24ª
Semana do Tempo Comum - 4ª Semana do Saltério
Memória:
Santo André Kim Taegón – Presbítero
Paulo
Chong Hasang e Companheiros – Mártires
Prefácio
Comum ou dos Mártires – Ofício da Memória
Cor:
Vermelho - Ano Litúrgico “A” - São Mateus
Vermelho: Simboliza
o fogo purificador, o sangue e o martírio. Usada nas missas de
Pentecostes e santos mártires.
Antífona: Alegremo-nos
todos no Senhor celebrando este dia festivo em honra dos santos
mártires. Conosco alegram-se os anjos e glorificam o Filho de Deus.
Oração
do Dia: Ó Deus, criador e salvador de todas as raças, por vossa
bondade, chamastes à fé a muitos irmãos na região da Coréia e os
fizestes crescer pelo testemunho glorioso dos mártires André, Paulo
e seus companheiros. Concedei que, pelo exemplo e intercessão deles,
possamos perseverar até a morte na observância de vossos
mandamentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade
do Espírito Santo. Amém!
Primeira
Leitura: Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 15,35-37.42-49
Irmãos,
alguém perguntará? Como ressuscitam os mortos? Insensato! O que
semeias não nasce sem antes morrer. E, quando semeias, não semeias
o corpo da planta, que há de nascer, mas o simples grão, como o de
trigo, ou de alguma outra planta.
Pois
assim será também a ressurreição dos mortos. Semeia-se em
corrupção e ressuscita-se em incorrupção. Semeia-se em ignomínia,
e ressuscita-se em glória. Semeia-se em fraqueza, e ressuscita-se em
vigor. Semeia-se um corpo animal, e ressuscita-se um corpo
espiritual. Se há um corpo animal, há também um espiritual.
Por
isso está escrito: o primeiro homem, Adão, “foi um ser vivo”. O
segundo Adão é um espírito vivificante. Veio primeiro não o homem
espiritual, mas o homem natural; depois é que veio o homem
espiritual. O primeiro homem, tirado da terra, é terrestre; o
segundo homem vem do céu. Como foi o homem terrestre, assim também
são as pessoas terrestres; e como é o homem celeste, assim também
vão ser as pessoas celestes. E como já refletimos a imagem do homem
terrestre, assim também refletiremos a imagem do homem celeste. -
Palavra do Senhor.
Comentário
(deusunico.com): Não se pode
imaginar a ressurreição como simples reviver, ou simples volta às
condições da vida terrestre. O ser humano passará para uma
condição inteiramente nova: este corpo "animal", mortal,
que nos foi transmitido pelos nossos pais, torna-se "espiritual",
isto é, recebe vida nova do Espírito que Cristo nos dá.
Paulo
usa diversas imagens para nos dar a ideia da transfiguração pela
qual passaremos. Nenhuma delas, porém, é capaz de dar uma ideia
completa da misteriosa e real transformação que nos tornará
semelhantes ao próprio Cristo ressuscitado. O pequenino grão, para
dar origem à planta, deve cair na terra e morrer, dissera-o Jesus
(Jo 12, 24). Mas a imagem não é completa. Ressurgiremos ao mesmo
tempo idênticos e diferentes.
A
vitória de Cristo sobre a morte desdramatiza a morte, porque revela
a graça que opera no homem e dá ao homem seu pleno desenvolvimento
na ressurreição. A fé nos diz o que não podemos compreender:
impele-nos a viver a vida em profundidade e plenitude. Nada que tenha
valor será perdido, porém o homem deve aceita até a hora da morte
a corrupção, o fim terrestre.
Isto
é doloroso, mas já preludia o eterno nascimento dos eleitos no
reino de Deus. Nesse sofrimento, todo homem está só; nessa
profundeza se coloca o encontro com Cristo ressuscitado. Então, o
sofrimento e a morte se transformam em festa, festa de quem morre,
para que Cristo seja o verdadeiro amor, a nova vida.
Salmo: 55
(56),10. 11-12. 13-14 (R. Cf. 14c)
Na
presença do Senhor, andarei na luz da vida
Meus
inimigos haverão de recuar em qualquer dia em que eu vos invocar;
tenho certeza: o Senhor está comigo.
Confio
em Deus e louvarei sua promessa; é no Senhor que eu confio e nada
temo: que poderia contra mim um ser mortal?
Devo
cumprir, ó Deus, os votos que vos fiz, e vos oferto um sacrifício
de louvor, porque da morte arrancastes minha vida e não deixastes os
meus pés escorregarem, para que eu ande na presença do Senhor, na
presença do Senhor na luz da vida.
Evangelho
de Jesus Cristo segundo São Lucas 8,4-15
Naquele
tempo, reuniu-se uma grande multidão, e de todas as cidades iam ter
com Jesus. Então ele contou esta parábola: “O semeador saiu para
semear a sua semente. Enquanto semeava, uma parte caiu à beira do
caminho; foi pisada e os pássaros do céu a comeram. Outra parte
caiu sobre pedras; brotou e secou, porque não havia umidade. Outra
parte caiu no meio de espinhos; os espinhos cresceram juntos, e a
sufocaram. Outra parte caiu em terra boa; brotou e deu fruto, cem por
um”. Dizendo isso, Jesus exclamou: “Quem tem ouvidos para ouvir
ouça”. Os discípulos lhe perguntaram o significado dessa
parábola.
Jesus
respondeu: “A vós foi dado conhecer os mistérios do Reino de
Deus. Mas aos outros, só por meio de parábolas, para que olhando
não vejam, e ouvindo não compreendam. A parábola quer dizer o
seguinte: A semente é a Palavra de Deus. Os que estão à beira do
caminho são aqueles que ouviram, mas, depois, vem o diabo e tira a
Palavra do coração deles, para que não acreditem e não se salvem.
Os que estão sobre a pedra são aqueles que, ouvindo, acolhem a
Palavra com alegria. Mas eles não têm raiz: por um momento
acreditam; mas na hora da tentação voltam atrás. Aquilo que caiu
entre os espinhos são os que ouvem, mas, com o passar do tempo são
sufocados pelas preocupações, pela riqueza e pelos prazeres da
vida, e não chegam a amadurecer. E o que caiu em terra boa são
aqueles que, ouvindo com um coração bom e generoso, conservam a
Palavra, e dão fruto com sua perseverança”. - Palavra da
Salvação.
Comentário
(Padre Jaldemir Vitório / Jesuíta): Perseverança
é uma palavra-chave na vida dos discípulos do Reino. Sem esta
virtude, a vida cristã tende a ser estéril e, por conseguinte,
indigna de quem aderiu a Jesus.
A
vida cristã vai se construindo como um contínuo combate contra as
forças do anti-Reino, sempre prontas a desarticular o projeto de
Deus no coração de quem se dispõe a acolhê-lo.
A
Palavra semeada é imediatamente arrebatada, quando a pessoa não tem
suficiente motivação para ser discípula de Jesus. Representa
aqueles aos quais falta disposição para levarem a sério o projeto
do Mestre. Outros chegam até a acolher a Palavra com alegria.
Quando, porém, chega o momento da provação e o discipulado se
torna uma cruz pesada, são levados a abandonar o caminho iniciado,
dando as costas para Jesus.
Há
os que se mostram generosos na escuta a Palavra, mas são incapazes
de seguir adiante, quando se defrontam com as preocupações, as
riquezas e os prazeres da vida. Estas mundanidades tornam-se tão
atrativas, a ponto de fazê-los esquecer de Jesus e do compromisso
assumido com ele.
Só
produz os frutos desejados quem se predispõe a abrir caminho em meio
às contrariedades, sem jamais abrir mão de sua adesão a Jesus.
Pelo contrário, as dificuldades levam-no a aprofundar os vínculos
que o unem ao Mestre, de modo a não se desviar, um só milímetro,
de sua fé. Nem mesmo a perspectiva de perseguição e morte fá-lo-á
ser menos fiel. É a perseverança para além dos desafios do
compromisso com o Reino!
INTENÇÕES
PARA O MÊS DE SETEMBRO:
Intenção
Universal: Portadores de deficiência mental -
Para que os portadores de deficiência mental recebam o amor e a
ajuda que necessitam para levar uma vida digna.
Intenção
para a Evangelização: Serviço
aos pobres - Para
que os cristãos, inspirados pela Palavra de Deus, se comprometam com
o serviço aos pobres e aos que sofrem.
SETEMBRO
MÊS DA BÍBLIA
A
Igreja faz uma referencia especial ao mês de setembro como sendo o
”Mês da Bíblia”, levando em conta que também fazemos memória
no dia 30 a São Jerônimo, este santo que viveu entre 340 e 420 e
que foi o responsável pela tradução das Escrituras do hebraico e
do grego para o latim.
TEMPO
LITÚRGICO:
Tempo
Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração
da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes
da Quaresma. Recomeça na segunda-feira depois do domingo de
Pentecostes e termina antes das Primeiras Vésperas do 1º Domingo do
Advento NALC 44.
Cor
Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo
cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.
Fonte:
CNBB / Missal Cotidiano