contra mim. Levantai-vos, ó Senhor, vinde
salvar-me!
Evangelho:
Mc 5,1-20
Naquele
tempo, Jesus e seus discípulos chegaram à outra margem do mar, na
região dos gerasenos. Logo que saiu da barca, um homem possuído por
um espírito impuro, saindo de um cemitério, foi a seu encontro.
Esse homem morava no meio dos túmulos e ninguém conseguia
amarrá-lo, nem mesmo com correntes. Muitas vezes tinha sido amarrado
com algemas e correntes, mas ele arrebentava as correntes e quebrava
as algemas. E ninguém era capaz de dominá-lo.
Dia
e noite ele vagava entre os túmulos e pelos montes, gritando e
ferindo-se com pedras. Vendo Jesus de longe, o endemoninhado correu,
caiu de joelhos diante dele e gritou bem alto: “Que tens a ver
comigo, Jesus, Filho do Deus altíssimo? Eu te conjuro por Deus, não
me atormentes! Com efeito, Jesus lhe dizia: “Espírito impuro, sai
desse homem!”
Então
Jesus perguntou: “Qual é o teu nome?” O homem respondeu: “Meu
nome é ‘Legião’, porque somos muitos”. E pedia com
insistência para que Jesus não o expulsasse da região. Havia aí
perto uma grande manada de porcos, pastando na montanha. O espírito
impuro suplicou, então: “Manda-nos para os porcos, para que
entremos neles”. Jesus permitiu. Os espíritos impuros saíram do
homem e entraram nos porcos. E toda a manada - mais ou menos uns dois
mil porcos - atirou-se monte abaixo para dentro do mar, onde se
afogou.
Os
homens que guardavam os porcos saíram correndo e espalharam a
notícia na cidade e nos campos. E as pessoas foram ver o que havia
acontecido. Elas foram até Jesus e viram o endemoninhado sentado,
vestido e no seu perfeito juízo, aquele mesmo que antes estava
possuído por Legião. E ficaram com medo.
Os
que tinham presenciado o fato explicaram-lhes o que havia acontecido
com o endemoninhado e com os porcos. Então começaram a pedir que
Jesus fosse embora da região deles. Enquanto Jesus entrava de novo
na barca, o homem que tinha sido endemoninhado pediu-lhe que o
deixasse ficar com ele. Jesus, porém, não permitiu. Entretanto, lhe
disse: “Vai para casa, para junto dos teus e anuncia-lhes tudo o
que o Senhor, em sua misericórdia, fez por ti”. E o homem foi
embora e começou a pregar na Decápole tudo o que Jesus tinha feito
por ele. E todos ficavam admirados. - Palavra da Salvação.
Comentário:
Jesus leva seus discípulos a se confrontarem não mais com uma
simples regra de conduta imposta pelos doutores da Lei, mas a encarar
todos os seus medos, a conhecer a realidade vivida por aqueles que
não aceitam o Senhorio de Deus, mas ao mesmo tempo conduz seus
seguidores a fortalecer a fé, descobrindo que Jesus é o Messias
prometido.
(“Vendo
Jesus de longe, correu e prostrou-se diante dele, gritando em alta
voz: Que queres de mim, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te
por Deus, que não me atormentes” Vs.6-7). Essa tática é uma
velha conhecida nossa, o demônio sabendo que o seu poder sobre o
homem não é maior que a misericórdia de Deus, tenta
desesperadamente ludibriar Jesus, mas se nós simples criatura já
matamos a charada, imagine o Messias.
Jesus
ensina para nós que devemos “vigiar e orar” (Mt 26,41) pois o
inimigo é astuto e usará de todos os meios para minar a nossa fé.
Se você observou as palavras em negrito, dessa vez ele caprichou na
falsidade: “adorou”, fez uma linda “profissão de fé” e
“suplicou” demostrando arrependimento.
A
preocupação seguinte de Jesus é devolver ao homem a liberdade,
curar-lhe as feridas para que tenha vida plena, em contrapartida a
população estava mais preocupada com os seus bens, não se
importando com o irmão necessitado. Onde ficou a caridade? Onde
ficou a solidariedade? E nós agiríamos diferente, lembre-se que
Jesus não usou dois porcos, mas sim dois mil!
Concluindo,
o pedido feito ao homem não é que espalhe ser Jesus é um grande
milagreiro, mas que ele seja para o povo pagão, testemunha viva do
Reino de Deus. Podemos entender com o relato de Marcos, que Jesus já
aponta que a Salvação veio para todos. - (Ricardo e Marta)
INTENÇÕES
PARA O MÊS DE FEVEREIRO:
Geral
– Idosos na Igreja e na sociedade: Para que a sabedoria e
experiência de vida dos idosos sejam reconhecidas na Igreja e na
sociedade.
Missionária
– Colaboração na missão: Para que os sacerdotes,
religiosos e leigos colaborem com generosidade na missão de
evangelizar.
TEMPO
LITÚRGICO:
Tempo
Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração
da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes
da Quaresma. Recomeça na segunda-feira depois do domingo de
Pentecostes e termina antes das Primeiras Vésperas do 1º Domingo do
Advento NALC 44.
Cor
Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo
cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.
Fique
com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo
Feitosa e Marta Lúcia
Fonte:
CNBB / Missal Cotidiano