Liturgia
Diária Comentada 19/02/2014 Quarta-feira
6ª
Semana do Tempo Comum - 2ª Semana do Saltério
Prefácio
próprio - Ofício do dia
Cor:
Verde - Ano Litúrgico “A” - São Mateus
Antífona:
Salmo 30,3-4 Sede o rochedo que me abriga, a casa bem defendida que
me salva. Sois minha fortaleza e minha rocha; para honra do vosso
nome, vós me conduzis e alimentais.
Oração
do Dia: Ó Deus, que prometestes permanecer nos corações
sinceros e retos, dai-nos, por vossa graça, viver de tal modo, que
possais habitar em nós. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo. Amém!
LEITURAS:
Primeira
Leitura: Carta de São Tiago 1,19-27
Meus
queridos irmãos, sabei que todo homem deve ser pronto para ouvir,
mas moroso para falar e moroso para se irritar. Pois a cólera do
homem não é capaz de realizar a justiça de Deus. Por esta razão,
rejeitai toda impureza e todos os excessos do mal, mas recebei com
humildade a Palavra que em vós foi implantada, e que é capaz de
salvar as vossas almas.
Todavia,
sede praticantes da Palavra e não meros ouvintes, enganando-vos a
vós mesmos. Com efeito, aquele que ouve a Palavra e não a põe em
prática é semelhante a uma pessoa que observa o seu rosto no
espelho: apenas se observou, vai-se embora e logo esquece como era a
sua aparência.
Aquele,
porém, que se debruça sobre a Lei da liberdade, agora levada à
perfeição, e nela persevera, não como um ouvinte distraído, mas
praticando o que ela ordena, esse será feliz naquilo que faz. Se
alguém julga ser religioso e não refreia a sua língua, engana-se a
si mesmo: a sua religião é vã.
Com
efeito, a religião pura e sem mancha diante de Deus Pai é esta:
assistir os órfãos e as viúvas em suas tribulações e não se
deixar contaminar pelo mundo.- Palavra do Senhor.
Comentário: O
verdadeiro cristão é aquele que escuta e transforma em obras a
palavra. Para que esta seja efetiva, três coisas são necessárias:
escutar muito, falar pouco, e irritar-se menos ainda.
O
vínculo entre a fé e as obras, e mais particularmente entre a fé a
caridade é o tema essencial da leitura de hoje. A Palavra de Deus em
nós deve produzir vida. O seguidor de Cristo não é apenas ouvinte,
mas executor da obra.
Salmo: 14
(15), 2-3ab. 3cd-4ab. 5 (R. 1b)
Senhor,
quem morará em vosso Monte Santo?
É
aquele que caminha sem pecado e pratica a justiça fielmente; que
pensa a verdade no seu íntimo e não solta em calúnias sua língua.
Que
em nada prejudica o seu irmão, nem cobre de insultos seu vizinho;
que não dá valor algum ao homem ímpio, mas honra os que respeitam
o Senhor.
Não
empresta o seu dinheiro com usura, nem se deixa subornar contra o
inocente. Jamais vacilará quem vive assim!
Evangelho:
Marcos 8,22-26
Naquele
tempo, Jesus e seus discípulos chegaram a Betsaida. Algumas pessoas
trouxeram-lhe um cego e pediram a Jesus que tocasse nele.
Jesus
pegou o cego pela mão, levou-o para fora do povoado, cuspiu nos
olhos dele, pôs as mãos sobre ele, e perguntou: “Estás vendo
alguma coisa?” O homem levantou os olhos e disse: “Estou vendo os
homens. Eles parecem árvores que andam”.
Então
Jesus voltou a por as mãos sobre os olhos dele e ele passou a
enxergar claramente. Ficou curado, e enxergava todas as coisas com
nitidez. Jesus mandou o homem ir para casa, e lhe disse: “Não
entres no povoado!” - Palavra da Salvação.
Comentário: Alguns
pontos nos chamam a atenção nesta narrativa; as curas operadas por
Jesus tem efeito imediato, algumas ocorrem só com o tocar na sua
túnica, acontecem no meio do empurra-empurra, bem diferente desta
que houve todo um ritual e mesmo assim, não se deu na primeira
tentativa. Outro dado interessante é que só o Evangelista Marcos
relata está cura e se você olhar o antes e o depois, ela está como
um divisor de águas, antes vem a duvida que permeia a vida dos
apóstolos, e depois a profissão de fé de Pedro. Diante do exposto
pergunto: Jesus estava curando o cego ou os discípulos?
Iniciemos
com uma certeza, diante da multidão que se acotovelava Jesus
escolheu doze que seriam os responsáveis pela divulgação da Boa
Nova, uma missão árdua que só poderia ser exercida por pessoas
verdadeiramente conscientes dos riscos, das dores e das dificuldades
que iriam correr. Indivíduos dispostos a largar tudo, e que tivessem
como mola propulsora a fé e o amor. O que alimenta o amor
incondicional é a fé em alguém que conhecemos na integra. Jesus
precisava se revelar por inteiro para seus escolhidos. Vamos reler o
texto sagrado substituindo o cego pelos discípulos e ver o acontece.
“Jesus
tomou os discípulos pela mão e levou-os para fora da aldeia”: É
sempre assim, quando vai ensinar-lhes toma-os a parte, lembra das
explicações das parábolas, e conduzi-los pela mão significa não
permitir que tropecem, que caiam nas armadinhas dos
fariseus. “Pôs-lhes
saliva nos olhos”: Os
discípulos necessitam desapegar-se da visão deturpada de que o
Messias prometido seria um dominador e que iria restituir o poder de
Israel pela força, destronando os poderosos. “O fruto da luz
consiste em bondade, justiça e verdade”. (Ef 5,9) “impondo-lhes
as mãos”: Para
a implantação do Reino de paz, Jesus capacita seus escolhidos não
com o poder de subjugar, como faziam os sacerdotes, mas sim com o
poder de libertar. “Vejo
os homens como árvores que andam”: Acontece
que estavam tão enraizados nos moldes de sua época, que mesmo
convivendo com aquele que é o justo Juiz, que testemunhava não só
com palavras, mas principalmente com ações, que curava e libertava,
os discípulos não atentavam ao fato que Jesus era o verdadeiro Deus
que tinha poder sobre todas as coisas. “ficaram
curados, de modo que viam distintamente de longe”: A
segunda imposição de mãos, o contato mais profundo com o criador,
com aquele que é a luz do mundo, é aquela que arranca de uma vez
por todas a catarata que impedia a chegada dos raios luminosos da
verdadeira Salvação. “Não
entrem nem mesmo na aldeia”: O
alerta que Jesus fez ao cego, aos discípulos e a nós é simples e
direto. Uma vez curados, uma vez revestidos de Cristo, devemos fugir
de toda situação de pecado, não devemos nos deixar conduzir pelos
ídolos, (e nós sabemos quem são nossos ídolos hoje) devemos
seguir sempre na direção da Luz. Como disse São Paulo aos Efésios:
“Desperte, você que está dormindo. Levante-se dentre os mortos, e
Cristo o iluminará”. (Ef 5,14b) Todos nós precisamos ser curados
da cegueira espiritual. - (Ricardo e Marta)
INTENÇÕES
PARA O MÊS DE FEVEREIRO:
Geral
– Idosos na Igreja e na sociedade: Para que a sabedoria e
experiência de vida dos idosos sejam reconhecidas na Igreja e na
sociedade.
Missionária
– Colaboração na missão: Para que os sacerdotes,
religiosos e leigos colaborem com generosidade na missão de
evangelizar.
TEMPO
LITÚRGICO:
Tempo
Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração
da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes
da Quaresma. Recomeça na segunda-feira depois do domingo de
Pentecostes e termina antes das Primeiras Vésperas do 1º Domingo do
Advento NALC 44.
Cor
Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo
cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.
Fique
com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo
Feitosa e Marta Lúcia
Fonte:
CNBB / Missal Cotidiano